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quarta-feira, 14 de junho de 2023

A CENTENÁRIA IGREJA POLONESA DO ABRANCHES

 A CENTENÁRIA IGREJA POLONESA DO ABRANCHES


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Foto de 1915, da Igreja polonesa do Abranches, dedicada a Sant’Ana. Construída por imigrantes que formaram a mais antiga colônia de poloneses vindos em 1873 da Europa para o Sul do Brasil.
No local construíram a primeira capela dedicada à Sant’Ana. Aos domingos e dias Santos, reuniam-se para a recitação do Terço, acompanhado de piedosos cânticos. Magoava-os profundamente a falta de um Sacerdote, que compreendesse sua linguagem, com quem pudessem confessar-se no próprio idioma. Conjecturavam, então, o meio de obter um Sacerdote polonês. Resolveram comprar um terreno, construir uma habitação e mandar vir um Sacerdote da Polônia. Então, mediante contribuições voluntárias, reuniram a importância suficiente para a compra do terreno necessário para edificar a Igreja, casa paroquial e cemitério.
No ano de 1878, chega à Colônia o primeiro scerdote polonês: o Padre Ladislau Grabowski. Durante três anos exerceu o ministério em Abranches, até 25 de abril de 1881, sendo sucedido pelo Pe. Francisco Xavier Gurowski, que iniciou o Livro do Tombo contendo o registro da fundação da igreja e suas atividades, conforme alguns trechos a seguir:
Construção da Igreja:
"Aos onze dias do mês de fevereiro de 1893, em presença dos muitos colonos polacos da Colônia de Abranches foi Benta a NOVA IGREJA DE SANT’ANA. Oficiou a Cerimônia da Bênção o Ilmo. Rvmo. Padre Vigário Geral Forense Alberto Gonçalves, com assistência dos Rvmos. Padres Francisco Soya e Capelão local Padre André Dzietkowicz.". [...]
"Carta Pastoral de 24 de fevereiro de 1895: Exmo. Revmo. Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba anunciando aos seus diocesanos a Visita Pastoral. “No dia saleníssimo de vossa sagração episcopal, o primeiro pensamento que iluminou o vosso espírito e o primeiro desejo que brotou em nosso coração foi, como já vos dissemos, a lembrança de ir visitar-vos e derramar sobre as vossas famílias e sobre os vossos lares os tesouros das graças espirituais, que desde então o Espírito Santo depositou em vossas mãos. Jesus não se contentava em mandar os Apóstolos, porém ia Ele mesmo e deixando as comodidades da vida na Capital, palmilhou todos os lugares da Judéia, percorrendo todas as cidades e por onde passava ia derramando os benefícios do seu poder infinito e as misericórdias de seu coração compassivo. Ele nos ensinou que o verdadeiro Pastor é aquele que, deixando as noventa e nove ovelhas, vai procurar a centésima, aquela que se afastou do rebanho e achando-a, põe-na sobre os ombros e a restitui ao redil.”
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani.