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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Nomes de Rua: QUEM FOI MANOEL FERREIRA GOMES E MARIA PHAIFFER FERREIRA GOMES?

 

Nomes de Rua: QUEM FOI MANOEL FERREIRA GOMES E MARIA PHAIFFER FERREIRA GOMES?



MANOEL FERREIRA GOMES

Manoel Ferreira Gomes, nasceu em Portugal na Ilha da Madeira no dia 20 de Março de 1877, veio pequeno para o Brasil, estabeleceram em Santa Catarina, com 18 anos foram  no Descoberto em Guaratuba onde conheceu  D. Maria  Silveria Phaiffer  logo se casaram e vieram morar na Prainha com seus pais. Tiveram 15 filhos: João, Antonia, Maria, Rosa, Francisco, Ana, Leopoldo, José, Luzia, Alexandre, Joaquina, Alexandrina, Francisca, Ermínia. E ainda sobrava espaço no lar e em seus corações para criar como filhos  a sobrinha Julia  e  Manoel Araújo.  Chamado carinhosamente de “Sr Maneco” ou “Padrinho” pelos amigos, sempre dividindo com quem precisava muitos mantimentos, pois era um grande agricultor e não havia miséria em sua dispensa, tudo era produzido com fartura. Tinha uma grande extensão de terras,  da região onde hoje era a Peixaria do Seda, Copel Trombeta, Praiana e Morro da Sanepar, tudo ali pertencia ao Sr Manoel. Plantava muitas coisas como: arroz, feijão, milho, café, cana de açúcar, frutas de diversas qualidades entre outras coisas. Organizava em sua casa a Festa de São Gonçalo, que era comemorado no dia 10 de Janeiro onde dançavam o fandango e cantavam para homenagear o Santo para arrumar casamentos, também a Festa de São Sebastião. Fabricava farinha, biju, polvilho, onde a mandioca era preparada com muitos cuidados na “bulandeira” (tipo de ralador gigante feito de cobre em forma de circulo, tinha  também o engenho de cana para extrair o caldo  ser cozinho e tornar um melado depois  apurado até  transformar em açúcar mascavo. Também uma parte do caldo de cana era levado para Guaratuba para fazer cachaça. Vendia suas produções em Paranaguá. Além de ser agricultor era também pescador, tinha quatro canoas e duas redes grandes para suas pescarias. Com sua ajuda foi construído o primeiro cemitério de Matinhos, pois os mortos eram levados para Guaratuba por não existir um espaço para sepultá-los.Na época da 2ª Guerra Mundial fornecia açúcar, peixe e farinha para os soldados que aqui ficaram, pois o Litoral era ponto vulnerável , sendo o mar uma porta aberta aos inimigos. Manoel Ferreira Gomes faleceu com 84 anos de idade,  no dia 18 de Janeiro de 1954,  uma vida de  muito trabalho e luta, muitas conquistas e realizações, deixando suas raízes aqui plantadas. Hoje com 98 anos de idade sua filha Luzia ajuda a relembrar sua história, lúcida e vivaz conta com orgulho sobre seus pais. Uma das famílias  pioneiras que  ajudaram a desbravar Matinhos.

