quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Pedro Viriato Parigot de Souza Nascido a 26 de fevereiro de 1916 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil Falecido a 11 de julho de 1973 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 57 anos

   Pedro Viriato Parigot de Souza Nascido a 26 de fevereiro de 1916 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil Falecido a 11 de julho de 1973 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 57 anos

Pedro Viriato Parigot de Souza: Um Legado de Águas, Luz e Liderança no Paraná

“A engenharia não apenas constrói obras — ela constrói futuro.”
— Pedro Viriato Parigot de Souza

Nascido sob as brumas de uma manhã de sábado, 26 de fevereiro de 1916, em Curitiba, Paraná, Pedro Viriato Parigot de Souza veio ao mundo em meio a uma família marcada por raízes paranaenses profundas, valores sólidos e uma vocação para o serviço público. Seu destino, ainda que traçado nos primeiros anos de vida com humildade, desdobrar-se-ia em uma das trajetórias mais significativas da história técnica, política e humana do estado do Paraná no século XX.


Raízes Familiares: O Solo que Nutriu um Visionário

Filho de Luís Parigot de Souza (1894–1947) e Aline Polli Cordeiro (nascida por volta de 1894), Pedro cresceu em um lar onde o compromisso com a comunidade e a integridade eram pilares. Sua infância foi marcada por uma Curitiba ainda em formação urbana — uma capital provinciana, mas cheia de sonhos.

A família Parigot de Souza era numerosa, embora assombrada por perdas precoces. Ele teve três irmãos:

  • Benedicto Theodoro “Betinho” Parigot de Souza, nascido e falecido em 1918, em Morretes — uma ausência que jamais se apagou do coração familiar;
  • Helena Parigot de Souza (1920–2002), cuja vida se entrelaçou com a história social de Curitiba;
  • Aline “Nenê” Parigot de Souza (1923–2000), que carregou consigo a lembrança do irmão mais velho com carinho e orgulho.

Essa estrutura familiar, permeada por amor e luto precoce, forjou em Pedro uma sensibilidade rara — a capacidade de unir rigor técnico com compaixão humana.


Formação e Vocação: O Chamado das Águas

Pedro ingressou na Universidade Federal do Paraná (UFPR), então Faculdade de Engenharia, onde se formou em Engenharia Civil. Sua paixão, no entanto, encontrou seu verdadeiro canal nas águas: especializou-se em Engenharia Hidráulica, uma área então emergente no Brasil, mas essencial para o desenvolvimento de um país de rios imensos e potencial energético incomensurável.

Tornou-se professor de Hidráulica e Hidrologia na UFPR, não apenas transmitindo conhecimento, mas inspirando gerações de engenheiros. Seu olhar sempre esteve voltado para o futuro — e para o Paraná como motor desse futuro.

Em 1950, fundou o Centro de Estudos Hidráulicos do Paraná (CEHPAR), instituição pioneira que se tornaria referência nacional em pesquisas hidroenergéticas. Mais tarde, em sua homenagem, foi renomeado Centro de Estudos Hidráulicos Parigot de Souza, mantendo viva sua memória nas correntes que impulsionam as turbinas e nos laboratórios que formam mentes.

Autor de diversos livros técnicos, Pedro não via a engenharia como uma ciência fria, mas como um ato de cuidado com a terra, com os rios e com as pessoas que delas dependem.


Amor e Família: O Abrigo nos Tempos Difíceis

Em 3 de março de 1937, aos 21 anos, Pedro casou-se com Egypcialinda Duarte Velloso (1914–2005), uma mulher de rara força e doçura, que se tornaria seu porto seguro ao longo das décadas. Juntos, construíram não apenas uma casa, mas um legado de afeto e educação.

Do matrimônio nasceram quatro filhos, cada um carregando uma centelha do espírito do pai:

  • Luiz Antônio Veloso de Souza — que seguiu os passos do pai na vida pública e intelectual;
  • Maria Helena Velloso de Souza — guardiã da memória familiar e da tradição de acolhimento;
  • Pedro Viriato Parigot de Souza Filho — herdeiro do nome e da vocação para a liderança;
  • Marília de Souza — voz sensível e elo entre as gerações.

A família foi seu refúgio nos momentos de maior pressão política e nos longos dias de estudo e projeto. Mesmo na correria do cargo de governador, Pedro jamais deixou de ser pai presente, marido atento e filho grato.


