segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Ildefonso Pereira Correia


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Ildefonso Pereira Correia
Barão do Serro Azul
Conhecido(a) porMorreu executado sumariamente pelas tropas governistas durante a revolução Federalista
Nascimento6 de agosto de 1849
Paranaguá
Morte20 de maio de 1894 (44 anos)
MorretesParaná
Ocupaçãofazendeiro e político
TítuloBarão do Serro Azul , recebido em 8 de agosto de 1888
Ildefonso Pereira Correia
Presidente interino da província do Paraná
Período1888
Deputado provincial do Paraná
Período1882
Presidente da Câmara Municipal de Curitiba
PartidoPartido Conservador
linkWP:PPO#Subdivisão do Projeto WP:PP
Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul[1] (Paranaguá6 de agosto de 1849 — Morretes20 de maio de 1894), foi um empresário e político brasileiro, maior exportador de erva-mate do Paraná e maior produtor de erva-mate do mundo. Durante a revolução Federalista, ele e outras cinco pessoas proeminentes da cidade de Curitiba foram executadas sumariamente, por ordem do general Éwerton de Quadros, sem qualquer processo legal ou acusação formal.[

Família e estudos[editar | editar código-fonte]

Era filho do tenente-coronel Manuel Francisco Correia Júnior[3] e de Francisca Antônia Pereira Correia. Nasceu quando seu pai foi destituído de todos os seus cargos públicos, por ter imprimido um manifesto solicitando a separação da comarca de Curitiba da província de São Paulo.
Conviveu desde cedo com assuntos políticos que envolviam lutas de conservadores com liberais, de escravocratas com abolicionistas. O pai morreu quando ele tinha doze anos.
Os irmãos mais velhos galgaram posições importantes na política e nos negócios, suas irmãs casaram com homens que viriam a ocupar posições de destaque no governo.
Fez o curso de Humanidades no Rio de Janeiro, o qual concluiu com distinção.

Vida empresarial[editar | editar código-fonte]

Ao voltar do Rio de Janeiro, com vinte e quatro anos, abriam-se as portas do comércio ervateiro. Visitou Montevidéu e Buenos Aires, grandes centros consumidores de erva-mate brasileira, com o propósito de conhecer o negócio.
Aos vinte e sete anos, em sociedade, instalou seu primeiro engenho de erva-mate, em Antonina. Quatro anos depois viajou aos EUA para exibir seus produtos numa exposição americana, obtendo grande sucesso.
Ao retornar, recebeu o convite para ser candidato à deputado provincial pelo partido Conservador. A partir daí, nunca mais deixou de participar de atividades políticas.
Com a construção da estrada da Graciosa, transferiu suas atividades para Curitiba. Nessa época já acumulava ponderável riqueza, que rivalizava com as famílias mais abastadas e tradicionais do Paraná.
Em Curitiba, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, construiu o Engenho Tibagi, comprou serrarias e lançou-se à exportação de madeira.
Em 1888, associado com Jesuíno Lopes, assumiu o controle da antiga Typographia Paranaense, fundada em 1853, por Cândido Lopes, na cidade de Curitiba. Transformaram-na na Impressora Paranaense, com o objetivo de melhorar a confecção das embalagens da erva-marte exportada.
Adquiriu posteriormente o controle acionário da Companhia Ferrocarril de Curitiba, lançou as bases do Banco Industrial e Mercantil, comprou o jornal Diário do Comércio e foi diretor da Sociedade Protetora de Ensino.
Em 1º de julho de 1890, ajudou a fundar a Associação Comercial do Paraná, tornando-se seu primeiro presidente.[4][5]
Alguns comparam-no à Mauá, pois, talvez, nenhum outro paranaense tenha produzido tanto na política ou na atividade empresarial quanto ele.

