quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Andirá

 

Andirá


Andirá
   Município do Brasil  
Vista da cidade
Vista da cidade
Símbolos
Bandeira de Andirá
Bandeira
Brasão de armas de Andirá
Brasão de armas
Hino
Gentílicoandiraense
Localização
Localização de Andirá no Paraná
Localização de Andirá no Paraná
Andirá está localizado em: Brasil
Andirá
Localização de Andirá no Brasil
Mapa de Andirá
Coordenadas23° 03' 03" S 50° 13' 44" O
PaísBrasil
Unidade federativaParaná
Municípios limítrofesBandeirantesBarra do JacaréCambaráItambaracá e Palmital (SP).
Distância até a capital405[1] km
História
Fundação28 de janeiro de 1944 (78 anos)
Administração
Prefeito(a)Ione Elizabeth Alves Abib (PSD, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2]234,802 km²
População total (estimativa IBGE/2019[3])20 031 hab.
Densidade85,3 hab./km²
Climasubtropical (Cfa)
Altitude479 m
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4])0,742 — alto
PIB (IBGE/2008[5])R$ 323 197,681 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5])R$ 14 722,26
Sítioandira.pr.gov.br (Prefeitura)

Andirá é um município brasileiro do estado do Paraná.

História

história do município de Andirá começou em 1927, quando o núcleo urbano se formou com a construção das primeiras casas, do comércio e da indústria, devido ao incansável trabalho exercido pelos pedreiros que utilizavam materiais de construção da época para as obras da Estação Ferroviária Ingá, porque os operários trabalhavam colocando quilômetros de trilhos da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná.

A Estação Ingá foi construída no terreno que era de propriedade de Bráulio Barbosa Ferraz, que sabia que o progresso da região seria favorecido pela ferrovia, contratou um agrimensor de sua confiança com o objetivo de dividir pedaços de sua fazenda em lotes de cinco alqueires de tamanho reduzido e negociou com os ferroviários para vender o terreno para os que desejavam construir a ferrovia, depois vendeu um vasto terreno para a criação de um patrimônio. Depois da publicidade reservada, foi construído um pequeno povoado, onde as pessoas que moravam em acampamentos se transferiram de outros aglomerados urbanos de menor porte.[6]

O primeiro grupo de colonizadores foi integrado por Amadeu Bernim, Carlos Ribeiro dos Santos, Domingos Marcondes Machado, Firmino Corrêa, Manoel M. da Silva, Raul Vaz e depois Barbosa Ferraz, que a ele foi denominado um município em sua homenagem.[6]

A sua transformação em município ocorreria em 20 de dezembro de 1943, através da Lei Estadual nº 199, que mudaria sua denominação Ingá para Andirá, porque já existia um município da Paraíba com esse nome. Até aquela data, Andirá era distrito de Cambará e sua instalação se deu em 1 de janeiro de 1944. A Comarca de Andirá foi criada através da Lei Estadual nº 93, de 14 de dezembro de 1948, sendo instalada em 30 de janeiro de 1949. O primeiro a ser escolhido Juiz de Direito da Comarca foi o doutor Marino Bueno Brandão, tomando posse oficialmente no dia 11 de julho de 1949, nomeado pelo Decreto nº 7 099, de 31 de maio de 1949.[6]

Geografia

Com área de 234,802 km², representa 0,1178% do estado, 0,0417% da região e 0,0028% do território brasileiro. Localiza-se à latitude 23°03'03" sul e à longitude 50° 13'44" oeste, com altitude de 479 m. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 20 031 habitantes.[3]

Compõem o município dois distritos: Andirá (sede) e Nossa Senhora Aparecida.[7]

Demografia

Dados do Censo - 2000 População Total: 21.664

  • Urbana: 19.927
  • Rural: 1.736
  • Homens: 10.696
  • Mulheres: 10.967

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,742

  • IDH-M Renda: 0,686
  • IDH-M Longevidade: 0,715
  • IDH-M Educação: 0,824

Referências

  1.  «Andirá a Curitiba». Consultado em 1 de Setembro de 2013
  2.  IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3. ↑ Ir para:a b «estimativa_dou_2019.xls». ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2019
  4.  «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  5. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  6. ↑ Ir para:a b c Prefeitura. «História do município». Consultado em 27 de dezembro de 2012
  7.  «Andirá». IBGE Cidades. Consultado em 5 de abril de 2022

A ponte sobre o rio dos Papagaios. década de 40.

 A ponte sobre o rio dos Papagaios. década de 40.


Pode ser uma imagem em preto e branco de ferrovia

***— Vista da Praça Tiradentes e a Catedral de Curitiba por volta de 1920 — ***

 ***— Vista da Praça Tiradentes e a Catedral de Curitiba por volta de 1920 — ***


Pode ser uma imagem de monumento e ao ar livre

***— Em primeiro plano o Edifício Garcez e adjacências em 1954 — ***

 ***— Em primeiro plano o Edifício Garcez e adjacências em 1954 — ***


Pode ser uma imagem de ao ar livre e texto que diz "Edifício Moreira Garcez onde está situada sede do D.E.R."

