IGREJA DE NOSSA SENHORA DA BOA MORTE – SÃO PAULO, SP
A história dessa igreja teve sua origem com a criação da Irmandade dos Homens Pardos de Nossa Senhora da Boa Morte, no ano de 1728.
Essa Irmandade tinha sede na igreja do Colégio Jesuítico, e e uma de suas principais finalidades era promover adoração perpétua do Santíssimo Sacramento.
Segundo o historiador Leonardo Arroyo, a irmandade estabeleceu uma prática pela qual cada membro recebia em segredo um papel com mês, dia e horário em que deveria fazer a adoração. Curiosamente, depois da expulsão dos jesuítas do Brasil, esse costume chegou a dar problemas com autoridades, pois o misterioso ‘papelinho’ foi alvo de denúncias de algumas pessoas excessivamente ‘zelosas’ por criar teorias conspiratórias, e que se incomodavam com seu caráter confidencial. Chamados a depor, os integrantes explicaram sobre o que consistia a devoção à Nossa Senhora da Boa Morte e a função do ‘papelinho’, e ao final as coisas voltaram ao normal.
No final do século XVIII a irmandade mudou-se para a igreja do Convento do Carmo, e em 1802 foi formulado um requerimento para construção de uma igreja própria
O bispo assentiu, ressaltando que a igreja deveria ser feita em um local digno, livre de umidade e longe de “lugares sórdidos e imundos’.
Em seguida, um terreno foi adquirido próximo ao Convento do Carmo, e iniciada a construção da igreja, que, em seu interior, receberia retábulos em estilo rococó e neoclássico. No ano de 1810 foi solenemente consagrada ao culto.
Devido à sua posição elevada, do alto da torre dessa igreja era possível visualizar grande parte da “Estrada do Ypiranga”, que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro. Sobre essa particularidade, Antônio Egidio de Martins, em relato mencionado por Arroyo, conta que “da torre da Egreja se avistavam os presidentes da Provincia e e os bispos diocesanos, quando vinham pela estrada do Ypiranga em direção à cidade, a fim de tomarem posse dos seus cargos, dando os sinos da mesma torre os signal da vinda daquelles altos personagens e repicando festivamente.”
Em 1871 a torre foi remodelada, e foi a ultima obra que alterou o aspecto da igreja. Mais recentemente, foi acrescentado ao orago a invocação de Nossa Senhora da Assunção, e essa igreja possui adoração perpétua, sendo a única em São Paulo que fica aberta durante as 24 horas do dia.
REFERÊNCIAS:
– Arroyo, Leonardo, Igrejas de São Paulo. São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1954
– Arquidiciocese de São Paulo – Igreja da Boa Morte
– Tirapelli, Percival. Igrejas paulistas: Barroco e Rococó. São Paulo: Editora Imprensa Oficial, 2004
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