segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Edifícios da Reitoria da UFPR

 

Edifícios da Reitoria da UFPR







A Universidade Federal do Paraná foi a primeira universidade do Brasil. Fundada e instalada em 1912.

O conjunto de edifícios da Reitoria da Universidade Federal do Paraná e formado por dois blocos paralelos (edifícios D. Pedro I e D. Pedro II), interligados por um outro prédio central mais baixo, formando uma espécie de H (de um visão aérea), com uma das pernas mais curta. Em um dos espaços centrais entre os blocos existe uma espécie de praça. No outro espaço está o “Teatro da Reitoria”.
O projeto é do arquiteto curitibano David Xavier de Azambuja. No local onde foi construído o teatro, o projeto original previa um prédio baixo de três andares, todo envidraçado. Os desenhos originais¹ fazem lembrar uma espécie de ponte de comando de alguma nave saída de “Guerra nas Estrelas”.
O “Teatro da Reitoria” foi projetado pelo arquiteto Rubens Meister, nascido em Botucatu, mas criado em Curitiba.

Dizem que o frio no inverno nas salas do edifício D. Pedro II é insuportável. Já ouvi muitas vezes a explicação de que o projeto original havia sido feito para um prédio que seria construído no nordeste. E isso parece ser verdade, pois um texto no site² da Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná diz o seguinte: “A história que envolve o conjunto de prédios está intimamente ligada ao Professor Flávio Suplicy de Lacerda, ex-reitor da UFPR. Foi ele quem trouxe o projeto do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e o implantou. O MEC possuía vários projetos prontos e o professor Flávio pegou aquele que estava mais disponível. Havia uma certa urgência pois era preciso entregar o projeto ao MEC para que as verbas já requisitadas pudessem ser liberadas e não havia tempo hábil para isso. Só que este projeto tem um peculiaridade era para ser implantado na região nordeste mas, mesmo assim, foi construído.”

Estranha coincidência, não? O projeto que estava pronto era o de um curitibano e exatamente aquele que havia projetado o Palácio Iguaçu.

O conjunto dos edifícios da Reitoria, D. Pedro I e D. Pedro II é tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná.

(1) MUELLER, Oscar. Centro Cívico de Curitiba: um espaço identitário. 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). UFRGS. Porto Alegre.
(2) CONJUNTO DE EDIFÍCIOS DA REITORIA - EDIFÍCIO D.PEDRO I e D. PEDRO II da UFPr. Disponível em: www.patrimoniocultural.pr.gov.br. Acesso em julho de 2015.

Casa Guilherme Butler

 

Casa Guilherme Butler


Casa Guilherme Butler, na Rua Desembargador Westphalen (antiga Rua Ratcliff)
Casa Guilherme Butler - detalhe telhado com lambrequim

A “Casa Guilherme Butler”, na Rua Desembargador Westphalen, é uma Unidade de Interesse de Preservação e é propriedade da Fundação Sidónio Muralha.
Encontrei no site deles a seguinte informação sobre a casa:
“A sede da Fundação Sidónio Muralha e do Instituto de Filosofia tem como nome Casa Guilherme Butler, o belo casarão onde nasceu a Drª. Helen Anne Butler Muralha. O endereço da casa - comprada por seu pai, o Prof. Guilherme Butler, no final da década de 20 - era, então, Rua Ratcliff, 110.

Tempos tranqüilos, em que as crianças podiam brincar livremente na rua e as garrafas de leite vazias aguardavam nas soleiras a passagem do leiteiro, de madrugada.

Na década de 70, já com o endereço atual - Rua Desembargador Westphalen, 1014 - a casa foi sede do Elos Clube de Curitiba, instituição voltada para a difusão da cultura portuguesa, e teve sua divisão interna alterada. Assim formou-se o espaço hoje composto pelo salão de encontros, pelo sótão que abriga a Biblioteca Helena Kolody, uma sala onde funciona o escritório e a antiga garagem transformada também em biblioteca. Como parte integrante de área construída, temos uma edícula aos fundos, construída na década de 50, onde hoje funciona uma pequena cozinha, escritório, sala para reuniões e arquivos da Fundação. A partir do ano de 1988, tornou-se a sede da Fundação Sidónio Muralha. Finalmente, no ano de 1996, tornou-se também sede do Instituto de Filosofia e Educação para o Pensar.

Em 2002 a casa foi reconhecida pela Prefeitura de Curitiba, como patrimônio histórico da Cidade, graças ao interesse do arquiteto Key Imaguire.”

Sobre a Fundação:
“A Fundação Sidónio Muralha foi criada em 29 de setembro de 1998, tendo por instituidores Helen Anne Butler Muralha, viúva do poeta, Maria Beatriz Muralha de Sousa e Mário Jorge d’ Almeida Muralha, filhos de Sidónio Muralha. Seu patrimônio foi constituído pelos direitos autorais sobre os livros de Pedro Sidónio de Araújo Muralha, doados à Fundação pelos mesmos instituidores acima mencionados. É uma entidade sem fins lucrativos e com o objetivo de difundir e preservar a obra literária do escritor e a literatura, em especial aquela dirigida a crianças e jovens.”

