HISTÓRIA DO LUXUOSO HOTEL EDUARDO VII

Foto: Acervo MIS.

Autoria: Foto Colombo.

Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Foto: Arquivo Público do Paraná







Editoração e fotografia de Eduardo Sallum
fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado











Em 2007, uma dupla de pesquisadores descobriu o que era servido nos banquetes reais do século 19 no Brasil

Na cidade de Petrópolis, localizada no Rio de Janeiro, fica o imponente Museu Imperial, que contém em exibição mais de 300 mil itens relacionados ao período imperial brasileiro, em particular o Segundo Reinado.
Ana Roldão, todavia, que no início dos anos 2000 era gerente de negócios da instituição, percebeu uma lacuna que não era respondida pelo amplo acervo do local. Ela explicou o que ocorreu em uma entrevista à Folha de São Paulo em 2007.
“Quando abri o bistrô, as pessoas perguntavam: ‘Tem comida do imperador? O que Dom Pedro I comia? E a princesa Isabel?’. Eu não fazia a menor ideia do que comiam”, contou ela ao veículo.
Foi essa dúvida que deu o pontapé inicial para uma pesquisa realizada em colaboração com o jornalista Edmundo Barreiros.
Juntos, a dupla foi capaz de compilar diversas informações curiosas a respeito da rotina alimentar da família imperial, sendo capaz de transportar o leitor para dentro dos banquetes reais daquela época.
As fontes históricas para o estudo foram, por exemplo, livros de receitas do século 19, anotações feitas pelos mordomos que serviam a família imperial, os cadernos que listavam os itens da despensa, os cardápios que eram elaborados apenas para eles e ainda cartas escritas pela Princesa Isabel, em que ela mencionava suas refeições.
Alguns dos hábitos alimentares mais excêntricos identificados pelos pesquisadores pertenciam a Dom João VI, que era capaz de devorar três frangos inteiros em uma só refeição, e para finalizar ainda comia cinco mangas descascadas de sobremesa.
O rei português, contudo, tinha preferências bem específicas em relação à maneira de preparo da carne que consumia: segundo relatado por ele, ninguém fazia os frangos melhor que seu cozinheiro Alvarenga.

A Princesa Isabel seria outra gulosa da família, embora de maneira diferente.
“Há uma forte influência portuguesa no gosto dela. É alucinada por todos esses doces portugueses. Adora pão-de-ló, chá. É uma figura bem rica para trabalhar com alimentação, pois fala muito de comida”, relatou Ana.
Existe ainda uma passagem encontrada em meio às suas correspondências em que a princesa reclama de ser servida “peixe em lata” durante a Quaresma de 1858, alimento que ela diz “não gostar nada”.
Dessa forma, Isabel acabou comendo só arroz na manteiga e batatas, episódio que a jovem descreveu como “uma verdadeira penitência”, conforme informações repercutidas pela Isto É.

Outra revelação feita pela pesquisa da ex-gerente do Museu Imperial e do jornalista diz respeito aos hábitos de Carlota Joaquina, a esposa de João VI.
“Na Torre do Tombo, em Lisboa, um documento aponta que eram consumidas muitas unidades de aguardente de cana por mês, a maioria destinada ao quarto e à cozinha de Carlota. Ela tomava aguardente misturada com sucos de frutas frescas, pois sofria demais com o calor brasileiro. Tinha necessidade de hidratar o corpo”, relatou Roldão à Folha.
A história, porém, é menos simples do que parece a princípio: “Não adianta só dizer que ela era pinguça. No cruzamento de informações, percebe-se que a alimentação das mulheres era carregada nos doces, o que explica [o alto consumo], já que a aguardente era usada para conservar compotas de fruta”, explicou a historiadora.
Quando veio para o Brasil em 1817, Leopoldina, que era esposa de Dom Pedro I, decidiu levar consigo uma série de alimentos na viagem. Assim, ela trouxe todo um carregamento de salmão, feijão-verde, repolho e carne de porco.
Embora a realeza portuguesa tenha prosseguido importando boa parte de sua dieta da terra natal, todavia, eles também se adaptaram às comidas brasileiras. Dom João VI, por exemplo, foi responsável por incluir frutas como a já citada manga e também a goiaba em sua alimentação.
Dom Pedro I, por sua vez, preferia refeições mais simples. Adorava um prato de arroz com feijão e carne de acompanhamento, por exemplo, e com frequência comia na cozinha, junto aos empregados, em vez de unir-se ao salão de jantar, onde era servido o cardápio imperial.

