segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Antônio Ricardo dos Santos


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Antônio Ricardo dos Santos Filho (Morretes22 de setembro de 1819 — Curitiba17 de novembro de 1888) foi um político brasileiro.
Antônio Ricardo era filho do sargento-mór Antônio Ricardo dos Santos e d. Maria da Luz Paraíso. Desde muito jovem dedicou-se ao comércio e a indústria de erva mate. Em Curitiba fundou a fábrica Iguaçu, no Batel. Tornou-se um dos maiores industriais daquele produto naquela época.[1]
Foi vereador e juiz ordinário em Morretes, e deputado provincial pelo Paraná.
Foi vice-presidente da província do Paraná, assumindo a presidência interinamente, de 29 de dezembro de 1887 a 9 de fevereiro de 1888.
Pai de José Pereira dos Santos Andrade, presidente do Paraná, de 1896 a 1900.

Antônio Ribeiro de Macedo


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Antônio Ribeiro de Macedo
Nascimento15 de fevereiro de 1842
Porto de Cima
Morte23 de setembro de 1931 (89 anos)
AntoninaParaná
Nacionalidadebrasileiro
Ocupaçãomilitar, industrial, comerciante, ervateiro e político.
Antônio Ribeiro de Macedo (Porto de CimaMorretes15 de fevereiro de 1842 - Antonina23 de setembro de 1931) foi um militarindustrialcomercianteervateiro e político brasileiro filiado ao Partido Conservador.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na localidade de Porto de Cima e era filho de Manoel Ribeiro de Macedo e de Francisca de Paula Pereira de Macedo.[1] Era irmão do comendador José Ribeiro de Macedo. Casou-se com Sylvia Loyola de Macedo em julho de 1868.[1]
Foi sargento ajudante, amanuense do Comando Superior da Guarda Nacional em 1865, por ocasião da Guerra do Paraguai (mas não vai para a batalha).[1] Foi suplente de delegado de polícia, vereador e presidente da Câmara Municipal de Porto de Cima de 1869 a 1872.[2][1] Foi suplente de juiz municipal em 1870. Foi juiz de paz de 1873 1876.[1]
Foi eleito deputado provincial atuando de 1876 1877. Foi delegado de polícia em Campo Largo em 1884. Foi inspetor paroquial em Campo Largo em 1885. Foi chefe de superintendência do ensino obrigatório em 1885.[1] Foi inspetor escolar de Paranaguá em 1890. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá. Foi coronel comandante superior da Guarda Nacional em 1888.[1]
Ocupou ainda o cargo de prefeito do município de Antonina de 1894 a 1909 e de 1912 a 1916. Fundou o jornal O Progresso em 1902.[1] Foi também provedor da Santa Casa de Caridade de Antonina. Foi membro da Loja maçônica de Antonina.[3][1] Junto com seu irmão fundam o Partido Democrático, mas logo extinto, e depois aproximam-se da liderança de Vicente Machado.[1]
Em sua homenagem, há uma praça no centro da cidade de Antonina, denominada Praça Coronel Macedo.[4] A praça ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, foi construída quando Antonio Ribeiro de Macedo era prefeito. Após o seu falecimento, a Câmara Municipal, através de projeto lei, denominou a praça em sua homenagem. Antes o espaço, considerado ponto turístico do município, era denominado de Campo da MatrizPátio da Matriz e Praça da República

