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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Piraquara – Casa Colonial

 

Piraquara – Casa Colonial


No final do séc. XIX, foi construída a Casa Colonial de Piraquara, moradia urbana edificada no alinhamento, com dois pavimentos e sótão.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Colonial de Piraquara
Localização: R. Manoel Alves Cordeiro, nº 312 – Piraquara-PR
Número do Processo: 69/79
Livro do Tombo: Inscr. Nº 68-III
Uso Atual: Biblioteca Pública João Rodrigues de Oliveira

Descrição: Muitos anos do início do povoamento da região dos assim chamados Campos Gerais, bandeirantes e paulistas já haviam, por muitas vezes e em lugares diversos, penetrado e percorrido os sertões de Curitiba. Após as primeiras incursões à cata de ouro e precauções do gentio, começou a exploração do aluvião aurífero, sobretudo na imensa região do Açungüi, Jaguariaíva, e Tibagi e no planalto curitibano.
As lavras do Itaimbé (Açungüi) marcaram, efetivamente, o início da exploração do ouro no Brasil meridional e a história registra os nomes de Ébano Pereira, Agostinho de Figueiredo e D. Rodrigo de Castelo Branco como desses trabalhos. Na região do Açungüi também foram notáveis as minas de Nossa Senhora da Conceição, Cachoeira e Ribeirão, exploradas por mais de vinte anos por Salvador Jorge Velho e seu genro Antônio Pires Campos. Assinalava Romário Martins que “em São José do Pinhais há vestígios de grandes trabalhos de mineração”.
O povoamento dos campos de Curitiba tem sua origem nesses trabalhos de mineração do Arraial Grande, mais tarde chamado de São José dos Pinhais e ainda eram exploradas em 1741. Dessas terras do Arraial grande, fundadas por mineradores, se originou também o distrito de Piraquara. Em data ignorada, o minerado Capitão Manoel Picam de Carvalho, buscando ouro, fundou o pequeno arraial de mineração no lugar onde hoje se situa Piraquara. Em 1731, o sítio foi vendido ao Capitão Antônio Esteves Freire e sua sogra, Isabel de Sena. Nessa época além do sítio referido, já havia nas proximidades, outras fazendas que, em conjunto, formavam o atual território do município de Piraquara.
Apesar de antigo, o povoado de Piraquara permaneceu estacionado por muitos anos, como parte integrante do território de São José do Pinhais. Inicialmente como simples arraial de mineração, tornou-se, mais tarde, propriedade particular, vendida e revendida até chegar ao poder do Capitão Francisco da Silva Freire, o qual tudo indica não teria sido o último proprietário particular. Mas somente com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro de Paranaguá, ligando o planalto ao litoral, foi que a localidade saiu da estagnação em que se encontrava.
Consoante à Lei 839, de 9 de dezembro de 1885, foi criada a freguesia de Piraquara, sob a invocação do senhor Bom Jesus e pelo decreto nº 17, de 10 de janeiro de 1890, foi elevada à categoria de Vila, sob a denominação de Deodoro, homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca, então presidente da República. Em 1929, voltou a denominar-se Piraquara e em 31 de março de 1930, recebeu foros da cidade. Seu progresso, notadamente nos setores da agricultura e a pecuária foi devido a vinda de imigrantes europeus, principalmente os italianos, em 1875, fundadores da Colônia Santa Maria, hoje Nova Tirol.
Por volta dessa época no final do século XIX foi construída a Casa Colonial de Piraquara. Integrando o conjunto arquitetônico com unidades vizinhas, é uma casa de moradia urbana edificada no alinhamento, com dois pavimentos e sótão. Construídas em alvenaria de tijolos, possui coberturas em duas águas com telhas francesas, arrematadas por platibanda vazada na fachada principal. Abertura emolduradas por pequenos requadros de madeiras, janelas em sistemas de guilhotina, divididas em quadrículos.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Wikipedia

sábado, 20 de novembro de 2021

Estação Ferroviária de Banhado, Piraquara, PR

 Estação Ferroviária de Banhado, Piraquara, PR


Nenhuma descrição de foto disponível.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Estação Ferroviária de Piraquara em 1924.