COPEL: Energia para um Estado que Sonhava Alto

Em 1961, Pedro assumiu a direção da recém-criada Companhia Paranaense de Energia (COPEL). Por quase nove anos — até 1970 — liderou a empresa com pulso firme e visão estratégica. Sob seu comando, o Paraná expandiu sua infraestrutura energética, atraindo indústrias, impulsionando o interior e garantindo luz para escolas, hospitais e casas.

Mais do que um gestor, era um arquiteto do progresso. Ele sabia que a energia elétrica era o sangue da modernidade — e transformou rios em pulsos de desenvolvimento.

Mesmo durante sua gestão na COPEL, manteve-se ativo como professor e pesquisador. Para ele, o conhecimento jamais deveria ser dissociado da ação.


O Chamado do Povo: Governador no Crepúsculo da Vida

Em 1971, Pedro foi eleito vice-governador do Paraná de forma indireta, ao lado do governador Haroldo Leon Peres. A conjuntura política do Brasil sob a ditadura militar era complexa, mas Pedro, sempre fiel aos seus princípios, aceitou o desafio com serenidade.

Pouco tempo depois, em meio a acusações de corrupção contra Peres, este renunciou. Pedro, então, assumiu o governo do estado — não por ambição, mas por dever.

Já naquele momento, lutava contra um câncer avançado. Mesmo assim, governou com coragem, licenciando-se apenas quando absolutamente necessário para tratamento médico. Seus atos eram guiados por equilíbrio, moderação e um profundo amor pelo Paraná.

Mas o corpo, por mais forte que fosse o espírito, cedeu.

Pedro Viriato Parigot de Souza faleceu em 11 de julho de 1973, em Curitiba, aos 57 anos, no exercício do cargo de governador. Seu último suspiro foi dado em defesa do estado que tanto amou.

Seu lugar foi assumido por João Mansur, presidente da Assembleia Legislativa, até que, conforme a Emenda Constitucional nº 2 de 1972, um novo governador fosse escolhido pelo legislativo.


Herança Viva: Rios que Não Secam

Pedro Viriato Parigot de Souza deixou muito mais do que usinas, livros ou decretos. Deixou exemplo.

  • Deixou a lição de que técnica e ética devem caminhar juntas.
  • Deixou a prova de que liderança verdadeira nasce do serviço, não do poder.
  • Deixou filhos que honram seu nome, alunos que espalharam seu legado, e um Paraná que brilha com a luz que ele ajudou a acender.

Hoje, ao cruzar uma ponte sobre o Iguaçu, ao ver as turbinas girando em Foz do Areia, ou ao caminhar pelas salas do centro que leva seu nome, sentimos sua presença. Não como estátua de bronze, mas como corrente viva — silenciosa, constante, essencial.


“Quem governa com o coração aberto não morre: transforma-se em rio.”
E Pedro, filho das águas paranaenses, segue correndo — na memória, na energia, na história.

  • Nascido a 26 de fevereiro de 1916 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil
  • Falecido a 11 de julho de 1973 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 57 anos

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais

Pedro Viriato Parigot de Souza (Curitiba, 26 de fevereiro de 1916 — 11 de julho de 1973) foi um engenheiro civil e político brasileiro. [1] Formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em engenharia hidráulica, lecionou hidráulica e hidrologia na Universidade Federal do Paraná. Fundou o Centro de Estudos Hidráulicos do Paraná (CEHPAR), posteriormente denominado Centro de Estudos Hidráulicos Parigot de Sousa. Sua vida profissional desenvolveu-se, sobretudo, em projetos e estudos de usinas hidrelétricas no laboratório de hidráulica do CEHPAR. Autor de diversos livros sobre o assunto, dirigiu a Companhia Paranaense de Energia (COPEL) de 10 de fevereiro de 1961 a 2 de junho de 1970, período em que prosseguiu na carreira de docente e pesquisador. Elegeu-se vice-governador do estado do Paraná em 1971, por via indireta. No mesmo ano, o governador Haroldo Leon Peres foi acusado de corrupção e renunciou, ocasião em que assumiu o governo do estado. Durante sua gestão, já acometido pelo câncer, licenciou-se várias vezes para tratamento, vindo a falecer no exercício do cargo, quando foi substituído por João Mansur, presidente da Assembléia Legislativa. Em conformidade com a Emenda Constitucional nº 2, de 1972, um novo governador foi escolhido pelo legislativo estadual.

