O CASARÃO DE MATINHOS
Basta correr o olhar pela orla de Matinhos para contemplar o Pico, famoso entre os surfistas e celeiro de talentos desse esporte. Contudo, é justamente do pico que, quase impreterivelmente, avista-se uma construção de três andares dona de um singelo colorido, atualmente na tonalidade amarela suave, e com um aspecto acolhedor que faz do nome Casarão a definição mais indicada a esse tradicional hotel do litoral paranaense.
Em quase quatro décadas de existência sobre o comando do proprietário Nilson Vedolin, o espaço abrigou e deu vazão a histórias inesquecíveis que, com frequência, levam seus protagonistas a retornarem a fim de sorverem novamente a magia que paira no local. E o período de Carnaval costuma receber alguns antigos candidatos a pierrôs e colombinas em busca de reviver ou aguçar ainda mais um turbilhão de emoções que só um estabelecimento, que tem pessoas envolvidas intrinsecamente com o desenvolvimento do município e o mar como vizinho consegue proporcionar.
Com as portas abertas desde 1974, Vedolin conta que comprou fiado a estrutura. “Arrendei um bar para vender bebidas por uma temporada e acabei achando o meu caminho, depois de trabalhar por anos em bancos e farmácias sem conseguir juntar muita coisa. Muitas vezes tentamos levar a vida para um lado, mas a vida leva para outro”, ensina. “Consegui fechar negócio e, depois de alguns anos só pagando pelo local, comecei a investir e reformar toda a estrutura interna e isso não parou mais. Todo ano temos reformas seja por causa das ressacas, seja pela necessidade de incrementar os serviços. Os clientes são cada vez mais exigentes e a concorrência obriga a gente a não parar”, ensina.
Apesar de ser um abrigo de histórias, o hotel recebeu esse nome em homenagem a novela O Casarão, do autor Lauro César Muniz. Ela foi exibida em 1976, dois anos após Vedolin adquirir o imóvel. “Achei que a fachada do Casarão remetia a construção da novela, por isso optei por esse nome”
Fonte: Blog O Casarão de Matinhos.
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