domingo, 28 de dezembro de 2025

Armilia Barbara Palmira Tanadini Emilia / Palmira (Armilia Barbara Palmira Tanadini) Nascida a 2 de abril de 1871 (domingo) - Acquanegra sul Chiese, Mantova, Itália Falecida a 31 de janeiro de 1962 (quarta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 90 anos Enterrada - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR

  Armilia Barbara Palmira Tanadini Emilia / Palmira (Armilia Barbara Palmira Tanadini)   Nascida a 2 de abril de 1871 (domingo) - Acquanegra sul Chiese, Mantova, Itália Falecida a 31 de janeiro de 1962 (quarta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 90 anos Enterrada - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR

Armilia Barbara Palmira Tanadini: Uma Vida Tecida com Coragem, Amor e Raízes que Cruzaram o Oceano

Por uma voz que ecoa do passado, para as gerações futuras


Ela nasceu sob o céu da Lombardia, em um dia de abril ensolarado, quando as árvores de Acquanegra sul Chiese começavam a florescer e o Rio Chiese corria sereno. Armilia Barbara Palmira Tanadini — ou simplesmente Emília, como era carinhosamente chamada — veio ao mundo em 2 de abril de 1871, no coração da Itália, em um tempo em que o futuro ainda era escrito a tinta e lápis, e os sonhos eram alimentados pela esperança de um horizonte mais amplo.

Seus pais, Luigi Tanadini e Tersilla Cecilia Tomaselli, eram pessoas de fé, trabalho e resiliência. Luigi, um homem de mãos calejadas e olhar firme, sonhava com um futuro melhor para seus filhos. Tersilla, delicada e forte, mantinha o lar unido com amor, orações e sabedoria ancestral. Eles não tinham muito, mas tinham tudo o que importava: um lar, uma família e um propósito.

Armilia cresceu cercada por irmãos — muitos irmãos — numa casa onde o barulho das crianças era sinfonia e o cheiro de pão caseiro, perfume sagrado. Aos dois anos, ganhou seu primeiro irmão, Abele Federico (Alberto Luiz), em 1873. Em 1874, veio Rachele Lucia, que infelizmente partiu cedo, aos dois anos, em Gênova, em 1876 — uma dor que marcou profundamente a família. Mas a vida insistiu em continuar, e em 1877, outra Rachele — Raquel — chegou, trazendo consigo uma história mágica: dizem que ela nasceu a bordo do navio que trouxe a família para o Brasil, uma lenda que só foi confirmada décadas depois, em 2015, quando sua certidão de nascimento foi encontrada nos arquivos de Mantova.

Em 1879, o destino já havia traçado um novo rumo: a família embarcou para o Brasil. E foi em Morretes, Paraná, que nasceu Manoel Maneco Tanadini, o primeiro filho da família a nascer em solo brasileiro. Armilia, então com oito anos, viu o mar pela primeira vez — vasto, azul, assustador e promissor. Foi ali, entre as montanhas e as matas do Paraná, que ela aprendeu a ser brasileira, sem nunca esquecer suas raízes italianas.

Nos anos seguintes, outros irmãos vieram: Ernesto, em 1880; Maria Rosa Rosinha, em 1883; Luiza Pasquina, em 1887; e os pequenos Francisco, que nasceu e partiu em 1888, e outro Francisco, em 1891, que também faleceu jovem, em 1927. Cada nascimento era uma bênção, cada partida, uma ferida que se curava com o tempo, mas jamais desaparecia.

Armilia, a primogênita, tornou-se a coluna da família. Ela cuidava dos irmãos mais novos, ajudava a mãe nas tarefas domésticas, e observava o pai trabalhar com dedicação. Aos 19 anos, em 7 de junho de 1890, ela se casou com Josué Joaquim Antonio Moraes, na Paróquia de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba. O casamento foi celebrado pelo Pe. Alberto José Gonçalves, com testemunhas como Julio Ginesta e Jorge Gunter — nomes que hoje parecem ecoar de um tempo distante, mas que foram testemunhas de um amor verdadeiro.

Do casamento, nasceu sua única filha: Alzira Moraes. Alzira foi o fruto de um amor maduro, de uma mulher que já havia vivido tanto — a imigração, a perda, a adaptação, a construção de uma nova vida. Armilia educou Alzira com carinho, transmitindo-lhe os valores da família, a força da fé e o orgulho de suas origens.

