domingo, 30 de abril de 2023

Rua XV de Novembro, esquina com Avenida Marechal Floriano Peixoto, em 1948. Avista -se a Charutaria Jockey,a Farmácia Imperial e o Cine Ritz. Em cartaz Os Últimos Dias de Pompeia. Na esquina, propaganda do medicamento "Melhoral" contra dor de cabeça..

 Rua XV de Novembro, esquina com Avenida Marechal Floriano Peixoto, em 1948. Avista -se a Charutaria Jockey,a Farmácia Imperial e o Cine Ritz. Em cartaz Os Últimos Dias de Pompeia. Na esquina, propaganda do medicamento "Melhoral" contra dor de cabeça..


Pode ser uma imagem de 6 pessoas, rua e texto

Oficina da Família Franceschi em Colombo, o qual, de forma artesanal nos idos de 1932, Antonio Luigi Franceschi, mais conhecido como Luís Franceschi, junto com seus filhos adaptaram uma carroceria mista sobre um chassi Ford, fazendo artesanalmente um dos primeiros ônibus, que atendeu o transporte de passageiros entre Colombo e Curitiba..

 Oficina da Família Franceschi em Colombo, o qual, de forma artesanal nos idos de 1932, Antonio Luigi Franceschi, mais conhecido como Luís Franceschi, junto com seus filhos adaptaram uma carroceria mista sobre um chassi Ford, fazendo artesanalmente um dos primeiros ônibus, que atendeu o transporte de passageiros entre Colombo e Curitiba..


Pode ser uma imagem de 7 pessoas, depósito de madeira e texto

Bolinho de Marisco Branco com Farinha de Mandioca

 


Vizinho da Pegoava e da Tatuíra, o Marisco Branco é um molusco bivalvo (tem duas conchas) que vive enterrado na areia, habitando a zona entre marés de nossas praias a aproximadamente 100 mil anos. Eles podem viver até os 9 anos atingindo o tamanho médio de 8 cm. Os maiores podem chegar a ter até 10 cm.

O Marisco Branco
(
Mesodesma mactroides)
Crédito da FotoImage Bank BR

Os Mariscos Brancos tem pés bem desenvolvidos e fortes, capazes de cavar rapidamente e se enterrar na areia a uma profundidade entre 5 e 15 cm, podendo chegar até 30 cm dependendo do seu tamanho e da compactação da areia.

Eles se alimentam de plânctons e de uma grande diversidade de material particulado suspenso na água, além de ingerirem o material que está sedimentado na areia onde habitam. Ali enterrados, eles conseguem seu alimento filtrando a água que eles movimentam dentro dos túneis que formam na areia.

Crédito do VídeoMarcio Idalino

Os Mariscos Brancos podem ser encontrados desde a região da Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro, até a área da Bahia Blanca na Argentina. Entre os meses de dezembro e fevereiro podem ser encontradas suas maiores concentrações chegando a até 8.500 indivíduos/m² em algumas praias sortudas. Eles se reproduzem e desovam mais intensamente na primavera e mais suavemente no verão.
Mapa de distribuição do Marisco Branco

Como não gostam da água doce misturada à água salgada e nem de águas com muita matéria orgânica, eles raramente são encontrados nas regiões das praias mais próximas a desembocadura de rios ou de cursos de água da chuva.

O Marisco Branco está cada vez mais raro nas áreas mais populosas do litoral onde tem sido intensamente coletados para a alimentação ou para servir como isca para pescarias. Seu "sumiço" também se deve, entre outros fatores, a poluição da areia e das águas, e até ao pisoteio dos mariscos mais jovens nas praias mais frequentadas. Infelizmente, tudo isso causado por nós mesmos.

Disponível, saboroso e útil como isca e adorno, o Marisco Branco foi naturalmente incorporado ao cardápio e a cultura caiçara. Entre uma variedade de preparos do Marisco Branco, segue abaixo uma receita deliciosa.