Adolfo Werneck


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Adolpho Werneck
Nome completoAdolpho Jansen Werneck de Capistrano
Pseudônimo(s)Adower
Bingue
Gil Vaz
Jansen de Capistrano
Marinho Serra
Nelson de Andrade
Nascimento3 de dezembro de 1879
MorretesParanáBrasil
Morte18 de agosto de 1932 (52 anos)
CuritibaParaná, Brasil
Nacionalidade Brasil
ProgenitoresMãe: Maria da Paz Surana Cameu
Pai: João Werneck de Sampaio Capistrano
CônjugeMaria Antonietta Bandeira Fernandes (1905-1922)
Alice Marçallo Taborda Ribas (1927-1932)
Filho(s)Adolpho Filho (23/07/1906)
Aglaé (1907)
Arion (1909)
Azir (1911-1912)
Arícia (1915)
Astelio (1916-1917)
Aliwerne (1925)
Werli (1926)
Adolice (1928)
Adolpho Taborda (1929)
Alice (1931).
Ocupaçãoescritor
Poeta
jornalista
funcionário público
Movimento literárioSimbolismo
Escola/tradiçãoSimbolista
Causa da morteInsuficiência cardiorrenal
Adolpho Jansen Werneck de Capistrano (Morretes3 de dezembro de 1879 — Curitiba18 de agosto de 1932) foi um funcionário públicojornalista e poeta brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Adolpho nasceu na cidade paranaense de Morretes em uma quarta-feira, dia 3 de dezembro de 1879, conforme o próprio biografado expressa em um dos seus poemas:
Filho do telegrafista João Werneck de Sampaio Capistrano, natural do Rio de Janeiro, e Maria da Paz Surana Cameu, natural de Desterro, atual Florianópolis. Apesar de nascido em Morretes, Adolpho foi batizado em Desterro mais de dois anos depois, em 24 de junho de 1880.
Em 23 de setembro de 1905, na Igreja de Santa Felicidade, em Curitiba, Adolpho casa-se com a tibagiana Maria Antonietta Bandeira Fernandes, filha do Major Antonio Chrispim de Oliveira Fernandes e de Idalina Bandeira Fernandes. Foi testemunha Leocádio Correia. Do matrimônio nascem cinco filhos: Adolpho Filho, o “Didi” (23/07/1906), Aglaé (1907), Arion (1909), Azir (1911-1912), Arícia (1915) e Astelio (1916-1917)[1]. Nomeado em 1909 para o serviço público no Ministério da Fazenda, no cargo de 2º Escriturário da Alfândega de Corumbá, Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul. Em 1910 retorna para Curitiba, como 4º Escriturário na Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional no Paraná, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, e em 1911 é designado para servir na Caixa Econômica anexa ao órgão.
Sua primeira esposa falece em 28 de agosto de 1922, de tuberculose. Em 1927 casa-se com Alice Marçallo Taborda Ribas, tendo com ela cinco filhos: Aliwerne (1925), Werli (1926), Adolice (1928), Adolpho Taborda (1929) e Alice ou “Terezinha” (1931).
Como jornalista, foi redator e colaborador em revista e jornais, tais como: O Sapo, A Carga (revista de humor), Cassino Curitibano, Azul, Diário da Tarde (jornal), Almanach Paranaense, entre outros. Suas contribuições a estes periódicos englobavam trabalhos de poesia e também de cunho humorístico e algumas vezes utilizou-se de pseudônimos como: “Mello Dias e Companhia”“Mostarda e Companhia” e “Jansen Capistrano”.
Suas principais obras são: “Dona Loura” (poemas de 1903), “Bizarrias” (sonetos de 1908), “Insônia” (poemetos de 1921), “Minha Terra” (poemetos de 1922), “Arco-Íris” (versos de 1923), entre outros.[2]
Em 18 de agosto de 1932, quinta feira, às 21 horas, Adolpho falece em sua residência na Rua Ébano Pereira, 139, em Curitiba, de “insuficiência cardiorrenal”, aos 52 anos de 08 meses de idade. Foi sepultado no Cemitério São Francisco de Paula, o Cemitério Municipal em Curitiba, com a primeira esposa, Maria Antonietta. Em sua lápide consta um livro aberto em mármore branco, com seus nomes e a inscrição: “Aos paes estremecidos | Homenagem dos seus filhos | Silêncio! Paz as suas almas”[1].