Vida política no Império[editar | editar código-fonte]

Causou simpatia ao imperador Dom Pedro II, quando este visitou Curitiba em 1881. Ao regressar ao Rio de Janeiro, o imperador concedeu-lhe a comenda da Imperial Ordem da Rosa.
Nas eleições de 1882, elegeu-se deputado provincial. Desenvolveu suas funções com sucesso enquanto uma crise política empolgava as ruas.
Assumiu interinamente o governo da província em 1888. Cuidou de apaziguar os ânimos, mas não pode evitar a crise parlamentar que ocorria na Assembléia Provincial.
Abolicionista convicto, quando se tornou presidente da câmara municipal de Curitiba, comprometeu-se publicamente a promover a emancipação dos escravos do município.
Em 8 de agosto de 1888, recebeu da princesa Isabel, então regente do Brasil, o título de barão do Serro Azul.

Vida política na República[editar | editar código-fonte]

Com a proclamação da República, o governador Vicente Machado da Silva Lima convidou-o para a comissão organizadora do partido Republicano.
Repentinamente a situação política mudou: o marechal Deodoro da Fonseca renunciou e o marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência, dissolveu o Congresso e convocou novas eleições.
No Rio Grande do Sul, o governo Júlio Prates de Castilhos, apoiado pelo marechal Floriano Peixoto reprimiu a oposição e, logo depois, começou a revolução Federalista. No Rio de Janeiro, os almirantes Custódio de Melo e Saldanha da Gama comandaram a Revolta da ArmadaSanta Catarina caiu em poder dos revolucionários, e no dia 14 de outubro de 1893, a capital Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, foi declarada provisoriamente capital do Brasil, convertendo-se em base de operações militares dos movimentos de revolta originados separadamente no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Enquanto isto, separada por longas distâncias geográficas, Curitiba estava em paz.
Uma força de maragatos (rebeldes federalistas gaúchos) comandada por Gumercindo Saraiva veio do Rio Grande do Sul em direção Rio de Janeiro. Passando por Nossa Senhora do Desterro, juntou-se aos aliados da Revolta da Armada e, dali, partiu com destino à Curitiba. O plano dos chefes maragatos previa o domínio do Paraná com um ataque conjugado por forças de terra e mar, e uma revolta em São Paulo se ali chegassem as tropas rebeldes.
O comando legalista enviou para o Paraná batalhões, formados por tropas regulares e voluntários civis do Rio de Janeiro e São Paulo. Em janeiro de 1894, estes chegaram à Lapa onde se travou uma terrível batalha. Durante 26 dias as tropas legalistas resistiram aos ataques das forças muito mais numerosas dos maragatos.

Ocupação de Curitiba pelos rebeldes[editar | editar código-fonte]

Na madrugada de 17 de janeiro de 1894, uma brigada comandada por João Meneses Dória tomou a estação de Serrinha. Com a cumplicidade dos funcionários, passou a responder aos chamados telegráficos como se fosse das tropas legalistas de Lapa, avisando que milhares de rebeldes estavam marchando para a Curitiba. Houve pânico na capital e o general Pego, comandante militar da cidade, fugiu abandonando trens carregados de material bélico.
Devido ao abandono de Curitiba pelas tropas legalistas, a cidade passou a ser dirigida por uma Junta Governativa presidida pelo barão do Serro Azul. Em 20 de fevereiro de 1894, João Meneses Dória entrou em Curitiba à frente de 150 cavalarianos e, de um trem especial, desembarcaram o almirante Custódio de Melo, Teófilo Soares Gomes e vários oficiais da Marinha e do ExércitoJoão Meneses Dória foi então aclamado governador do estado do Paraná.
O barão do Serro Azul foi convocado pelos cidadãos para fazer um acordo com os revolucionários que protegesse a população de violências, saques e estupros. A Junta Governativa de Curitiba transformou-se em "Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra" com o propósito de arrecadar fundos para os rebeldes e com isso comprar a proteção da cidade. Embora o barão do Serro Azul e os comerciantes que apoiaram a comissão procurassem apenas evitar saques e desordens, seus atos os comprometeram como colaboradores com o movimento rebelde
O tempo perdido pelos maragatos durante o cerco da Lapa permitiu que as tropas legalistas se agrupassem e recebessem reforços ao norte, em Itararé, na divisa São Paulo–Paraná. O comandante dos maragatos, Gumercindo Saraiva, empreendeu um recuo rumo ao sul, abandonando Curitiba. As tropas governamentais reocuparam a cidade e, no dia 16 de outubro de 1893, o novo governador do Paraná Vicente Machado da Silva Lima, anunciou o estado de sítio em Curitiba.[6]