 Fontes

  • Pessoa:
    - Árvore Genealógica do FamilySearch - Pedro Parigot de SouzaGênero: MasculinoNascimento: 26 de Fev de 1916 - Curitiba, Paraná, BrasilMorte: 11 de Jul de 1973 - Curitiba, Paraná, BrasilPais: Luiz Parigot de Souza, Aline de Souza (Sol. Cordeiro)Irmãos: Aline Parigot de Souza, Helena Parigot de Souza, Benedicto Theodoro Parigot de Souza  Informação adicional: LifeSketch: Pedro Viriato Parigot de Souza (Curitiba, 26 de fevereiro de 1916 — 11 de julho de 1973) foi um engenheiro civil e político brasileiro. [1] Formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em engenharia hidráulica, lecionou hidráulica e hidrologia na Universidade Federal do Paraná. Fundou o Centro de Estudos Hidráulicos do Paraná (CEHPAR), posteriormente denominado Centro de Estudos Hidráulicos Parigot de Sousa. Sua vida profissional desenvolveu-se, sobretudo, em projetos e estudos de usinas hidrelétricas no laboratório de hidráulica do CEHPAR. Autor de diversos livros sobre o assunto, dirigiu a Companhia Paranaense de Energia (COPEL) de 10 de fevereiro de 1961 a 2 de junho de 1970, período em que prosseguiu na carreira de docente e pesquisador. Elegeu-se vice-governador do estado do Paraná em 1971, por via indireta. No mesmo ano, o governador Haroldo Leon Peres foi acusado de corrupção e renunciou, ocasião em que assumiu o governo do estado. Durante sua gestão, já acometido pelo câncer, licenciou-se várias vezes para tratamento, vindo a falecer no exercício do cargo, quando foi substituído por João Mansur, presidente da Assembléia Legislativa. Em conformidade com a Emenda Constitucional nº 2, de 1972, um novo governador foi escolhido pelo legislativo estadual. - Record - 40001:1015225802:
    - Carlos Ehalt - Ehalt Web Site (Smart Match)

 Árvore genealógica (visão geral)

Pedro Viriato de Souza 1859-1942 Helena GUIMARAES 1875-1973 sosa Benedito Theodoro Cordeiro 1867-1910 sosa Emerenciana Polli 1872-1915
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Luís Parigot de Souza 1894-1947 Aline Polli Cordeiro ca 1894-
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Pedro Viriato Parigot de Souza 1916-1973


191626 fev.
1918
2 anos
192029 fev.
4 anos

Nascimento de uma irmã

19233 mar.
7 anos
19373 mar.
21 anos
1942
26 anos
19473 abr.
31 anos
1973
57 anos
197311 jul.
57 anos

Antepassados de Pedro Viriato Parigot de Souza

    Luis Manoel Pereira 1744-1811 Maria Laynes de Assumpção 1742-1811 Manuel Antonio Gonçalves Cordeiro do Nascimento 1743-1834 Maria da Luz Sanábio 1764-1802         Giuseppe Polli    Nicolò Setti 1788- Giudita Modena 1793- Giuseppe Setti di Marco ca 1790-ca 1850 Beatrice Lusito ca 1798-1878
    | | | |         |   | | | |
    


 


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Antonio dos Santos Souza Rosa do Sacramento Antonio Luiz Pereira 1780- Francisca Esmeria da Luz França 1803-     x Cordeiro   Bernardo Polli 1790- Angela Marchi 1793- Domenico Giuseppe Setti 1816-1871 Marguerita di Marco 1818-1871
| | |- 1825 -|     |   |- 1816 -| |- 1838 -|



 


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Joaquim Antonio dos Santos Souza 1818- Balbina da Luz Pereira 1833- JULES JACQUES LOUIS Parigot 1811-1877 Marie Charlotte NASCENTES DE AZAMBUJA 1820-1893 Antonio Soares Cordeiro 1842- Maria Joana de Lima 1845- Massimiliano Bernardo Gregório Marchi Polli 1822-1894 Maria Carolina Lucia Setti 1842-1916
| | |- 1841 -| |- ca 1865 -| |- 1864 -|



 


 


 


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Pedro Viriato de Souza 1859-1942 Helena GUIMARAES 1875-1973 Benedito Theodoro Cordeiro 1867-1910 Emerenciana Polli 1872-1915
| | |- 1891 -|



 


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Luís Parigot de Souza 1894-1947 Aline Polli Cordeiro ca 1894-
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Pedro Viriato Parigot de Souza 1916-1973


Descendentes de Pedro Viriato Parigot de Souza

  









































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