Referências Bibliográficas: 1. Tese de Mestrado “Aspectos da Dinâmica Populacional do Marisco Branco em Praia Arenosa Exposta do Rio Grande do Sul” - Paulo Eduardo Aydos Bergonci – PUCRS - 2005 - 2. “Filogeografia Comparada e História Evolutiva da Planície Costeira Sul e Sudeste do Brasil” – Fernanda Britto da Silva – UFRS – 2007.

RECEITA

Fácil | Rende 30 porções

INGREDIENTES

1 kg de mariscos brancos com casca
Pimenta a gosto
Sal a gosto
Tempero verde a gosto: cebolinha, salsinha, coentro de folha larga e alfavaca
Farinha de mandioca artesanal
Óleo para fritar

Variação: Você pode substituir o marisco branco, pelo marisco das pedras ou do mangue, pegoavas, ostras e até vongoles. Crie!

Importante: Somente compre ou colete Mariscos Brancos que tenham mais do que 5 ou 6 cm. Mariscos deste tamanho já estão em sua fase adulta. Deixe os menores na praia para que cresçam, reproduzam e continuem repovoando as praias.

Você Vai Precisar

Uma Panela Grande
Uma Vasilha/Bacia
Uma Frigideira ou Tacho
Um Escorredor e Papel Absorvente


PREPARO

Lave os mariscos em água corrente e descarte os que estiverem abertos.

Coloque-os em uma panela grande e cozinhe-os em água temperada com parte do tempero verde e um pouco de pimenta. Se algum marisco não abrir descarte-o.

Quando estiverem prontos (abertos e cozidos) escorra-os e reserve tanto os mariscos como a água. Espere até que esfriem um pouco.

Os mariscos cozidos são delicados e podem se quebrar ou desmanchar. Retire com cuidado os mariscos das cascas e coloque-os em uma vasilha.

Crédito da FotoPhotl - Stock Photography 

Em uma panela coloque os mariscos sem casca, adicione os temperos verdes, uma parte do caldo do cozimento dos mariscos e vá acrescentando a farinha de mandioca aos poucos. Misture os ingredientes com cuidado até dar liga, corrija o sal e acrescente aquela sua pimenta preferida a gosto.

Dica 1: Se quiser dar mais sabor à massa, ferva a água do cozimento dos mariscos que está reservada, reduzindo seu volume e concentrando seu sabor.

Dica 2: Como você leu lá encima, o Marisco Branco vive na areia. Ao cozinhá-lo ele abrirá e soltará a areia que estiver dentro dele.  Certifique-se de não colocar acidentalmente esta areia ao utilizar o caldo do cozimento para compor a massa.

Com a massa pronta, forme os bolinhos, frite-os em óleo bem quente, deixe-os por um momento em um escorredor forrado de papel absorvente.

Sirva-os em seguida com um pouco do caldo do cozimento do marisco em um potinho, aquela sua pimentinha e um limão cortado.


Crédito da FotoA Notícia - Jessé Giotti

Divirta-se!

Pirão de Bagre

Pirão de Bagre


Pirão de Bagre é muito bom! Dá uma fortidão...Mainga do céu!
Crédito da FotoChef-à-Porter

Facílimo | 40 minutos | Rende 6 porções

INGREDIENTES

Crédito da FotoIlha das Compras

1 kg e 1/2 de bagre
3 colheres (sopa) de óleo
4 dentes de alho amassados e picados
3 cebolas picadas
6 tomates, sem sementes, picados
Temperos verdes picados – salsinha, cebolinha, alfavaca, coentro de folha larga
Farinha de mandioca artesanal o quanto baste
Sal e aquela sua pimenta a gosto

Substituição: Eu gosto do bagre branco, é maior, carnudo e saboroso, mas você pode usar qualquer bagre do mar, do lagamar, do estuário ou do rio como o mandi, o bagre amarelosassari ou bagre bandeira. Também fica bom com qualquer outro peixe de carne firme como o robalo, a caranha, o sargo de beiçogaroupapescada amarelamiraguaiameroprejerevaxaréu e até sororocabetaracorvinavivóca(carapeba)tainha... por aí vai. Na verdade dá para fazer esse pirão com qualquer peixe que você goste ou tenha disponível hehehehehe... É uma alegria só! Não é mesmo?

