Dunquerque[2][3][4] (em francês Dunkerque; em neerlandês, Duinkerke; em flamengo ocidental Duynkercke) é uma cidade portuária no norte de França,
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Comuna francesa | |||
A prefeitura de Dunquerque | |||
Símbolos | |||
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Gentílico | Dunkerquois(es) | ||
Localização | |||
Localização de Dunquerque na França | |||
Coordenadas | |||
País | França | ||
Região | Altos da França | ||
Departamento | Norte | ||
Administração | |||
Prefeito | Michel Delebarre | ||
Características geográficas | |||
Área total | 43,89 km² | ||
População total (2018) [1] | 88 141 hab. | ||
Densidade | 2 008,2 hab./km² | ||
Altitude máxima | 17 m | ||
Altitude mínima | 0 m | ||
Código Postal | 59140 - 59240 - 59640 | ||
Código INSEE | 59183 | ||
Sítio | http://www.ville-dunkerque.fr |
Dunquerque[2][3][4] (em francês Dunkerque; em neerlandês, Duinkerke; em flamengo ocidental Duynkercke) é uma cidade portuária no norte de França, no departamento do Nord, região de Altos da França, situada a 10 km da fronteira com a Bélgica. Tem cerca de 70 mil habitantes.[5] Está ligada por ferry-boat a Ramsgate e Dover, em Inglaterra.
Dunquerque é o terceiro maior porto francês, depois de Le Havre e Marselha. É também uma cidade industrial, dependente do aço, indústria alimentar, refinação de petróleo, estaleiros navais e indústria química.
Historicamente, a cidade e seus arredores pertenceram ao Condado de Flandres e fazem parte da zona linguística flamenga.
Em Dunquerque fala-se um dialeto muito particular - dunkerquois - com palavras tomadas de empréstimo à linguagem dos marinheiros e ao flamengo ocidental .
História
O nome de Dunquerque provém do neerlandês Duinkerk, que significa « igreja nas dunas».
Segundo a tradição, a cidade foi fortificada pelo filho de Pepino de Landen, o terrível Allowyn, um franco convertido por Santo Elói. Assim, Dunquerque foi a única cidade da costa, até Saint-Omer, a ser preservada contra os ataques e pilhagens dos normandos. Hoje em dia, Allowyn "reaparece" todos os anos como Reuze (reuze em flamengo significa "gigante"), para presidir a saída do tradicional bando dos pescadores, durante o carnaval de Dunkerque.
Em 960, Balduíno III, dito Balduíno o Jovem, quarto conde de Flandres, faz construir as primeiras muralhas da cidade.
Em 1383 a Dunkerque flamenga é pilhada pelos ingleses e depois, pelos franceses.
A partir do século XVI, Dunquerque passou a ser possessão - juntamente com o território dos Países Baixos espanhóis - dos Habsburgos espanhóis. Em 1520, Carlos V, 31° conde de Flandres, é recebido triunfalmente na cidade.
Dunquerque foi disputada em diferentes ocasiões pelas coroas de Inglaterra, Países Baixos e França. Durante a Guerra de Flandres (1568-1648) e no reinado de Luís XIV, serviu como base de operações de corsários, sendo Jan Bart o mais famoso deles - conhecido por atacar os barcos holandeses.
A cidade foi tomada pelos ingleses sob Filipe II da Espanha, conde de Flandres, e retomada pelos franceses em 1558. Pelo Tratado de Cateau-Cambraisis os franceses a cedem à Espanha em 1559.
Sitiada por Turenne, em 25 de maio de 1658, após a batalha das Dunas, a cidade se rende aos franceses, em 25 de junho. Na mesma noite, Luís XIV a entrega a Oliver Cromwell, segundo o acordado por Inglaterra e França pelo Tratado de Paris do ano anterior.
Dunquerque será definitivamente incorporada ao reino da França em 1662, depois que Carlos II da Inglaterra vende a cidade à França, por 5 milhões libras - embora o pagamento nunca tenha sido completado.
A construção dos sistemas defensivos da cidade ficou a cargo do engenheiro militar Vauban, que também desenvolve o seu porto. Mais tarde, em 1713, pelo Tratado de Utrecht, a França será obrigada a inundar o porto e a arrasar as fortificações, o que entretanto não foi executado senão em parte, e Luís XV voltou a fortificá-la.
Em 1793, o duque de York tenta inutilmente tomar a cidade. Após a batalha de Hondschoote, a cidade é renomeada Duna Livre.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Dunquerque é duramente bombardeada por diversas vezes. A Igreja de Santo Elói (construída em meados do século XV) é parcialmente destruída.
Mas a cidade sofreria especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido palco da célebre Batalha de Dunquerque, em 1940. Uma pausa na intensidade dos combates permitiu inesperadamente a evacuação de um grande número de soldados franceses e britânicos para Inglaterra. Mais de 300 mil homens foram evacuados apesar do bombardeamento constante ("o milagre de Dunquerque", nas palavras de Winston Churchill). A evacuação britânica de Dunquerque recebeu o nome de código Operação Dínamo.
Referências
- ↑ «Populations légales 2018. Recensement de la population Régions, départements, arrondissements, cantons et communes». www.insee.fr (em francês). INSEE. 28 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Gonçalves, F. Rebelo (1966). Vocabulário da Língua Portuguesa. Coimbra: Coimbra Editora. p. 361
- ↑ Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 352
- ↑ Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- ↑ [https://web.archive.org/web/20081208130033/http://www.recensement.insee.fr/RP99/rp99/wr_demopage.affiche?p_id_nivgeo=C&p_id_loca=59183&p_id_princ=E_DEMO&p_theme=POP&p_typeprod=ALL&p_langue=FR Arquivado em 8 de dezembro de 2008, no Wayback Machine. INSEE]
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