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Em sua juventude, Adolpho escreve no jornal “A Notícia” de 21 de junho de 1907, sob o pseudônimo “Bingue”, com o título “Excerpto”. Após a Revolução Federalista, muda-se para Curitiba.
No final do século XIX, forma-se no Paraná um grupo de escritores e artistas, em reflexo aos movimentos influenciados pelas academias da França. O Cenáculo, com origem nos salões do Clube Curitibano, era encabeçado por Dario Vellozo, Silveira Neto, Antonio Braga, Júlio Perneta, Rocha Pombo e Leôncio Correia, e dura de 1895 a 1897[1].
Em 27 de novembro de 1898, na edição nº. 38 de “O Sapo”, revista humorística e literária de Curitiba, tem-se notícia de sua primeira publicação, o soneto “Junto de ti...”. Colabora posteriormente com “Victrix” (1902) de Emiliano Perneta, “O Olho da Rua” (1907) e inicia em 1903 sua colaboração no jornal “Diário da Tarde”. Em 1903 publicou seu primeiro livro, “Dona Loura”, evocação da “loura”, a “Elza”, a mulher ideal recorrente no Simbolismo. Da obra não resta nenhum exemplar.
Em celebração da cidade de Morretes, nas festividades de 19 de dezembro de 1903, ocorre a primeira publicação do poema “Nhundiaquara”, sobre o principal rio morretense. Em 1908 publica “Bizarrias”, um pequeno livreto de poesia sinistra, marcadamente Simbolista. Em 12 de outubro de 1912 foi publicado o primeiro número do jornal “Commercio do Paraná”, com orientação de Júlio Rodrigues, direção de Domingos Velloso, Generoso Borges como secretário e Adolpho Werneck e Octavio Sidney como auxiliares[1].
Em 19 de dezembro de 1912, firma-se como um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná, seu nome figurando na Ata de Fundação com os de Romário Martins, Dario Vellozo, Celestino Júnior e outros. Entre 1912 e 1913, Adolpho torna-se colaborador da revista “Fanal”, o “Órgão do Novo Cenáculo”, incluindo-se entre os chamados “Novos”. Nesses anos também colabora com a revista do “Club Coritibano” (1912) e “A Bomba” (1913).
Em 1921, publica o poema “Insomnia” e trechos de sua revista teatral “O Jornal” no jornal Commercio do Paraná, na coluna que redigia, intitulada “Cosmorama”. Em vida, Adolpho não chega a publicar a peça na íntegra.
Em 1922, publica o poema “Minha Terra”, um saudoso elogio à sua cidade natal, em obra conjunta, precedida por “Saudação a Morretes” de Leocádio Cysneiros Correia. Em 1923 publica o livro “Arco iris”, contendo diversos sonetos e outros poemas, além de seu poema mais famoso, “Nhundiaquara”. Entre 1923 e 1924 colabora com o jornal “O Itiberê” de Paranaguá[1].
Academia Paranaense de Letras, fundada em 26 de setembro de 1936, concedeu justa homenagem ao poeta morretense ao determiná-lo como “Fundador” da Cadeira N° 29 desta instituição[3], assim como a cidade de Curitiba que batizou, em dezembro de 1957, uma das suas vias de Rua Adolfo Werneck [4] (a denominação desta rua já utiliza a regra da Reforma Ortográfica de 1911 que eliminou o “ph” utilizado no registro do nome do homenageado, pela letra “f”).

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Dona Loura (1903)[5]. Não exixte mais nenhuma cópia do livro. Há dois poemas que podem ter sido do livro, um deles “Dona Loura” e outro “Dona Laura”.
  • Bizarrias (1908) – 25 poemas, e deles, 19 sonetos.
  • Insomnia (1921) – folheto de 16 páginas. Foi um encarte, conforme a informação da página 12: "Lembrança da 12ª 'Página do Sarau' dos dominicaes nos salões do Club Casino Curitibano em a noite de 23 de Outubro de 1921". O impressor figura na quarta capa: "Papelaria Freitas - Rodrigo de Freitas"[1].
  • Minha Terra (1922) – publicado juntamente com “Saudação a Morretes”, de Leocádio Cysneiros Correia.
  • Arco Íris (1923) – tem 49 poemas.
  • O Jornal - uma “revista teatral” com prólogo e dois atos, originalmente publicada na coluna “Cosmorama” do jornal Commercio do Paraná. O primeiro trecho encontrado foi publicado em 13 de fevereiro de 1921, e o último em 11 de setembro de 1921[1].

Bizarrias[editar | editar código-fonte]

  • 1. Rogo ao Diabo
  • 2. Olhos
  • 3. Dandão
  • 4. Augurio
  • 5. Funeral de um coração
  • 6. ...That Is The Question
  • 7. Mendiga
  • 8. Sexta-feira
  • 9. Satanaz
  • 10. Tisiphone
  • 11. Coveiro
  • 12. Hetaira
  • 13. Enigmático
  • 14. Pthysica
  • 15. Pró Dama
  • 16. Drama Eterno
  • 17. Origem do Amor
  • 18. 13
  • 19. Soneto de um triste
  • 20. Revoltado
  • 21. Auto-photographia
  • 22. D. Tuberculose
  • 23. Soneto de um tysico
  • 24. Enfermo Insomne
  • 25. Soneto

Arco Íris[editar | editar código-fonte]

