Ponta Grossa – Casa de Paulo de Lange
A Casa de Paulo de Lange, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1925, em dois pavimentos, sendo Loja de Ferramentas no térreo e residência no superior.
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Casa de Paulo de Lange
Localização: R. Vicente Machado, n° 333 – Ponta Grossa-PR
Processo: 23/2001
Descrição: Localizado na Rua Vicente Machado n° 333. Segundo Lothar Lange, o edifício foi construído em 1925, contendo dois pavimentos, no primeiro estava estabelecida a Loja de Ferramentas, e no superior a família de Paulo de Lange moravam. A família Lange contribuiu com o progresso e desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa, tanto na parte comercial, como na intelectual. O imóvel é estilo eclético, muito delicadamente ornamentado apresentado apliques orgânicos e relevos muito sutis. Tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Descrição: Localizado na Rua Vicente Machado n° 333. O imóvel é estilo eclético, é muito delicadamente ornamentado apresentado apliques orgânicos e relevos muito sutis. A “Casa Lange”, fundada em 1913, pelo Sr. Paulo Lange, conforme anúncio no Jornal O Progresso de março de 1913. O comércio eram de variados sortimentos de ferragens, ferramentas, louças, vidros, máquinas, armas de fogo e munições, tintas, óleo, cutelarias finas, etc.
Segundo Lothar Lange, o edifício foi construído em 1925, contendo dois pavimentos, no primeiro estava estabelecido a loja de ferramentas, e no superior a família de Paulo Lange morava, eram ali que aconteciam os encontros de amigos e parentes. Num desses encontros aconteceu em 1927, estando presentes as seguintes pessoas: Guilherme Metzenthin, Thereza Metzenthin, Emília Lange, Leonor Lange e Leopoldo Lange. As atividades domésticas eram desenvolvidas por Emília, que em um flash é flagrada preparando o almoço em 1940.
A família Lange, contribuiu com o progresso e desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa, tano na parte comercial, como na intelectual, podemos citar como por exemplo o cientista paleontólogo Sr. Frederico Waldemar Lange, que contribuiu com pesquisas, catalogando mais de 1200, peças de fragmentos de rochas, em todo o Brasil, deixando este legado para os estudiosos. Devido suas atividades e contatos com as Faculdades do Rio de Janeiro, mudou-se para lá, mas sempre que podia visitava os familiares que continuaram morando em Ponta Grossa.
Informações: Jornal Diário dos Campos – Março e Abril de 1913
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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