quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Projeto de Casa para o Sr. Rodolfo Altrich — Uma Residência de Pequeno Porte em Curitiba (1924)

Projeto de Casa para o Sr. Rodolfo Altrich — Uma Residência de Pequeno Porte em Curitiba (1924)


Introdução

O projeto arquitetônico da casa para o Sr. Rodolfo Altrich, elaborado pelo arquiteto Eduardo Fernando Chaves em 14 de janeiro de 1924, representa um testemunho valioso da arquitetura residencial curitibana do início do século XX. Embora hoje demolido — conforme registro de 2012 —, este imóvel, localizado na Avenida Graciosa, oferece uma janela para compreender os padrões construtivos, estéticos e sociais da época. Este artigo detalha a ficha técnica, o contexto histórico, as características arquitetônicas e o legado desse projeto, que, apesar de não mais existir fisicamente, permanece documentado no Acervo do Arquivo Público Municipal de Curitiba.


Ficha Técnica do Projeto

  • Denominação Inicial: Projecto de Casa para o Snr. Rodolfo Altrich
  • Denominação Atual: Projeto de Residência de Pequeno Porte — Avenida Graciosa
  • Categoria (Uso): Residência
  • Subcategoria: Residência de Pequeno Porte
  • Endereço: Avenida Graciosa, Curitiba — PR
  • Número de Pavimentos: 1
  • Área do Pavimento: 155,00 m²
  • Área Total Construída: 155,00 m²
  • Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de tijolos
  • Data do Projeto Arquitetônico: 14 de janeiro de 1924
  • Alvará de Construção: Talão Nº 56; Nº 75/1924
  • Situação em 2012: Demolido
  • Autor do Projeto: Eduardo Fernando Chaves
  • Proprietário Original: Rodolfo Altrich

Descrição do Projeto

O projeto consistia na construção de uma residência unifamiliar de pequeno porte, concebida para atender às necessidades habitacionais de uma família média da época. A planta do pavimento térreo, acompanhada de corte e fachada frontal, foi apresentada em uma única prancha, característica comum dos projetos arquitetônicos da década de 1920, quando a economia de recursos e a funcionalidade eram priorizadas.

A utilização da alvenaria de tijolos como material construtivo reflete a tecnologia disponível e amplamente adotada em Curitiba na primeira metade do século XX. Esse sistema permitia boa durabilidade, isolamento térmico e acústico, além de ser compatível com as técnicas de mão de obra local.

Embora o projeto tenha sido aprovado com alvará de construção (Talão Nº 56; Nº 75/1924), não há registros públicos sobre eventuais modificações ou adaptações realizadas durante a execução da obra, o que sugere que a construção seguiu fielmente o projeto original.


Contexto Histórico e Urbanístico

Em 1924, Curitiba vivia um período de crescimento urbano moderado, com a consolidação de bairros periféricos e a expansão das vias principais, como a Avenida Graciosa — então uma via importante de ligação entre o centro e áreas emergentes da cidade. O projeto de Rodolfo Altrich inseria-se nesse cenário de urbanização progressiva, onde a demanda por moradias individuais crescia paralelamente à formação de novas classes médias.

Eduardo Fernando Chaves, autor do projeto, era um profissional ativo na capital paranaense na primeira metade do século XX. Embora não seja tão conhecido quanto alguns de seus contemporâneos, sua produção revela um compromisso com a funcionalidade e a racionalidade espacial, características típicas da arquitetura modernista incipiente no Brasil, ainda que aqui aplicada de forma mais tradicional e adaptada ao contexto local.


Características Arquitetônicas

Apesar da ausência de imagens fotográficas do imóvel construído, é possível inferir algumas características a partir da descrição do projeto:

  • Planta: Provavelmente organizada em torno de um núcleo central (cozinha/sala), com dormitórios dispostos nos extremos, buscando privacidade e ventilação cruzada.
  • Fachada Frontal: De acordo com o registro, havia uma representação da fachada, o que indica preocupação com a estética externa — provavelmente simples, com linhas retas, poucos adornos e janelas de madeira com venezianas, típicas da arquitetura residencial da época.
  • Corte: O corte vertical permitiria visualizar a altura dos cômodos, o tipo de cobertura (provavelmente telhado de telhas cerâmicas) e a estrutura interna, reforçando a ideia de uma construção sólida e bem dimensionada para o uso residencial.