 Estação Ferroviária de Piraquara em 1924.


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segunda-feira, 5 de abril de 2021

domingo, 29 de setembro de 2019

Reservatório do Carvalho


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Reservatório do Carvalho é um ponto histórico e turístico localizado no município paranaense de Piraquara[1], no início da Serra do Mar, em pleno Parque Estadual Pico do Marumbi, e ali se encontra a principal nascente do Rio Iguaçu[2].
Construído no século XIX e inaugurado em 1908, o reservatório constitui o primeiro sistema de abastecimento de água[3] da capital paranaense. Por não possuir motores elétricos, que para a época de sua inauguração era um artigo raro, utilizava o efeito "gravidade" para levar água ao centro de Curitiba.
O Reservatório funcionou até a década de 1940 e atualmente é administrado pelo Prefeitura de Piraquara, o Instituto Ambiental do Paraná e a Companhia de Saneamento do Paraná e é aberto a visitação pública para a divulgação das suas construções históricas (a barragens e seus encanamentos e sistemas), do Santuário de São Francisco e das trilhas existentes no local (trilhas do Salto, da Estrada do Carvalho e da Chaminé).

sábado, 31 de março de 2018

Fábrica de caixas e cabos de vassouras - Piraquara - Curitiba - Serraria - São Sebastião da Roseira (1902



Fábrica de caixas e cabos de vassouras - Piraquara - Curitiba - Serraria - São Sebastião da Roseira (1902) 

segunda-feira, 5 de março de 2018

História de Piraquara

Os primeiros moradores da região onde hoje está Piraquara eram índios da tribo Guarani que vinham do litoral durante o verão e formaram o caminho do Itupava. Os povos do litoral paranaense, notadamente os do pé da serra, acreditavam que o Marumbi era um vulcão passivo e utilizavam o pico como referência de localização. Com a chegada dos portugueses, boa parte das terras foram concedidas para a exploração do Capitão Manoel Picam de Carvalho, (a Represa do Carvalho, foi a primeira represa do Paraná que abastecia Curitiba e que foi construída por ele) no século XVII. Mais tarde, em 1731, essas terras foram vendidas ao Capitão Antônio Esteves Freire por quinhentos mil réis, com toda a criação pecuária da fazenda. O sítio passou a fazer parte da Freguesia do Patrocínio de São José dos Pinhais, que já era considerado município, em função da proximidade com Curitiba que já tinha comércio intenso. O início do desenvolvimento de onde existiam pequenas fazendas na região da Borda do Campo começa com a necessidade de transportar produtos do interior como milho, erva-mate e mandioca para o Porto de Paranaguá rumo à Portugal. As trilhas utilizadas com mulas eram as feitas pelos índios Guaranis. O povoamento da região começou no século XVIII com a mineração do ouro feita por expedições vindas de Paranaguá e também pelas bandeiras. Mas é com o início da construção da estrada de ferro do Paraná, iniciada em 1880 devido o crescimento dos produtos de exportação, que o crescimento populacional é impulsionado. Neste período são construídos prédios históricos como o Casario, o Armazém, a Casa da Cultura e a Igreja Bom Jesus dos Passos. Os italianos de Trento e os austríacos de Tirol que haviam chegado aqui em 1878, seguidos por espanhóis, poloneses, ucranianos, árabes e