segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Maria da Conceição Bueno

Maria da Conceição Bueno (Morretes8 de dezembro de 1854 - Curitiba29 de janeiro de 1893) é considerada uma "santa popular" no Estado do Paraná.[1][2][3] Maria Bueno foi brutalmente assassinada por um soldado em um local próximo a atual Rua Vicente Machado, no centro de Curitiba.
Conta-se que no local de sua morte foi colocada uma cruz de madeira, tornando-se um lugar de preces onde devotos afirmavam ter seus pedidos atendidos por Maria. A sua sepultura, no Cemitério São Francisco de Paula, recebe um grande número de visitantes, no feriado de Finados (2 de novembro).[4][5]

Assassinato de Maria Bueno[editar | editar código-fonte]

Sua história é cercada de lendas e mitos e foi, recentemente, contada numa minissérie de quatro capítulos da Rede Paranaense de Comunicação.
Maria Bueno gostava de dançar e frequentar bailes. E em um desses bailes conheceu Inácio Dinizanspeçada do Exército, com quem passou a viver em concubinato.[6]
Em um certo dia haveria um grande baile na cidade e ela queria participar. Porém, Diniz não queria permitir, pois na ocasião ele estaria em serviço no quartel. Os dois discutiram fortemente e Diniz foi para o aquartelamento.
Mais tarde, contrariando Diniz, Maria Bueno foi ao baile. E de madrugada, desconfiado, Diniz saiu escondido do quartel e foi espionar se Maria Bueno realmente havia ido ao baile; permanecendo de tocaia no caminho que ela teria de fazer para voltar para casa. Quando Maria Bueno passou, matou-a com um punhal desferindo-lhe grande quantidade de golpes pelo corpo.
O crime abalou a pequena Curitiba da época. Diniz foi preso e levado a julgamento, mas foi absolvido devido seu álibi, por constar como em serviço no quartel e ninguém ter testemunhado sua ausência. O que então gerou grande indignação popular.
Durante a Revolução Federalista, Diniz, então fora do Exército, foi apanhado com algumas mulas roubadas. Preso, foi sumariamente fuzilado pelos federalistas. O que na voz do povo passou a representar como um castigo divino.

Umbará

O nome Umbará surgiu em consequência da constituição argilosa do solo da região que, em tempos de chuva, formava grande quantidade de barro nos caminhos: “um bará”, ou seja, um barro só, segundo a tradição oral do povo, porém, a origem do nome se deve porque "Umbará" era a palavra que os indígenas utilizavam para designar as pequenas frutas silvestres quando começavam a amadurecer[1].

História[editar | editar código-fonte]