MARIA PHAIFFER FERREIRA GOMES

Maria Phaifer Ferreira Gomes, nasceu  em meados de 1870, descendente de alemães,loira de olhos azuis, pequena de estatura mais  com um coração gigante, morava em Descoberto um bairro de Guaratuba. Vindo morar em  Matinhos depois de casada com o Sr Manoel Ferreira Gomes para morar na Prainha, desta união tiveram 15 filhos e dois filhos de criação. Mãe e esposa dedicada. Cuidava dos afazeres da casa e de seus filhos além de tecer chapéus de taquara preparados com capricho para uso da família na lavoura. O Sr “Maneco” como era chamado seu esposo pelos conhecidos e amigos, cortava as taquaras e trazia para D. Maria tirar pequenas tiras e tecer os lindos chapeis. Fabricavam balaios feitos de taquaruçú e cipó preto, com as cascas do cipó preto eram tecidos cordas para amarrar os animais e puxar as redes do mar, cestos usados em mulas para transportar as colheitas, eram chamados de cargueiros de timbopeba.Costurava as roupas de todos, cozinhava os alimentos que produziam nas plantações e das pescarias. Para conservação dos peixes eram defumados e salgados em balaios, para que durassem meses. Fazia pratos característicos da época como: pinhão com peixe, parati com feijão, cambira assada, charque assado. Ajudava na preparação de farinha de mandioca, ralando e torrando a mandioca, fazia bijus e goma para o  consumo da família e visitantes. Também ajudava no engenho de cana de açúcar, preparava o melado e o açúcar. O arroz que era cultivado em suas plantações era socado para retirada da casca e uma parte ficava para o consumo da família o restante juntamente com outras produções como: feijão, café, açúcar  eram comercializado pelo seu esposo em Paranaguá. Sua família uma das pioneiras que ajudaram a desbravar nossa cidade com muitas lutas e  conquistas, suas raízes bem plantadas permanecem com seus filhos, netos, bisnetos e  tataranetos.Faleceu no dia 23 de Dezembro de 1953. Sua história hoje  contada pela sua filha Luzia de 98 anos,muito lúcida e com olhar de saudades de um tempo querido que não volta mais.Também sua neta Profª Euzi que contribuiu com detalhes de suas lembranças de criança.

Pesquisa realizada pelo Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Matinhos através da Prof. Sandra Jepp. 

Nomes de Rua: QUEM FOI ALEXANDRE LEOCÁDIO SANTANA

Nomes de Rua: QUEM FOI ALEXANDRE LEOCÁDIO SANTANA


Alexandre Leocadio Santana, filho de Leocádio Apolinário de Santana e Mariana Viana do Bonsucesso, nasceu no dia 17 de Março de 1907, na cidade de Matinhos-Pr. Casou-se com  D. Etelvina Ramos Santana e tiveram 12 filhos: Jocelina Santana Bonatto (D. Gigi), Lindauro (Dodó), Elza Bassfeld, Maria Etelvina, Gilberto Alexandre (Giba), Zoraide, Iazette (Zette), Gilson (Nico), Alexandrina  Santana Trevisan (Tatá), Otília e mais os gêmeos que faleceram quando ainda bebês, e de seu segundo casamento Alexandre Santana..  No início do balneário não havia um serviço organizado de salva-vidas. Os pescadores freqüentemente eram solicitados a prestar socorro àqueles que eram levados mar adentro pela correnteza. Um desses pescadores era o Senhor Alexandre Leocádio que freqüentemente retirava de canoa e, às vezes a nado, os que estavam se afogando. Surgindo dessa forma a atividade de salva-vidas no litoral paranaense. O Sr Alexandre foi o primeiro salva-vidas de Matinhos. Pelos idos de 1954, o então Governador do Estado, Doutor Bento Munhoz da Rocha Neto fez a nomeação de guarda-vidas civil, que apenas em número de seis guarneceram as praias de Matinhos e Caiobá. Apenas em 1960 vieram os primeiros guarda-vidas, pertencentes ao Corpo de Bombeiros, que haviam feito o curso de salva-vidas no Rio de Janeiro. O encarregado de fiscalização dos trabalhos de Guarda-Vidas foi o Senhor Albano Muller, Juiz de Paz de Matinhos, sendo quem providenciava os meios para o bom andamento da atividade de guarda-vidas, trabalho este que não era remunerado. Além se seus serviços de salva vidas, pescador, o Sr Alexandre foi também agricultor, onde cultivava mandioca, milho, criava vaca leiteira, galinha, porcos. No local onde era seu sitio, hoje esta construída a estação de tratamento sanitário da Sanepar.  As festas religiosas eram a ponto alto da vida social da época. As novenas, os terços cantados... A fé era muito grande e exercitada através do respeito. Na Sexta-Feira Santa nada era feito de trabalhos diário, nem comida... Passavam o dia com canjica feita no dia anterior. Havia também os bailes com fandangos, que todos gostavam de participar. Como pescador o Sr Alexandre trabalhava muito, principalmente na caça ao cação, que era salgado e seco como o bacalhau  para comercializar. Há mais de um século e meio esta família habita Matinhos e hoje esta povoada de bisnetos, trinetos e tetranetos do Sr Appolinario Theodoro de Sant'Anna , bisavô de Alexandre Leocádio, de onde vem suas origens. Alexandre Leocádio Santana faleceu no dia 15 de Janeiro de 1993, com 85 anos. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