Represálias das tropas governamentais[editar | editar código-fonte]

O general Éwerton de Quadros, novo comandante do Distrito Militar, promoveu demissões de funcionários públicos, buscas e capturas de pessoas acusadas de colaborar com os maragatos. As prisões ficaram tão cheias que o teatro São Teodoro foi transformado em presídio. Apesar da condenação pública, várias pessoas foram fuziladas.
No dia 9 de novembro de 1893, o barão de Serro Azul recebeu uma intimação para se recolher ao quartel da primeira divisão. Outros cinco de seus companheiros também foram presos e levados aos mesmo presídio: Prisciliano Correia, José Lourenço Schleder, José Joaquim Ferreira de Moura, Rodrigo de Matos Guedes e Balbino de Mendonça.
Muitos políticos importantes do Paraná tentaram por todos os meios livrar o barão de Serro Azul e seus companheiros da prisão. O general Éwerton de Quadros, temendo uma fuga ou a desmoralização de seu comando, ordenou a execução do barão de Serro Azul e seus amigos.

Execução[editar | editar código-fonte]

Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, os seis prisioneiros foram retirados da prisão e levados à estação ferroviária de Curitiba, sob o pretexto de embarcarem em Paranaguá em um navio da Marinha com destino ao Rio de Janeiro, onde seriam julgados.
O comboio parou no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, perto do pico do Diabo da serra do Mar, onde há um alto despenhadeiro. Os presos começaram a ser arrastados para fora do vagão pelo pelotão de escolta. Mato Guedes atirou-se pela janela do trem, mas recebeu uma descarga da fuzilaria e rolou pelo precipício. Balbino de Mendonça, agarrando-se ao vagão, teve os braços quebrados a coronhadas, e foi abatido a tiros de revólver. O barão do Serro Azul recebeu um tiro na perna e caiu de joelhos. Propôs então dividir sua fortuna com os oficiais da escolta se fosse poupado, porém tombou com uma bala na testa.
O comboio seguiu viagem, abandonando os corpos no local. Somente no dia seguinte a policia de Piraquara foi avisada da existência de cadáveres na serra.[7]

Resgate histórico[editar | editar código-fonte]

Capa do livro "O Barão do Serro Azul" de Leôncio Correia
Durante quarenta e quatro anos, o barão de Serro Azul foi considerado traidor. Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada. A sua magnífica mansão em Curitiba foi transformada em quartel do Exército, tendo a baronesa e os seus filhos que morar em um anexo[8]
Sua vida começou a ser investigada nas décadas de 1940 e 1950, quando ocorreu o resgate de sua memória.
Em 1942, foi publicada a biografia "O Barão de Serro Azul" escrita por Leôncio Correia. O livro "A Última viagem do Barão do Serro Azul" do escritor Túlio Vargas, foi publicado em 1973. Baseado nesse livro, o cineasta Maurício Appel produziu o filme "O Preço da Paz" em 2003, com direção de Paulo Morelli e roteiro de Walther Negrão. No elenco, Herson Capri, no papel do barão do Serro Azul, e Lima Duarte, no papel do general Gumercindo Saraiva.
A sua residência em Curitiba, construída em 1883, foi restaurada e é atualmente o Centro Cultural Solar do Barão.[8]
Em dezembro de 2004, o senador Osmar Dias apresentou o projeto de lei do Senado nº 354, de 2004 que propôs a inscrição do nome do barão de Serro Azul no Livro dos Heróis da Pátria, existente no Panteão da Pátria em Brasília.
A Lei nº 11.863,[9] de 2008, foi sancionada pelo Presidente da República; Luiz Inácio Lula da Silva; em 15 de dezembro de 2008 e publicada no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2008, inscrevendo o nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Hypólito Alves de Araújo

