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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

João Gonçalves Franco Nascido em 1777 - Vila Nova de Cóvas de Cerveira,Braga,Portugal Falecido a 20 de junho de 1853 - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 76 anos

 

  João Gonçalves Franco 

M  João Gonçalves Franco

  • Sosa : 242
    • Nascido em 1777 - Vila Nova de Cóvas de Cerveira,Braga,Portugal
    • Falecido a 20 de junho de 1853 - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 76 anos
    • Deputado da Assembléia Legislativa após Emancipação do Paraná

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Acontecimentos

  • 1777 :Nascimento - Vila Nova de Cóvas de Cerveira,Braga,Portugal
    --- :Ocupação - Curitiba, Paraná, Brasil
    Deputado da Assembléia Legislativa após Emancipação do Paraná
    29 de novembro de 1807 :Casamento (com Escolástica Angélica Bernardina Sacramento Cardoso) - Catedral de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Curitiba, Paraná, Brasil
    20 de junho de 1853 :Morte - Curitiba, Paraná, Brasil

 Notas

Notas individuais

  • O Ajudante de Milícias João Gonçalves Franco era pessoa conceituada na sociedade local (“ajudante” equivale a capitão, na hierarquia militar da época). Nascera em 1777 em Portugal (Covas, Vila Nova de Cerveira). Faleceu em 1853. Seu nome é referido muitas vezes nas atas das sessões da nossa Câmara Municipal, publicadas no “Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba”. Verifiquei ali que ele foi eleitor, vereador, suplente de delegado de polícia, juiz de paz, juiz de órfãos, juiz municipal interino, vacinador municipal (que combateu o “flagelo das bexigas”), além de dono de engenho de erva-mate. “O engenho e propriedades do Ajudante João Gonçalves Franco, além do Rio Ivo, ficavam na atual Avenida Luiz Xavier com fundos para a Rua do Aquidaban”, segundo Nota de Francisco Negrão à ata da sessão da Câmara de 2 de agosto de 1838, publicada naquele Boletim (3). A Rua do Aquidaban é a atual Emiliano Perneta. Sobre essa região da cidade, F.R.Azevedo Macedo afirma o seguinte:

    Os lugares onde se acham atualmente a avenida João Pessoa (antes Luiz Xavier), a praça Osório e grande parte da rua Comendador Araújo eram outrora um extenso paul, coberto de mato esguio útil para lenha. Esse charco só desapareceu pelas obras de drenagens e aterros realizadas de 1871 em diante para a construção da chamada “Estrada de Mato Grosso” (4).

    A população de Curitiba, tanto a residente próxima ao rio Ivo como ao rio Belém, vivia assim em regiões encharcadas. A região do Belém, onde se situava o engenho de CJM, só teria o seu regime de águas regularizado com a criação do Passeio Público em 1886.

    Júlio Moreira afirma em “A História da Medicina no Paraná 1654-1822” que em 24 de novembro de 1819 a Câmara da Vila de Curitiba “despachou um requerimento de João Gonçalves Franco para vender remédios, como Boticário” (5). Afirma ainda que ele foi um dos homens de grande importância no período pré-provincial.

    Segundo F. Negrão,

    Em janeiro de 1820 foi empossado no lugar de Juiz Presidente da Câmara de Curitiba. Assinou a ata da aclamação do príncipe D. Pedro a primeiro Imperador, a 12 de outubro de 1822, perante a Câmara de Curitiba. Foi comerciante, boticário e vacinador do “pus contra a varíola” em Curitiba (6)

    Em 1836, Gonçalves Franco tem o seu requerimento solicitando concessão de terras e águas para a instalação de engenho de soque de erva-mate despachado pela Câmara Municipal de Curitiba (seu nome consta dentre os 21 requerimentos com idêntica solicitação à Câmara) (7)

    Numa de suas sessões, a Câmara deliberou, em 1840, entregar-lhe 91$160 rs, montante financeiro relativo à subscrição realizada em favor de obra na Igreja Matriz de Curitiba (ainda sem as duas torres) da qual ele era administrador. Posteriormente, foi encarregado do “conserto do açude do Belém”, e recebeu para isso quarenta mil réis (40$000 rs), conforme outra sessão da Câmara, no mesmo ano (8).

    Numa edição do “Dezenove de Dezembro” de 1856, apesar de já falecido, seu nome ainda consta na relação dos 31 eleitores que, após a sua substituição por um suplente, escolheriam 4 juízes de paz e 8 vereadores à Câmara Municipal de Curitiba (9).

    João Gonçalves Franco é citado também no relatório do presidente da província José Francisco Cardoso de 1º de março de 1860, p. 76. Ele foi um dos cidadãos que chegaram a ter grande plantação de chá, atendendo aos apelos do governo. Mas nenhuma fábrica que processasse essa matéria-prima se estabeleceu aqui e a cultura acabou por ser abandonada.

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