Pedro Sidónio de Araújo Muralha (Lisboa, 29/07/1920 - Curitiba, 08/12/1982). “Escreveu poesia, prosa (ficção e ensaio), bem como literatura infantil, género no qual mais se notabilizou. Também desenvolveu atividade profissional como gestor e especialista internacional em vendas.”

A atual Rua Desembargador Westphalen tem esse nome em homenagem a “Emygdio Westphalen, lapeano que se destacou na vida pública do estado nos séculos 19 e 20 e morreu no dia 17 de março de 1923”, mas anteriormente era chamada de Rua Ratcliff, “que foi um inglês dono de comércio na rua que levava o seu nome.”

Referências

Casa de Pedra (Casa Orestes Codega)

 

Casa de Pedra (Casa Orestes Codega)


Casa de Pedra (Casa Orestes Codega) na Alameda Dom Pedro II
Casa de Pedra (Casa Orestes Codega)
Casa de Pedra (Casa Orestes Codega)
Casa de Pedra (Casa Orestes Codega) no Batel

Localizada na Alameda Dom Pedro II, esquina com a Alameda Presidente Taunay, esta casa é conhecida como “Casa de Pedra”, mas talvez fosse o caso de chamá-la de “Casa Orestes Codega”, em homenagem a seu primeiro proprietário, que a mandou construir para residência de sua família.

Localizada em um terreno arborizado de 2.000 m² e área construída de 900 m², a casa chama a atenção pelo tamanho e pela beleza.

Segundo dona Zelinda Códega Woiski, citada em um artigo na “Gazeta do Povo”, a casa foi projetada pela empresa de engenharia do Rio de Janeiro, Freire & Sodré. A construção foi executada, entre 1936 e 1938, pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves.

Conforme o site “Memória Urbana”, em junho de 1937 a Prefeitura concedeu o alvará de construção de muro e garagem projetado pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves. Um detalhe bem interessante no projeto do muro (construído em alvenaria com revestimento de granito, acompanhando o projeto da casa) são os portões de madeira, construídos formando diversas estrelas de oito pontas.

Orestes Codega

O Sr. Orestes Codega nasceu em Sondri, Itália em 30 de maio de 1881, filho de Domingos Codega e de Letícia Mitta. Naturalizou-se brasileiro em 1942. Era ainda pequeno quando a família imigrou. Foi casado com Elvira Gavazzoni Codega, Sua irmã, Hermínia, era casada com Emílio Romani, de quem foi sócio por um tempo em uma empresa de secos e molhados. Em algum momento da sua vida entrou para o setor madeireiro, onde destacou-se como um importante industrial.
Faleceu em Porto União no dia 11 de junho de 1957.

Referências:

sábado, 7 de janeiro de 2023

Em 1908 Francisco Maleski adquiriu o terreno no qual em 1914 viria a construir a atual casa que conhecemos em alvenaria.

 Em 1908 Francisco Maleski adquiriu o terreno no qual em 1914 viria a construir a atual casa que conhecemos em alvenaria.

https://arquivoarquitetura.com/009

Situação atual:Existente, em ruína.
Período:1914.
Endereço:Rua Trajano Reis, 315.
Bairro:São Francisco.
Proprietário Inicial:Francisco Maleski.
Técnica Construtiva:Alvenaria.
Sistema Estrutural:Alvenaria estrutural.
Linguagem Formal:Eclético.

Colaboradores: Ana Kummer, Antonella Gobbo, Bruno Oliveira, Laís de Oliveira.

Histórico e Curiosidades

Em 1908 Francisco Maleski adquiriu o terreno no qual em 1914 viria a construir a atual casa que conhecemos em alvenaria.

 

Em 1962, a casa teve o registro de divisão em três sublotes, restando para a família até hoje dois deles, os lotes 311 e 315.

 

Parte da edificação já serviu de açougue e bar. A casa foi passando pelas gerações da família até chegar em Dinah de Lourdes Bertoni de Sá. Hoje, quem cuida da casa é seu filho, Marcos de Sá.



A construção implantada em 1892 na esquina entre a Rua Barão do Serro Azul e a Travessa Júlio de Campos, apresenta dois pavimentos, e abrigou em seu primeiros anos o “Depósito da Premiada Fábrica Cerâmica Artística de Villa Colombo”, sob os cuidados de Munari e João Ortolani. Após algumas décadas o edifício foi propriedade da família Hauer e abrigou o Hotel Borsenhalle que se destacava por suas dimensões no trecho em que se encontrava.

 A construção implantada em 1892 na esquina entre a Rua Barão do Serro Azul e a Travessa Júlio de Campos, apresenta dois pavimentos, e abrigou em seu primeiros anos o “Depósito da Premiada Fábrica Cerâmica Artística de Villa Colombo”, sob os cuidados de Munari e João Ortolani.