Legado e Documentação

O projeto encontra-se preservado no Arquivo Público Municipal de Curitiba, sob a forma de microfilme digitalizado, o que garante sua acessibilidade para pesquisadores, historiadores e estudiosos da arquitetura local. A documentação inclui:

  • Planta do pavimento térreo
  • Corte longitudinal
  • Fachada frontal

Esses elementos são fundamentais para a reconstrução histórica da cidade, especialmente em áreas onde a memória física foi perdida — como no caso desta residência, demolida até 2012.


Considerações Finais

A casa projetada por Eduardo Fernando Chaves para Rodolfo Altrich, embora modesta em dimensão, carrega um valor histórico significativo. Representa um modelo típico de habitação urbana da Curitiba dos anos 1920 — funcional, econômica e construída com materiais locais. Sua demolição, ocorrida décadas depois, é um lembrete da importância da preservação documental e do papel dos arquivos públicos na manutenção da memória arquitetônica da cidade.

Este projeto, mesmo sem existir fisicamente, continua vivo nas páginas do arquivo municipal, servindo como fonte para compreender como se vivia, construía e pensava a cidade no passado. É um convite à reflexão sobre o patrimônio invisível — aquele que, mesmo desaparecido, ainda pode ser resgatado através da documentação e da pesquisa histórica.


Referências

  • CHAVES, Eduardo Fernando. Projecto de Casa para o Snr. Rodolfo Altrich na Avenida Graciosa. Planta do pavimento térreo, corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado. Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba.

Nota: Este artigo foi elaborado com base em dados oficiais disponíveis no Acervo do Arquivo Público Municipal de Curitiba, atualizados até 2012. Nenhuma informação adicional sobre a demolição ou uso posterior do terreno foi encontrada nos registros públicos consultados.


Artigo redigido em 20 de novembro de 2025, com base em fontes históricas e arquivísticas.

 Eduardo Fernando Chaves: Projetista

Denominação inicial: Projecto de Casa para o Snr. Rodolfo Altrich

Denominação atual:

Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Residência de Pequeno Porte

Endereço: Avenida Graciosa

Número de pavimentos: 1
Área do pavimento: 155,00 m²
Área Total: 155,00 m²

Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos

Data do Projeto Arquitetônico: 14/01/1924

Alvará de Construção: Talão Nº 56; Nº 75/1924

Descrição: Projeto Arquitetônico para construção de uma casa.

Situação em 2012: Demolido


Imagens

1 - Projeto Arquitetônico.

Referências: 

CHAVES, Eduardo Fernando. Projecto de Casa para o Snr. Rodolfo Altrich na Avenida Graciosa. Planta do pavimento térreo, corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado.

Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba.

Tina: HQ "O Astro"

 

Tina: HQ "O Astro"

O ator Tôni Bamos termina um dia de gravação da novela "Rainha do ferro velho" e vai embora para casa disfarçado para não ser reconhecido porque não queria ser atacado pelas fãs histéricas. No caminho, encontra a Tina em um ponto de ônibus, acha uma gata e resolve paquerá-la, se apresentando que é o Tôni Bamos.

Tina diz que ela é a "Cristina Buarte" e Tôni acha que ela tem senso de humor. Tina sai fora, achando que ele era louco e Tôni insiste que ele é o ator da novela e ela diz que também já se apresentou e o manda cair fora. Tôni acha Tina garota difícil, tira o disfarce e ela acha que se parece o Maico Jacson e se despede cantarolando "Bad".

Tôni acha que Tina sabe muito bem quem é ele e está se fazendo de difícil. Assim, a pega e tasca um beijão na boca dela e pergunta se gostou. Tina dá um tapa na cara dele e diz um sonoro "Não" e vai embora. Tôni desiste de conquistá-la, quando uma mulher vê que ele era o Tôni Bamos, chama as outras mulheres e todas avançam nele. Tina vê e comenta que não sabe o que elas veem em um cara bobo que diz ser o Tôni Bamos. Chega em casa e vai assistir a novela Rainha do Ferro Velho e fica admirando o Tôni Bamos, seu grande ídolo.

História legal em que o ator famoso "Tôni Bamos" se encanta com a Tina e resolve paquerá-la. Estava disfarçado porque não queria ser agarrado pelas fãs na rua e Tina não o reconhece. Ele insiste bastante e chega até tirar disfarce para provar que é ele e Tina não acredita que é ele, que desiste e depois ainda é agarrado pelas fãs como não queria. No final, é mostrado que a Tina é grande fã do Tôni Bamos e ainda assiste a novela. 

Tina não reconheceu  e nem se tocou que estava falando com o verdadeiro Tôni Bamos, se acreditasse nele, poderia ser bem diferente e ainda se tornar namorada de um ator famoso e de seu grande ídolo. Tina precisando mudar de óculos urgente, talvez não o reconheceu porque achou que ele estava mais magro do que como via na TV e também a voz que a gente ouve na TV é diferente quando vê o artista pessoalmente.

