sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Virmond

 

Virmond


Virmond
   Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Virmond
Bandeira
Brasão de armas de Virmond
Brasão de armas
Hino
Gentílicovirmondense[1]
Localização
Localização de Virmond no Paraná
Localização de Virmond no Paraná
Virmond está localizado em: Brasil
Virmond
Localização de Virmond no Brasil
Mapa de Virmond
Coordenadas25° 22' 51" S 52° 11' 56" O
PaísBrasil
Unidade federativaParaná
Municípios limítrofesCantagaloLaranjeiras do SulCandói e Porto Barreiro
Distância até a capital340 km
Administração
Prefeito(a)Neimar Granoski (PSD, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2]243,176 km²
População total (Censo IBGE/2010[3])3 950 hab.
Densidade16,2 hab./km²
ClimaNão disponível
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4])0,719 — alto
PIB (IBGE/2008[5])R$ 42 344,459 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5])R$ 10 171,62
SítioSite oficial do município (Prefeitura)

Virmond é um município brasileiro do estado do Paraná e sua população era estimada, em 2009, de 4.181 habitantes.[6]

Etimologia

A denominação da cidade deriva do sobrenome do coronel Frederico Guilherme Virmond.[7] Etimologicamente, Virmond é uma forma afrancesada do germânico "Wemund" ou "Warmund", significando proteção ou protetor, ou do francês de origem geográfica "Vermond"; monte verde.[8]

História

Embora possua como denominação um sobrenome de origem alemã-francesa, o município possui uma concentração de famílias de origem polaca. A maioria de sua população descende dos imigrantes polacos da Colônia Amola Faca. A região foi organizada e colonizada pelo então cônsul da Polônia, Kazimierz Gluchowski, que em 1920, adquiriu terras no município de Guarapuava.[7] O primeiro cônsul da Polônia, no sul do Brasil, logo ao tomar posse em 1921, formou uma sociedade de colonização junto com Franciszek Lyp e Wladyslaw Radecki. Emprestou então 10 mil réis de Wladyslaw Kaminski e comprou a Fazenda "Amola Faca" para efeitos de colonização. Para formar a colônia chamou famílias de imigrantes polacos espalhados pelo Brasil, que haviam se desfeito de suas terras por um motivo ou outro.[7]

A primeira escola surgiu em 1924 e a primeira igreja em 1928.[7] Wladyslaw Kaminski é a mesma pessoa que, em 1922, contribuiu com a restauração do Castelo de Wawel, em Cracóvia, e que por isso tem seu nome entre as placas dos polacos de todo o mundo que ajudaram na reconstrução do símbolo da nação polaca. Sua placa está colocada logo no início da muralha que dá acessos aos portões de Wawel.

A área adquirida tinha sido a Fazenda Amola Faca, que havia pertencido a Frederico Guilherme Virmond (nascido em 1791 e morto em 1876), prussiano que estudou medicina em Berlim e contribuiu para a construção da Cadeia Velha e da Fundação da Sociedade Harmonia Lapoense da cidade da Lapa. O médico e pintor Virmond comprou a fazenda em 1852, no então município de Guarapuava, embora continuasse a morar na Lapa. O opúsculo escrito por David Carneiro, em 1929, que deu início à sua carreira de historiador foi justamente sobre a figura Frederico Guilherme Virmond. Segundo Carneiro, Virmond foi possivelmente o primeiro pintor a se radicar no Paraná[carece de fontes].

Com o passar dos tempos, a Fazenda Amola Faca de 24 mil hectares foi vendida para o guarapuavano Ernesto Queiroz e este vendeu, em 1923, 4 mil hectares da fazenda para a Sociedade Colonizadora do Cônsul Gluchowski.

Wladyslaw Radecki era o encarregado das vendas das parcelas de terras às famílias polacas, que eram originárias de Curitiba, São Mateus do Sul (Água Branca), Prudentópolis e do Rio Grande do Sul. O médico J. Czaki foi contratado para atender num ambulatório construído pela sociedade colonizadora. O preço máximo do alqueire era de 70 mil réis.