japoneses, fundaram a Colônia Imperial de Santa Maria do Novo Tirol da Boca da Serra. Com o crescimento, é criada a Freguesia de Piraquara, com o nome de Senhor Bom Jesus de Piraquara, em 1885, pela Lei 836 de 9 de dezembro. No mesmo ano, a vila passa a ser município com o nome de Vila Deodoro e é desmembrada de São José dos Pinhais pelo Decreto da República 25 de 17 de janeiro de 1890, no entanto a data oficial do nascimento da cidade é 29 de janeiro com a nomeação dos membros da Câmara Municipal. O primeiro prefeito é José Luciano de Oliveira que assume o mandato em 1895 até 1900. Na lei 2645 de 10 de abril de 1929 o município passa a se chamar Piraquara, palavra tupi-guarani que significa “toca do peixe”. Na década de 1950, chega ao município o descendente de alemães e catarinense Heinrich de Souza, trazendo sua família. Em 1958, ele cria o Baile do Pato, que tornou-se a principal casa de bailes do Paraná e que existe até hoje. Até 1984 Piraquara era Comarca de Curitiba, com a Lei 7878 de 4 de junho, é criada a Comarca de Piraquara que abrangia Quatro Barras e Campina Grande do Sul. Como a cidade sempre foi um verdadeiro reservatório de água da região metropolitana, as restrições para o desenvolvimento sempre fizeram parte da história de Piraquara. Quando o distrito de Pinhais que fazia parte de Piraquara tornou-se o maior centro populacional do município, ela foi desmembrada em 1992 e é criado o município de Pinhais, pela lei 7878, assinada em 4 de julho. A região era o único lugar onde haviam industrias e de onde vinha boa parte dos recursos financeiros de Piraquara. Com o desmembramento a arrecadação de Piraquara cai muito e as dificuldades aumentam consideravelmente. Hoje, próximo dos 100 mil habitantes, Piraquara vem assumindo características significativas para o desenvolvimento da região. Não só por ser o maior fornecedor de água dos municípios próximos como pelo crescimento populacional de famílias que se instalam aqui pelo baixo custo de vida, mas que trabalham em Curitiba e outras cidades. O atual prefeito, Gabriel Jorge Samaha (Gabão), eleito em 2004 visa reverter este processo, promovendo o desenvolvimento do município, respeitando o meio ambiente e garantindo mudanças legais que sejam compensatórios pela utilização da água para ser revertido em favor da população.
Informações sobre Piraquara Cidade localizada nas encostas da Serra do Mar, possui centenas de nascentes que dão origem ao Rio Iguaçu. Componente da região metropolitana, Piraquara é responsável por mais de 50% do abastecimento de água da Grande Curitiba. Este é a principal vocação do município em função da grande quantidade de mananciais de águas puras que compõem o seu solo. Possui várias áreas de proteção ambiental, entre elas o Pico do Marumbi, Parque Estadual da Serra da Baitaca, Bacia do Irai, do Piraquara e o Itaqui. Aspectos geográficos Área: 224,850 Km² 30 Km² área urbana 90,85 Km² área rural 100 Km² área de preservação ambiental Municípios limítrofes Ao norte com Quatro Barras e Colombo, ao sul com São José dos Pinhais, a leste com Morretes e ao oeste com Pinhais. População 94.188 habitantes (IBGE-2004) 72.886 habitantes (IBGE-2000) Urbana: 33.829 hab. Rural: 39.057 hab. Altitude 897 metros acima do nível do mar.
Fonte: Prefeitura Municipal de Piraquara