Hypólito Alves de Araújo foi um militar e político brasileiro filiado ao Partido Liberal.[1]
Educado na Alemanha, era filho do capitão Hypólito José Alves e irmão dos políticos Antônio Alves de Araújo e Manoel Alves de Araújo, e primo dos deputados Agostinho Antonio Pereira Alves e José Antônio Pereira Alves.[1] Foi casado com sua sobrinha, Emilia Marcondes Alves de Araújo, filha do conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá.[1][2] Era pai de Hippólyto Marcondes Alves de Araújo.[3]
Foi agraciado com o título de Comendador da Ordem da Rosa.[1]
Foi Coronel da Guarda Nacional e deputado provincial de 1882 a 1883, e de 1884 a 1885. Foi também a função de brigadeiro. Exerceu ainda outros cargos de nomeação

Iára Capraro

Iára Capraro (Morretes9 de fevereiro) é uma artista brasileira especializada em artesanato. Casada e mãe de três filhos, seu trabalho começou pintando panos de prato e camisetas de malha em casa, os quais vendia em mercados.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Diante da procura por seus artigos, começou a aula em sua própria casa e com o aumento do número de alunas, que procuravam freqüentar os seus cursos, foi incentivada pelo pai e pelo marido a abrir uma loja em 1985, a Daiara Artes, localizada na Rua Jesuíno Marcondes, nº 47, no centro de Curitiba. Na busca de novos materiais para emprego na elaboração do artesanato, a própria Iára e seu marido desenvolveram uma linha de tintas que passaram a ser utilizadas em suas aulas.

Divulgação do trabalho[editar | editar código-fonte]

Para divulgar mais amplamente suas técnicas surgiram então os fascículos de pintura ArtHobby, que eram fichas ilustradas com fotos de passo a passos de seus trabalhos. A divulgação do seu trabalho progrediu então para realização do programa de televisão de rede nacional Criatividade sem Limites, exibido no canal CNT, e edição da revista Pinte & Decore.
Agora o programa é exibido da TV Aparecida

João Zanin Turin


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João Turin
Busto de João Turin, pelo escultor Erbo Stenzel
Nascimento21 de setembro de 1878
MorretesParanáBrasil
Morte9 de julho de 1949 (70 anos)
CuritibaParanáBrasil
Nacionalidadebrasileiro
Ocupaçãoescultor
Principais trabalhosTigre Esmagando a Cobra
Luar do Sertão
PrêmiosSalão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro), Medalha de Prata, 1944
Salão Nacional de Belas Artes, Medalha de Ouro, 1947
João Zanin Turin[1] (Morretes21 de setembro de 1878[2] — Curitiba9 de julho de 1949) foi escultor brasileiro, considerado o precursor da escultura no Paraná, também dedicou-se a pintura, porém, nunca almejou ser pintor. Chamava suas pinturas de "emoções" pois pretendia apenas representar lugares e temas que tivessem de alguma forma lhe inspirado.
Turin iniciou seus estudos acadêmicos na Escola de Artes e Ofícios de Antônio Mariano de Lima, em Curitiba. Em 1896, aparece nas atas da escola o nome de João Turin como aluno-professor. Foi por meio dessa escola que João Turin, juntamente com Zaco Paraná, receberam a subvenção do Estado para custear seus estudos na Real Academia de Belas-Artes ("Académie royale des beaux-arts de Bruxelles"), em Bruxelas, onde se especializaram em escultura, tendo sido aluno de Charles Van der Stappen, um importante escultor belga.
Ao retornar ao Brasil, em 1922, Turin expõe no Rio de Janeiro uma estátua de Tiradentes, obra que executou em Paris no mesmo ano, com comentários elogiosos na imprensa francesa.
Turin morreu em pleno trabalho, deixando obras inacabadas, como As Quatro Estações, que, reproduzidas em bronze, foram retocadas pelo escultor Erbo Stenzel.
artista é nacionalmente reconhecido como escultor animalista, tendo sido agraciado Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, nos anos de 1944 e 1947.
Na tentativa de estabelecer um estilo característico para a arte paranaense, cria, com Frederico Lange, mais conhecido como Lange de Morretes, e Zaco Paraná, o movimento denominado "paranismo", caracterizado pelo uso de motivos típicos do estado do Paraná, em arquiteturapinturaescultura e grafismos, tais como as árvoresfolhas e frutos de Araucaria angustifolia.