Após algumas décadas o edifício foi propriedade da família Hauer e abrigou o Hotel Borsenhalle que se destacava por suas dimensões no trecho em que se encontrava.

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1892.
Endereço:R. Barão do Serro Azul, 71.
Bairro:Centro.
Uso Inicial:Fábrica de Louças Villa Colombo.
Uso Atual:Comercial.
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalÉcletico.

Histórico e Curiosidades

A construção implantada em 1892 na esquina entre a Rua Barão do Serro Azul e a Travessa Júlio de Campos, apresenta dois pavimentos, e abrigou em seu primeiros anos o “Depósito da Premiada Fábrica Cerâmica Artística de Villa Colombo”, sob os cuidados de Munari e João Ortolani.

Após algumas décadas o edifício foi propriedade da família Hauer e abrigou o Hotel Borsenhalle que se destacava por suas dimensões no trecho em que se encontrava.







Edifício Santa Rosa Localizado na Praça Tiradentes, o edifício de oito pavimentos foi inaugurado em 1940 e atualmente abriga áreas residenciais e comerciais.

 Edifício Santa Rosa Localizado na Praça Tiradentes, o edifício de oito pavimentos foi inaugurado em 1940 e atualmente abriga áreas residenciais e comerciais.

https://arquivoarquitetura.com/028

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1940.
Endereço:Praça Tiradentes, 250.
Bairro:Centro.
Uso Atual:Residencial e comercial.
Área:1600 m².
Sistema Estrutural:Concreto armado.
Linguagem FormalProto-moderno.
Colaboradores:Bianca Mendonça Rodrigues, Emanuel Gonçalves Aquino, Francielle Tavares, Guilherme de Oliveira Baldini, Larissa Dias Mendes.

Histórico e Curiosidades

Localizado na Praça Tiradentes, o edifício de oito pavimentos foi inaugurado em 1940 e atualmente abriga áreas residenciais e comerciais.

É composto de estrutura em concreto armado e revestimento em pó de pedra. Sua esquadria em formato de semi-círculo feita de metal e vidro segue verticalmente na fachada, por seis pavimentos, proporcionando uma identidade marcante singular.

Como um detalhe interno, surge a arandela com traços semelhantes aos de uma concha.




Tiradentes 200 Seu projeto original é de 1910 e seu espaço já abrigou a Fábrica de Café Globo, a loja de Ferragens Demeterco, a Loja Disapel e, atualmente, o restaurante Yunxiang.

 Tiradentes 200 Seu projeto original é de 1910 e seu espaço já abrigou a Fábrica de Café Globo, a loja de Ferragens Demeterco, a Loja Disapel e, atualmente, o restaurante Yunxiang.

Situação atual:Existente e preservado.
Período:1910.
Endereço:Praça Tiradentes, 200.
Bairro:Centro.
Uso Atual:Comercial.
Área:601 m².
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalEclético.

Colaboradores: Andressa Schartner, Beatriz Monteiro, Daniel Lima, Matheus Cruzara, Sara Machado.

Histórico e Curiosidades

O edifício localizado na Praça Tiradentes, número 200, conta com alvenaria estrutural, cobertura em telha francesa e diversos elementos decorativos como relevos em argamassa, platibanda com frontão, aplicações em gesso e balcão de ferro batido.

 

Seu projeto original é de 1910 e seu espaço já abrigou a Fábrica de Café Globo, a loja de Ferragens Demeterco, a Loja Disapel e, atualmente, o restaurante Yunxiang.




O Edifício Frischmann’s, também conhecido como Casa José Hauer, é uma obra de 1898, concluída em 1901, quando recebeu a empresa José Hauer & Filhos.

 O Edifício Frischmann’s, também conhecido como Casa José Hauer, é uma obra de 1898, concluída em 1901, quando recebeu a empresa José Hauer & Filhos.

https://arquivoarquitetura.com/020

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1900.
Endereço:Rua Tiradentes, 20.
Bairro:Centro.
Proprietário Inicial:José Hauer.
Uso Atual:Comercial.
Área:480 m².
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Trilhos de ferro.
Linguagem Formal:Eclético.

Colaboradores: Beatriz Cancian, Gabriel Casconi, Gabriel Mafra, Gilberto Garcez, Mariana Veras, Vinicius Bubniak.

Histórico e Curiosidades

O Edifício Frischmann’s, também conhecido como Casa José Hauer, é uma obra de 1898, concluída em 1901, quando recebeu a empresa José Hauer & Filhos.


Construído em trilhos de ferro suecos, foi considerado o mais alto da cidade.
 

Na década de 1940 o prédio sofreu alterações, ganhando mais um pavimento. Na mesma década, Francisco Frischmann assumiu a posse do edifício, onde instalou sua loja, que ali ficou estabelecida até 2006.