Quem diria até Tony Ramos não resistir à beleza da Tina, para ver como ela era bela. Mostrou um Tôni galanteador e convencido que não agiu bem, na primeira negativa da Tina, podia ter pulado fora, mas continuou insistindo, virando assédio, até beijo na boca deu nela. Na vida real Tony Ramos nunca agiria assim por ele ser fiel a sua esposa com quem é casado até hoje. Foi engraçado o assédio e insistência dele, achando que ela é garota difícil, dar beijo na boca e levar tapa da Tina, bem merecido, por sinal, não deve fazer isso com uma dama.

Teve menção à novela "Rainha da Sucata" da TV Globo, de 1990, por ter sido a última que o Tony Ramos tinha feito até então, novela que já tinha saído do ar em 1991. Foram várias paródias que foram ótimas de novela "Rainha da Sucata" como "Rainha do Ferro Velho", Tony Ramos como "Tôni Bamos", seu personagem na novela Edu como "Dudu", Regina Duarte como "Cristina Buarte", sua personagem na novela Maria do Carmo como "Maria Carmem" e Michael Jackson como "Maico Jacson". Sempre eram criativos nas paródias. 

Curiosidade que ficou um duplo sentido da Tina se apresentar como "Cristina Buarte". Tudo indica que intenção foi para ser só paródia da atriz Regina Duarte, o par romântico do Tony ramos na novela, mas também pode ser o nome dela de Tina de "Cristina" misturado com a paródia da atriz, lembrando que paródia da Regina Duarte costumava ser "Regina Buarte". Foi também legal a Tina cantarolar música "Bad", servindo como homenagem a Michael Jackson.

Essa história foi a estreia da reformulação da Tina nos anos 1990 com cabelos longos, mais sensual, tendo histórias próprias com homens a seus pés encantados com a beleza e conflitos com namorados variados, bem diferente da certinha e conciliadora que só aparecia para ajudar nas encrencas dos amigos nos anos 1980. Sem dúvida, Tina estreou nessa nova fase em grande estilo.

É incorreta atualmente por assédio do "Tôni Bamos" com a Tina, inclusive beijo na boca à força,  ele levar tapa explícito na cara e sem deixar só onomatopeia no quadro e ficar de olho roxo, menção à novela, apesar de não ser vista por personagens crianças na história, mas os gibis são lidos por crianças, além da palavra "louco" ser proibida hoje em dia nos gibis e podem implicar com a TV de tubo por ser datada colocando uma TV LED no lugar. 

Traços espetaculares com Tina sensualíssima, ângulos e disposições de formatos de quadros diferentes, tudo indica ser desenhos do Aluir Amâncio. Mantiveram nessa nova fase quadros com faixas de 3 linhas e 3 colunas por página característicos nas histórias da Tina, porém na última página os quadros ficaram dispostos de 4 faixas tradicionais para não precisar criar mais uma página para a história. As cores ficavam boas assim sempre quando gibis tinham papel oleoso. Teve propaganda inserida na lateral direita da terceira página, dessa vez do Grupo "Ama", escola de música, bastante presente nos gibis na época.

Chico Bento: HQ "Beleza interior"

 

Chico Bento: HQ "Beleza interior"

Em outubro de 1995, há exatos 30 anos, era publicada a história "Beleza interior" em que o Chico resolve fazer cirurgia plástica e mudar de rosto depois de achar que a Rosinha não gosta dele por ser feio demais. Com 16 páginas, foi publicada em 'Chico Bento Nº 227' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Chico Bento Nº 227' (Ed. Globo, 1995)

Escrita por Rosana Munhoz, começa com Rosinha admirando pôsteres dos atores Tom Cruiz e Mel Guibisom na entrada  do cinema na frente do Chico Bento e comenta como eles são lindos. Chico pergunta sobre ele e Rosinha lhe dá um beijo e responde que ele é lindo por dentro.

Chico vai à clínica do Doutor Tonico, querendo passar na máquina de tirar fotografia por dentro do corpo. Sai de lá com a radiografia, mostra para a Rosinha, que estava conversando com a Glorinha, dizendo que se já que acha que é lindo por dentro, resolveu dar uma lembrança para ela. Rosinha fala que mesmo ele não sendo bonito por fora, é bom, fiel, generoso. Glorinha complementa que concluindo o Chico é feio. 