Obra[editar | editar código-fonte]

Turin deixou um acervo de obras considerável, que vai desde esculturas e baixos-relevos de tamanhos variados, pinturas, monumentos, bustos e esculturas em locais públicos de Curitiba e em outros municípios paranaenses.
Dentro de sua vasta produção destacam-se as esculturas de felinos, sendo as mais conhecidas Tigre Esmagando a Cobra e Luar do Sertão, premiadas no Salão Nacional de Belas Artes em 1944 e 1947 com medalha de prata e medalha de ouro, respectivamente. Foram adquiridas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, podendo ser vistas no Zoológico da Quinta da Boa Vista e na Praça General Osório.
Em 28 de julho de 2011 o conjunto da obra do escultor foi tombado pela Secretaria de Cultura do Estado do Paraná[3]
Em Curitiba, há exemplares das seguintes obras:
  • Tigre Esmagando a Cobra, na Av. Manoel Ribas (em frente à Secretaria do Meio Ambiente, Mercês);
  • Luar do Sertão, na rótula viária do Centro Cívico (quase em frente à Prefeitura);
  • Monumento à Rui Barbosa, na praça Santos Andrade, em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná;
  • Tiradentes, na praça Tiradentes.
Outras obras que merecem destaque são:
  • Frade,[4] escultura em bronze que foi a escolhida pelo Governo Federal Brasileiro para presentear o Papa Francisco, em ocasião da visita da Vossa Santidade ao Brasil em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude. Atualmente, a escultura está no Museu do Vaticano.
  • O baixo-relevo Homem Pinheiro que virou um dos símbolos do Paranismo, movimento regionalista que tinha o objetivo de valorizar e destacar elementos da fauna e flora do Paraná na arquitetura, moda e artes visuais. O movimento Paranista teria surgido no início da década de 20, criado pelo pintor João Ghelfi (1890-1925), pelo pintor-cientista Frederico Lange de Morretes (1982-1954) e por Turin.[5] A ilustração do Homem-Pinheiro foi capa inaugural – e depois por diversas edições – da revista Ilustração Paranaense, que começou a circular no Estado em novembro de 1927.

Tiradentes[editar | editar código-fonte]

Sua estátua de Tiradentes, exposta na Praça Tiradentes, em Curitiba, foi removida no ano de 2013 para os serviços de manutenção, e neste processo, foi descoberto uma garrafa no vão livre do pedestal da obra, que aberta por técnicos especialistas, descobriu-se conter uma carta, escrita pelo próprio escultor, indicando que no local original do monumento, em que a estátua se localizou até 1932, existe uma cápsula do tempo contendo a primeira página do jornal “O Dia”, de 21 de abril de 1927 (data da inauguração da obra) e algumas moedas da época. Além deste documento, dentro da garrafa também estava uma moeda de 100 réis.[6]

Galeria de obras[editar | editar código-fonte]

Joaquim Antônio de Loyola

Joaquim Antônio de Loyola (Morretes25 de dezembro de 1847 - Curitiba27 de dezembro de 1918), foi um político brasileiro.

iografia[editar | editar código-fonte]

Filho de João Loyola e Silva e d. Benedicta dos Prazeres Loyola, Joaquim nasceu na cidade Morretes, próximo ao litoral do Paraná, no natal de 1847. Nesta cidade tornou-se ervateiro e na última década do século XIX, foi eleito para o Congresso Legislativo Estadual e logo após assumiu o cargo de coletor de impostos na capital do estado. Casado com Guilhermina Santos de Loyola, foi pai de Helena Loyola, futura esposa de Vicente Machado da Silva Lima.
Joaquim Antônio de Loyola faleceu dois dias apos completar 71 anos.

