sábado, 23 de dezembro de 2023

QUEM LEMBRA DA MANTEIGA AVIAÇÃO ? Em 1920, Antônio Gonçalves e o cunhado Oscar Salles abriram em São Paulo um armazém de venda de produtos secos e molhados

 QUEM LEMBRA DA MANTEIGA AVIAÇÃO ?
Em 1920, Antônio Gonçalves e o cunhado Oscar Salles abriram em São Paulo um armazém de venda de produtos secos e molhados


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QUEM LEMBRA DA MANTEIGA AVIAÇÃO ?
Em 1920, Antônio Gonçalves e o cunhado Oscar Salles abriram em São Paulo um armazém de venda de produtos secos e molhados. Entre os produtos, havia uma manteiga boa, bem amarela e pastosa, já comercializada numa latinha, produzida na cidade de Passos, em Minas Gerais. Com o sucesso do produto, os empresários largaram tudo e compraram a pequena fábrica de laticínios que produzia essa manteiga, mantendo sua maneira original de fabricacão.
O nome Aviação foi escolhido porque o transporte aéreo era a grande novidade da época e conferia um tom progressista para o negócio. De fato, não demorou para a latinha alaranjada, inicialmente com um biplano estampado na tampa, decolasse. O voo de cruzeiro da companhia, no entanto, veio no fim da década de 1930, quando o trimotor alemão Junkers Ju 52, passou a ilustrar a marca da empresa.
Esse avião é uma lenda dos ares, adotado como o principal modelo da Lufthansa, por exemplo, foi usado largamente em rotas como Berlim-Londres e Berlim-Roma. No Brasil, em 1936, esse avião foi o pioneiro na inauguração da famosa ponte-aérea Rio-São Paulo, em um voo operado pela Vasp, que durava 100 minutos de uma cidade até a outra.
A essa altura, na década de 1950, a manteiga "Aviação" já circulava pelo Brasil inteiro, e a latinha alaranjada ajudava muito nessa comercialização, uma vez que é uma embalagem robusta, com alta capacidade de conservação, em tempos que a geladeira era artigo raro na maioria dos lares brasileiros.
Diz o fabricante que a receita original é a mesma, desde sempre. Uma das poucas mudanças adotadas no produto foi o material da lata, que passou a ser forjada em alumínio e não enferruja mais.
A abertura ficou mais simples também. A lata ganhou o formato mais largo e mais achatado, com o mesmo volume de manteiga. A embalagem, hoje, virou item de colecionador. Adorada especialmente pelos apaixonados por decoração vintage.
(Fotos: internet)
Paulo Grani

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