A padroeira Veio no Anonimato 1974
Bairro BigorrilhoA vida religiosa do bairro do Bigorrilho

Pelas recordações dos mais antigos paroquianos, sabe-se que, no ano de 1926, estabeleceram-se no Bigorrilho algumas famílias de origem alemã. Tinha que por costume, reunir-se, uma vez por semana, umas poucas famílias, para rezar em comum na Vila Saza e no oratório. No princípio, essas devoções realizavam-se na casa da família Kreutzer. Com o passar da vizinhança, os residentes estavam já, sendo em sua maioria católicos, e começaram então a pensar na possibilidade de terem paro e construir um templo próprio. E foi lançado então o arcebispo D. João Francisco Braga, tendo o compromisso de professar a intenção de construir o templo pelos seus anseios. Dirigiu a construção o padre Elestino Reinecke.
Nessa época aconteceu um fato interessante que está vivo na lembrança do bairro. Enquanto o povo estava elaborando sobre a edificação da nova capela, deparou-se com uma dificuldade: a obtenção de um terreno apropriado. O arcebispo D. João Francisco Braga ofereceu um terreno de sua propriedade, situado na esquina da Rua Martim Afonso com a Rua Padre Anchieta, onde foi construída a primeira capela e posteriormente a atual Matriz.
Durante muitos anos a Capela foi regida pelos padres Franciscanos do Convento Bom Jesus, em Curitiba. Em princípio uma missa era celebrada na Capela só de vez em quando. A partir de 1937 é que os Franciscanos passaram a celebrar a missa todos os domingos e dias santificados.
Crescendo rapidamente a população do bairro, sentiu-se a necessidade de um padre residente, principalmente para atender às crianças e às pessoas idosas da vizinhança. A Capela dependia da paróquia de São Francisco de Paula, e do vigário padre Beleslau Falarz, que vendo o esforço e sacrifício da vizinhança, solicitou ao arcebispo a criação da nova paróquia, a fim de dirigir a vida religiosa da população do Bigorrilho. Essa foi então criada em 17 de março de 1952.
Nesse ano, os padres Lazaristas, da igreja de São Vicente de Paulo em Curitiba, atenderam ao pedido de D. M. Meul-dermans, e enviaram o padre M. Meuldermans, e enviaram o padre Francisco Ms da Silva D'Elboux, então arcebispo Metropolitano, e agradecido.
Foi nesse mesmo ano, em 15 de junho, que o vigário Beleslau, na presença de fiéis, benzeu a “nova capela” do Bigorrilho, que já constava da capela, salão ao novo, o vigário nomeado, padre Francisco Ms da Silva D’Elboux, com o cargo de “Comissário de Missão”, e encarregado de cuidar pessoalmente das preparações para a ereção da nova paróquia.
O novo vigário rezou sua primeira missa na Igreja de Nossa Senhora das Dores, no dia 20 de junho de 1952, festa do Sagrado Coração de Jesus. Durante o tríduo, que se celebrava ao Sagrado Coração de Jesus, e que marcou a fundação da paróquia. O ato aconteceu em 29 de junho de 1952. Antes disso, às 15 horas da tarde, uma pequena multidão de fiéis reunira-se para recepcionar D. Manuel da Silva D’Elboux, que acompanhado de inúmeros sacerdotes, presidiu pessoalmente à solenidade.
A paróquia de Nossa Senhora das Dores foi desmembrada das paróquias de São Francisco de Paula e Santa Terezinha.
Passados dois dias da inauguração o padre vigário iniciou os preparativos para a nova missão. Foi possível para reanimar o serviço catequético com maior intensidade. Organizavam-se missas rezadas e cantadas aos domingos e dias santificados, e orientava o povo em geral e os objetos de uso litúrgico. Dava-se então o salto para os preparativos de construção do salão paroquial, residência do vigário.
Coube ao 2.º vigário, padre José Grazinski, a tarefa de terminar o salão paroquial e salão paroquial, necessário para a administração da vida espiritual e social do novo bairro.
A paróquia de Nossa Senhora das Dores passou à Ordem Apostólica das Orações Franciscanas da Sagrada Família no Convento de Curitiba.
A Igreja matriz da paróquia Nossa Senhora das Dores é hoje uma das mais conhecidas e bem frequentadas pelo culto e missas, bem como pela força do espírito religioso no bairro do Bigorrilho.