quarta-feira, 27 de abril de 2022

RELEMBRANDO AS JARDINEIRAS - 1 Nesta foto da década de 1930, o veículo da direita, era uma autêntica "jardineira" usada para fazer o transporte coletivo entre Curitiba e Araucária. Era um veículo adaptado para transporte de passageiros. A carroçaria era feita, em grande parte, de madeira.

 RELEMBRANDO AS JARDINEIRAS - 1
Nesta foto da década de 1930, o veículo da direita, era uma autêntica "jardineira" usada para fazer o transporte coletivo entre Curitiba e Araucária. Era um veículo adaptado para transporte de passageiros. A carroçaria era feita, em grande parte, de madeira.


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RELEMBRANDO AS JARDINEIRAS - 1
Nesta foto da década de 1930, o veículo da direita, era uma autêntica "jardineira" usada para fazer o transporte coletivo entre Curitiba e Araucária. Era um veículo adaptado para transporte de passageiros. A carroçaria era feita, em grande parte, de madeira.
O termo jardineira foi criado visto o veículo ser aberto nos seus lados, deixando seus passageiros à mostra, parecendo uma jardineira com suas flores expostas.
O veículo da esquerda, já é de um período posterior e passou a ser fechado com janelas de vidro, dando maior proteção e privacidade aos usuários. Ele fazia a linha Curitiba -Colombo, como percebe-se escrito em seu teto frontal.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani

OS PRIMEIROS ÔNIBUS DE CURITIBA Que tal dar um passeio no tempo e embarcar num dos primeiros ônibus de Curitiba e ir até ao Bacachery, Portão, Alto Cajuru, ou ... ? Em 1928, começaram a circular os primeiros ônibus da Companhia Força e Luz do Paraná

 OS PRIMEIROS ÔNIBUS DE CURITIBA
Que tal dar um passeio no tempo e embarcar num dos primeiros ônibus de Curitiba e ir até ao Bacachery, Portão, Alto Cajuru, ou ... ?
Em 1928, começaram a circular os primeiros ônibus da Companhia Força e Luz do Paraná


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Que tal dar um passeio no tempo, até a década de 1920, e embarcar num dos primeiros ônibus de Curitiba e ir até o Bacachery ?
(Foto: curitiba.pr.gov.br).

Paulo Grani
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Auto-Omnibus da linha Praça Zacharias-Portão.

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Ônibus da linha Centro-Alto Cajuru.

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OS PRIMEIROS ÔNIBUS DE CURITIBA
Que tal dar um passeio no tempo e embarcar num dos primeiros ônibus de Curitiba e ir até ao Bacachery, Portão, Alto Cajuru, ou ... ?
Em 1928, começaram a circular os primeiros ônibus da Companhia Força e Luz do Paraná, a nova responsável pelo transporte coletivo. Dois anos mais tarde começaram a aparecer as linhas particulares de ônibus, apesar dos bondes ainda serem a preferência da população.
Procurando granjear fregueses e confiança a Auto Viação Brasil lança seu primeiro "auto-omnibus" conforme texto publicado no jornal Dezenove de Dezembro, à época:
"Damos aqui dois flagrantes da nossa objetiva, tomados por ocasião da saída, hontem, do novo, elegante e possante auto-omnibus que vae fazer, a preços populares, o serviço de passageiros entre a praça Zacharias e o populoso arrabalde do Portão. Como se vê no clichê, o novo omnibus é de linhas elegantíssimas e de grande lotação.
Sua corrosserie, de acabamento luxuoso, com assentos estufados e revestidos de couro, foi construída em Curytiba nas grandes officinas da firma Rogge e Irmaos. É montada em chassis de caminhão Graham Brothers, de 6 cilindros e grande resistência. Graças ao molejo aperfeiçoado dos caminhões Graham Brothers, o novo omnibus offerece o maior conforto aos passageiros.
O grande carro, propriedade da nova empresa de transportes urbanos "Auto Viação Brasil", fará o percurso da praça Zacharias ao Portão acompanhando a linha dos Bonds ao preço de 200 réis até o Agua Verde e mais 200 réis dali ao Portão.
É este o primeiro carro da nova empresa que já tem encommendado outro de maior capacidade.
Este novo carro que dentro de pouco tempo trafegará na cidade [...] terá freios hidraulicos nas quatro rodas, o que garantirá perfeita segurança aos 34 passageiros de sua lotação. Este chassis foi encommendado na Soc. Importadora de Automóveis Ltda., à Rua Ébano Pereira 5 e 7, agência dos afamados carros Doodge e caminhões e omnibus Grahm Brothers [...]."
Fotos: gazetadopovo.com.br / cmc.pr.gov.br / facebook)
Paulo Grani.

RACHA NA GALERIA TIJUCAS "Na década de sessenta ainda não existia em Curitiba a Rua das Flores e a quadra entre a Praça Osório e a Travessa Oliveira Belo era um trecho de rua comum, aberto ao tráfego. Era o ponto preferido dos jovens da época.

