quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Reservatório de Água

 

Ponta Grossa – Reservatório de Água

O Reservatório de Água, em Ponta Grossa-PR, foi construído pelo engenheiro Dr. Álvaro de Souza Martins. Dois reservatórios de 1914 e 1937.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Reservatório de Água
Localização: R. Francisco Ribas, esquina com R. Barão do Cerro Azul – Ponta Grossa-PR
Processo: 06/2001

Descrição: O Reservatório de água da cidade de Ponta Grossa está situado entre as Ruas: Francisco Ribas e Barão do Cerro Azul, e foi construído na gestão do prefeito Cel. Theodoro Batista Rosas, sob a responsabilidade do engenheiro Dr. Álvaro de Souza Martins, da firma Martins &Carvalho. O referido conjunto apresenta dois reservatórios datados de 1914 e 1937. Sobre a cobertura do reservatório, foi colocada uma grande camada de terra, onde está construído o jardim, cuja entrada se faz pela lateral esquerda. Esse Jardim é um local de visitação pública. Tombado em 2001.

Para construir o reservatório de água da cidade, foram realizados estudos topográficos, sendo escolhidos a segunda colina, estando a quatro metros acima do nível da Praça Floriano Peixoto escolhido a segunda colina, estando a quatro metros acima do nível da Praça Floriano Peixoto, em seu ponto mais alto. A caixa d’água foi elevada a mais de três metros de altura, com essa diferença de nível, o respectivo reservatório de distribuição, permitiu abastecer os prédios, os edifícios e todas as casas de ambas as colinas.

O reservatório de água da cidade é um conjunto de benfeitorias, com dois pequenos edifícios onde ficam alojadas as máquinas para a distribuição de água, tendo a capacidade para um milhão de litros e é dividido em dois compartimentos distintos.

Para consolidar o solo onde se acham fundados esse reservatório foi implantado estacas de concreto espaçadas de 2 em 2 metros no sentido longitudinal e transversal, considerados á partir dos muros de perímetro.

Toda a construção foi executada em concreto armado, sendo as suas armaduras constituídas de vigas duplas em forma de T, espaçadas de 2 em 2 metros e fixadas com lâminas de metal. Os muros de perímetro e o divisório estão apoiados em colunas de concreto armado.

A cobertura, também de concreto armado, é formada de abobadilhas de plano sustentadas por colunas de ferro fundido distribuídos de 2 em 2 metros. As duas casas de manobra têm dimensão para comportar os aparelhos necessários á regularização e fiscalização dos serviços de distribuição de água. As linhas de distribuição

Sobre a cobertura do reservatório, foi colocado uma grande camada de terra, onde está construído o jardim, cuja entrada se faz pela lateral esquerda. Esse jardim era um local de visitação pública, atraídos pela vista panorâmica da cidade e pela beleza das flores, conforme o artigo de 19 de junho de 1917.

“A caixa de abastecimento de água está se enfeitando com o crescimento de plantas ornamentais que lhes dão poético e atraente aspecto. Tem tons de frescura e alegria. Dado o magnifico panorama da cidade que dali se desfruta é este um ponto que está destinado a ser preferido para os passeios de nosso povo”.

Em 1912 a população urbana da cidade estava estimada em 8.000 mil habitantes, com o surto de desenvolvimento e o aumento da população nas duas décadas seguintes, a água captada pela represa nos Rios Mandioca e Cascavel já não supria o grande consumo. Em 1939, o abastecimento passou a ser realizado a partir da captação do Rio Botuquara.

Em 1956 foi construída a barragem para a captação de água do Rio Verde, para reforçar o abastecimento em Ponta Grossa. Com a expansão urbana gerou demanda cada vez maiores de água, e foi implantado o projeto Alagados, em novembro de 1965. Para esse fim criou-se o Serviço de Águas e saneamento de Ponta Grossa SAS-PG em 06 de dezembro de 1965, administrada diretamente pela Prefeitura Municipal.

