No bairro São Franscisco está um dos mais encantadores cemitérios de Curitiba, o Cemitério Municipal São Francisco de Paula, que é o mais antigo da cidade e cuja pedra fundamental foi lançada em 1854
CEMITÉRIO MUNICIPAL DE CURITIBA - MUSEU A CÉU ABERTO
No bairro São Franscisco está um dos mais encantadores cemitérios de Curitiba, o Cemitério Municipal São Francisco de Paula, que é o mais antigo da cidade e cuja pedra fundamental foi lançada em 1854 pelo Senador e Conselheiro da Província Zacarias de Góes e Vasconcelos, devido a falta de verbas na época a construção retornou em 1857 e foi concluída em 1866.
Segundo dados da prefeitura de Curitiba, até 2010 possuía 5700 túmulos e 72.787 sepultamentos até maio de 2010.
Através da arquitetura construída e das suas tendências da época podemos observar um histórico da sociedade curitibana sobre o seu poder financeiro, suas religiões, crenças, valores e espiritualidades, desde aquela época.
Restos mortais são encontrados de diferentes épocas, como, Revolução Federalistas, renomados produtores de erva-mate, família Hauer, Trajano Reis, Barão do Serro Azul e ainda condes, viscondes e importantes políticos e religiosos do estado do Paraná.
Entre os inúmeros ilustres enterrados no municipal uma figura se destaca por sua história, Maria Bueno, assassinada em 1893 por um soldado enciumado e considerada santa por muitos devotos. Quem teve a oportunidade de visitar o cemitério no dia de finados sabe de longe, quão venerada a santa curitibana é, seu túmulo é repleto de centenas de placas de graças recebidas e flores, principalmente rosas vermelhas. Com certeza é o túmulo mais visitado e intrigante do cemitério, cujo nível da construção está mais baixo que os demais ao redor devido a data de sua construção.
A maioria dos curitibanos não sabe da riqueza que é possível encontrar dentro do municipal, a variedade de obras de artes, inúmeras oriundas da Europa, da mistura de estilos artísticos que o compõe.
A fotógrafa, pesquisadora e relações públicas Clarissa Grassi é uma das curitibanas que sabe o valor que o cemitério representa para a cidade, e muitos de seus registros fotográficos e históricos estão em seu livro “Um Olhar… A Arte do Silêncio”, onde retrata e aponta importantes aspectos desse lugar pouco explorado.
Basta um passeio pelo municipal para identificar que o mesmo é reflexo da própria sociedade “lá fora”, onde grandes mausoléus denunciam o poder da família e a simplicidade de outros a origem humilde da família.
(Blog do Maizeh)
Vamos conhecer alguns túmulos e obras do municipal:
Como visto, o cemitério Municipal tem muitas histórias para contar. Esses são alguns pequenos exemplos do que pode ser encontrado lá. Outro ponto importante a ressaltar é a possibilidade de estudos que um cemitério como esse pode proporcionar, pode ser campo de estudo de costumes, moda, história política, religiosa, surtos de doenças e outros, inúmeras possibilidades, basta o pesquisador conciliar seu interesse a esse vasto de estudo a céu aberto.
O túmulo que guarda os restos mortais de Maria Bueno, a Santa Curitibana
O túmulo de Luci, que morreu aos cinco anos de idade, com a estátua de uma menina que leva flores na barra do vestido, reproduz uma cena vivida pela criança duas semanas antes da sua morte. Ela havia colhido os cravos plantados no Jardim da casa, carregando-os na roupa, conforme a imagem adorna seu túmulo. O pai da menina, comerciante que viajava muito, viu a figura de mármore durante uma das viagens à Alemanha e trouxe pessoalmente no navio para colocar no túmulo da filha.
Anjo de Mármore, uma estátua muito usada no municipal
Com a mão esquerda no bolso da calça, o jovem deixa entrever seu colete, rico em detalhes. Na mão direita, apoiada sobre a perna semiflexionada, um livro entreaberto, sinal de seu gosto pelos estudos e o desejo de aprofundá-los. A descrição da estátua de bronze em tamanho natural, 1,18 metros de altura, feita pelo escultor italiano Alberto Bazzoni, está no livro Um olhar....
A arte no silêncio, de Clarissa Grassi. De acordo com o livro, o famoso pesquisador e crítico Clarival do Prado Valladares considerou a escultura a mais significativa de todo o conjunto de obras do Cemitério São Francisco de Paula
A arte no silêncio, de Clarissa Grassi. De acordo com o livro, o famoso pesquisador e crítico Clarival do Prado Valladares considerou a escultura a mais significativa de todo o conjunto de obras do Cemitério São Francisco de Paula
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