quinta-feira, 21 de junho de 2018

Loira fantasma

A outra lenda conhecida pela população curitibana é a da loira fantasma. O taxista César Bueno conta que, na década de 1960, uma mulher loira muito bonita pedia uma corrida de táxi na Praça Tiradentes até o bairro do Abranches. Quando o motorista se tocava, ela não estava mais no carro. “Existe ainda uma outra versão dizendo que a loira pedia a viagem até o cemitério do Abranches. Quando chegava no local, ela pedia para o taxista aguardar um pouco. A mulher saía do veículo e entrava no cemitério, quando desaparecia”, relata Bueno.
Dizem também que a loira assustava os taxistas porque uma vez, quando ainda era viva, fez uma trágica viagem de táxi: durante a corrida, foi estuprada e morta pelo motorista. O seu espírito rondava o assassino e, um mês depois, entrou no mesmo táxi vestindo uma capa preta e escura. De repente, pediu que o carro parasse. Ela ordenou que o carro seguisse até o cemitério, onde era a sua morada. O taxista pediu para que não fizesse brincadeira com isso. Ela tirou a capa, mostrou o seu rosto e o motorista, ao reconhecê-la, teve um ataque de asma e morreu sufocado. O fantasma da loira, então, continuou assustando os taxistas.
A história da loira fantasma ganhou as páginas dos jornais e era tema de programas de rádio, depois de ter sido registrada na polícia. O radialista Algaci Túlio lembra que entrevistou o taxista atingido e uma mulher que seria a loira. “Como naquela época não havia muitas notícias, a gente aproveitava esses fatos para os programas e falávamos durante vários dias”, revela. A lenda também foi parar na televisão, depois que o radialista a transformou em uma telenovela no Canal 6.
O taxista Bueno acredita que a lenda da loira fantasma não passou de uma brincadeira entre colegas da profissão. “Eu mesmo já preguei várias peças. O motorista estava dormindo e eu abria a porta dando o comando de uma corrida. Ele, ainda meio desacordado, concordava com o cliente e saía. Somente depois via que não tinha ninguém no carro.”(JC)

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