Sua vida foi marcada por perdas dolorosas: em 1899, perdeu sua avó materna, Garrafas de Páscoa — nome curioso, mas carregado de história. Em 1910, seu pai, Luigi, faleceu vítima de derrame. Em 1932, sua mãe, Tersilla, partiu em Piraquara. E aos poucos, seus irmãos também foram se despedindo: Ernesto, em 1924, vítima do alcoolismo crônico; Francisco, em 1927; Abele, em 1946; e Raquel, em 1965. Maria Rosa Rosinha, a mais velha das irmãs sobreviventes, partiu em 1971, e Luiza Pasquina, em 1963.

Armilia, porém, resistiu. Com uma força que só quem viveu tanto pode ter, ela seguiu em frente. Viúva, mãe solteira, avó, tia, irmã, amiga — ela era tudo isso e mais. Morou em Curitiba, cidade que abraçou sua família e se tornou sua terra. Lá, ela construiu sua história, plantou memórias, e deixou marcas que não se apagam.

Em 31 de janeiro de 1962, aos 90 anos, Armilia Barbara Palmira Tanadini partiu. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São Francisco de Paula, em Curitiba, no lote 103A, quadra 0010, quarto 3 — um lugar modesto, mas digno, como ela mesma foi: humilde, mas grandiosa.

Sua fotografia, capturada em tons suaves, mostra uma mulher de olhos profundos, expressão serena, rosto marcado pelas rugas da vida — cada linha, uma história, cada sombra, uma lembrança. Ela olha para nós com a calma de quem já viu tudo, sofreu tudo, amou tudo — e ainda assim, permaneceu de pé.


Por que contar sua história?

Porque Armilia não foi apenas uma mulher do século XIX que viveu até o século XX. Ela foi uma ponte entre dois mundos: a Itália de seus pais e o Brasil de seus filhos. Ela foi a mãe que criou com as próprias mãos, a irmã que protegeu os mais novos, a esposa que amou com lealdade, a avó que contou histórias, a mulher que sobreviveu à dor sem perder a ternura.

Sua vida é um espelho para todos nós: mostrando que, mesmo diante da adversidade, é possível construir um legado de amor, respeito e coragem. Que as raízes podem ser estrangeiras, mas o coração pode pertencer a qualquer lugar onde haja amor.

Hoje, em 29 de dezembro de 2025, enquanto escrevemos esta homenagem, podemos imaginar Armilia sorrindo de algum lugar além do tempo — talvez entre as nuvens de Acquanegra, ou nas ruas de Curitiba, ou mesmo ao lado de seus entes queridos, reunidos novamente.

Ela não está morta. Está viva — em cada descendente, em cada história contada, em cada gesto de bondade que sua família repassa de geração em geração.

Armilia Barbara Palmira Tanadini — Emília, Palmira, Mãe, Irmã, Avó, Mulher de Ferro e Coração de Ouro.

Que sua memória seja eterna.
Que sua história inspire.
Que seu amor continue a ecoar — por séculos.


“Ela não foi apenas uma mulher que viveu. Ela foi uma mulher que construiu — famílias, laços, raízes, sonhos. E por isso, jamais será esquecida.”

Armilia Barbara Palmira Tanadini

Feminino  Armilia Barbara Palmira Tanadini Emilia / Palmira

(Armilia Barbara Palmira Tanadini)

  • Nascida a 2 de abril de 1871 (domingo) - Acquanegra sul Chiese, Mantova, Itália
  • Falecida a 31 de janeiro de 1962 (quarta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 90 anos
  • Enterrada - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR
1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

(esconder)

 Acontecimentos

2 de abril de 1871 :
Nascimento - Acquanegra sul Chiese, Mantova, Itália

UFFICIO DELLO STATO CIVILE ESTRATTO PER RIASSUNTO DAL REGISTRO DEGLI ATTI DI NASCITA ANNO 1871 - ATTO N. 43 - UFFICIO UNICO.


COMUNE DI ACQUANEGRA SUL CHIESE - PROVINCIA DE MANTOVA.

2 de abril de 1871 :
Nascimento - Acquanegra sul Chiese, Mantova, Lombardia, Itália
7 de junho de 1890 :
Casamento - Paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba

Livro 16 de assentamentos de casamentos Sé Metropolitana de Curitiba, fls 35, sob numero 102. Testemunhas Julio Ginesta e Jorge Gunter.


