sábado, 11 de junho de 2022

Meu avô Ernesto Greinert, nasceu em 1901 na cidade de Tubarão-SC e, ainda jovem, veio morar em Curitiba. Em meados dos anos 1930 ele adquiriu um táxi, naquela época era chamado de "Carro de Praça", cujo ponto era na Praça Tiradentes.

Meu avô Ernesto Greinert, nasceu em 1901 na cidade de Tubarão-SC e, ainda jovem, veio morar em Curitiba. Em meados dos anos 1930 ele adquiriu um táxi, naquela época era chamado de "Carro de Praça", cujo ponto era na Praça Tiradentes.


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VÁ COBRAR A CORRIDA NA CASA DO MEU PAI
Meu avô Ernesto Greinert, nasceu em 1901 na cidade de Tubarão-SC e, ainda jovem, veio morar em Curitiba. Em meados dos anos 1930 ele adquiriu um táxi, naquela época era chamado de "Carro de Praça", cujo ponto era na Praça Tiradentes.
Sociável, de boa conversa, logo fez amizade com os comerciantes e frequentadores da Praça, tornando-se pessoa bastante conhecida devido sua maneira de ser, gentil e prestativo. Trabalhou ali por cerca de 25 anos.
Ele contava aos familiares e amigos acerca de uma certa "experiência" que teve com uma passageira, em determinada ocasião:
Era começo dos anos 1940 e, em uma noite fria, ele estava por primeiro na "banca" do ponto, quando uma moça embarcou em seu táxi. Bem trajada e bonita, logo de imediato, ela pediu que ele a levasse ao Cemitério Municipal.
Logo no começo do trajeto ele tentou puxar assunto mas não logrou êxito, visto ela manter-se calada. A corrida era curta e ele, ao aproximar-se do cemitério, perguntou a ela onde pretendia descer. Ela respondeu-lhe, "Leve-me até ao portão de entrada". Ele prosseguiu e, ao parar o carro, verificou o taxímetro e disse-lhe o valor da corrida, ao que ela respondeu: "Não tenho dinheiro, vá cobrar na casa do meu pai.". Ele, meio desconcertado, sem alternativa, pegou um lápis e seu caderninho de "penduras" e pergunto-lhe qual o endereço. Ela, sem constrangimento algum, descreveu o endereço, desceu rapidamente do carro e varou pelo portão do cemitério fechado. Ele tremeu de alto a baixo, em ver aquela situação aparentando sobrenatural.
No dia seguinte, ele foi ao local indicado e acionou a campainha da casa. Um homem já de certa idade atendeu-o. Meu avô, descontraidamente disse-lhe - Vim cobrar a corrida do taxi que sua filha ficou devendo ontem. O senhor, irrequieto, disse-lhe que não tinha filha alguma. Então, meu avô descreveu a ele todo o acontecido.
Consternado com os detalhes, o senhor convidou meu avô para entrar e mostrou-lhe uma foto de sua filha que havia morrido a alguns anos antes. Meu avô quase desmaiou ao ver a foto, e disse-lhe: "É ela, mesma!". Então, o velho pai desandou a chorar.
Meu avô faleceu em 1965, muitos anos antes de circular em Curitiba a história da "Loira" que assustou vários taxistas na cidade. Se bem que a situação vivida pelo meu avô Ernesto, é bem diferente das outras histórias da "Loira" e os taxistas.
Paulo Grani.

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