RACHA NA GALERIA TIJUCAS
"Na década de sessenta ainda não existia em Curitiba a Rua das Flores e a quadra entre a Praça Osório e a Travessa Oliveira Belo era um trecho de rua comum, aberto ao tráfego. Era o ponto preferido dos jovens da época.


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RACHA NA GALERIA TIJUCAS
"Na década de sessenta ainda não existia em Curitiba a Rua das Flores e a quadra entre a Praça Osório e a Travessa Oliveira Belo era um trecho de rua comum, aberto ao tráfego. Era o ponto preferido dos jovens da época.
A porta do antigo Cine Palácio e a loja do Café Alvorada eram os redutos principais dos jovens considerados avançados, todos na mesma moda da época: calças boca de sino ou jeans que só eles usavam, camisas esporte de gola alta e mangas largas, botinhas de salto garrapeta ou mocassim branco, cintos largos, anéis Brucutu (feitos com o esguichador de Fuque), cabelos brilhantina.
Quando saiam dos colégios ficavam o dia todo combinando as "festinhas à americana" do fim de semana, desfilando uma nova camisa, comentando os novos rocks do Elvis, Paul Anka, Little Richard, e muitos outros ídolos da época.
Á noite, durante a semana, geralmente não havia nada para fazer, pois a vida noturna curitiba-na era para adultos, limitada às duas famosas boates localizadas no centro: Marrocos na Marechal, quase esquina com a Praça Zacarias, e a 'Star Dust' na Praça Osório.
Porém, nas sextas e nos sábados, Curitiba tremia com as diversas turmas que se formavam para as festinhas, onde cada um tinha que levar uma garrafa de bebida ou refrigerante e a dona-da-casa providenciava a comida.
Mais tarde, lá pelas cinco da manhã, vinham os rachas nas galerias Tijuca e Asa, com a polícia atrás.
Lembro de um certo sábado, quatro e pouco da manhã, quando eu e um amigo nos preparávamos para atravessar a Galeria Tijucas num DKW envenenado, o primeiro em Curitiba com "tala larga", porta-malas automático, cabeçote do motor rebaixado, cinto de couro amarrando o capô do motor e pneus especiais argentinos.
A galeria era escura. Parado na entrada da mesma, as luzes do carro não conseguiam chegar até a metade do percurso, permitindo uma fraca visibilidade do seu interior.
Arrancamos com tudo. Quando estávamos mais ou menos no meio, vimos umas seis pessoas, agarradas nas grades das lojas, gritando e esbravejando. Na saída, ja tinha um Fusqueta da polícia para perseguir os infratores. Era uma emoção para a juventude da época."
(Texto de Paulo Hilário Bonametti, extraído de Histórias de Curitiba / Fotos da web)
Paulo Grani

QUE TAL JOGAR RAMBOLK ? Nesta foto da década de 1920, vemos uma equipe de curitibanas que disputavam o jogo chamado Rambolk, uma espécie de boliche.

 QUE TAL JOGAR RAMBOLK ?
Nesta foto da década de 1920, vemos uma equipe de curitibanas que disputavam o jogo chamado Rambolk, uma espécie de boliche.


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QUE TAL JOGAR RAMBOLK ?
Nesta foto da década de 1920, vemos uma equipe de curitibanas que disputavam o jogo chamado Rambolk, uma espécie de boliche.
Resta saber onde era o local que essas beldades praticavam o Rambolk em Curitiba e qual a forma que era disputado?
Em 1914, o esporte era jogado no Rio de Janeiro num local de laser e apostas chamado Maison, onde o frequentador assistia vários empregados da casa que jogavam o tal boliche e as pessoas faziam suas apostas no jogador que fizesse a maior pontuação.
A Maison prometia pagar 80% do movimento geral de cada sessão a serem distribuídos aos possuidores de entradas, desde que o número de uma cartela distribuída na entrada correspondesse ao resultado da pontuação finalizada.
(Foto: Acervo familiar de Noeli Teresa)
Paulo Grani

terça-feira, 26 de abril de 2022

Cartão Postal do Passeio Publico de Curitiba, década de 1930.

 Cartão Postal do Passeio Publico de Curitiba, década de 1930.


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Entrada do Passeio Publico, em 1887.

 Entrada do Passeio Publico, em 1887.


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Prosseguindo com a série Cartão Postais de Curitiba, hoje contemplamos este histórico CP de 1910, com os dizeres "Curitiba - Paraná - Praça Ozorio - Vista Panoramica".

 Prosseguindo com a série Cartão Postais de Curitiba, hoje contemplamos este histórico CP de 1910, com os dizeres "Curitiba - Paraná - Praça Ozorio - Vista Panoramica".


Nenhuma descrição de foto disponível.Prosseguindo com a série Cartão Postais de Curitiba, hoje contemplamos este histórico CP de 1910, com os dizeres "Curitiba - Paraná - Praça Ozorio - Vista Panoramica".