CONTO CAIÇARA: A SAGA DO NELSON

 

CONTO CAIÇARA: A SAGA DO NELSON


A SAGA DO NELSON 
Por: Leandro Tavares


Quando eu me pego a pensar nessa historia, confesso que, ainda me arrepia a carne, e a alma ainda receia em relembrar.

Quem conta um conto, acrescenta aquilo que lhe convém, e se me convém contar, é porque eu acredito, e espero que, a mesma verdade que me encantou, os encante, espero fazê-los sentir, o mesmo que senti ao ouvir essa historia, talvez falte o fogão a lenha o breu de uma noite fria de inverno, porem, cabe a você querido leitor, se imaginar nesse contexto, e se imaginar, como eu estava, vivenciando essa historia, como é comum na cultura caiçara, de pai pra filho, passado de geração em geração.

Reza a lenda que, a muito tempo atrás, Matinhos era menos que uma cidade, uma vila, não se pode ao certo dimensionar datas, porem, havia em Matinhos, um homem cujo nome era Nelson Tavares, pai de família, trabalhador, sua marca registrada era um fino bigodinho que demarcava seu rosto branco e entalhado pelos raios solares e as mãos da vida, como todo bom caboclo Matinhense, cultivava sua roça, vez ou outra de milho, arroz, feijão, mandioca, ou aquilo que o período possibilitava a produção, caçava, não muito adepto da caça por arma de fogo, cultivava em si, a cultura de fazer armadilhas, um covo para apanhar um tatu  na toca, o mundéu no carreiro pra apanhar a cutia, e uma boa arapuca no carreiro do nhambu.

Com a pesca, era mais seletivo, raras as vezes que se via o velho Nelson a beira mar, empunhando um caniço ou linha de mão, menos ainda com redes e canoas, mas, por vez ou outra, principalmente em dias de frio,  madrugadas escuras, era possível vê-lo a beira mar, tarrafa em punho, cesto de timbopéva a tira colo, calça a meio pau e uma camisa de botão com as mangas arregaçadas.

O sol naquele dia, estava tímido, aos poucos ia perdendo a força, dando lugar a uma tarde que esfriava a cada segundo, aquele ar nostálgico que ainda me arrepia só de lembrar, o frio pouco a pouco se tornava insuportável e somente aos pés de um fogão a lenha e uma talagada e outra de cachaça, era capaz de esquentar o corpo do caboclo, já que a alma era aquecida por historias e mais historias, Nelson porem, naquele dia, resolveu não escutar as historias, apanhando sua tarrafa, um cesto, sai de casa sorrateiro, sem se preocupar em avisar ninguém, não havia perigo, logo, não havia tanta preocupação como hoje em dia.

Não havia lua, não havia luz elétrica, não haviam ruas, os caminhos eram estreitos, só quem era acostumado, poderia se guiar de forma precisa, e em menos de 10 minutos, Nelson Já estava a beira mar, olhando cauteloso, procurando o melhor lugar, como se dizia, a melhor “costa” para dar uma “sova”, ele anda por mais alguns minutos beirando o mar, vez ou outra vê um garoçá passar assustado, e logo, encontrando um ponto que imaginava ser o ideal, desamarra a tarrafa e se prepara para a pesca.

Ato continuo, ele safa a tarrafa, prendendo o chumbo na boca, anda, pé por pé, lento e sorrateiro, e ao ver a onde se formando a sua frente, faz um giro, 360º, solta a tarrafa com maestria, e a mesma cai a frente, totalmente aberta, porem, ele de súbito, da um pulo, assustado, olha pra trás a procura, algo havia lhe tocado as pernas naquele momento.