Dica: Se você quer deixar o negócio bom de vez, acrescente alguns camarões sete barbas limpos e/ou alguns mariscos pequenos e/ou ostras e ou pegoavas, etc. Inventa aí que vai ficar bom! Certeza!

Você Vai Precisar
Uma panela grande que pode ser de barro.

PREPARO

Crédito da FotoCome-se

“Conserte” (limpe) o bagre. Faça alguns cortes no lombo ou nas laterais do peixe e corte a cabeça ao meio para liberar todo seu sabor no caldo.

Dica: No caso do bagre, na hora de limpá-lo, tome muito cuidado com as esporas das barbatanas dorsais e peitorais. Elas podem espetar na sua pele.  Dói prá caramba e pode infeccionar. Quebre-as e corte-as com um alicate.

Em uma panela grande aqueça o óleo e adicione o alho e a cebola, deixando refogar um pouco. Acrescente os tomates, metade dos temperos verdes picados, coloque um pouco de sal e deixe refogar mais um tanto.

Acrescente os bagres limpos e cubra-os com água. Deixe cozinhar por uns 20 minutos ou até o peixe estar bem cozinho. Desligue o fogo, retire os bagres e reserve. Mantenha a água temperada do cozimento na panela. Esse caldo é a base do pirão e nele estão todos os sabores que você quer.

Aguarde o peixe esfriar e com cuidado retire toda a carne deixando de lado todos os espinhos e o couro. Reserve os pedaços de carne.

Agora dê uma atenção especial ao caldo, ele é o cara! Sendo assim, ele deve estar com uma cor bonita e saborosão.

Volte o caldo para o fogo, acrescente o restante dos temperos verdes deixando-os soltar todo seu sabor. Experimente o caldo, corrija o sal e se achar necessário acrescente mais um pouco deste ou daquele tempero. Se quiser pique uma pimenta dedo de moça sem as sementes ou coloque aquela pimentinha que eu sei que você tem aí.

Coloque a carne do bagre que está reservada no caldo e misture com cuidado para não quebrar muito os pedaços ou esfarelar muito a carne. É legal ter alguns pedaços maiores de carne no pirão.

Dica: Se você, como eu, gosta de um pirão mais carnudo guarde alguns pedaços da carne do bagre para acrescentar quando você já estiver finalizando o pirão.

Vá adicionado a farinha de mandioca aos poucos e misturando bem para não empelotar. Continue até chegar a consistência de um pirão bem mole, úmido e translúcido. Experimente-o. Estando tudo certinho, sirva-o imediatamente.


Crédito da FotoDiga Maria

Importantão: A farinha de mandioca continua absorvendo o líquido mesmo depois de você ter chegado a consistência ideal do pirão. Por este motivo, deixe o pirão bem mole e úmido. Na hora de comê-lo, com certeza ele estará um pouco mais consistente.

Esse pirão é para ser comido com colher em uma cumbuca, colocando aquela sua pimentinha e um bom azeite. Fica demais! Se você quiser dá para acompanhá-lo com um arrozinho básico e/ou com uma salada que também fica legal. Você é quem manda!


Crédito da Foto: Senhor Sabor

Delicie-se!!

 PIRÕES, SAL, TEMPEROS E BAGRES

O pirão é um prato indígena preparado com o caldo de carnes, de pescados e até de vegetais. Até hoje o modo de preparo básico é o mesmo. Simplesmente o caldo é misturado a farinha de mandioca formando o pirão.

Originalmente existem duas formas de preparar o pirão: cozido ou escaldado. Na versão cozida, o caldo é misturado aos poucos com a farinha e mexido até ganhar a consistência adequada, no modo escaldado simplesmente mistura-se de uma só vez o caldo e a farinha, resultando em um pirão mais mole. 

Os Tupis-Guaranis, Carijós, Tamoios, Tupiniquins, Caingangues, Nhandevas e Mbiás que habitavam o trecho entre o litoral do Rio de Janeiro e o litoral de Santa Catarina influenciando definitivamente a cultura caiçara, pescavam peixes, moluscos e crustáceos com arco e flecha e um arpão de duas pontas, sempre a pequenas distâncias. Não davam preferência a uma ou outra espécie, tudo era útil. A coisa era simples, os peixes maiores eram assados ou moqueados e os menores eram cozidos e seu caldo era utilizado para fazer o pirão.

