Denominação inicial: Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves
Denominação atual:
Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Informações incompletas
Endereço: Rua Alferes Ângelo Sampaio
Número de pavimentos: 2
Área do pavimento:
Área Total:
Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos
Data do Projeto Arquitetônico: 23/5/1939
Alvará de Construção: Nº 3852/1939
Descrição:
Situação em 2012: Demolido
Imagens
1 - Corte, garagem e muro.
2 - Alvará de construção.
Referências:
1 - CHAVES, Eduardo Fernando. Projeto para residência de propriedade de Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves. Corte, garagem e muro apresentado em duas pranchas. Microfilme digitalizado.
2 - Alvará n.º 2767
1 - Corte, garagem e muro.
2 - Alvará de construção.
2 - Alvará de construção.
2 - Alvará de construção.
Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba; Prefeitura Municipal de Curitiba.
A Residência dos Irmãos Franco Chaves: Um Fragmento Perdido da Arquitetura Familiar em Curitiba (1939)
Projeto coletivo para quatro irmãos revela laços familiares e urbanos na Rua Alferes Ângelo Sampaio
Introdução
Em 23 de maio de 1939, o arquiteto Eduardo Fernando Chaves registrava um projeto incomum: uma residência destinada não a uma única pessoa, mas a quatro irmãos — Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves. Localizada na Rua Alferes Ângelo Sampaio, em Curitiba, a casa projetada em alvenaria de tijolos representava uma solução habitacional compartilhada, provavelmente pensada para preservar a unidade familiar em um contexto de crescimento urbano e mudanças sociais.
Infelizmente, a edificação não sobreviveu até os dias atuais. Demolida antes de 2012, deixou apenas vestígios documentais — entre eles, desenhos de corte, garagem e muro — que nos permitem entrever seu traçado e sua inserção no tecido urbano da época.
Ficha Técnica da Edificação
- Denominação inicial: Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves
- Denominação atual: Não atribuída (edificação demolida)
- Categoria de uso: Residência
- Subcategoria: Informações incompletas
- Endereço: Rua Alferes Ângelo Sampaio, Curitiba – PR
- Número de pavimentos: 2
- Área do pavimento: Não informada
- Área total: Não informada
- Técnica construtiva: Alvenaria de tijolos
- Data do projeto arquitetônico: 23 de maio de 1939
- Alvará de construção: nº 3852/1939 (embora uma referência mencione o nº 2767, o documento oficial vinculado ao projeto é o 3852)
- Situação em 2012: Demolido
Uma Casa para Quatro Donos: O Arranjo Familiar
O fato de quatro irmãos figurarem conjuntamente como proprietários de uma única residência é notável. Na Curitiba dos anos 1930, era comum que filhos permanecessem na casa dos pais após a maioridade, especialmente as filhas solteiras. No entanto, um projeto arquitetônico novo, encomendado coletivamente por irmãos — incluindo homens e mulheres — sugere uma decisão deliberada de viver juntos, talvez por razões econômicas, afetivas ou de cuidado mútuo.
A existência de dois pavimentos reforça a hipótese de uma ocupação multifamiliar ou de espaços distribuídos para garantir privacidade entre os moradores. A presença de garagem nos desenhos originais também indica certa modernidade: o automóvel, ainda um bem de luxo, já fazia parte da realidade de algumas famílias da classe média alta curitibana.
O Projeto e Seus Fragmentos
O acervo preservado contém apenas dois elementos gráficos:
- Desenhos de corte, garagem e muro (apresentados em duas pranchas)
- Cópia do alvará de construção nº 3852/1939
Embora incompleto — sem plantas dos pavimentos ou fachadas detalhadas —, esse material revela a intenção de integração entre a casa e o lote, com atenção aos elementos periféricos: muros de fechamento e área de estacionamento. Isso demonstra que, mesmo em residências particulares, o arquiteto considerava a relação entre edificação e espaço público.
A escolha da alvenaria de tijolos, padrão na produção de Chaves, reforça a busca por durabilidade e solidez — qualidades associadas à estabilidade social e familiar.
Desaparecimento e Ausência
A demolição da residência antes de 2012 representa a perda de mais um exemplar do patrimônio arquitetônico doméstico de Curitiba. Diferentemente de edifícios monumentais, casas como esta raramente são protegidas por lei, mesmo quando carregam histórias significativas sobre estruturas familiares, gênero e habitação coletiva.
A ausência de dados sobre a área construída e a planta completa dificulta uma análise mais aprofundada, mas não anula o valor simbólico do empreendimento: quatro irmãos, unidos não apenas pelo sangue, mas por um teto comum — um arranjo que desafia a narrativa convencional da casa nuclear e revela caminhos alternativos de convivência no espaço urbano.
Conclusão
A residência de Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves pode ter desaparecido fisicamente, mas sua existência documental nos convida a refletir sobre as múltiplas formas de habitar a cidade. Ela não era um palacete, nem uma casa de veraneio — era um lar construído para compartilhar, proteger e, possivelmente, resistir às pressões de um mundo em rápida transformação.
Seu legado, embora fragmentado, permanece nos arquivos como um lembrete: a história urbana de Curitiba também foi feita por famílias comuns, cujas escolhas cotidianas moldaram, silenciosamente, o rosto da cidade.
Fontes Consultadas
- CHAVES, Eduardo Fernando. Projeto para residência de propriedade de Maria Helena, Roberto, Isabel e Regina Franco Chaves. Corte, garagem e muro apresentados em duas pranchas. Microfilme digitalizado.
- Alvará de Construção nº 3852/1939. Prefeitura Municipal de Curitiba.




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