Não havia nada, ele desconfiado, recolhe a tarrafa, lentamente, sem fazer barulho algum, sai da água e caminha um pouco a frente, mesmo ritual, segurar o chumbo na boca, safar metade da tarrafa, pé por pé, giro, e soltar, agora ele dá mais um pulo, soltando um “VALHA-ME DEUS”, e recolhendo sua tarrafa sem ao menos se preocupar se havia pego alguma tainha, e olhando pra trás, pela areia, não vê viv´alma, o vento a muito não batia nas arvores, e o silencio era somente interrompido quando ao longe se ouvia o pio de uma coruja.

Nelson então sai da água, solitário, receoso, não sentia medo, mas é fato que, pro caboclo, qualquer coisa relacionado ao oculto, espíritos, assombração, almas, assustavam bem mais, do que os perigos representados por homens, por vivos, e ele caminha, vê ao longe uma fogueira, dois homens faziam “hora”, esperando para voltar a água e continuar a pescaria. Nelson os saúda com o típico “ooo”, e se esquenta na fogueira, silencioso, aceita um trago de pinga que lhe é oferecido, porem se mantém calado, silencioso.

          Pouco depois, eles voltam a água, Nelson se afasta, indo em direção oposta, a verdade é que, qualquer um, voltaria pra casa, não ficaria ali, porem ele, decide continuar, e repetindo o ritual da tarrafa, entra na água, e ao girar, mais uma vez, sente algo bater em suas pernas, como se uma chicotada fosse deferida por alguém que estava atrás dele, como um raio, ele se vira, ao mesmo tempo, uma coruja pia ao longe, dando um ar ainda mais tenebroso aquela noite fria, porem o Caboclo não se intimida, recolhe a rede, havia apanhado um belo exemplar de tainha, retira ali mesmo, joga em seu cesto, e recomeça, mesma coisa, agora, parecia com mais força, algo tocava suas pernas, e o assustava, nisso, ouve-se o uivo de um cachorro bem próximo, e um arrepio corre por sua espinha, ao mesmo tempo que sua mente cria mil possibilidades.

Dessa vez, ele se retira da água, entoa uma reza que a muito aprendera, olha ao redor, não se contem, reza baixinho ao mesmo tempo que, observa o mar, ele não pode sair dali, sem saber o que acontecia, e entra na água, receoso, porem disposto a enfrentar.
E nisso, novamente, ele sente algo chicotear suas pernas, e assim todas as vezes que soltava a tarrafa das mãos, sentia que o choque era cada vez mais forte, isso se mantém durante toda a noite, até que, cansado, vai para casa.

Ao chegar em casa, ele olha a mulher, que ao vê-lo pálido, indaga sobre o ocorrido, ele então relata, imitando ainda, como fazia ao lançar a tarrafa na água, jurava de pé junto que, o tinhoso o havia atentado a noite toda, e contava vantagem de o ter enfrentado, não se amedrontado, nisso, ao ver ele imitar o ritual de pesca, Diva não contem uma gargalhada, que o apanha de surpresa, arrancando alguns xingamentos, a mulher o abraça, e passa a mão pelas costas do marido, puxando pra si, uma das tiras que serviam de alça do cesto, havia arrebentado, ao girar, batia na perna.

Percebendo o que de fato havia ocorrido, o homem cai na gargalhada.

De quanto em quanto contava pelos botecos da vila, a historia, omitindo a parte da alça arrebentada...

- E como o senhor soube a verdade pai?

- O caboclo Matinhense, depois de um trago ou dois, virava um exímio contador de verdade, de verdade.


