IGREJA DE SANTA LUZIA – RIO DE JANEIRO, RJ
A primeira ermida carioca dedicada a Santa Luzia – virgem e mártir italiana do século IV – datava de 1592, e foi erguida por pescadores bem próxima às margens da Baía de Guanabara. Os primeiros frades franciscanos que chegaram ao Rio, vindos da Bahia, inclusive chegaram a se utilizar da igreja por alguns anos, até se mudarem para o Morro de Santo Antônio, onde fariam o seu convento.
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Junto à ermida funcionou também uma irmandade, e não há informações precisas de quando esta teria sido criada. O que se sabe é que, ao longo do século XVIII, a confraria decidiu reerguer a igreja, mas não o fez no mesmo local, e sim em um outro terreno doando por João Pereira Cabral e sua esposa. A data dessa segunda construção é o ano de 1752.
No interior do templo, foram entalhados três altares, de autoria atribuída ao Mestre Antonio de Pádua e Castro – o altar mor dedicado a Santa Luzia, um lateral de Nossa Senhora dos Navegantes, e outro de Santo Eloi, padroeiro dos ourives.
Já no século XIX, consta que Dom João VI havia feito uma promessa de assistir missas nessa igreja, em agradecimento à cura de uma moléstia nos olhos contraída por um de seus netos. Mas como o acesso da comitiva real era dificultado pela precariedade da via em proximidade com o mar, bem como pela desordem própria a uma região portuária, a alternativa encontrada pelo governante foi mandar construir uma nova rua melhorando o acesso à igreja.
Além de Dom João VI, outro frequentador assíduo dessa igreja foi o Almirante Marquês de Tamandaré, que sempre participava da festa da padroeira, realizada a 13 de dezembro.
No ano de 1872, foi feita uma nova reforma da igreja, ocasião em que foi acrescentada uma segunda torre e incluídas novas portadas, seguindo traçado do Mestre Antonio de Pádua e Castro.
Na sacristia atrás da igreja houve durante muito tempo uma fonte de água que era usada pelos devotos para lavar-se e fazer orações. Essa fonte secou após o desmonte do Morro do Castelo, levado a cabo por Getúlio Vargas, e atualmente a água que ali jorra provém de outro mecanismo improvisado pela irmandade.
Muito embora o entorno da igreja tenha sido completamente alterado ao longo dos séculos, ela permanece graciosa em meio ao caos urbano, destacando-se sobretudo pelos belos e esguios bulbos de suas torres.
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REFERÊNCIAS:
– ALVIM, Sandra P. de Faria, Arquitetura religiosa colonial no Rio de Janeiro; Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1999
-FACÓ, Anne Dornelles (coord.), Guia das Igrejas Históricas da Cidade do Rio de Janeiro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Especial de Projetos Especiais, 1997
– MAURÍCIO, Augusto. Templos Históricos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Laemmert, 1946, p. 151 a 157
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