Se havia fartura de pescados, como no caso da melhor época para um determinado peixe, eles secavam os peixes excedentes e armazenavam para comê-los outro dia ou socavam o peixe seco no pilão até obter uma farofa que durava um bom tempo e podia ser transportada durante viagens e caçadas.

A cozinha tradicional indígena não utilizava o sal como o conhecemos. O nosso sal (cloreto de sódio) foi sendo introduzido através do contato com os colonizadores. Isso não significa que eles não conheciam o sal. Algumas sociedades o fabricavam com técnicas demoradas e em quantidades pequenas. Por exemplo, eles conseguiam o sal de cinzas (cloreto de potássio) secando e queimando aguapês e até palmeiras, as cinzas eram colocadas em um coador de fibras vegetais, eram então adicionada a água, mais ou menos como fazemos nosso café. O caldo resultante era então fervido até ficar somente o sal.

Para temperar os alimentos eles usavam pimenta ou uma mistura de pimenta e sal de cinzas socados no pilão. Eles chamavam esta mistura de ionquet, inquitaia, juquitaia, ijuqui. Esse tempero era adicionado aos pratos após seu preparo, era comido junto com o alimento, ou eles colocavam uma porção de comida na boca e em seguida esse tempero.

Com relação ao bagre, não se “apoquente”! Existem bagres de água doce e de água salgada e é fácil encontrar um bom bagre praticamente em qualquer lugar. O Brasil tem bagre “à lhenca” (em grande quantidade) e de várias qualidades (tipos).

O bagre pode ser encontrado em águas da costa brasileira e em águas do interior do país, pode ser pescado em alto mar, na praia, em canais, lagamares, estuários e em rios. Devido a grande variedade ele é facilmente encontrado. Das 2.200 espécies conhecidas no mundo, cerca de 1.100 são nativas da América do Sul.

O Inusitado Siri Mole

 

O Inusitado Siri Mole


Crédito da Foto: See Read Cook
O caiçara tradicional sempre utilizou em sua alimentação todos os recursos que estão a sua disposição na natureza ao seu redor. Fruto da capacidade de adaptação humana, da necessidade de sobrevivência e a observação apurada da natureza.

Em um relacionamento constante e cumulativo com a natureza os caiçaras desenvolveram um acervo de técnicas, hábitos e costumes que permitiu, ao longo dos séculos, entender os segredos, ritmos e detalhes do espaço exuberante entre mata atlântica e o mar onde habitam.

Um dos bons exemplos desta capacidade do caiçara em se adaptar, observar a natureza e usar seus recursos é o fato dele ter acrescentado a sua dieta o inusitado siri mole.

O "Tar" do Siri Mole

Como todo crustáceo, o siri é coberto por uma carapaça rígida (o exoesqueleto) que precisa ser trocada de tempos em tempos para que ele possa crescer. Este processo é conhecido como muda (ecdise) que dura entre 10 e 20 dias e ocorre geralmente entre o outono e a primavera.

A muda começa com o siri aumentando bastante sua alimentação para acumular reservas para passar por este processo. Depois o siri começa a absorver água e inchar aumentando o volume do seu corpo até romper sua carapaça. Ao sair de sua antiga carapaça ele a come reaproveitando seus nutrientes para a formação da nova carapaça.

Enquanto a nova carapaça não endurece o siri fica com o corpo coberto apenas com uma película que é à base de sua nova carapaça, um tipo de pele, frágil e macia. Daí o nome siri mole.

Recebi um e-mail do André Theiss, diretor da empresa Blueshell Brasil que desde 2010 produz o Siri Mole em cativeiro em Santa Catarina, que colaborando com o Cozinha Tradicional Caiçara, me informou que o endurecimento da nova carapaça do siri tem início imediatamente após a troca da casca e que o melhor siri mole é aquele colhido em 2 ou 3 horas após o início deste processo.

