segunda-feira, 14 de setembro de 2020

FERNANDES ROBERT E AS OFICINAS FERROVIÁRIAS

FERNANDES ROBERT E AS OFICINAS FERROVIÁRIAS



Em 1903, o autor Jorge Maravalhas diz sobre as primeiras oficinas da Estrada de Ferro, que existiam desde 1885 :

"As oficinas da Estrada de Ferro do Paraná acham-se instaladas em Curitiba, e servem a um tempo, às duas linhas - Paranaguá - Curitiba e Prolongamentos e Ramais.
Constam de 3 galpões de madeiras contíguos, em que funcionam as oficinas de reparações de máquinas, de carpintaria e marcenaria, e um, em separado, de forjas para fundição, onde funciona a oficina de ferraria.
São bem montadas e dispõem dos mais modernos maquinismos de modo que nenhuma precisão tem a E. de F. do Paraná de outras oficinas para a execução de seus trabalhos de reparação, quer fixo, quer rodante, confeccionando mesmo aí, muitas peças de maquinismo e ferramentas , que são em geral importadas do estrangeiro pelo comércio. O motor empregado nas oficinas é a vapor de força de 40 cavalos".


A foto acima deve ter sido tirada no ano de 1915, aproximadamente, na entrada de uma das oficinas da estrada de ferro em Curitiba, veja o vagão dentro do barracão, ao fundo. Nela estão:
1. Antônio Robert e,
2. Fernandes Robert, seu filho.

Nesta foto abaixo, também de 1915, a estação ferroviária de Curitiba, do lado esquerdo a praça Eufrásio Correia e a avenida Sete de Setembro, do lado direito as oficinas. Do livro de Eduardo Emílio Fenianos, Rebouças: o bairro da harmonia.

As oficinas da estação ferroviária possuiam galpões para: fundição e ferraria, montagem e reparação de locomotivas, reparação de carros e vagões, pintura, depósito de madeira e serraria, um galpão aberto também para reparos, além de casa de força e compressores.

Segundo o autor Rubens Habitzreuter: "O grau de sofisticação das máquinas instaladas nas oficinas era motivo de extrema admiração dos visitantes. Máquinas de aplainar ferro, limadoras, de corte e furo, tornos  grandes para rodas de locomotivas e vagões, forjas, serra-fita e forno".

Abaixo, foto das oficinas em 1905, da Coleção da prof.  Júlia Wanderley, daqui.




De 3 barracões as oficinas passaram a contar com 5, veja a maquete abaixo, do Museu Ferroviário. Desde 1997 resta apenas parte do prédio principal da estação ferroviária, que pertence ao atual Shopping Estação em Curitiba, as demais dependências da antiga estação foram demolidas.

Maquete da década de 1930, autor eng° W. Niess

Em 1917, ocorreu a primeira grande greve no Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, ....

"A carestia e o alto custo de vida foram fatores decisivos na eclosão da greve ... A 1ª guerra mundial, a que o Brasil ainda não tinha entrado, também deixava reflexos nos preços dos alimentos, pela política adotada pelo governo de voltar-se mais ao mercado externo." (Fonseca, pg. 66)

Ou seja, o fornecimento de alimentos para a Europa provocou essa carestia, ouça aqui e leia sobre o tio de Fernandes na IGG aqui.

 Jornal A República, dia 20 de julho de 1917, ed. 169, daqui.


"Hontem mesmo noticiamos terem adherido ao movimento paredista todos os operários das Officinas da Estrada de Ferro.
Hoje um dos nossos companheiros conversando com um dos funccionários mais graduados da Estrada foi scientificado que a Directoria do mesmo consentirá com o maior agrado em conceder licença a todos os seus operários que quizerem tomar parte nos comícios actuaes e que todos aquelles que quizerem voltar ao serviço poderão fazel-o quando bem entenderem.
- Quando o trem da tabella, da linha Norte-Paraná hontem às proximidades da fábrica Mimosa, no kilometro 2, avultado número de grevistas fez parar o comboio.
O chefe do trem porém com modos suasorios, conseguiu que os grevistas consentissem no prosseguimento da viagem, chegando o comboio a cidade sem mais novidades.
Hoje pela manhã corriam boatos insistentes de que os grevistas tinham impedido a sahida de trens desta Capital.
Scientificando do caso na própria Estação, soubemos não ter o mínimo fundamento, pois todos os comboios sairam nas horas certas do horário."