CRONOLOGIA HISTÓRICA
Século XVIII - Em data imprecisa, o local onde futuramente seria constituído o município, como parte de uma área maior, foi negociado com o objetivo de que viesse a servir para a exploração aurífera;
1834 - Observa-se a existência do Bairro de Piraquara, então pertencente à Freguesia de São José dos Pinhaes, que nessa ocasião contava com um número de 24 residências;
1878 - No mês de agosto, funda-se em uma área que futuramente faria parte do município de Deodoro - a Colônia Santa Maria do Novo Tirol. Uma colônia composta por 351 imigrantes italianos, oriundos do Tirol (Província do Trento); Estando São José dos Pinhais desmembrado administrativamente do município de Curitiba desde o ano de 1853, Piraquara agora é um dos Quarteirões pertencentes àquele município;
1880 - Com o início das obras da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, o então povoado onde hoje está localizada a cidade de Piraquara foi beneficiado com a construção de uma Estação Ferroviária. Este acontecimento foi determinante para o desenvolvimento da região;
1885 - O início das atividades ferroviárias ocasionou um gradativo movimento no entorno da Estação Ferroviária, observando-se a fixação de pessoas advindas de diversas partes do Estado, do País e até do Exterior, sendo que os portugueses e sírio-libaneses dominam o comércio local - fixo e itinerante; O crescente desenvolvimento da região faz com que Piraquara seja elevada através da Lei nº 836, de 09 de dezembro de 1885, à categoria de Freguesia (Freguesia do Senhor Bom Jesus de Piraquara);
1890 - Através do Decreto Estadual nº 17, de 10 de janeiro de 1890, Piraquara foi elevada à categoria de Vila (Vila de Piraquara); O Decreto Estadual nº 18, da mesma data, nomeou uma comissão composta por seis cidadãos, os quais teriam por responsabilidade a gestão legislativa e executiva do lugar (os vogais); O Decreto Estadual nº 25, de 17 de janeiro de 1890, estabeleceu os limites do novo município que recebeu a denominação de Deodoro - numa clara homenagem ao Marechal Manuel Deodoro da Fonseca - proclamador da República e então Chefe do Governo Provisório do Brasil; Em 29 de janeiro de 1890 foi instalado o novo município, empossada a comissão governativa e eleito o vogal Jorge Joppert como Presidente da Intendência;
1892 - Realizadas as primeiras eleições municipais em que foram eleitos seis camaristas e José da Costa Vianna como prefeito municipal;
1905 - Iniciadas as obras do Reservatório do Carvalho e a colocação da tubulação desde os mananciais localizados em terras deodorenses até a capital do Estado. Esta obra foi concluída e inaugurada no ano de 1908;
1910 - Início da construção da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos, sob a liderança do padre francês João Leconte. A obra foi concluída no ano de 1921;
Final da década de 1910 - Chegada no município do português Antônio Meirelles Sobrinho - empreendedor responsável por imprimir grande impulso na economia local;
1926 - Após pouco mais de um ano de construção foi inaugurado em terras deodorenses, o Leprosário São Roque - um hospital que passaria a concentrar todos os doentes acometidos pelo mal de Hansen do Estado do Paraná;
1928-1929 - A Vila de Deodoro passa por uma série de intervenções propostas pela administração municipal no objetivo de modernizá-la. Dentre as melhorias implantadas estão: a construção da nova sede da Câmara e da Prefeitura Municipal; o nivelamento da Avenida Piraquara desde o Grupo Escolar até a Estrada de Ferro; e a padronização do alinhamento predial nas ruas centrais; No dia 10 de abril do ano de 1929, através da Lei nº 2645, a denominação oficial do município mudou de Deodoro para Piraquara;
1932 - Através do Decreto nº 2505, de 31 de outubro, o Governo do Estado anexou ao município de Piraquara, a região de Pinhais. Esta área pertencia ao município extinto de Colombo e ficara sem subordinação administrativa após o ato de extinção;
1938 - Piraquara recebe foros de Cidade a partir do dia 31 de março; Já, em 20 de outubro, através do decreto-lei nº 7573, o município de Campina Grande foi extinto, sendo parte de seu antigo território incorporado o município de Piraquara e parte ao de Bocaiúva do Sul. Esta área incorporada ao município de Piraquara, alguns anos depois foi denominada Timbú;
1944 - Início das obras para a construção da Penitenciária Central do Estado, sendo inaugurada no ano de 1951;