Manuel Alves de Araújo

Manuel Alves de Araújo[1] (Morretes14 de março de 1832 — Rio de Janeiro11 de dezembro de 1908) foi um advogadojornalista e político brasileiro membro do Partido Liberal.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Maria Rosa de Araujo e do Capitão Hyppolito José Alves e irmão do deputado provincial, comendador Antônio Alves de Araújo e do brigadeiro e deputado provincial Hypólito Alves de Araujo, casou-se em 25 de outubro de 1846 com Maria Coleta dos Santos Pacheco, filha do Barão dos Campos Gerais, o comendador David dos Santos Pacheco. De seu matrimônio teve como filhos o engenheiro e coronel David Pacheco Alves de Araújo, o embaixador Hipólito Pacheco Alves de Araújo, o contra-almirante Augusto Pacheco Alves de Araújo e ainda Colleta Pacheco Alves de Araújo.[2]
Bacharel em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo exerceu diversos cargos públicos como promotor público, juiz de direito em Paranaguá e delegado de polícia em Paranaguá. Fundou e dirigiu o jornal O Paraná.[2]
Foi Deputado provincial do Paraná de 1864 a 1869[2], deputado geral de 1878 a 1889 e secretário e presidente da Câmara dos Deputados em 1884. Também foi ministro dos Transportes de 21 de janeiro a 3 de junho de 1882.
Foi presidente das províncias do Paraná, de 5 de junho a 18 de agosto de 1865, e de Pernambuco, de 17 de julho a ? de 1889. Depois de instaurado o regime republicano não teve mais posição de destaque.
Recebeu também o título de comendador da Ordem da Rosa em 31 de agosto de 1880

Odair Grillo

Odair Grillo (Morretes18 de fevereiro de 2011 — 1996)[1] é reconhecido como o primeiro brasileiro, formado em engenharia em 1934, a usar a mecânica dos solos e geotécnia nos moldes como se entende atualmente. Como funcionário do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, foi para os Estados Unidos na década de 1930 investigar as novas técnicas de construção de estradas. Lá chegando descobriu que a moda era a mecânica dos solos e a forte influência de Karl von Terzaghi e teve aulas com Arthur Casagrande. Odair Grillo fundou a primeira empresa de geotécnica do país, intitulada Geotécnica e influenciou profissionais como Hernani Sávio Sobral que elaborou sua tese de cátedra sob sua orientação inicial.[2] Em 1947 criou a primeira cadeira de mecânica dos solos na USP Universidade de São Paulo