O Projeto Alagados foi concluído e inaugurado em 15 de setembro de 1969.

A partir de 1975 a SANEPAR assumiu os serviços públicos de saneamento básico em Ponta Grossa, administrando-os até a presente data.

Fontes:
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos, 19 de junho de 1917
Acervo Casa da Memória: Álbum do Paraná
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos – 1913
Acervo Museu Campos Gerais: Álbum de 1927 – Fotos do reservatório
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos de 19 de junho de 1917
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann – Seção de Pesquisa e Arquivo. COMPAC
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:


Ponta Grossa – Sede da Vidraçaria Santana

 

Ponta Grossa – Sede da Vidraçaria Santana


O edifício da Sede da Vidraçaria Santana, em Ponta Grossa-PR, foi primeiro sobrado a ser construído na cidade, por volta de 1893.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Sede da Vidraçaria Santana
Localização: R. Vicente Machado, n° 15(5/11), esquina com R. Benjamin Constant – Ponta Grossa-PR
Processo: 24/2001

Descrição: Localizado na Rua Vicente Machado, no referido local está situado o imóvel em questão, que se trata do primeiro sobrado a ser construído em Ponta Grossa, por volta de 1893, sendo, portanto, de grande valor histórico. O casal Antônio e Ana Meneguim, Ambos italianos, chegaram à cidade no final do séc. XIX e foram moradores do imóvel. O imóvel faz parte de um conjunto de edificações que marcaram uma nova etapa no progresso da cidade. No aspecto social, o prédio merece destaque, pois também pertenceu a família Canto – Augusto Canto Júnior, cidadão que defendeu a ideia de preservar a identidade cultural e a memória de Ponta Grossa. Tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O primeiro nome da Avenida Vicente Machado, Rua do Comércio, já revelava a grande tendência do local em abrigar os mais conceituados estabelecimentos comerciais de Ponta Grossa, fato que se apresenta até os dias atuais, fazendo com que a Avenida seja uma das mais importantes da cidade.

No referido local está situado o imóvel em questão, que se trata do primeiro sobrado a ser construído em Ponta Grossa, por volta do ano de 1893, sendo, portanto, de grande valor histórico.

O casal, Antônio e Ana Maneguim, ambos italianos, chegaram na cidade no final do século XIX e foram moradores do imóvel. Umas de suas filhas, Angelina Meneguim, casou-se em 1900 com o Sr. Valério Ronk e tiveram uma filha nascida em 1921, chamada Lelita.

Seu avô, Antônio, possuía um armazém no térreo do prédio; e seu pai, Valério, era madeireiro, tinha uma serraria e beneficiava madeira á Rua XV de Novembro, mas a serraria sofreu um incêndio e ele adquiriu outra á Rua Marechal Deodoro.

A área em torno do imóvel foi de extrema importância para o desenvolvimento social e principalmente econômico de Ponta Grossa, pois nela foi instalada a estrada de Ferro, que fomentou a exploração, compra, venda, beneficiamento e o transporte da erva-mate e da madeira.

Pessoas vinham para a cidade, desembarcando na Estação, em busca de emprego, negócios, para fazer compras e visitar familiares, hospedando-se, muitas vezes em alguns hotéis e pensões. Uma das pensões localizava-se exatamente no prédio que foi o primeiro sobrado a Sr. construído em Ponta Grossa: era a Pensão da viúva Joanna Bauml.

O imóvel, portanto, faz parte de um conjunto de edificações que marcaram uma nova etapa no progresso da cidade, juntamente com a Estação de Cargas (Estação Arte); Estação Paraná (Casa da Memória); Hervateria Brasil (Magic Sound) e o Hospital 26 de Outubro, relatando o desenvolvimento urbano, social, econômico e cultural e fins do século XIX e início do século XX.

