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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

As históricas enchentes do Rio Nhundiaquara

 As históricas enchentes do Rio Nhundiaquara


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O Rio Nhundiaquara (ou Cubatão ou Morretes) tem um longo histórico de enchentes. Vieira dos Santos, em sua Memória Histórica de Morretes de 1851, registrou algumas delas. Na enchente de 1796, o rio subiu aproximadamente 6 metros “cobrindo as margens laterais, planícies, charcos e lagoas e as ruas da povoação na da Matriz estiveram as casas com 3 palmos d’água”. Segundo o autor, a população ficou amedrontada e procuraram asilo na Igreja de Nossa Senhora do Porto e locomoviam-se de canoas. Os prejuízos foram imensos, com mortes de animais e destruição de plantações e sementeiras, nas palavras do autor, foi o “Dilúvio do Rio Cubatão”.

Outra enchente registrada por Vieira dos Santos ocorreu entre os dias 28 e 30 de janeiro de 1846, que “causou terror aos habitantes” as águas que desciam da Serra do Mar fizeram “desabar grandes pedaços das mesmas montanhas”. As chuvas que causaram as enchentes de 1796 e 1846 “duraram dois ou três dias a despejarem nas baías paranaenses suas águas, transformando as salitrosas em águas doces no espaço de algumas léguas até a Ilha do Teixeira”. Além dos prejuízos para as populações litorâneas, as enchentes do Nhundiaquara prejudicavam o comércio que, durante o século XIX, dependia da sua navegação para encaminhar os produtos à exportação.

A foto abaixo é um registro da enchente de 1969, onde se observa vários jovens posando para uma foto em uma rua alagada de Morretes.