(O texto foi publicado na íntegra, sem qualquer alteração do texto original)

O CASARÃO DE MATINHOS

 

O CASARÃO DE MATINHOS


Basta correr o olhar pela orla de Matinhos para contemplar o Pico, famoso entre os surfistas e celeiro de talentos desse esporte. Contudo, é justamente do pico que, quase impreterivelmente, avista-se uma construção de três andares dona de um singelo colorido, atualmente na tonalidade amarela suave, e com um aspecto acolhedor que faz do nome Casarão a definição mais indicada a esse tradicional hotel do litoral paranaense.
Em quase quatro décadas de existência sobre o comando do proprietário Nilson Vedolin, o espaço abrigou e deu vazão a histórias inesquecíveis que, com frequência, levam seus protagonistas a retornarem a fim de sorverem novamente a magia que paira no local. E o período de Carnaval costuma receber alguns antigos candidatos a pierrôs e colombinas em busca de reviver ou aguçar ainda mais um turbilhão de emoções que só um estabelecimento, que tem pessoas envolvidas intrinsecamente com o desenvolvimento do município e o mar como vizinho consegue proporcionar.

Com as portas abertas desde 1974, Vedolin conta que comprou fiado a estrutura. “Arrendei um bar para vender bebidas por uma temporada e acabei achando o meu caminho, depois de trabalhar por anos em bancos e farmácias sem conseguir juntar muita coisa. Muitas vezes tentamos levar a vida para um lado, mas a vida leva para outro”, ensina. “Consegui fechar negócio e, depois de alguns anos só pagando pelo local, comecei a investir e reformar toda a estrutura interna e isso não parou mais. Todo ano temos reformas seja por causa das ressacas, seja pela necessidade de incrementar os serviços. Os clientes são cada vez mais exigentes e a concorrência obriga a gente a não parar”, ensina.
Apesar de ser um abrigo de histórias, o hotel recebeu esse nome em homenagem a novela O Casarão, do autor Lauro César Muniz. Ela foi exibida em 1976, dois anos após Vedolin adquirir o imóvel. “Achei que a fachada do Casarão remetia a construção da novela, por isso optei por esse nome”


Fonte: Blog O Casarão de Matinhos.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

HISTÓRIA DE MATINHOS: A VILA DOS PESCADORES

 

HISTÓRIA DE MATINHOS: A VILA DOS PESCADORES


A “Vila de Pescadores” eram núcleos de pescadores, agricultores e posseiros que foram se formando na região litorânea ao norte do Município de Guaratuba. Moravam próximos à praia e nela construíam os ranchos para guardar as canoas e os apetrechos de pesca. A cunhagem da canoa, como é conhecida a arte de fazer embarcações de um pau só, ainda pode ser encontrada na região. A tradição, passada de geração a geração de pescadores ensina que as árvores utilizadas são: guapuruvu, figueira parda, figueira limão, jequitibá, ingá e cedro. As casas eram de pau-a-pique, barreadas em mutirão, cobertas de sapé ou de telhas. O chão sempre de terra batida e varrido com vassoura de cipó. As tarimbas (estrados de bambu) das camas eram forradas com esteiras grossas feitas artesanalmente de taboa trançada. Alguns caiçaras usavam fogão a lenha; muitos cozinhavam em tacurubas, conjunto de três pedras no chão onde se equilibrava a panela. A água utilizada para os serviços domésticos era trazida em potes ou latas, de fontes ou de rios. Em volta das casas havia pomar de frutas e horta. 


Nos sertões, ficava a roça onde plantavam os alimentos necessários para o consumo, entre eles a mandioca da qual se fazia a farinha.O processo para a produção da farinha constituía-se em: colher a mandioca, raspar, lavar, ralar, prensar, peneirar, fornear e ensacar. A pesca era farta e para conservar o pescado era preciso “escalar” (fazer cortes), salgar e colocar para secar ao sol. A alimentação diária era peixe com banana verde e pirão de farinha de mandioca.Os medicamentos eram preparador com ervas plantadas pelos próprios caiçaras, grandes conhecedores dos efeitos curativos delas.