Os empregados ferroviários, como Antônio e Fernandes Robert, estavam lá !!


Fotografia de passeata na atual rua des. Westphalen, em Curitiba,  em 1917 - da coleção Júlia Vanderley, da Biblioteca Nacional.
Para mais sobre as causas da greve e as exigências dos operários em Curitiba, clique aqui.
Para saber sobre a greve no Brasil, clique aqui e aqui.

Foi nas oficinas da ferrovia que meu avô Fernandes Robert, aprendeu o ofício de torneiro mecânico. Nelas trabalhou até 1920, quando foi para o serviço militar.

Antônio Robert faleceu em 1923 e provavelmente trabalhou nas oficinas até o fim da vida.

Em 1949 elas foram transferidas para o bairro Capão da Imbúia, Vila Oficinas em Curitiba.

A COLÔNIA ARGELINA

A COLÔNIA ARGELINA


A instalação de colônias no Paraná deu-se a partir da criação da província do Paraná em 1853, anteriormente a região pertencia à província de São Paulo. As colônias foram formadas desde 1860 até o início do séc. XX. 

Em Curitiba a preferência foi por pequenas colônias, que deram origem a alguns bairros da cidade: Pilarzinho (1870), Abranches (1873), Dantas, atual bairro da Água Verde (1878), Santa Felicidade (1878), Argelina, atual bairro do Bacacheri.


"Os franceses se encheram
Da Argélia e vieram pra cá
Se esquecer de pensar em Parri
Era só gente fina a Colônia Argelina
Anchantê sivuplé uí madame merci"
Bacacheri, de Paulo Vitola


Entre os núcleos coloniais da região de Curitiba, estava a colônia Argelina, instalada em Curitiba em terras adquiridas pelo governo à margem da estrada da Graciosa (atual av. Erasto Gaertner) onde hoje é o bairro Bacacheri.


Mapa de Curitiba do IPPUC, com a região da colônia Argelina,
atual aeroporto do Bacaheri e arredores, em destaque

A colônia foi criada em 1868 e recebeu esse nome por acolher, num primeiro momento, ex-colonos franceses da Argélia.


do jornal Dezenove de Dezembro, ed. 1007, de 3 de julho de 1869, disponível on-line na Hemeroteca Digital Nacional, aqui.

Imigrantes chegados em Paranaguá no navio Polymerie (1869), inscrição no consulado, no site genfrancesa.com, clique aqui.

Essa colônia possuia 36 lotes rurais, além de alguns lotes urbanos que acompanhavam a estrada da Graciosa (atualmente av. Erasto Gaertner). 


Mapa de Milena Kanashiro - daqui 


Os primeiros colonos chegaram em 1869, mas foram aos poucos abandonando seus lotes. Três anos depois da chegada, metade deles já tinha saído da colônia.  Em 15 de fevereiro de 1872, o presidente da província do Paraná, descreve a situação da colônia Argelina, para ler o relatório na integra, clique aqui.






















Com parte dos lotes desocupados, em fins de 1873 nova leva de colonos chega ao Paraná e à colônia Argelina.  Entre eles Jacques Robert que re-compra o lote do colono Michel Agier. Foram vários os substitutos dos primeiros colonos, uma relação mais detalhada pode ser obtida no Livro-caixa da colônia, disponível no Arquivo Público do Paraná.

Livro-caixa da colônia Argelina,
acervo do Arquivo Público do Paraná

Quatro anos depois, em 15 de fevereiro de 1876, o presidente da província do Paraná descreve da seguinte forma a colônia Argelina. Para ler o relatório na integra, clique aqui.



