Denominação inicial: Projéto de Bungalow para o Snr. Brasil da Rocha Filho
Denominação atual:
Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Residência Econômica
Endereço: Rua Campo Salles
Número de pavimentos: 1
Área do pavimento: 80,00 m²
Área Total: 80,00 m²
Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos
Data do Projeto Arquitetônico: 01/07/1935
Alvará de Construção: Nº 1325/1935
Descrição: Projeto Arquitetônico para construção de bangalô e Alvará de Construção.
Situação em 2012: Demolido
Imagens
1 - Projeto Arquitetônico.
2 - Alvará de Construção.
Referências:
1 – CHAVES, Eduardo Fernando. Projéto de Bungalow. Planta do pavimento térreo e de implantação; corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado.
2 – Alvará n.º 1325
1 - Projeto Arquitetônico.
2 - Alvará de Construção.
2 - Alvará de Construção.
2 - Alvará de Construção.
Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba; Prefeitura Municipal de Curitiba.
O Bangalô de Brasil da Rocha Filho: Uma Residência Econômica que Não Resistiu ao Tempo
Projeto de 1935 na Rua Campo Salles, em Curitiba, ilustra as aspirações habitacionais da classe média emergente
Introdução
Em julho de 1935, o arquiteto Eduardo Fernando Chaves entregava um projeto modesto, mas cuidadosamente elaborado: um bangalô de 80 m² destinado ao senhor Brasil da Rocha Filho, na Rua Campo Salles, em Curitiba. Classificado como residência econômica, o imóvel representava uma solução habitacional acessível, funcional e moderna para famílias da classe média em expansão na capital paranaense.
Embora a edificação tenha sido demolida antes de 2012, seu projeto permanece como um documento valioso da arquitetura doméstica do período — um retrato das escolhas técnicas, sociais e urbanas de uma cidade em transformação.
Ficha Técnica da Edificação
- Denominação inicial: Projéto de Bungalow para o Snr. Brasil da Rocha Filho
- Denominação atual: Não atribuída (edificação demolida)
- Categoria de uso: Residência
- Subcategoria: Residência Econômica
- Endereço: Rua Campo Salles, Curitiba – PR
- Número de pavimentos: 1
- Área construída: 80,00 m²
- Técnica construtiva: Alvenaria de tijolos
- Data do projeto arquitetônico: 1º de julho de 1935
- Alvará de construção: nº 1325/1935
- Situação em 2012: Demolido
O Conceito do Bangalô na Curitiba dos Anos 1930
O termo “bangalô”, de origem anglo-indiana, foi amplamente adotado no Brasil a partir do início do século XX para designar casas térreas, de planta simples, com telhado inclinado e, muitas vezes, varanda frontal. Na Curitiba da década de 1930, o modelo tornou-se popular entre famílias de renda modesta a média, por oferecer boa ventilação, iluminação natural e custo de construção reduzido.
O projeto de Chaves para Brasil da Rocha Filho seguiu essas diretrizes. Em uma única prancha, apresentou:
- Planta do pavimento térreo
- Implantação no lote
- Corte transversal
- Fachada frontal
A distribuição interna era racional: provavelmente composta por sala, dois dormitórios, cozinha, banheiro e área de serviço — suficiente para uma família nuclear em ascensão social. A escolha da alvenaria de tijolos, embora mais cara que a madeira, indicava intenção de durabilidade e certo grau de estabilidade financeira do proprietário.
Brasil da Rocha Filho: Um Cidadão da Nova Curitiba
Pouco se sabe sobre a vida de Brasil da Rocha Filho, mas seu nome — comum na tradição republicana brasileira, que frequentemente homenageava o país em registros civis — sugere um cidadão integrado aos ideais da época: trabalho, família e progresso.
O fato de ter solicitado um projeto arquitetônico formal, acompanhado de alvará de construção nº 1325/1935, demonstra que estava inserido no sistema urbano regulamentado, distanciando-se das construções informais ainda comuns nas franjas da cidade. Ele era, muito provavelmente, um funcionário público, comerciante ou artesão em busca de um lar próprio — símbolo máximo de estabilidade naquele contexto.
Desaparecimento e Memória
Apesar de construído com tijolos e planejado com rigor técnico, o bangalô de Brasil da Rocha Filho não resistiu às pressões do tempo e da especulação imobiliária. Até 2012, já havia sido demolido, cedendo lugar, talvez, a um edifício mais denso ou a um estacionamento — destino comum a tantas residências econômicas do centro histórico.
Ainda assim, sua memória sobrevive nos documentos arquivísticos. O microfilme do projeto e o alvará original, preservados em acervos municipais, permitem reconstituir não apenas a forma da casa, mas também o modo de vida aspirado por milhares de curitibanos na primeira metade do século XX.
Conclusão
O bangalô de Brasil da Rocha Filho talvez nunca tenha chamado atenção por sua estética ou dimensões. Mas, como tantas outras residências econômicas de sua época, foi palco de vidas comuns: primeiros passos, refeições compartilhadas, planos para o futuro. Sua existência — embora breve — faz parte da trama urbana de Curitiba.
Sua demolição é um lembrete da fragilidade do patrimônio cotidiano. Por isso, projetos como o de Eduardo Fernando Chaves são mais do que plantas arquitetônicas: são testemunhos sociais, que nos ajudam a compreender quem morava, como vivia e o que sonhava a cidade de ontem — para que possamos pensar com mais cuidado a cidade de amanhã.
Fontes Consultadas
- CHAVES, Eduardo Fernando. Projéto de Bungalow. Planta do pavimento térreo e de implantação; corte e fachada frontal. Microfilme digitalizado.
- Alvará de Construção nº 1325/1935. Prefeitura Municipal de Curitiba.




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