Emancipação

O processo que antecedeu a emancipação política de Virmond teve participação de uma associação criada por Nelson Segundo, Joersio Carlos de Vargas, Cláudio Benderowicz, Aldino Milani, Valdecir Milani, Salete de Vargas, Edvino Cherpinski, Antônio Szczerba, Pe. Renato Gotti, Casemiro Dombrovski, Joel de Lima Lentch, Afonso Timm. Pela Lei n.º 02, de 10 de outubro de 1947, foi criado o Distrito Administrativo de Virmond. Em 17 de maio de 1990, através da Lei Estadual n.º 9.250, foi criado o município, com território desmembrado de Laranjeiras do Sul. A instalação oficial ocorreu no dia 1º de janeiro de 1993.[7][8]

Em 2020, conforme a Lei estadual 20.190/20, foi corrigido a área da divisa entre Virmond e Laranjeiras do Sul. O dispositivo jurídico representa um ganho de propriedade equivalente a 552 hectares para Virmond, permitindo assim a regularização dos vínculos administrativo e social estabelecidos entre a comunidade e prefeitura.[7][9][10]

Referências

  1.  «Gentílico: virmondense». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 20 de julho de 2016
  2.  IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3.  «Censo Populacional 2010»Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  4.  «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  5. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  6.  «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF)Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 20 de julho de 2010
  7. ↑ Ir para:a b c d e f Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. «Virmond - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 11 de maio de 2020
  8. ↑ Ir para:a b «Municípios Paranaenses - Origens e Significados de seus Nomes» (PDF). Jornal Porto Amazonas e Secretária de Estado da Cultura do Estado do Paraná. 2006. Consultado em 1 de novembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 18 de novembro de 2015
  9.  «Lei 20190 - 27 de Abril de 2020». Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. 29 de abril de 2020. Consultado em 11 de maio de 2020
  10.  «Lei estadual corrige divisa entre Virmond e Laranjeiras do Sul». Agência de Notícias do Paraná. 11 de maio de 2020. Consultado em 11 de maio de 2020

— Rua XV de Novembro, esquina com Travessa Oliveira Bello em 1941 —

 — Rua XV de Novembro, esquina com Travessa Oliveira Bello em 1941 —


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— Inauguração da Torre da Paróquia de São Sebastião de Campo Largo, em 1934 —

 — Inauguração da Torre da Paróquia de São Sebastião de Campo Largo, em 1934 —


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***— Casa de Imigrantes Poloneses da década de 1920, nos arredores de Curitiba — ***

 ***— Casa de Imigrantes Poloneses da década de 1920, nos arredores de Curitiba — ***


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Construção Igreja de Nossa Senhora da Saúde - Colônia Presidente Faria - (Colombo - 1925). ***Construída por Imigrantes ***

 Construção Igreja de Nossa Senhora da Saúde - Colônia Presidente Faria - (Colombo - 1925). ***Construída por Imigrantes ***


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— Travessa Nestor de Castro com Rua José Bonifácio, com vista para o antigo Açougue Garmater. Ano 1979

 — Travessa Nestor de Castro com Rua José Bonifácio, com vista para o antigo Açougue Garmater. Ano 1979


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RELEMBRANDO O GRUPO ESCOLAR OLIVEIRA BELLO

 RELEMBRANDO O GRUPO ESCOLAR OLIVEIRA BELLO

O Grupo Escolar Oliveira Bello, foi construído na rua Aquidaban, atual Emiliano Perneta. A linguagem de sua fachada era assinalada por uma escadaria que ornava o frontão avançado que, apoiado em colunas circulares e encimado por um gracioso entablamento, lembrava marcadamente o estilo neoclássico.
Em visita que fez em 1907 ao estabelecimento, Laurentino de Azambuja, Delegado Fiscal da 1.a Circunscrição Escolar, anotou: “a sala de aula é espaçosa, ventilada, mas não oferece os requisitos relativos à distribuição da luz solar”. Esse problema foi certamente acentuado com o crescimento das árvores plantadas na frente do prédio, que, além de ocultar parte de sua fachada, impedia a livre penetração da luz no interior do edifício.
A partir de 1925, nos relatórios dos Diretores Gerais de Ensino do Paraná, não foram encontrados registros da existência do Grupo Escolar Oliveira Bello e, muito menos, do Grupo Escolar Oliveira Bello e Carvalho, como veio a ser denominado nos seus últimos anos.
(Fachada do Edifício do G.E. Oliveira Bello. Foto: Coleção Lysímaco Ferreira da Costa – Fundo Casa da Memória)
Paulo Grani

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