Pe. Alberto José Gonçalves

31 de janeiro de 1962 :
Morte - Curitiba, Parana, Brasil

Causa : Enfermidade

Placa Sepultamento - 42041


Quadra 0010


Lote 103A


Rua 3


 

--- :
Enterro - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR

 Notas

Notas individuais


Caratteri fisici :

Religione : Roman Catholic

 Árvore genealógica (visão geral)

sosa Francesco Tanadini  sosa Catterina Andreis ca 1803-1880 Pietro Antonio Tomaselli 1810-?1874 Pasqua Bottoli 1815-1899
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sosa Luigi (Luis) Luiz Tanadini (Tenedini, Tenadini) 1841-1910 imagem
Tersilla Cecilia Tomaselli 1849-1932
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imagem
Armilia Barbara Palmira Emilia / Palmira Tanadini 1871-1962


18712 de abril.

Nascimento

 
Notas

RESUMO DO CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL, EXTRATO DO REGISTRO DE NASCIMENTOS DO ANO DE 1871 - REGISTRO Nº 43 - CARTÓRIO ÚNICO.


MUNICÍPIO DE ACQUANEGRA SUL CHIESE - PROVÍNCIA DE MÂNTUA.

187319 de janeiro.
21 meses

Nascimento de um irmão

 
Notas

RESUMO DO CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL, EXTRATO DO REGISTRO DE NASCIMENTOS DO ANO DE 1873 - REGISTRO Nº 15


MUNICÍPIO DE ACQUANEGRA SUL CHIESE - PROVÍNCIA DE MÂNTUA.

18749 de novembro
3 anos
possivelmente1874
~ 3 anos
187616 dez.
5 anos
187728 de março.
5 anos

Nascimento de uma irmã

 
Notas

Conforme documento encontrado no Arquivo do Estado de Mantova.

Minha Avó Rachele sempre contava histórias para minha Mãe Libia, e uma dessas histórias era que tinha nascido no Navio quando vinham da Itália. Como não tínhamos nenhum documento dela, não havia como comprovar a veracidade do fato.
Quando, em Agosto/2015, pesquisando no site do Family Search, encontramos a digitalização do seu Atti Di Nascita, no livro de registros da Provincia de Mantova, Comune de Acquanegra Sul Chiese.

18793 de julho.
8 anos

Nascimento de um irmão

 
Baptismo a 22 de julho de 1879 (Morretes)
cerca1880
~ 9 anos
1880Conjunto de 4.
9 anos
18831 conjunto.
12 anos

Nascimento de uma irmã

 
Baptismo a 20 de abril de 1884 (Catedral, Curitiba, Paraná, Brasil)
Notas

Batismo folha 101, livro Suplementar de Batismo. Catedral Metropolitana de Curitiba.

18877 de janeiro.
15 anos

Nascimento de uma irmã

 
Baptismo a 13 de janeiro de 1887 (Curitiba, Paraná, Brasil)
188810 de novembro
17 anos

Nascimento de um irmão

 
Baptismo a 10 de novembro de 1888 (Nossa Senhora Da Luz Da Catedral, Curitiba, Paraná, Brazil)
188811 de novembro
17 anos
18907 de junho.
19 anos

Casamento

 
Paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba
Notas

Livro 16 de assentamentos de casamentos Sé Metropolitana de Curitiba, fls 35, sob numero 102. Testemunhas Julio Ginesta e Jorge Gunter.


Pe. Alberto José Gonçalves

189117 anos atrás.
20 anos

Nascimento de um irmão

 
Notas

Cartório Leão - Livro A-007 - Folha 182 - Termo 2672 - Às vinte e duas horas

189923 de abril.
28 anos

Morte da avó materna

 
Enterro a 24 de abril de 1899 (Curitiba, Paraná, Brasil)
191014 de junho.
39 anos

Morte do pai

 
Enterro a 15 de junho de 1910 (Curitiba, Paraná, Brasil)
Notas

Causa : Derrame
Certidão de óbito Nº 17109

192417 fora.
53 anos

Morte de um irmão

19272 anos atrás.
56 anos

Morte de um irmão

 
Enterro a 3 de agosto de 1927 (Rio Negro, Paraná, Brasil)
193217 de abril.
61 anos
19463 de janeiro.
74 anos

Morte de um irmão

 
Enterro a 3 de janeiro de 1946 (Piraquara, Paraná, Brasil)
196231 de janeiro.
90 anos

Morte

 
Notas

Causa : Enfermidade

Placa Sepultamento - 42041


Quadra 0010


Lote 103A


Quarto 3

Antepassados de Armilia Barbara Palmira Emilia / Palmira Tanadini


Descendentes de Armilia Barbara Palmira Emilia / Palmira Tanadini

  



































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