***— Avenida do Cruzeiro (Manoel Ribas), em Santa Felicidade em 1910 — ***

 ***— Avenida do Cruzeiro (Manoel Ribas), em Santa Felicidade em 1910 — ***


Pode ser uma imagem de árvore e ao ar livre

— Vista da Barão do Serro Azul, e ao fundo a Catedral de Curitiba, na década de 1950 —

 — Vista da Barão do Serro Azul, e ao fundo a Catedral de Curitiba, na década de 1950 


Pode ser uma imagem de 3 pessoas e ao ar livre

VOCÊ ENTRA NA MATA E VÊ PÁSSAROS, MACACOS E ONÇAS ...

 VOCÊ ENTRA NA MATA E VÊ PÁSSAROS, MACACOS E ONÇAS ...

Assim expressou-se o comerciante Kamel, nos idos de 1927, acerca das matas existentes no entorno de Curitiba, naquela época, enquanto admirava a grandeza da construção do edifício que viria a ser chamado "Palácio Avenida", conforme veremos a seguir no texto retirado do livro "Mohamed, O Latoeiro", de Gilberto Abrão:
" Em 1927, o imigrante sirio-libanês, Fares Merhy, mandou demolir a salsicharia W. Krause-Schlacht Wurst-Geschaft, ponto de encontro dos estudantes, localizada na recém-pavimentada rua Quinze de Novembro, em Curitiba, e colocou as pedras de alicerce do enorme edifício que viria a ser o Cine-Theatro Avenida.
Kamel, ou Camilo, que descera do bonde que vinha lá das bandas da estação ferroviária e passava por ali, parou para assistir à movimentação dos operários e das máquinas. Nunca tinha visto algo semelhante em sua amada Síria. "Este Brasil é mesmo um país de milagres", pensava ele. "Em menos de duas horas, em lombo de mula, você entra na mata fechada, vê pássaros coloridos, macacos, onças, todo tipo de animais e aqui estão construindo um grande palácio!" Sentiu o orgulho estufar o seu peito. Afinal, quem estava construindo aquele palácio era um patrício seu, que viera quase três décadas antes dele. "Insha'Allah, daqui a vinte anos vou construir um edifício igual!" Mais uma vez o orgulho aflorou: Os árabes também estavam construindo Curitiba, assim como alemães, italianos, portugueses, espanhóis, poloneses e outros.
A imaginação de Kamel vagava em sonhos, quando ouviu que o chamavam.
- Kamel! Kamel!
Olhou para trás e viu Daoud Abbud, um dos irmãos proprietários da casa A Preferida.
- Olá, Daoud! Como conseguiu me ver no meio dessa gente toda?
- Ora, Kamel, e' fácil. Basta enxergar as duas enormes malas de mascate que você carrega, ver um chapéu grande, de feltro preto, com a aba caída. Você está em baixo do chapéu.
Daoud referia-se à estatura e à magreza de Kamel. [...]
Kamel perguntou a Daoud:
- Como vai seu irmão?
- Tanus vai bem. Você deve estar viajando bastante. Por onde andou agora?
- Desci a serra! Antonina, Morretes, até Paranaguá...
Em uma caminhada de dez minutos, eles chegaram à praça Municipal, onde estava localizada A Preferida, a loja de tecidos dos dois simpáticos "turcos", seu David e seu Antonio. A loja tinha doze metros de comprimento por seis de largura e balcões de madeira em toda sua extensão. Em cada balcão havia um metro de madeira, pregado, que servia para medir o tecido, e uma tesoura ao lado do metro. As prateleiras estavam abarrotadas de rolos de tecidos de todos os tipos, desde o popular algodão até a mais pura seda importada. ...".
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O PALÁCIO AVENIDA
A edificação, construída a partir de 1927 e inaugurada em 1929, foi erguida pelo imigrante e empresário sírio-libanês Feres Merhy, com projeto arquitetônico original de Valentim Freitas, Bernardino Assumpção Oliveira e Bortolo Bergonse.
Ao longo de sua história, o imponente complexo de cerca de 18 mil metros quadrados, abrigou escritórios, lojas, cafés (como o folclórico Café Guairacá) e o Cine Avenida, uma das primeiras salas de exibição da capital paranaense.
Em 1968, o prédio foi adquirido pela banco Bamerindus e restaurado em toda a sua originalidade. Em 05 de março de 1991 foi reinaugurado para ser agência central do banco. Com a extinção do Bamerindus, toda sua estrutura, inclusive o prédio, foi vendida para o Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, e desta maneira, tornou-se a sede nacional do HSBC Bank Brasil. Em 2016, o HSBC vendeu sua subsidiária para o Bradesco, tornando-se o edifício, sede regional da instituição.
Atualmente, o andar térreo é uma agência bancária, enquanto próximo ao terraço esta instalado o "Teatro Avenida", que tem capacidade para 250 espectadores.
Desde 1991, é realizado nas janelas do edifício o espetáculo "Natal do Palácio Avenida", com apresentações de um coral de crianças que cantam músicas tradicionais do Natal e alguns sucessos da MPB, em ritmo natalino. O evento tornou-se bastante representativo das festividades de fim-de-ano em Curitiba e é conhecido em todo o Brasil, recebendo intenso afluxo de turistas."
(Extraído da Wikimedia).
Paulo Grani.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Momento da construção do edifício, em 1927.
(Foto: Acervo Gazeta do Povo).
Nenhuma descrição de foto disponível.
A salsicharia W. Krause-Schlacht Wurst-Geschaft, em 1894, na então Rua da Imperatriz, depois XV de Novembro.
Foto: Família Krause/Carlos Roberto Krause.