Realmente Jacques Robert era estranho a lavoura e em 1880 já estaria trabalhando na construção da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, mas não sei se abandonou a colônia, já que seu registro de óbito foi feito no cartório do Bacacheri, veja aqui.

Não encontrei nenhuma referência de Jacques e família na Argélia, há necessidade de pesquisar melhor.

Uma das suas filhas, Marie Catharine, não veio ao Brasil e não encontrei seu óbito em Saint-Etiènne. Ele pode ter ocorrido em outro lugar na França, ou a bordo do navio na travessia atlântica, ou então na Argélia. Encontrar esse documento poderia resolver esse mistério ... a família Robert esteve ou não na Argélia antes de vir ao Brasil ?? Pessoalmente penso que não.

Ajudaria muito encontrar a documentação do navio em que fizeram a travessia atlântica, as listas de embarque ou desembarque.

Para saber alguma coisa da Argélia enquanto colônia francesa, clique aquiaqui ou aqui.

Para pesquisar registros civis (nascimento, casamento, óbito) de franceses na Argélia colonial, clique aqui.


Mapas de parte da colônia Argelina, o da esquerda faz parte do acervo do ITCG, o da direita, atual, do IPPUC.

E esse mapas, onde estarão ?


Jornal Gazeta Paranaense, ed. 3, de 5 de janeiro de 1886, aqui.

Dos tempos da colônia Argelina  resta ainda, no bairro do Bacacheri, a Casa do Burro Brabo. Onde o Imperador fez xixi em 22 de maio de 1880 !! Acredita-se que construída por volta de 1860, situada na av. Erasto Gaertner 2035. Abandonada, tombada, restaurada, novamente abandonada. Não é permitida a visitação.

Para saber mais, clique aquiaqui e aqui.

A FAMILIA ROBERT CHEGA À COLÔNIA ARGELINA, CURITIBA

A FAMILIA ROBERT CHEGA À COLÔNIA ARGELINA, CURITIBA



"Frederico José Cardais d'Araújo Abranches. Faço saber que tendo Jacques Robert requerido compra da casa n° 16 do lote de campo n° 16 e a da floresta n° 6, situados no núcleo colonial do Bacachery, mandei-lhe passar pela Secretaria desta Presidência o presente título provisório que será substituído pelo definitivo logo que o comprador se mostrar quite com a Fazenda Nacional. Vae este título por mim assignado e sellado com sello da mesma Secretaria. Palácio da Presidência do Paraná, em 22 de junho de 1874, (ass) Frederico José d'Araújo Abranches" (livro 62, acervo do Arquivo Público do Paraná).

Pelo título provisório acima, conseguimos saber que Jacques Robert adquiriu o lote n° 16 da Colônia Argelina. Não consegui nada a respeito do que seria o lote de floresta n° 6.


"Jacques Roberto. O Sr. Francisco Xavier da Silva Procurador do Estado, Faz saber que tendo Jacques Robert comprado o lote n° 16 da colônia Argelina (ilegível) a área de 80.000 m² (ilegível) 8,5 m (ilegível) com a Fazenda do Estado para a qual passaram (ilegível) direito de propriedade no dito terreno (ilegível) com a lei (ilegível), (ass) Fco Xavier" (sem local, sem data, acervo do ITCG)

A partir desse titulo provisório, conseguimos saber que o lote de Jacques Robert era de 80.000 m². Abaixo a localização do lote dentro da colônia e atualmente, dentro do aeroporto do Bacacheri.




O mapa da esquerda é da colônia Argelina e destaca o lote n° 16, de Jacques Robert, faz parte do acervo do ITCG. O mapa da direita é do IPPUC e está demarcada a região aproximada do lote de Jacques, localizado no terreno do aeroporto do Bacacheri. 

A imagem abaixo é do acesso principal ao lote de Jacques, atualmente dentro do aeroporto, marcado com o pino amarelo nos mapas acima.