  • 1. Ruy Barbosa
  • 2. Triste
  • 3. "O Major"
  • 4. 15 de Novembro
  • 5. Passarinho feliz
  • 6. A Vida
  • 7. Inverno
  • 8. Descendo o rio Paraguay
  • 9. A caçada
  • 10. Extase
  • 11. Nostalgico
  • 12. Viagem
  • 13. Contraste (1)
  • 14. Meu berço
  • 15. Nhundiacoara
  • 16. Miragem
  • 17. Teu retrato
  • 18. Amor desfeito
  • 19. Esphinge
  • 20. Resurreição
  • 21. O Artista
  • 22. Duas mortes
  • 23. Diva
  • 24. Dois Polos
  • 25. Só
  • 26. Monologo de um pessimista
  • 27. Previsão (1)
  • 28. Calumniado
  • 29. Perversidade
  • 30. Alácre
  • 31. Naufragio
  • 32. Nova Magdala
  • 33. Anno novo
  • 34. De volta
  • 35. Previsão (2)
  • 36. De mira-mar
  • 37. Soliloquio de um infeliz
  • 38. A caminho do Amor
  • 39. No ermo
  • 40. Versos de antanho
  • 41. A uma ingleza
  • 42. Barcarola
  • 43. Ballada
  • 44. Cantigas (1)
  • 45. Victorioso
  • 46. Villancete
  • 47. Cantigas (2)
  • 48. Epistola amorosa
  • 49. Viagem ideal

Família[editar | editar código-fonte]

Rui Werneck de Capistrano (1948-), neto de Adolpho e filho de Arion, é escritor, autor de “Máquina de escrever”[1].
Eduardo Capistrano (1980-) é bisneto de Adolpho, neto de Arion e sobrinho de Rui. Sua bibliografia inclui “Histórias Estranhas” (2007) e “A Quarta Dimensão” (2011)[6].

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Arion Werneck de Capistrano (1909-1980), um dos filhos de Adolpho com Maria Antonietta Fernandes, publicou postumamente materiais do pai no “Correio dos Ferroviários” da RFFSA, além de textos próprios[7].
Três cidades homenagearam Adolpho Werneck dando seu nome a uma de suas ruas. Em Morretes, a rua Adolpho Werneck fica no bairro do Rocio.
Em São Paulo, a rua Adolpho Werneck fica no bairro Jardim Somara (Grajaú). Começa na Rua Pedro Nunes Tinoco e termina na Rua Antônio José Escudeiro.
Em Curitiba a rua Adolpho Werneck fica no bairro Uberaba.

Rua Adolfo Werneck[editar | editar código-fonte]

Placa padrão de logradouros de Curitiba
A via em sua parte baixa e o trecho mais antigo da rua. Ao fundo, a avenida Sen. Salgado Filho em abril de 2010
rua Adolfo Werneck é um logradouro da cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná. Está localizada no bairro do Uberaba, iniciando-se no encontro com a Avenida Senador Salgado Filho, e terminando em frente à entrada de um condomínio residencial.
No vigésimo quinto ano de falecimento do poeta e autor da obra Bizarrias, o prefeito Ney Braga assinou a Lei Ordinária n° 1505/1957 de 24 de dezembro de 1957, batizando uma das vias da capital de Adolfo Werneck.
Um detalhe desta homenagem está no texto da lei, que traz o nome com uma pequena alteração da grafia original. A divergência entre o nome da rua e o nome do homenageado decorre da alteração ortográfica ocorrida em 1911, quando substituiram-se os dígrafos de origem grega por grafemas simples, como no caso do “ph” por “f”.

Maria da Conceição Bueno

Maria da Conceição Bueno (Morretes8 de dezembro de 1854 - Curitiba29 de janeiro de 1893) é considerada uma "santa popular" no Estado do Paraná.[1][2][3] Maria Bueno foi brutalmente assassinada por um soldado em um local próximo a atual Rua Vicente Machado, no centro de Curitiba.
Conta-se que no local de sua morte foi colocada uma cruz de madeira, tornando-se um lugar de preces onde devotos afirmavam ter seus pedidos atendidos por Maria. A sua sepultura, no Cemitério São Francisco de Paula, recebe um grande número de visitantes, no feriado de Finados (2 de novembro).[4][5]

Assassinato de Maria Bueno[editar | editar código-fonte]

Sua história é cercada de lendas e mitos e foi, recentemente, contada numa minissérie de quatro capítulos da Rede Paranaense de Comunicação.
Maria Bueno gostava de dançar e frequentar bailes. E em um desses bailes conheceu Inácio Dinizanspeçada do Exército, com quem passou a viver em concubinato.[6]
Em um certo dia haveria um grande baile na cidade e ela queria participar. Porém, Diniz não queria permitir, pois na ocasião ele estaria em serviço no quartel. Os dois discutiram fortemente e Diniz foi para o aquartelamento.
Mais tarde, contrariando Diniz, Maria Bueno foi ao baile. E de madrugada, desconfiado, Diniz saiu escondido do quartel e foi espionar se Maria Bueno realmente havia ido ao baile; permanecendo de tocaia no caminho que ela teria de fazer para voltar para casa. Quando Maria Bueno passou, matou-a com um punhal desferindo-lhe grande quantidade de golpes pelo corpo.
O crime abalou a pequena Curitiba da época. Diniz foi preso e levado a julgamento, mas foi absolvido devido seu álibi, por constar como em serviço no quartel e ninguém ter testemunhado sua ausência. O que então gerou grande indignação popular.
Durante a Revolução Federalista, Diniz, então fora do Exército, foi apanhado com algumas mulas roubadas. Preso, foi sumariamente fuzilado pelos federalistas. O que na voz do povo passou a representar como um castigo divino.