Rosinha diz que beleza não é importante, porque tem muitos bonitões que abre a boca e não tem nada por dentro e Chico acha que eles são banguelas. Rosinha explica que abrem a boca e sai nada de interessante e Chico pergunta se são mudos. Rosinha grita que são burros e Glorinha complementa que nem o Chico, que além de feio é tonto e que em compensação tem outros que nem precisa abrir a boca, olhando para um menino loiro bonito que passava na hora.

Chico vai embora, Rosinha fala que gosta dele, que fala que por enquanto, só aparecer lá o Tom Cruiz Credo que ela vai se apaixonar e termina namoro com a Rosinha. Depois, Chico chora, diz para o Zé da Roça porque é feio e Zé diz que isso ele sempre foi e Chico fala que foi só agora que a Rosinha passou a preferir os atores bonitões a ele.

Zé da Roça conta que o Uvo Pitangão está na cidade. Chico acha que é um ator bonitão, Zé fala que é cirurgião plástico e Chico não quer saber de plástico. Zé explica que Uvo Pitangão é médico, está de férias lá e sabe mudar o rosto das pessoas, que foi ele quem fez o nariz da Tuxa, queixo da Vera Fixa e orelha da Xero Istone.  

Eles chegam lá e tem uma fila enorme em frente a casa onde Uvo Pitangão estava hospedado, querendo que opere nariz, diminuir queixo, orelhas de abano, etc, mas quando veem o Chico deixam ele passar na frente porque o caso dele é mais grave do que deles. Um repórter, que estava na árvore, segura o Chico e joga na chaminé  e caindo na casa do Pitangão.

Chico pede para Pitangão fazer ele ficar bonito, Ivo fala que está de férias e vai operar ninguém e depois vê que é uma criança. Chico fala que a namorada não gosta dele porque é feio e Pitangão leva Chico para o quarto e muda o rosto dele, ficando bonito, sem anestesia e nem cobra nada. Chico comenta que está com calor, Pitangão conta que é normal e depois passa. O povo lá fora se impressionam como o Chico ficou, um verdadeiro milagre, e ficam desesperados para fazerem plástica também.

Chico vai fazer surpresa para Rosinha, que está triste que ele está magoado com ela e Glorinha acha que é melhor porque ela está livre para namorar alguém que preste como o bonitão ali. Ele se apresenta que se chama Chico, Rosinha fala que é mesmo nome do namorado dela e mesma roupa. Chico diz que é mais bonito que ele, lindo olhos, cabelos e quando abre boca tem lindos dentes. 

Pergunta se a lindeza quer namorá-lo, que também é uma lindeza. Rosinha recusa, acha que é um metidão como os outros, nem se compara com o Chico. Ele pergunta se prefere aquele feioso do que ele., Rosinha diz que mil vezes e vai embora. Glorinha diz para não ligar, que prefere ele e Chico sai correndo dela.

Depois, conta para o Zé da Roça que deu mancada, que a Rosinha prefere como ele era e não quer ser mais lindo. Uvo Pitangão aparece disfarçado, fugindo para viajar para o exterior, que férias lá estava adiantando nada. Chico implora que antes poderia fazer voltar como era antes. Pitangão fala que é fácil, Zé estranha que sem anestesia e sem nada, e descobrem que era só uma máscara que o Pitangão colocou no rosto do Chico. Diz que jamais ia operar uma criança assim e quando crescer, se ainda estiver insatisfeito com o rosto, aí sim, o procure.

Chico fica feliz com o seu rosto antigo de novo, se encontra com a Rosinha, fazem as pazes, comemorando que ela gosta do jeito que ele é e nunca mude nada nele. Em seguida, Rosinha volta a admirar pôsteres do Tom Cruiz e Mel Guibisom no cinema e Chico diz  que quem sabe daqui alguns anos dê uma podada na orelha, um toquinho no nariz e uma ajeitada nos dentes.

História legal em que o Chico resolve fazer cirurgia plástica depois de ver Rosinha admirando pôsteres de atores internacionais e ele achar que a namorada preferia os atores bonitões a ele. O cirurgião Uvo Pitangão faz Chico ficar belo bem rápido e ele tenta se aproximar da Rosinha e descobre que ela prefere como ele era antes da cirurgia. Pitangão faz  Chico voltar ao normal apenas tirando a máscara que havia colocado e Chico faz as pazes com a Rosinha, sendo que como continua com ciúmes da Rosinha admirando os atores, pretende dar uma ajeitadinha no nariz, orelha e dentes quando crescer.