Pergunte sobre o siri mole naquela peixaria de sua confiança, onde talvez você precise encomendá-los. Outra forma de encontrar o Siri Mole é buscando criadores do siri em cativeiro:

  • Entre em contato com a Blueshell Brasil de Santa Catarina e fale com o amigo André Theiss através do e-mail: blueshell@terra.com.br  ou pelo telefone (47) 3035-1077. Visite também a Blueshell no Facebook.
  • Na Ilha Comprida/SP existe uma Unidade Experimental de Processamento de Siri Mole no Balneário Viaréggio. Não sei se já está produzindo em escala comercial, mas vale a pena conferir.

Seguem duas receitas de Siri Mole... Delicie-se!


RECEITAS


1. SIRI MOLE À DORÊ

Facilzinha | 30 minutos | 6 porções

INGREDIENTES

1 dúzia de siris moles
1 dente de alho amassado
1 limão galego
Tempero verde a gosto: cebolinha, salsinha, coentro de folha larga e alfavaca
Sal a gosto
Farinha de trigo e fubá para empanar
Óleo para fritar

Você Vai Precisar
Uma vasilha para temperar
Uma vasilha para empanar
Uma frigideira funda
Um pegador ou escumadeira
Um escorredor coberto com papel absorvente

PREPARO

Lave os siris e tempere-os com limão, alho, sal e a maior parte dos temperos verdes, guardando um pouco para polvilhar nos siris depois de prontos. Deixe-os descansar por uns 10 minutos nesse tempero.

Faça uma mistura ½ a ½ de farinha de trigo e fubá. Passe os siris um a um nessa mistura farinha de trigo e reserve.

Dica 1: Antes de empanar os siris passe-os por aquele caldinho do fundo da vasilha em que você os deixou no tempero para que eles fiquem bem úmidos e segurem bem a mistura de farinhas.

Dica 2: Você pode passar os siris em um ovo batido e depois na mistura de farinha de trigo e fubá para conseguir uma casquinha mais crocante e resistente.

Em uma frigideira com bastante óleo quente frite até dourar os dois lados. Preste atenção para não deixar queimar e coloque-os em um escorredor com papel absorvente.

Servir quente com arroz branco e uma salada verde bacana.



2. MOQUECA DE SIRI MOLE

Fácil Demais | 30 minutos | 8 Porções

INGREDIENTES

12 siris, moles e graúdos
2 cebolas, grandes picadinhas
4 tomates, grandes, maduros e firmes picadinhos
1 molho grande de alfavaca picadinha
Suco de 2 limões galegos grandes
Azeite de oliva o quanto baste
Sal e aquela sua pimentinha a gosto

Invente Aí – Você pode acrescentar um tanto de camarões para incrementar a moqueca lembrando que o ator principal é o siri mole.

Você Vai Precisar
Uma escovinha para limpar
Uma panela para aferventar
Uma vasilha para temperar
Uma panela de barro (aquelas do Jairê)



Sobre as Panelas de Barro do Jairê

Localizado a aproximadamente 27 km do centro da cidade de Iguape/SP, o Bairro do Jairê concentra a técnica da confecção de panelas pretas, originárias da cultura indígena.

As panelas, bem como gamelas e potes, são feitas a base de argila pelas mãos habilidosas de artesãs como as da mestra Benedita Dias. Durante a queima são tingidas com casca de Nhacatirão ou Jacatirão, uma árvore nativa de Mata Atlântica e ganham a cor preta característica.

PREPARO

Ferva os siris até que fiquem bem vermelhos. Tempere-os com sal e metade do suco de limão, e reserve.

Unte uma panela, de preferência de barro, com um pouco de azeite de oliva. No fundo da panela arrume as cebolas, os tomates e a alfavaca picadinha.

Coloque os siris na panela. Regue com a outra metade do suco de limão temperado com uma colher de chá cheia de sal e dê uma fervura em fogo forte.

Abaixe o fogo e cozinhe por 30 minutos. Dê uma perfumada com aquela sua pimentinha e sirva com arroz branco e uma boa farinha artesanal.

Divirta-se!