A região do bairro Umbará, assim como o bairro vizinho Ganchinho, à beira do Rio Iguaçu, era predominantemente uma área com mata de várzea, habitada por algumas famílias de mestiços, que tinham como atividade de subsistência pequenas lavouras, criação de animais e extração de erva-mate. Passagem para os tropeiros que circulavam entre as regiões dos Campos Gerais e o litoral do Paraná, um dos documentos mais antigos de que se tem registro é um “Termo de Vereança” datado de 11 de fevereiro de 1786, que cita obras de benfeitorias, incluindo a região do Tatuquara, como a “Ponte do Rio Grande”, facilitando o acesso à São José dos Pinhais[2].
Os imigrantes italianos e poloneses colonizaram a região na década de 1880, comprando terras de proprietários já estabelecidos, como a de João Santana Pinto. Com isso, novas atividades incrementam a economia da região como a produção de vinho e a indústria de barricas para erva-mate e atendendo aos pedidos dos imigrantes italianos, Dom João Batista Scalabrini, bispo de Placência, na Itália, enviou missionários ao Brasil, foi quando o Padre Pietro Colbachini chegou em Curitiba, em 1886[2].
A primeira missa realizada no Umbará, foi em 1887, na casa do Sr. Luiz Bonato, pois a colônia não possuía uma igreja e que, anos mais tarde, foi construída, iniciando-se como uma capela de madeira no local onde hoje está a torre da igreja. Em 3 de fevereiro de 1896, o Bispo da Diocese de Curitiba, Dom José Camargo de Barros, autorizou a construção da igreja, que foi inaugurada em 29 de junho de 1897 e com a chegada das Irmãs Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus, em dezembro de 1913, inaugurou-se a primeira escola paroquial do Umbará[2].
Em 1938 tem início a construção da primeira olaria da região, com isso, a indústria de fabricação de tijolos e telhas acabou, aos poucos, substituindo a de construção de barricas, devido ao declínio da produção de erva-mate, e pouco tempo depois, diversas olarias foram construídas, tornando o bairro, um importante centro oleiro[2].
A "Igreja Matriz de Umbará" foi projetada pelo arquiteto João de Mio e as obras começaram em 1928 e paralisadas em 1932, devido a problemas entre parte da comunidade e o Frei Anselmo. Somente em 1936, as obras foram retomadas, sendo concluída e inaugurada em 1939, pelo Padre Primo Bernardi[2].
A primeira linha de ônibus do bairro foi inaugurada em 1941 e em 15 de outubro de 1949, foi instalado o primeiro posto telefônico da região, no comércio de Francisco Gabardo, com a presença do prefeito Lineu Ferreira do Amaral. Em 15 de novembro de 1953, o Padre Albino Vico inaugurou a Casa Escolar, atual Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli. Em 14 de junho de 1956 foi fundada a Sociedade Operária Beneficente do Umbará e em 1957 é inaugurada a torre da Igreja Matriz de Umbará, com a presença do Governador Moisés Lupion, além do prefeito Iberê de Matos[2].
Em resumo, a história do bairro esta ligada às olarias de tijolos e a fabricação de barricas de erva-mate e na atualidade, concentra a atividade de extração de areia para construção civil, sendo que, a sua localização, facilitou o escoamento da produção econômica e a exportação da erva-mate e proporcionou a chegada dos primeiros caboclos e mestiços brasileiros. Os colonos alemãespoloneses e, no final do século XIXitalianos, estabeleceram-se com o incentivo do governo provincial à política migratória, visando a ocupação dos espaços vazios.

Tatuquara

É conhecido por possuir, em seu território, a central de abastecimento inaugurada em 8 de Agosto de 1976. O bairro, porém, só começou a receber grandes investimentos e implantação de infraestrutura básica a partir de 1993, quando a Companhia de Habitação Popular de Curitiba passou a direcionar seus projetos habitacionais para o local, constituindo grandes conjuntos habitacionais, como as vilas Santa Rita, Jardim da Ordem, Santa Cecília, Moradias Monteiro Lobato, Moradias Paraná, Vila Evangélica, Vila Pompeia, Jardim Ludovica, Moradias Timburi, dentre outras.

Sítio Cercado

Laurindo Ferreira de Andrade adquiriu um sítio, localizado ao sul da cidade de Curitiba, que era cercado pelas águas dos arroios da Padilha, Cercado e Boa Vista (deste aspecto geográfico surgiu o nome do bairro) e estas terras serviam de pouso para os tropeiros que passavam por ali[1]. Na década de 1940, estas terras foram divididas entre os familiares do sr. Laurindo, incluindo Isaac Ferreira da Cruz (atualmente nome da principal avenida do bairro[2]), que transformaram em plantações de hortaliças, feijão, arroz e milho e a partir de 1946, também foram sendo vendidas em pequenos loteamentos, sendo as vendas intensificadas na década de 1960. Em 1979 a Cohab-CT implantou os conjuntos habitacionais Parigot de Souza, Guaporé e São João Del’Rey e em 1992 surgiu o loteamento Bairro Novo

Prado Velho

A palavra prado vem do latim pratum e significa lugar plano, campina ou planície, principal característica para a construção e inauguração da segunda sede do Jockey Club do Paraná, ali transferido em 1899. Após a mudança do Jockey para novo endereço, em 1955, o local ficou conhecido por "Prado Velho" e oficializado em bairro no Decreto 774/75 de 1975