No aspecto social, o prédio merece destaque, pois pertenceu á família Canto – Augusto Canto Júnior, cidadão que defendeu a ideia de preservar a identidade cultural e a memória de Ponta Grossa. Filho de Augusto Canto, que foi fundador de vários empreendimentos na cidade, entre eles o primeiro cinema, “Cine Recreio” e a “Casa do Canto”, tradicional casa de sementes fundada em 1883, que revende para todo Brasil e permanece servindo a sociedade princesina há mais de um século.

Na década de 1990, com o falecimento de Augusto Canto Júnior, o imóvel foi herdadi por seus três filhos: Norma Canto Azevedo Bueno, Luiz Gonzaga Canto e Augusto Guilhermino Canto.

O prédio foi ocupado pela vidraçaria Santana, que foi fundada inicialmente á rua XV de Novembro, n° 106, no ano de 1933 pelo Sr. José Augusto Alves. Esta foi a primeira fábrica de espelhos do Estado do Paraná, ficando conhecida como fábrica de espelhos Santana.

No ano de 1950, o Sr. José Augusto Alves vendeu o estabelecimento para a família Moro, que administrou os negócios até 1970, quando a fábrica de espelhos foi vendida para o Sr. Arno Herbert Weis. A mudança para o local do imóvel, Avenida Vicente Machado esquina com a Rua Benjamin Constant ocorreu em 1972.

Informações: Acervo Casa da Memória Paraná
Entrevista com a Sr. Lelita, concedida a Isolde Maria Waldmann, em 20 de junho de 2001.
Registro de imóveis – 2° Ofício, matricula n° 17.931.
Registro de Alvarás de Licença da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, 1904 a 1908.
TRINDADE, José Pedro (org.). Albúm do Paraná. Curityba, 2 ed., vol. I, 1927.
Pesquisadora: Claudine Cavalli Fontoura e Sarita Polato
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município:  Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

Ponta Grossa – Sede do Jornal Diário dos Campos

 

Ponta Grossa – Sede do Jornal Diário dos Campos

A Sede do Jornal Diário dos Campos, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1930, em estilo eclético simplificado, que já flertava com o estilo Art. Decô.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Sede do Jornal Diário dos Campos
Localização: R. Santos Dumont, n° 739/747 – Ponta Grossa-PR
Processo: 14/2001

Descrição: Em 27 de abril de 1907, Jacob Holmann fundou “O Progresso”, jornal que a partir de 01de janeiro de 1913, já de propriedade da Companhia Tipográfica Ponta-grossense, passou a chamar-se “Diário dos Campos’. Esse Jornal se firmou ao longo da primeira metade do século XX, como principal órgão da imprensa local.

Em 1931, o jornal foi adquirido por José Hoffmann que também se tornou seu principal cronista, utilizando um discurso que identificava o jornal como porta-voz da verdade e indiferente a pressões políticas ou econômicas. Neste período, o “Diário dos campos” esteve instalado na casa onde anteriormente funcionava o comércio da família Hoffmann, na rua Dr. Collares.

Por meio de seus artigos José Hoffmann posicionava-se e difundia seus valores junto á população princesina. Lançava críticas a figuras da política local, isso era suficiente para provocar um embate entre o proprietário do “Diário” e alguns membros da elite.

Quando criticava os comunistas ou os integralistas mantinha em seus artigos uma mescla de cunho ideológico e passional, no que diz respeito ao seu público, esforçava-se para aproximá-lo a Igreja Católica, a ordem republicana, a civilidade e ao progresso.

O “Diário dos campos” trazia em suas páginas os artigos escritos, na maioria das vezes por José Hoffmann, anúncios diversos, propaganda de casas comerciais, bares e serviços de profissionais de mais variadas atividades. Os leitores também tinham espaços para opinar, reclamar ou criticar sobre acontecimentos locais.

Especificamente sobre Ponta Grossa abordava questões relativas á sociedade, aos esportes, às formas de lazer, ás manifestações culturais, aos casos de polícia e ao dia-a-dia da política também notícias nacionais e internacionais que chegavam por telégrafo. Possuía correspondente responsável pelas reportagens em várias cidades do interior.