José Francisco da Rocha Pombo

Rocha Pombo
Busto de R. Pombo em Morretes
Nome completoJosé Francisco da Rocha Pombo
Nascimento4 de dezembro de 1857
Morretes
Morte26 de junho de 1933 (75 anos)
Rio de JaneiroDistrito Federal
Nacionalidadebrasileiro
OcupaçãoJornalistaadvogadoprofessorhistoriadorpolítico e escritor
Magnum opusA honra do Barão
José Francisco da Rocha Pombo (Morretes4 de dezembro de 1857 — Rio de Janeiro26 de junho de 1933) foi um jornalistaadvogadoprofessorhistoriadorpolítico e escritor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Manuel Francisco Pombo e de Angélica da Rocha, formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Rocha Pombo foi um ardoroso abolicionista e republicano, tendo fundado em Morretes, no ano de 1879, o jornal "O Povo" e mais tarde, na cidade de Castro, o jornal "Eco dos Campos" e nos dois periódicos divulgava as ideias que abraçara.
Em 1892 foi diretor do "Diário do Comércio", do qual se tornaria proprietário.
Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial em 1886 pelo Partido Liberal.
Desiludido com os acontecimentos políticos decorrentes da Revolução Federalista, transfere-se para a Corte, no ano de 1897, onde logo habilita-se para lecionar no Colégio Pedro II e na Escola Normal.
Tentou, no Paraná, criar uma universidade, sem sucesso.
No Paraná, sua terra natal, é cultuado como um dos maiores expoentes na literatura do estado, recebendo ali diversas homenagens, tendo sua memória preservada e cultuada. Uma destas homenagens foi concedida pela Academia Paranaense de Letras como o "Fundador" da Cadeira N° 1 desta instituição.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Com destaque para "No Hospício", que beira a literatura fantástica, e "Nossa Pátria", que mereceu dezenas de edições, publicou:
  • Honra do Barão, 1881;
  • Dadá, 1882;
  • A religião do belo, 1882;
  • Petrucello, 1889;
  • Nova crença, 1889;
  • A supremacia do ideal, 1889;
  • Visões,1891;
  • A Guairá, 1891;
  • In excelsis, 1895;
  • Marieta,1896;
  • História da América, 1900;
  • História do Brasil, 1905-1917;
  • História de São Paulo.
  • História do Paraná.
  • O Paraná no centenário,1900;
  • No hospício, 1905;
  • Contos e pontos, 1911;
  • Dicionário de sinônimos da Língua Portuguesa, 1914 ;
  • Notas de viagem, 1918;
  • História Universal, 1929.

Olivenkranz.png Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Foi eleito em 16 de março de 1933 para ocupar a cadeira 39 da Academia, que tem por patrono Francisco Adolfo de Varnhagen, como seu terceiro ocupante, falecendo antes de ser empossado.

Silveira Neto


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Manuel Azevedo da Silveira Neto (Morretes4 de novembro de 1872 – Rio de Janeiro19 de dezembro de 1942) foi um poeta simbolista brasileiro. Silveira Neto é pai do escritor Tasso da Silveira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em MorretesParaná, em novembro de 1872, aos sete anos de idade muda-se para a capital paranaense e inicia seus estudos, que incluem gravura e desenho na Escola de Belas-Artes de Curitiba, com o sonho de chegar a Academia de Belas-Artes na cidade do Rio de Janeiro. Antes de iniciar seus estudos artísticos entra no curso de humanidades, porém, é interrompido com a clara intenção de enveredar-se nas “belas artes”. Sem realizar seu intento, ingressou através de concurso, na Fazenda Federal no ano de 1891. Em 1893 integra o grupo de O Cenáculo, nome este dado pelos que participam da revista de mesmo nome, e seus companheiros neste grupo são Dario Velloso e Júlio Perneta, entre outros.
Transfere-se, em 1896, para a capital federal e passa a freqüentar os mesmo lugares que o poeta parnanguara Nestor Vítor, conhecendo-o e também o poeta Cruz e Sousa. É a partir destas amizades e deste período que escreve e publica suas poesias com a forte influência no simbolismo.
Silveira Neto escreveu Pela Consciência (opúsculo, 1898) e Antonio Nobre (elegia1900). Com a publicação de Luar de Hinverno (1900), passa a desfrutar de prestígio na arte literária. Brasílio Itiberê (elegia com música de 1913), Do Guairá aos Saltos do Iguaçu (1914), Ronda Crepuscular (1923), Cruz e Sousa (ensaio de 1924), O Bandeirante (1927), entre outros, são de autoria do poeta antoninense.

Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]

Com o falecimento do curitibano Emiliano Perneta, em janeiro de 1921Silveira Neto é aclamado o novo “príncipe dos poetas paranaenses”. Com a obra “Nas Margens do Nhundiaquara” (poema regional de 1939) é chamado, em sua terra natal, de “o cantor do Nhundiaquara”.
No sábado, dia 19 de dezembro de 1942, Manuel Azevedo da Silveira Neto faleceu aos 70 anos e 01 mês de idade.
Ao poeta simbolista foram dadas inúmeras homenagens Brasil afora, porém, na capital paranaense, cidade onde o poeta morou e estudou, faz-se a veneração e respeito ao denominar uma das vias do bairro Água Verde como Rua Silveira Neto.