Vimos que essa vez foi o Chico quem terminou namoro com a Rosinha, não o contrário, tudo por ciúmes dos atores bonitões do cinema e pensava que por ele ser feio a Rosinha não gostava dele. Depois de ficar belo, através do Uvo Pitangão Chico não revelou para a Rosinha que era ele após a plástica para ver se ela namorava um bonitão qualquer e só aí descobriu que ela gostava do jeito que ele era, pela sua beleza interior. Na verdade, era o que ela querendo dizer desde o início só que ele não entendia.

Apesar de tudo que passou, Chico não aprendeu lição no final, continuou com ciúmes da Rosinha com os atores e quando crescer queria fazer plástica para ver se melhorava a aparência e Rosinha poder admirá-lo também pela beleza de fora. Rosinha nem para desconfiar vendo que o bonitão usava a mesma roupa do namorado. Se Chico tivesse revelado que era ele, podia ter outro caminho,  a Rosinha aceitá-lo e nem preele se arrepender depois.

Chico foi injustiçado que todos achavam que ele era extremamente horroroso, até pior de quem estava na fila na casa do Uvo Pitangão, que deram a vez para ele entrar lá primeiro porque era um caso perdido e só milagre para embelezar. A máscara que o Pitangão colocou foi perfeita de todos convencerem do milagre de deixar Chico bonitão, engraçado que mesmo com calor, Chico não percebeu que estava de máscara o tempo todo.

 A Glorinha, amiga da Rosinha, também não se enxergava, falava que Chico é feio, jogava para baixo mas ela também era muita feia, tanto que ele correu quando ela despertou interesse quando estava bonitão. Glorinha apareceu só nessa história, com ode costume de personagens criados para uma história, mas, com essa personalidade retratada aí, bem que poderia ter sido efetivada como uma menina para causar intriga, uma espécie de Denise da roça.

Chico foi bem lerdo nessa, não intendeu que lindo por dentro era beleza interior de bondade e fazer Raio-X para agradar a Rosinha, ao dizerem que abrir boca e não tem nada por dentro e ele achar que não tem dentes, dizerem abrir a boca e tem nada de interessante e Chico pergunta se são mudos, confundir cirurgião plástico com plástico comum. Eram muito divertido quando ele agia assim na inocência e se passando por burro e retardado na visão dos outros.

Engraçado também o porteiro dormindo porque ninguém na roça ia para cinema, Chico dizer que Raio-X era tirar fotografia por dentro, as paródias dos atores e artistas e ainda Chico complementar Tom Cruiz Credo, Glorinha esculachar que Chico era feio e burro, Zé da Roça dizer que feio o Chico sempre foi, a fila enorme para tentar fazer plástica com o Uvo Pitangão, geral achar Chico extremamente feio, mesmo os outros serem bem mais feios que ele, pessoal na fila dizendo o que eles têm de feio, inclusive a mulher gata achando que tinha que mudar tudo nela, a surpresa do povo do milagre que o Pitangão fez com o Chico e a descoberta depois que era só uma máscara.

As paródias foram um show a parte, foram várias nessa. Tiveram: "Tom Cruiz" (Tom Cruise), "Mel Guibisom" (Mel Gibson), "Uvo Pitangão" (Ivo Pitanguy), "Tuxa" (Xuxa), "Vera Fixa" (Vera Fisher), "Xero Istone" (Sheron Stone). Seja com presença física ou só com trocadilho nos nomes, uma paródia mais criativa que a outra. E hilário Zé da Roça citar que foi o Pitangão que fez cirurgia plástica na Tuxa, Vera Fixa e Xero Istone. Em relação a pessoal da fila, curioso uma mulher com charuto na boca igual à Dona Catifunda da "Escolinha do Professor Raimundo", também não deixa de ser paródia.

Além de divertir, história teve mensagem positiva de não se preocupar com beleza exterior, tem que gostar como você é e não seguir padrão de beleza que os outros acham que é mais bonito e muito menos recorrer a cirurgia plástica para agradar o padrão e que o mais importante é a beleza por dentro, de se ruma pessoa boa, generosa e fiel. Apesar da mensagem, incorreta de bullying de Chico ser feio e burro, criança recorrer a cirurgia plástica, namoro entre crianças, além de certas palavras do caipirês diferentes do que colocam atualmente como "mió" que agora colocam "mior".

Traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. As cores seguiram com degradê em todos os quadros, inclusive em gramas, muros, portas, etc, e balões coloridos em degradê quando o fundo era branco. Em 1995, sobretudo no segundo semestre, também estava bem frequente histórias de abertura da Rosana com quadros divididos em 3 linhas por página ou até 6 quadros por página ao invés do tradicional 4 linhas por página sou até 8 quadros. Desde 1989 já se podia ver enquadramentos assim algumas vezes, porém em 1995 já estava bem maior. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.