fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
quinta-feira, 31 de março de 2022
Vista parcial de Curitiba em 1916. (No canto esquerdo a Universidade do Paraná, e ao centro a Catedral de Curitiba) **Foto de Augusto Weiss **
Vista parcial de Curitiba em 1916.
(No canto esquerdo a Universidade do Paraná, e ao centro a Catedral de Curitiba)
**Foto de Augusto Weiss **
Rua XV de Novembro, Curitiba, em 1902. Foto: Arquivo Público do Paraná
Rua XV de Novembro, Curitiba, em 1902.
Foto: Arquivo Público do Paraná
Complexo de barrações da Leão Junior, abrangia uma quadra inteira no bairro Rebouças, década de 1940.
Complexo de barrações da Leão Junior, abrangia uma quadra inteira no bairro Rebouças, década de 1940.
O Guairacá era um tradicional ponto da avenida Luiz Xavier e foi inaugurado em 1928, quando no edifício do Palácio Avenida instalou-se a Casa do Mate, sob o patrocínio do Instituto do Mate, para funcionar como uma requintada confeitaria que fizesse "jus à então nobre erva".
O Guairacá era um tradicional ponto da avenida Luiz Xavier e foi inaugurado em 1928, quando no edifício do Palácio Avenida instalou-se a Casa do Mate, sob o patrocínio do Instituto do Mate, para funcionar como uma requintada confeitaria que fizesse "jus à então nobre erva".
BAR E CAFÉ GUAIRACÁ
O Guairacá era um tradicional ponto da avenida Luiz Xavier e foi inaugurado em 1928, quando no edifício do Palácio Avenida instalou-se a Casa do Mate, sob o patrocínio do Instituto do Mate, para funcionar como uma requintada confeitaria que fizesse "jus à então nobre erva".
Foram vários os seus proprietários. Willian Winkel a administrou nos tempos de casa sofisticada. Sucederam-se os Gaesel, Angelucci e Toledo, Campilongo, Barreto e Cordeiro. Sob os cuidados de Miguel Martins e Olímpio Soares, 'Guairacá' fechou as portas.
Universitários, intelectuais, políticos de expressão, militares da ativa e da reserva foram os assíduos fregueses do 'Bar e Café Guairacá', que mantinha-se sofisticado e ao mesmo tempo popular.
Ficaram famosas as brigas que ali ocorriam entre militares da PM e do Exército. E também dos civis valentões da Curitiba dos anos 40-50. [...].
Entre os muitos artistas que faziam do 'Guairacá' seu ponto de aperitivo diário: Bento Mossurunga. Cabeleira branca, tranqüilo, geralmente carregando uma pasta com partituras, passava horas no bar, tomando seu chope gelado - exigência rigorosa! Mossurunga considerava o poema sinfônico 'Guairacá' como uma das suas melhores obras. Mas não o fez em homenagem ao decantado endereço etílico da Avenida. É uma outra história ...
O Bar e Café Guairacá servia doces, sorvetes, petiscos, pizzas, pratos à la carte de "excelente qualidade", na opinião do entrevistado sr. Nireu Teixeira. Ele lembra que na Guairacá havia um trio de cordas que tocava, deixando o ambiente muito agradável. Havia também a "turma da Guairacá", um grupo de homens que costumavam se reunir para conversar e degustar os acepipes servidos.
A Guairacá, dentro da crônica curitibana passou por várias fases, desde o mais sofisticado salão de chá, na Belle Époque do final dos anos 20, até o restaurante- expresso, no final dos anos 70, quando teve seus dois últimos proprietários, emigrados portugueses que receberam na época Cr$ 800 mil de indenização do Bamerindus e fecharam o estabelecimento.
Durante cinqüenta anos, registrou momentos de vertiginosa evolução de Curitiba, instantes de glória da cinelândia, alegrias e tristezas escritas no tilintar dos copos ...
No dia 25 de maio de 1979, fechadas as suas portas 'Guairacá' recolhia para sempre farta documentação humana. Era meia-noite!
(Extraído de: memória digital.ufpr.br / tese de Maria do Carmo Marcondes Brandão Rolim)
Paulo Grani
Com sua fachada já reformada, na década de 1930, agora funcionava o Teatro Guairá. Foto: gazetadopovo.com.br
h3 style="text-align: left;"> Com sua fachada já reformada, na década de 1930, agora funcionava o Teatro Guairá.
Foto: gazetadopovo.com.br
Foto: gazetadopovo.com.br
Em 1879, o local era chamado Largo Lobo de Moura e, em 1890, Largo Thereza Christina.
Em 1879, o local era chamado Largo Lobo de Moura e, em 1890, Largo Thereza Christina.
ESTACIONAMENTO DE CARROÇAS E CARROÇÕES, EM 1886
Em 1879, o local era chamado Largo Lobo de Moura e, em 1890, Largo Thereza Christina.
Entre o final do século 19 e começo do século 20, o largo era um extenso campo e a rotina do largo era receber companhias circenses, espetáculos diversos e até touradas.
Em 1901 o largo recebeu a denominação de Praça Santos Andrade em homenagem ao ex-presidente do Estado José Pereira dos Santos Andrade que administrou o Paraná de 1896 a 1900, que faleceu em junho de 1900.
A urbanização da nova praça de Curitiba só ocorreu a partir de 1910 e foi incrementada com o início da construção do prédio da então Universidade do Paraná. Antes disso o local não passava de um descampado sem pavimentação e que se tornava um verdadeiro lamaçal em dias de chuva.
A situação não modificou muito nos primeiros anos do novo prédio da universidade, pois a praça não recebeu melhorias dignas de um logradouro o que dificultava até a entrada no edifício da instituição e os demais freqüentadores da praça tinham que se habituar aos entulhos e o lixo, pois o local, nesta época, era um verdadeiro depósito destas mazelas urbanas.
A administração da capital implementou algumas obras em 1917, como o nivelamento e a construção de bueiros, bem como, a delimitação definitiva da praça, com a colocação de “meio-fios”. A urbanização efetiva da praça ocorreu em 1922 quando a prefeitura e o governo estadual escolheram a Praça Santos Andrade para as comemorações do Centenário da Independência do Brasil e assim a praça foi ajardinada e nela construiu-se um repuxo com três bicos d’água que, na década de 1950, foi remodelado nos atuais moldes."
(Compilado da Wikipédia. Foto: Autor desconhecido).
Paulo Grani.
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