Umbará

O nome Umbará surgiu em consequência da constituição argilosa do solo da região que, em tempos de chuva, formava grande quantidade de barro nos caminhos: “um bará”, ou seja, um barro só, segundo a tradição oral do povo, porém, a origem do nome se deve porque "Umbará" era a palavra que os indígenas utilizavam para designar as pequenas frutas silvestres quando começavam a amadurecer[1].

História[editar | editar código-fonte]

A região do bairro Umbará, assim como o bairro vizinho Ganchinho, à beira do Rio Iguaçu, era predominantemente uma área com mata de várzea, habitada por algumas famílias de mestiços, que tinham como atividade de subsistência pequenas lavouras, criação de animais e extração de erva-mate. Passagem para os tropeiros que circulavam entre as regiões dos Campos Gerais e o litoral do Paraná, um dos documentos mais antigos de que se tem registro é um “Termo de Vereança” datado de 11 de fevereiro de 1786, que cita obras de benfeitorias, incluindo a região do Tatuquara, como a “Ponte do Rio Grande”, facilitando o acesso à São José dos Pinhais[2].
Os imigrantes italianos e poloneses colonizaram a região na década de 1880, comprando terras de proprietários já estabelecidos, como a de João Santana Pinto. Com isso, novas atividades incrementam a economia da região como a produção de vinho e a indústria de barricas para erva-mate e atendendo aos pedidos dos imigrantes italianos, Dom João Batista Scalabrini, bispo de Placência, na Itália, enviou missionários ao Brasil, foi quando o Padre Pietro Colbachini chegou em Curitiba, em 1886[2].
A primeira missa realizada no Umbará, foi em 1887, na casa do Sr. Luiz Bonato, pois a colônia não possuía uma igreja e que, anos mais tarde, foi construída, iniciando-se como uma capela de madeira no local onde hoje está a torre da igreja. Em 3 de fevereiro de 1896, o Bispo da Diocese de Curitiba, Dom José Camargo de Barros, autorizou a construção da igreja, que foi inaugurada em 29 de junho de 1897 e com a chegada das Irmãs Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus, em dezembro de 1913, inaugurou-se a primeira escola paroquial do Umbará[2].
Em 1938 tem início a construção da primeira olaria da região, com isso, a indústria de fabricação de tijolos e telhas acabou, aos poucos, substituindo a de construção de barricas, devido ao declínio da produção de erva-mate, e pouco tempo depois, diversas olarias foram construídas, tornando o bairro, um importante centro oleiro[2].
A "Igreja Matriz de Umbará" foi projetada pelo arquiteto João de Mio e as obras começaram em 1928 e paralisadas em 1932, devido a problemas entre parte da comunidade e o Frei Anselmo. Somente em 1936, as obras foram retomadas, sendo concluída e inaugurada em 1939, pelo Padre Primo Bernardi[2].
A primeira linha de ônibus do bairro foi inaugurada em 1941 e em 15 de outubro de 1949, foi instalado o primeiro posto telefônico da região, no comércio de Francisco Gabardo, com a presença do prefeito Lineu Ferreira do Amaral. Em 15 de novembro de 1953, o Padre Albino Vico inaugurou a Casa Escolar, atual Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli. Em 14 de junho de 1956 foi fundada a Sociedade Operária Beneficente do Umbará e em 1957 é inaugurada a torre da Igreja Matriz de Umbará, com a presença do Governador Moisés Lupion, além do prefeito Iberê de Matos[2].
Em resumo, a história do bairro esta ligada às olarias de tijolos e a fabricação de barricas de erva-mate e na atualidade, concentra a atividade de extração de areia para construção civil, sendo que, a sua localização, facilitou o escoamento da produção econômica e a exportação da erva-mate e proporcionou a chegada dos primeiros caboclos e mestiços brasileiros. Os colonos alemãespoloneses e, no final do século XIXitalianos, estabeleceram-se com o incentivo do governo provincial à política migratória, visando a ocupação dos espaços vazios.