Não sei até quando a família Robert permaneceu na colônia Argelina. Desde 1885 o lote 16 estaria com o italiano Pedro Zechin e contaria com uma casa de madeira, roça de milho, centeio e vinhas e mais 3 cabeças de gado. Em 1885 terminou a construção do trecho Curitiba-Paranaguá da estrada de ferro e a família pode ter se mudado para outro lugar, provavelmente no mesmo bairro. Arquivo Público do Paraná, livro códice 832, Estatísticas das colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887.


RUA SILVA JARDIM, CURITIBA

RUA SILVA JARDIM, CURITIBA


Curitiba no início do século XX. 

Antônio Robert e Helena Gerber casaram em meados do ano de 1900. Meu avô Fernandes nasceu em outubro de 1900 e foi registrado no cartório do Portão, então acredito que a família, nesta ocasião, devia morar nessa região. Morava no bairro do Portão o irmão de Helena, Fernando Gerber.

Provavelmente por volta de 1905 a família mudou para uma região mais central, na rua Silva Jardim, em alguns documentos nº 171 em outros nº 194.  Em 1909, com certeza, já estava nesse endereço, próximo à rua João Negrão, praticamente ao lado da estação ferroviária de Curitiba, local de trabalho de Antônio Robert. Como seria a região ?

Quando mudaram usavam água de poço, mas logo o abastecimento seria com água encanada.




Água encanada desde 1911, Jornal A República de 10 de outubro de 1910, daqui.

O nr. 171/194 da Silva Jardim era rodeado pelo pequeno comércio, pequenas vendas, uma padaria, casinhas de aluguel no nr. 164, um açougue no 172, um botequim no 222. E toda essa diversidade trazia alguns problemas ...

Delicioso ler uma notícia dessas:



Jornal A República de 29 de outubro de 1910.



Jornal A República de 29 de setembro de 1911.



 Jornal A República de 7 de maio de 1912.
Na edição de 07 de março de 1913, saiu na pg. 4 do jornal Diário da Tarde, o seguinte:

“O vizindario (vizinhança) queixa-se da fedentina, produzida pelos restos de bofes, buxo, tripas, o diabo, que costumam lançar nos quintais. Ora,  dentro do quadro urbano não deve ser permitido isso e nem  o (no) quintal,  numa cidade como a nossa, (não) é logar próprio para deposito e lavagem de detrictos. Além disso, o cidadão não pode, em sua casa, estar sujeito a sofrer as consequencias da falta de higiene observada em casas de outrem.”

Em 11 de abril de 1913, o Diário da Tarde publicou:

“Diversos moradores da rua Silva Jardim veem recorrer, a bem da higiene publica, ao impoluto Diário da Tarde, sempre prompto a pugnar pelos interesses da nossa bela capital e solicitar... a atenção do sr. fiscal de posturas municipais para um estabulo (tendo mais de 5 vacas) estabelecido clandestinamente, em plena rua... entre as Lamenha Lins e Brigadeiro Franco, cuja emanação pestilenta traz as narinas dos transeuntes e moradores próximos em constante sobressalto e os mosquitos sempre em festa, pois o seu proprietário não remove o estrume. Ora, sr. redactor, isto não é serio numa capital como a nossa..”

Uma tentativa de lidar com a questão do saneamento básico e urbanização numa cidade que estava crescendo. Difícil imaginar esse quadro na Silva Jardim de hoje .... tão adensada e caótica, mas nos arredores do centro da cidade, em regiões mais distantes, sim ... é possível ...


Algo me diz que o "foca" se equivocou. Não conheço nenhum Emílio Robert, você conhece ? Jornal A República de 26 de janeiro de 1914.



Jornal A República de 11 de abril de 1914



Jornal A República de 30 de outubro de 1914.



Jornal A República, 28 de dezembro de 1914.

Depois do falecimento de Antônio Robert, em 1923, a família saiu da av. Silva Jardim, não sei exatamente quando. Em 1925 a mãe de Antônio Robert, Maria Louise Coste, faleceu na av. Silva Jardim 171, veja aqui. Em 1939 a família já estava na rua cel. Dulcídio.