MATINHOS: IGREJINHA DE SÃO PEDRO

 

MATINHOS: IGREJINHA DE SÃO PEDRO


Foto: Antonio Kasczeszen Jr

Com a frequência cada vez mais assídua de banhistas, surgiu a idéia de se construir uma pequena igreja no balneário de Matinhos. Em 30  junho de 1938, a comunidade adquiriu o terreno, imóvel incorporado à Mitra Diocesana de Curitiba. Sob orientação técnica de José João Bigarella e esforço voluntário de muitos, foi inaugurada em 29 de Junho de 1944, dia em que se comemora São Pedro, patrono dos homens simples do mar. Em 1951 foi construida a torre, dando a Igrejinha um visual mais harmonioso ao conjunto. No seu interior, sobre o altar, encontra-se um mural do sueco Paulo Kohl, cuja pintura representa um pescador em perigo; na praia a família aguarda-o ansiosa pelo difícil regresso do alto-mar. Atualmente a Igrejinha não é usada para celebrações mas fica aberta para visitação pública e é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Matinhos. Aqui, sob o olhar do aluno de Olhar Fotográfico da Casa da Cultura, Antonio Kasczeszen Jr:

Foto: Antonio Kasczeszen Jr


Foto: Antonio Kasczeszen Jr

Foto: Antonio Kasczeszen Jr


Foto: Antonio Kasczeszen Jr

Foto: Antonio Kasczeszen Jr

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

MATINHOS: ANTIGA IGREJA DE SÃO PEDRO

 

MATINHOS: ANTIGA IGREJA DE SÃO PEDRO


Em 1938 o terreno foi comprado pela comunidade. Em 1942 as obras tiveram início, e foi concluída em 29 de junho de 1944; dia de São Pedro, o qual a igreja foi nomeada. Foi a primeira igreja da cidade, e era frequentada pelo povo da região. Em 1990 a igrejinha foi restaurada e transformada em museu ecológico. Anos mais tarde foi reformada e voltou a ser a Igrejinha São Pedro, que é muito prestigiada e atualmente é visitada por muitos turistas. Já foi registrada sob o olhar do aluno Antonio Kasczeszen Jr  e agora é apresentada pela aluna do Curso de Olhar Fotográfico da Casa da Cultura de Matinhos, LARISSA FERREIRA. 

















MATINHOS: IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO APÓSTOLO

 

MATINHOS: IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO APÓSTOLO

A atual Igreja Matriz de São Pedro está localizada na Rua Albano Muller, 196 – Centro de Matinhos, e foi construída em substituição a antiga igreja, que já não suportava mais o número de fiéis. O empenho por sua construção iniciou com a Ordem Dominicana, de uma comunidade específica da Ilha de Malta. Fr. Costantino Fsadni O.P., Fr. Domingos Ebeger O.P., hoje Dom Walter, Fr. Renald Borg O.P e Fr. Angelo John Mamo O.P. foram alguns dos que administraram a Igreja Matriz e toda a Paróquia de Matinhos. Esta edificação começou a ser construída no início dos anos 70 e foi inaugurada, aproximadamente, em 1978. Seu lay-out original contava com um telhado mais baixo e uma torre de vitrais sobre o altar. Por apresentar alguns problemas e melhorar o seu aspecto toda a Igreja foi reformada, incluindo o levantamento do telhado e a construção de duas torres frontais. Neste período as missas eram celebradas no ginásio do SESC de Matinhos pelo saudoso Pe. Joaquim Raimundo Braz, voltando a matriz em 1992. Com a saída da comunidade dominicana nos anos 80, os vicentinos assumiram a administração, passando em seguida aos cuidados diocesanos.  O primeiro ministro eucarístico desta Igreja foi o Sr. Darcy de Oliveira e o primeiro coroinha, Delcio Ramos. Atualmente guarda em seu interior obras artísticas exclusivas feitas por Paulo Rogério Biscaia. É muito procurada por turistas e no período de temporada tem suas missas lotadas por conta do veraneio.

Aqui você conhece um pouco mais da Igreja Matriz de São Pedro sob o olhar da aluna do curso de “Olhar Fotográfico” da Casa da Cultura de Matinhos, Sirlei Thaler: