Ponta Grossa – Reservatório de Água
O Reservatório de Água, em Ponta Grossa-PR, foi construído pelo engenheiro Dr. Álvaro de Souza Martins. Dois reservatórios de 1914 e 1937.
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Reservatório de Água
Localização: R. Francisco Ribas, esquina com R. Barão do Cerro Azul – Ponta Grossa-PR
Processo: 06/2001
Descrição: O Reservatório de água da cidade de Ponta Grossa está situado entre as Ruas: Francisco Ribas e Barão do Cerro Azul, e foi construído na gestão do prefeito Cel. Theodoro Batista Rosas, sob a responsabilidade do engenheiro Dr. Álvaro de Souza Martins, da firma Martins &Carvalho. O referido conjunto apresenta dois reservatórios datados de 1914 e 1937. Sobre a cobertura do reservatório, foi colocada uma grande camada de terra, onde está construído o jardim, cuja entrada se faz pela lateral esquerda. Esse Jardim é um local de visitação pública. Tombado em 2001.
Para construir o reservatório de água da cidade, foram realizados estudos topográficos, sendo escolhidos a segunda colina, estando a quatro metros acima do nível da Praça Floriano Peixoto escolhido a segunda colina, estando a quatro metros acima do nível da Praça Floriano Peixoto, em seu ponto mais alto. A caixa d’água foi elevada a mais de três metros de altura, com essa diferença de nível, o respectivo reservatório de distribuição, permitiu abastecer os prédios, os edifícios e todas as casas de ambas as colinas.
O reservatório de água da cidade é um conjunto de benfeitorias, com dois pequenos edifícios onde ficam alojadas as máquinas para a distribuição de água, tendo a capacidade para um milhão de litros e é dividido em dois compartimentos distintos.
Para consolidar o solo onde se acham fundados esse reservatório foi implantado estacas de concreto espaçadas de 2 em 2 metros no sentido longitudinal e transversal, considerados á partir dos muros de perímetro.
Toda a construção foi executada em concreto armado, sendo as suas armaduras constituídas de vigas duplas em forma de T, espaçadas de 2 em 2 metros e fixadas com lâminas de metal. Os muros de perímetro e o divisório estão apoiados em colunas de concreto armado.
A cobertura, também de concreto armado, é formada de abobadilhas de plano sustentadas por colunas de ferro fundido distribuídos de 2 em 2 metros. As duas casas de manobra têm dimensão para comportar os aparelhos necessários á regularização e fiscalização dos serviços de distribuição de água. As linhas de distribuição
Sobre a cobertura do reservatório, foi colocado uma grande camada de terra, onde está construído o jardim, cuja entrada se faz pela lateral esquerda. Esse jardim era um local de visitação pública, atraídos pela vista panorâmica da cidade e pela beleza das flores, conforme o artigo de 19 de junho de 1917.
“A caixa de abastecimento de água está se enfeitando com o crescimento de plantas ornamentais que lhes dão poético e atraente aspecto. Tem tons de frescura e alegria. Dado o magnifico panorama da cidade que dali se desfruta é este um ponto que está destinado a ser preferido para os passeios de nosso povo”.
Em 1912 a população urbana da cidade estava estimada em 8.000 mil habitantes, com o surto de desenvolvimento e o aumento da população nas duas décadas seguintes, a água captada pela represa nos Rios Mandioca e Cascavel já não supria o grande consumo. Em 1939, o abastecimento passou a ser realizado a partir da captação do Rio Botuquara.
Em 1956 foi construída a barragem para a captação de água do Rio Verde, para reforçar o abastecimento em Ponta Grossa. Com a expansão urbana gerou demanda cada vez maiores de água, e foi implantado o projeto Alagados, em novembro de 1965. Para esse fim criou-se o Serviço de Águas e saneamento de Ponta Grossa SAS-PG em 06 de dezembro de 1965, administrada diretamente pela Prefeitura Municipal.
O Projeto Alagados foi concluído e inaugurado em 15 de setembro de 1969.
A partir de 1975 a SANEPAR assumiu os serviços públicos de saneamento básico em Ponta Grossa, administrando-os até a presente data.
Fontes:
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos, 19 de junho de 1917
Acervo Casa da Memória: Álbum do Paraná
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos – 1913
Acervo Museu Campos Gerais: Álbum de 1927 – Fotos do reservatório
Acervo Casa da Memória: Jornal Diário dos Campos de 19 de junho de 1917
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann – Seção de Pesquisa e Arquivo. COMPAC
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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