1949 - O imigrante russo Antônio Kowalczuk atuando em atividades como: torrefação de café; corte e beneficiamento da caixeta e na fabricação de balas, se firma no município como outro grande empreendedor, sendo o responsável por dar emprego a um grande número de piraquarenses durante as duas décadas seguintes; Teve início o processo de povoamento da região do Guarituba, sendo que as famílias que ali se fixavam, em sua maioria eram ou descendiam de imigrantes alemães. Eles passariam a cultivar a agricultura de subsistência e tornariam em pouco tempo a região em significativo polo de produção leiteira;
1951 - Criação do município do Timbú (posteriormente: Campina Grande do Sul), desmembrando-se do município de Piraquara;
1952 - Abertura da Estrada do Encanamento para o trânsito indiscriminado. A via representava há muitos anos um caminho mais curto entre as cidades de Piraquara e Curitiba, no entanto, como se tratava de uma estrada operacional pertencente ao Departamento de Águas e Esgotos, o seu acesso era extremamente restrito. Sua abertura foi possibilitada pela transferência de responsabilidade do D.A.E. para o Departamento de Estradas e Rodagem;
1961 - A região de Quatro Barras, então subordinada administrativamente parte a Campina Grande do Sul e parte a Piraquara, torna-se emancipada através da Lei nº 4338, de 25 de janeiro. Sua instalação ocorreu no dia 09 de novembro de 1961;
1964 - Um grupo de professores que diariamente chegavam de trem à Piraquara e se admiravam com as belezas que circundavam o município, decidiram expressar em poesia o seu encantamento. Desta poesia, nasceu o Hino de Piraquara, cuja letra foi atribuída ao professor João Rodrigues de Oliveira e a música, pelo maestro Aldo Ademar Hasse; Em 19 de novembro, por proposição do Deputado Estadual piraquarense João Leopoldo Jacomel, a Lei nº 4966, criou o distrito administrativo de Pinhais;
1968 - No dia 15 de novembro, pela primeira vez na história de Piraquara, uma mulher foi eleita para ocupar um cargo político. Azize Corina Cordeiro da Silva, de 49 anos de idade, elegeu-se para uma das vagas na Câmara Municipal obtendo a segunda maior votação do pleito;
1974 - 1976 - O Governo do Estado autorizou, depois de quase duas décadas de insistentes e infrutíferos pedidos da população piraquarense, a pavimentação da Estrada do Encanamento. As obras duraram dois anos, sendo finalmente inaugurada no dia 10 de outubro de 1976. Chamada também de PR-415, esta importante via foi denominada oficialmente de Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, através da Lei Estadual nº 6878, de 20 de maio de 1977;
1979 - Fortalecendo ainda mais a notória vocação de Piraquara no que se refere ao fornecimento de água potável para a Capital do Estado e aos municípios circunvizinhos, o Governo do Estado inaugurou neste ano a Represa do Cayuguava.
1984 - Piraquara se torna sede de Comarca, tendo sob a sua jurisdição os municípios de Campina Grande do Sul e Quatro Barras;
1992 - O distrito de Pinhais foi elevado a condição de município, desmembrando-se do de Piraquara através da Lei nº 9906, de 18 de março; Sua instalação ocorreu no dia 01 de janeiro do ano seguinte;
1996 - Teve início a ampliação do Complexo Penal do Estado, sediado há mais de 60 anos no município de Piraquara. A partir de então, em poucos anos, o entorno da Penitenciária Central do Estado, recebeu a construção de vários outros estabelecimentos prisionais;
1999 - Objetivando propiciar novas alternativas de trabalho aos piraquarenses, a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, firmaram parceria para a implantação no município, de indústrias não poluentes. A partir desta iniciativa, instalaram-se em Piraquara três empresas: a Koyo Steering, Plastauto e BS Colway;
2001 - Início do funcionamento do Contorno Leste, em Piraquara. Com isso, há um significativo aumento de tráfego também na Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel - que com sua pista simples - passa a ficar saturada;
2007 - No dia 24 de agosto, a região do Guarituba parou para receber a visita do presidente da República - Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião foi anunciada a liberação de investimentos na ordem de quase 100 milhões de reais para investimentos em infraestrutura naquela região;
2010 - O município de Piraquara passou a abrigar em seu território mais uma barragem - a chamada Piraquara II.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Nicolau Klüppel: O Prefeito Maragato