O Diário dos Campos conquistou grande prestígio em Ponta Grossa bem como Campos gerais, relatando a história da cidade e de sua gente, contribuindo para a história da imprensa paranaense.

Em 1962, José Hoffmann vendeu o “Diário dos Campos” e sua sede foi transferida para o prédio situado a rua Santos Dumont n° 747 e 739 permanecendo ali por mais de 40 anos. Por isso a preservação do imóvel não se deve única e exclusivamente ao aspecto arquitetônico, mas á importância simbólica construída pelo “Diário dos Campos” na comunidade Ponta-Grossense. No ano de 1990, encerrou suas atividades, porém, retornou alguns anos depois, sob nova administração e em outro endereço.

Informações:
Jornal da Manhã, Ponta Grossa 01 de abril de 1955
Jornal da Manhã, Ponta Grossa 03 de abril de 1955
Jornal Diário dos Campos, Ponta Grossa 26 de novembro de 1963
Registro de imóveis – 2° Ofício, matrícula n° 17.086
SILVA, Adar de Oliveira e (org). Álbum de Ponta Grossa: gestão do Prefeito Albary Guimarães. Curityba: Impressora Paranaense, 1936.
Pesquisadora: Patrícia Silvestre
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:


Ponta Grossa – Casa de Paulo de Lange

 

Ponta Grossa – Casa de Paulo de Lange


A Casa de Paulo de Lange, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1925, em dois pavimentos, sendo Loja de Ferramentas no térreo e residência no superior.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Casa de Paulo de Lange
Localização: R. Vicente Machado, n° 333 – Ponta Grossa-PR
Processo: 23/2001

Descrição: Localizado na Rua Vicente Machado n° 333. Segundo Lothar Lange, o edifício foi construído em 1925, contendo dois pavimentos, no primeiro estava estabelecida a Loja de Ferramentas, e no superior a família de Paulo de Lange moravam. A família Lange contribuiu com o progresso e desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa, tanto na parte comercial, como na intelectual. O imóvel é estilo eclético, muito delicadamente ornamentado apresentado apliques orgânicos e relevos muito sutis. Tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Localizado na Rua Vicente Machado n° 333. O imóvel é estilo eclético, é muito delicadamente ornamentado apresentado apliques orgânicos e relevos muito sutis. A “Casa Lange”, fundada em 1913, pelo Sr. Paulo Lange, conforme anúncio no Jornal O Progresso de março de 1913. O comércio eram de variados sortimentos de ferragens, ferramentas, louças, vidros, máquinas, armas de fogo e munições, tintas, óleo, cutelarias finas, etc.

Segundo Lothar Lange, o edifício foi construído em 1925, contendo dois pavimentos, no primeiro estava estabelecido a loja de ferramentas, e no superior a família de Paulo Lange morava, eram ali que aconteciam os encontros de amigos e parentes. Num desses encontros aconteceu em 1927, estando presentes as seguintes pessoas: Guilherme Metzenthin, Thereza Metzenthin, Emília Lange, Leonor Lange e Leopoldo Lange. As atividades domésticas eram desenvolvidas por Emília, que em um flash é flagrada preparando o almoço em 1940.

A família Lange, contribuiu com o progresso e desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa, tano na parte comercial, como na intelectual, podemos citar como por exemplo o cientista paleontólogo Sr.  Frederico Waldemar Lange, que contribuiu com pesquisas, catalogando mais de 1200, peças de fragmentos de rochas, em todo o Brasil, deixando este legado para os estudiosos. Devido suas atividades e contatos com as Faculdades do Rio de Janeiro, mudou-se para lá, mas sempre que podia visitava os familiares que continuaram morando em Ponta Grossa.
Informações: Jornal Diário dos Campos – Março e Abril de 1913
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município:  Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS: