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segunda-feira, 3 de abril de 2023

O COMEÇO DA "CASA DO PEQUENO JORNALEIRO"

 O COMEÇO DA "CASA DO PEQUENO JORNALEIRO"

"A Casa do Pequeno Jornaleiro, no Prédio Anita Ribas, tem duas frentes; uma localizada na Rua Saldanha Marinho e outra na Rua Cruz Machado. O prédio foi construído, em terreno doado pelo estado, com donativos das pessoas, físicas e jurídicas.
No dia 17 de maio de 1942 o jornal “O Dia” noticiava o lançamento da campanha para a construção, uma iniciativa patrocinada pela Dona Anita Ribas, esposa do interventor Manoel Ribas. Imagino que foi inspirada, ou até mesmo incentivada, por Dona Darci Vargas, esposa do ditador Getúlio Vargas e patrocinadora de iniciativas semelhantes no Rio de Janeiro (então capital do país) e em Porto Alegre. Na mesma notícia o jornal informava que já havia sido arrecadado 7:418$800 referentes a venda de mesas no “Casino do Ahú” na noite anterior. Sessenta mesas a 50$000 cada mais 4:418$800 já em banco referentes a outras doações.
Depois disso houve uma grande mobilização de arrecadação de fundos, com contribuições de empresas, pessoas físicas, clubes, times de futebol, escolas, igrejas, sindicatos, associações beneficentes e outros. O pessoal promoveu rifas, festas, bailes, enfim, uma grande mobilização em prol da causa. Devidamente incentivados pelos jornais da época.
O lançamento da pedra fundamental foi no dia 25 de dezembro de 1942.
Em um artigo publicado pelo mesmo jornal “O Dia” no dia 26 de setembro de 1943, respondendo a uma pergunta formulada pelo jornalista de como os benefícios da Casa do Jornaleiro seriam distribuídos, Dona Anita Ribas disse o seguinte:
“Desde há muito já vimos cuidando dessa questão, procurando, através de recurso de que dispomos, estabelecer as normas que orientarão as nossas atividades no particular arguido. Em princípio, distribuiremos os benefícios da instituição, de acôrdo com as necessidades de cada beneficiado. Entre nós, dentre os jornaleiros que formam um total de cento e cincoenta, existem aqueles que são completamente desamparados, os que possuem família e contribuem para a sua manutenção e os que são manejados pelos responsáveis, ou melhor, esclarecendo, por eles são explorados, encarregando-se, em alguns casos, do sustento de pais pouco escrupulosos.
No primeiro caso, os menores desamparados terão abrigo completo na Casa do Jornaleiro. Serão mantidos pela instituição, recebendo moradia, alimentação e educação. O seu ganho monetário nas atividades externas será devidamente controlado, sendo uma parte destinada à Caixa da Casa do Jornaleiro, outra aos seus gastos pessoais e ainda outra recolhida à Caixa Econômica, assegurando-lhes uma reserva que muito útil lhes será na maioridade. No segundo caso, isto é, dos menores que vivem com os seus pais e contribuem para a manutenção da família, terão eles direito à alimentação e desfrutarão os serviços médicos, dentários, etc., direito esse extensivo a todas as pessoas da sua família.
Finalmente, no terceiro caso, tomaremos todas as providências no sentido de que os meninos não sejam explorados, adotando as medidas que as circunstancias exigirem. [...]"
(Texto de Flávio Antonio Ortolan / Fotos: Arquivo Publico do Paraná)
Paulo Grani

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Sala de aula para o ensino básico de 1a a 4a series.

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Salão de Refeitório

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Dormitório com seus beliches e roupa de cama.

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Gabinete dentário instalado.

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Pequena capela para ensino dos valores cristãos.