Um dos casos divertidos revelados pela pesquisa de Roldão e Barreiros ocorreu durante uma viagem pelo Brasil em que o Imperador chegou antes do restante da comitiva na fazenda que iria recebê-los.
“Sem se identificar, entrou pela cozinha e disse à cozinheira que estava com muita fome. E ela: ‘Ó moço, posso dar algo simples, porque estou esperando o imperador’. Ofereceu-lhe arroz, feijão, carne e aguardente. Quando o dono da fazenda entrou, viu o imperador sentado na cozinha, tomando cachaça, comendo a comida dos empregados e rindo”, descreveu a historiadora.
Fonte:
aventurasnahistoria.uol.com.br
INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS

Manga com leite. Essa é uma das combinações mais polêmicas na alimentação dos brasileiros. Muita gente, sobretudo quem tem mais idade, jura de pé junto que ela é tóxica e faz mal para a saúde, resultando em incômodos gastrointestinais, como diarreia e até a morte. Mas será que isso tem algum fundamento?
A resposta é não! “Comer manga com leite seria o mesmo que comer banana com leite, morango com leite… vamos combinar, é uma mistura maravilhosa!”, diz Roberta Almeida, nutricionista.
Roberta explica que esse mito vem desde os tempos da escravidão no Brasil. A questão é que a lenda foi criada justamente para impedir o consumo do alimento, uma vez que o leite era um dos itens mais caros adquiridos na colônia. Nenhum senhor de engenho ou dono de imensas plantações de café “correria o risco” de ter a bebida consumida por um escravo e, paralelamente, como as mangueiras e seus frutos eram fartos, os cativos comiam muito a fruta que estava ali, à disposição.

Surgira assim, a invenção da mistura venenosa. Afinal, se a história contada envolvesse apenas o suposto veneno do leite, logo cairia por terra na primeira vez que um feitor fosse flagrado bebendo a “preciosidade”. Então, essa lenda foi criada e diz-se que uma sinhá, dona da casa grande, chegou mesmo a colocar algum tipo de veneno numa mistura de manga e leite e deu para uma escrava beber. Quando ela caiu morta diante dos outros, a história rapidamente se espalhou como poeira ao vento…

Então quer dizer, nutricionista Roberta, que tudo bem misturar manga e leite?
“Mas claro”, afirma ela. “Não há nada, do ponto de vista científico, que prove o contrário. Além disso, essa combinação vai proporcionar um alimento altamente nutritivo”.
O leite é fonte de proteína de grande valor biológico, cálcio —não havendo outro item que forneça a mesma quantidade—, fósforo, magnésio e vitaminas A, D e riboflavina. Além de ser o principal aliado da saúde dos ossos e dos dentes, ele atua nas terminações nervosas, no crescimento muscular e no coração.
A manga, por seu lado, é rica em caroteno (provitamina A) e contém fósforo, potássio, vitamina C e fibras. Alguns dos seus benefícios são: melhora da imunidade e do funcionamento intestinal, equilíbrio da frequência cardíaca, redução dos níveis de colesterol LDL (mau colesterol) e proteção da visão. A vitamina C, por exemplo, é um ótimo antioxidante.
Roberta conclui: “É uma combinação deliciosa, e pode ser consumida como sorvete, como vitamina batida no liquidificador no café da manhã, enfim, pode consumir como preferir porque só fará bem para sua saúde”.
Consultoria:

Roberta Almeida, nutricionista, CRN-3 68945/P @nutrirobertaaalmeida
Fontes:
Wikipedia, Daniel Navas e Renata Turbiani, Vivabem

May Pierstorff, de 4 anos, foi enviada então de sua casa em Grangeville, Idaho, até a casa de seus avós, a cerca de 73 quilômetros de distância, com selos colados no casaco.
FROTA PRINCESA DOS CAMPOS LINHA PONTA GROSSA-CURITIBA