Ato de nomeação de Nicolau Klüppel como prefeito de vila Deodoro, publicado em A Federação.
Comunicado oficial do prefeito Nicolau Klüppel renunciando a qualquer remuneração pelo exercício do cargo (jornal A Federação). 
Relação de contribuintes da subscrição para auxílio aos feridos na revolução. Entre estes aparece o nome da trisavó Carolina Klüppel, uma filha e uma nora. A subscrição foi promovida por seu genro, Manoel de Araújo Vianna, casado com Anna Klüppel Vianna.

Aspecto de Vila Deodoro (hoje Piraquara) no início do século XX. (Foto de Arthur Wischral).

A estação ferroviária de Piraquara, logo após a inauguração em 1885. ( Foto de Marc Ferrez).


O trisavô Nicolau Klüppel em foto de fins do século XIX


Em 1894, durante a revolução federalista, enquanto as tropas do caudilho Gumercindo Saraiva, chefe militar dos maragatos, ocupavam grande parte do estado do Paraná, foi instituído um governo provisório, sob a chefia de João de Menezes Dória, tendo sido a capital transferida de Curitiba para a cidade de Castro. 

O trisavô Nicolau Klüppel, que nesta época residia em Vila Deodoro (atualmente o município de Piraquara, no Paraná) com parte de sua família, eram partidários da revolução federalista e ajudaram a financiar as tropas de maragatos na região de Curitiba. Sua mulher e filhas contribuíram com recursos e apoio aos combatentes feridos. 

Em 08/02/1894, o governador provisório Menezes Dória nomeou Nicolau Klüppel prefeito de Vila Deodoro, município de interesse estratégico para os planos de combate dos maragatos, pois controlava parte importante do trajeto da ferrovia que, ainda hoje, liga Curitiba ao importante porto de Paranaguá.

Durante sua curta gestão como prefeito municipal recusou, oficialmente, qualquer remuneração pelo cargo, comunicando a decisão ao governador e mandando reverter a verba em benefício do município, algo raro naquele tempo e absolutamente inédito nos dias atuais, entre os políticos. O ofício que remeteu ao governador foi publicado no jornal A Federação, órgão oficial do governo revolucionário.

Após o fracasso da revolução, a família Klüppel ainda viveu muitos anos em Piraquara. Meus bisavós, Rosa Klüppel Guerino Soffiatticasaram-se naquela cidade em 19/01/1901. O casamento civil foi realizado na casa de Carolina e Nicolau Klüppel e a cerimônia religiosa foi celebrada na Matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos.
A militância em favor da causa dos maragatos causaria a Nicolau Klüppel dissabores políticos futuros. Em Curitiba, nos meses e anos que se seguiram à derrota da revolução, houve muitas vinganças políticas e mesmo fuzilamentos sumários de inúmeros partidários da revolução.

Nos anos de idade avançada o casal Carolina Nicolau Klüppelpassou a residir na casa de seu filho João Eduardo, em Ponta Grossa, onde ele faleceu aos 92 anos (1921) e ela aos 94 anos (1935) e lá estão sepultados. A tradição familiar, por meio de minha avó e tios-avós, sempre atribuiu a mudança dos seus avós para aquela cidade, ao ambiente político adverso aos maragatos e seus partidários, especialmente, na região de Curitiba.      

quarta-feira, 26 de julho de 2017

HISTÓRIA DE PIRAQUARA



HISTÓRIA DE PIRAQUARA
Antes da chegada dos primeiros europeus à região atualmente ocupada pelo município de Piraquara, a mesma era frequentada, durante o verão, por índios carijós (um ramo dos índios guaranis), os quais viviam, durante a maior parte do ano, no litoral. O povoamento de origem europeia dos Campos Gerais de Curitiba teve início por volta de 1660, nos trabalhos de mineração à procura de ouro realizados pelos bandeirantes, vicentistas e portugueses. Arraial Grande foi um dos núcleos fundados por mineradores: dele, se originaram Curitiba, o atual município de São Jose dos Pinhais e o de Piraquara.
O mineiro Manoel Picam de Carvalho, um dos pioneiros da colonização do município de Araucária, acompanhando as lutas pela procura do ouro no planalto curitibano, fundou, por volta de 1700, uma fazenda, formando um pequeno arraial de mineração no local onde, hoje, se encontra o município de Piraquara. Em 1731, Manoel Picam de Carvalho vendeu a sua fazenda a Antônio Esteves Freire e a dona Isabel da Serra, sua sogra. Nessa época, além da fazenda já referida, havia outras nas vizinhanças que, em conjunto, formavam um povoamento que recebeu a denominação de Piraquara.
Apesar de sua antiguidade, o povoado de Piraquara permaneceu estacionário durante muitos anos, como parte integrante do Distrito Policial, depois Município de São José dos Pinhais. Seu progresso, especialmente nos setores da agricultura e da pecuária, iniciou com a vinda de imigrantes europeus, principalmente italianos que, em 1878, aqui chegaram em número aproximado de 350 pessoas e fundaram a Colônia Santa Maria, atual Nova Tirol. Outro fator de progresso da localidade ocorreu em 1885 com a inauguração da Estrada de Ferro do Paraná, ligando o litoral paranaense a Curitiba, com os trilhos passando por Piraquara, onde foi construída uma estação.
Em 1885, a povoação foi elevada a freguesia, com a denominação de Senhor Bom Jesus de Piraquara. Em 1890, passou à condição de vila, desmembrada de São José dos Pinhais e com a nova denominação de "Deodoro" em homenagem ao marechal Manoel Deodoro da Fonseca. Ainda em 1890, foi criado o município, com sede na Vila Deodoro, o qual voltou a denominar-se Piraquara em 1929.
Piraquara, com seus mananciais, é área de proteção ambiental e responsável por cinquenta por cento do abastecimento de água da grande Curitiba. Atualmente, abriga o maior complexo penitenciário do Paraná. O aniversário da cidade é em 29 de janeiro e seu padroeiro é Senhor Bom Jesus dos Passos.