Foto de João Groff (detalhe), sem data, (1920-1930 ?), foto completa aqui.

av. Iguaçú, av. Silva Jardim, av. Sete de Setembro, av. Vis. Guarapuava, década de 1940, daqui

av. Silva Jardim, atualmente, daqui


rua Cel. Dulcídio, 25 de dezembro de 1941
casa de Helena Gerber Robert (direita)

A IGREJA LUTERANA EM CURITIBA

A IGREJA LUTERANA EM CURITIBA


As famílias Gerber e Bunde, frequentaram a Igreja Luterana de Curitiba, desde que chegaram à capital. Provavelmente entre o final da década de 1860 e início da década de 1870.

A primeira família alemã em Curitiba data do ínício da década de 1830, mas a grande maioria chegou à cidade em meados do século XIX, 1850 ou mais, vindos da Colônia Dona Francisca (Joinville). 

Em 1857 foi fundado o Cemitério Luterano de Curitiba, na travessa Luthero 123, bairro Alto da Glória, ele é anterior à Igreja. Ali foram sepultados João Gerber (1905) e Albertina Bunde (1920).

Sobre a criação do Cemitério Luterano, leia aqui.

A comunidade alemã em Curitiba começou a ser assistida por um pastor em 1866, ainda sem uma igreja. 

Em 1876 construiu-se a primeira igreja propriamente dita, um prédio de madeira, com arquitetura germânica.





A última gravura é a cópia de uma obra do pintor Hugo Calgan.

Não muito resistente às intempéries, logo se fez necessário um novo prédio, que foi inaugurado em 1897.




Abaixo, como se encontra atualmente o prédio da Igreja Luterana de Curitiba, Paróquia Cristo Redentor - Comunidade Evangélica do Redentor, localizado na rua Trajano Reis 199, no centro da cidade. 



Aí se encontra o acervo dos assentamentos de batismo, confirmação, casamento e óbitos dos luteranos de Curitiba desde o séc. XIX, inlcusive dos Gerber e dos Bunde. Essas famílias devem ter frequentado as duas casas, talvez até a mesmo a casa do pastor, antes da construção da primeira igreja !

Fontes:

Niemeyer, Ernesto - Os allemães no Paraná, esboço histórico

para o texto e imagens, IECLB História e Curitiba-Paraná.

OS BUNDE EM CURITIBA

OS BUNDE EM CURITIBA


Curitiba em 1870
Foto e mais detalhes, clique aqui

A família Bunde era de origem rural desde a Pomerânia. Em Curitiba provavelmente não foi diferente. Quando subiu da colônia Dona Francisca (Joinville) para o planalto, entre 1872 e 1875, foi se instalar no rocio de Curitiba. No entanto, não foram colonos, ou seja, não tiveram lotes adquiridos com os incentivos do governo imperial.

Curitiba em 1876, por ocasião da chegada das famílias Gerber e Bunde. Acervo do Museu Paranaense.




"Typicos carroções introduzidos aqui no Paraná por colonos allemães."

Fonte: “Os allemães no Paraná – Esboço Histórico” de Ernesto Niemeyer, pg.69 e 45.

Em Curitiba, a comercialização dos horti-fruti era feita no Mercado Municipal, localizado onde atualmente é a  praça Generoso Marques.  Inaugurado em 1874 era novidade por ocasião da chegada da família Bunde, de Johann Gerber e da família Robert na cidade.




Na esquina do lado esquerdo, a casa Edith, inaugurada em 1879 e que funciona ainda hoje.


A partir de 1914 o Mercado deu lugar ao Paço Municipal (Prefeitura). No centro da foto abaixo, a estátua do Barão cercada por pessoas num provável comício, um palanque na frente da construção do novo edíficio que foi levantado  sobre a estrutura do antigo Mercado. Ao fundo as torres da Catedral. Foto sem data, aproximadamente 1912.




em 2012

A mesma praça (Praça Generoso Marques) com a estátua do Barão ao lado direito e o topo das torres da Catedral ao fundo do prédio mais baixo. Parte do piso do antigo Mercado pode ser vista no prédio do atual Sesc Paço da Liberdade, no Centro de Informação Digital, na Livraria e no Café do Paço.