Parolin

A história dos Parolin teve início em 1880, quando chegou ao Porto de Paranaguá o imigrante Antônio Parolin, viúvo, acompanhado de seus sete filhos, todos ainda crianças. Em Curitiba, eles se estabeleceram na Água Verde, onde, a partir de 1878, havia começado a se formar o núcleo Dantas, resultante da obtenção, pelos imigrantes, de lotes do município, mediante cartas de aforamento concedidas pela Câmara da capital. Depois de alguns anos trabalhando como carpinteiros, os Parolin fundaram uma firma de construção, uma serraria e construíram uma boa casa, ao estilo europeu, que se tornou patrimonio histórico e que até hoje encontra-se no bairro. È um bairro com muitos contrastes sociais, junto das mansões e casarões de pessoas ricas há favelas com casebres e barracos.
A Família Parolin teve ainda, do início da década de 1940, até ao menos a década de 1980 a Cerâmica Campo Largo, na cidade homônima, vizinha à Curitiba, que foi uma das maiores cerâmicas daquela cidade, produzindo louça de mesa e decorativa em pó de pedra (faiança fina).

Patrimônio histórico[editar | editar código-fonte]

O bairro possui um dos patrimônios históricos do estado que é o Casarão dos Parolin, edificação que foi sede da fazenda pertence a família Parolin e que originou o nome de Vila Parolin e por final a denominação do bairro[

Lamenha Pequena

No final do século XIX, quando a localidade pertencia a "colônia Lamenha", sua população era de 643 habitantes, divididos em 139 lotes[1] e ao longo de mais de cem anos, a população do bairro pouco cresceu, pois a sua estimativa no censo de 2000, foi de 701 moradores[2].

História[editar | editar código-fonte]

A origem do bairro esta ligada a antiga colônia Lamenha, fundada em 1876 por imigrantes poloneses prussianos, em sua maioria. A colônia foi dividida em "Lamenha Pequena" e "Lamenha Grande" e ocupava terras em dois municípios: Curitiba e Almirante Tamandaré, ao lado da estrada do Assungui, e sua principal atividade econômica era a agricultura, com o cultivo de centeio, milhofeijão e batata, que abastecia os mercados de toda a região[1].
Com o passar dos anos, a antiga colônia converteu-se numa região amplamente habitada e em 1975, com o Decreto nº 774 aprovado na Câmara de Curitiba, transformou-se num dos bairros da cidade com seus limitas estabelecidos administrativamente[1].
A denominação do bairro, que por sua vez era parte do nome da colônia, é uma homenagem ao presidente da Província, Adolfo Lamenha Lins, que implantou a colônia e outros núcleos coloniais nos arredores de Curitiba

Juvevê

A palavra Juvevê faz parte do vocabulário dos curitibanos desde o século XVII, ao final da Ata de Medição do Rocio (logradouro público), de 1º de maio de 1693, já se falava nas nascenças do Rio Juvevê como fronteira a nordeste da então Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, antigo ponto intermediário que ligava o Alto da Glória ao Cabral. Em seu Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná, o historiador Ermelino de Leão define Juvevê como corrupção da palavra “Yubebã”, que na língua tupi significa espinho chato ou rio do fruto espinhoso. Segundo antigos moradores da região, o antigo rio realmente era cercado por muitos “juvevês” (árvore espinhosa).

Jardim Social

Conhecido como “Morro do Querozene[3] nas primeira décadas do século XIX, o local onde encontra-se o Jardim Social, fazia parte da localidade dos “Altos do Itupava” e da "Colônia Argelina"[3]. Nesta época, a região era ocupada por propriedades rurais e alguns terrenos eram utilizados por foreiros[3] (foreiro é o titular de um desdobramento bastante amplo da propriedade, pagando uma espécie de aluguel para os proprietários rurais[carece de fontes]).
Os primeiros loteamentos registrados surgiram a partir da década de 1920[3], porém, somente em 1975, através de lei municipal, o bairro obteve a sua delimitação oficial, assim como o seu nome e projeto urbanístico, retirados dos chamados bairro-jardim, locais estritamente residenciais, de baixa densidade, padrão construtivo refinado e planejamento urbano definido

Hugo Lange

O surgimento do bairro esta ligado diretamente ao trafego em direção a Estrada da Graciosa (Rodovia PR-410), estrada que liga a capital ao litoral paranaense e muito utilizado até meados do século XX. Com o passar do tempo, fixaram-se estabelecimentos comerciais e de serviços na localidade, originando o bairro[1].
A denominação do bairro é uma homenagem ao morador mais antigo da localidade