terça-feira, 14 de março de 2017

Piraquara



HISTÓRICO DA ESTAÇÃO: A estação de Piraquara, "buraco ou lagoa do peixe", foi aberta em 1885, com outro prédio de pedras, tijolos e cal. É um dos locais mais antigos no planalto curitibano, e constituía a chamada Fazenda Piraquara, na freguesia de São José do Pinhais. Nas proximidades, ficava a Fazenda da Borda do Campo, que fora explorada pelos jesuítas e depois confiscada e incorporada à coroa portuguesa, sob Pombal, na segunda metadedo século XVIII. Como reduto pastoril não se desenvolveu.Piraquara praticamente foi criada pela estrada de ferro, levantada a planta da futura cidade pelo engenheiro ferroviário Jorge Benedicto Ottoni e entregue à Câmara Municipal de São José dos Pinhais.

Em torno da estação surgiu o povoado: serrarias e engenhos de mate quebraram o bucólico silêncio, abrindo um período de prosperidade. Os grandes pinheiros eram serrados e carregados para a serraria. As grandes florestas de araucárias da região seriam o principal produto de transporte da nova estrada de ferro e uma das razões de sua viabilidade econômica. Tinham razão seus construtores. Estabeleceu-se ali uma próspera indústria madeireira, que se estendeu a toda a região, a tal ponto que da pequena estação ferroviária nascia, sob a República, a cidade de Deodoro, por decreto de 17/01/1890. Retomou depois ao nome primitivo de Piraquara.

A estação original foi substituída nos anos 1940 pelo prédio atual, que, depois de anos abandonado após a desativação dos trens regulares de passageiros no final dos anos 1980, foi restaurado e passou a abrigar um pequeno museu.

Em 2008, o prédio da estação era uma pizzaria. Em 2016, a pintura já é outra e o exterior do prédio está em excelentes condições, mas não sei para o que serve atualmente o prédio.
ACIMA: Pátio e estação de Piraquara em 1916 (Autor desconhecido).
ACIMA: Pátio da estação de Piraquara por volta de 1930 (Foto Arthur Wischral). ABAIXO: Revolta popular contra a deficiência de vagões, no tempo da administração da Brazil Railway em 1912 (O Estado de S. Paulo, 21/9/1912).







AO LADO: Modificações nos pátios das estações da linha em 1913 (O Estado de S. Paulo, 8/6/1913).

ACIMA: No pátio da antiga estação de Piraquara, provavelmente nos anos 1920, as toras aguardam o embarque espalhadas ao longo dos trilhos (Foto: acervo Flavio Cavalcanti). ABAIXO: Passagem de nível ao lado da estação de Piraquara, em foto publicada no final de 1977 (Foto Amilton Vieira, VEJA, 28/12/1977).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Acervo Arthur Wischral; Amilton Vieira; Eduardo Eloy Scuissiato; Dirceu Cavalcanti; Nilson Rodrigues; Marilia ___; Ricardo Pinto da Rocha; Ricardo Koracsony; Paulo Radtke; Flavio Cavalcanti; Mark Ferrez; Biblioteca Nacional; ABPF-Paraná; VEJA, 1977; O Estado de S. Paulo, 1912-13; Edilberto Trevisan: Ao Apito do Trem, 1986; Serra Verde Express, 2004; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1957; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)