Ao centro, vê-se a Rua Comendador Araujo adentrando nos limites da Praça, tendo os trilhos dos bondinhos que vinham da Comendador em direção à atual Av. Luiz Xavier. À direita, em diagonal, também iniciando na Praça, vemos o traçado da Rua Vicente Machado.

Não poderíamos deixar de citar a existência do predinho que abrigou o início da telefonia de Curitiba. Ele está encoberto pelas árvores, mais à esquerda, onde começa a Travessa Jesuino Marcondes. Ali, alguns anos antes, Olyntho Bernardi instalou a Companhia Telephonica Paranaense - CTP, que dispôs uma pequena central manual com 120 linhas para a população. No lado direito da foto, percebe-se um poste telefônico que abriga 12 cruzetas com 10 isoladores em cada nível, o que permitia a condução de 120 linhas saindo para toda a cidade.

Em meados do século 19, o terreno da Praça Osório não passava de um grande banhado formado pelo Rio Ivo. Na época, a área alagadiça era um entrave para o prolongamento da Rua das Flores, que contava apenas com três quadras de extensão – da Rua Barão do Rio Branco até a Alameda Dr. Muricy. O fato perdurou até o início dos anos de 1870, quando o Governo da Província – ao visualizar o progresso na região – autorizou a abertura da Estrada do Mato Grosso (atual Comendador Araújo).

A cerimônia de lançamento da pedra fundamental para abertura dela aconteceu no dia 15/04/1871, após a Câmara Municipal designar uma comissão com o intuito de demarcar o local.

Seu primeiro nome foi "Largo Oceano Pacífico". A mudança para a denominação atual aconteceu em 27/02/1879 como forma de homenagear Manuel Luís Osório, general de destaque durante a Guerra do Paraguai, passando a chamar-se "Largo General Ozório", porém, sem ter recebido um projeto específico, ficou uma área descampada onde destacamentos faziam manobras militares e circos montavam suas lonas.

As primeiras obras no local viriam ocorrer em 1905, quando o então prefeito Luiz Xavier determinou fossem feitos os melhoramentos no entorno da região; terraplanagem e o revestimento do mesmo com saibro e pedregulho; arborização do Largo; calçamentos, entre outras iniciativas. O fim das obras, no dia 29/10/1905, contou com a apresentação da banda de música do Regimento de Segurança do Estado.

Outras alterações urbanas viriam na sequência como a ligação entre as Avenidas Vicente Machado e Luiz Xavier e a Rua XV de Novembro; novo jardim com objetivo estético; tratamento paisagístico à francesa com estátuas de sereias e de um cisne; um relógio para marcar o horário oficial do município; além do calçamento em petit pavet.

A partir da metade do século 20, a Praça Osório recebeu mais intervenções: áreas de lazer, diversão, exercícios físicos, e a criação da Arcada da Praça Osório com bancas de revistas, cafés e a Boca do Brilho.

Paulo Grani

JESUS E O TICO-TICO NO FUBÁ " Esta é uma história do tempo do cinema mudo. Os filmes, como todo mundo sabe, eram em preto e branco, com legendas em português. O Cine Palácio, que era o mais popular de Curitiba, na falta de voz e som nos filmes da Teda Bara, Rodolfo Valentino, Charlie Chaplin, Greta Garbo, Mary Pickford e outros

 JESUS E O TICO-TICO NO FUBÁ

" Esta é uma história do tempo do cinema mudo.
Os filmes, como todo mundo sabe, eram em preto e branco, com legendas em português. O Cine Palácio, que era o mais popular de Curitiba, na falta de voz e som nos filmes da Teda Bara, Rodolfo Valentino, Charlie Chaplin, Greta Garbo, Mary Pickford e outros

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JESUS E O TICO-TICO NO FUBÁ

" Esta é uma história do tempo do cinema mudo.

Os filmes, como todo mundo sabe, eram em preto e branco, com legendas em português. O Cine Palácio, que era o mais popular de Curitiba, na falta de voz e som nos filmes da Teda Bara, Rodolfo Valentino, Charlie Chaplin, Greta Garbo, Mary Pickford e outros, contratava pianistas para acompanhar as principais cenas dos filmes e para delícia da platéia antes do início do espetáculo.

Era costume, então, as pessoas ficarem de pé, de costas para o palco da tela, paquerando quem entrava. A função só começava quando o pianista chegava, recebido com uma salva de palmas.

Leonira Borba, minha cunhada, pianista formada com o professor Antônio Mellilo numa turma que teve também, entre outros alunos, Alceu Bochino, atual regente da Orquestra Sinfônica do Paraná, foi por algum tempo a pianista do Cine Palácio, a convite de seu dono.

Como todo pianista de cinema, ela selecionava o programa musical de acordo com os enredos dos filmes exibidos. Se era filme romântico, executava a valsa Danúbio Azul ou Branca. Se era comédia, tocava sambas variados. Faroeste, mandava marcha rápida e rasteira.

E foi num acompanhamento musical que aconteceu o inusitado. O filme era "A Vida e Morte de Jesus Cristo", em preto e branco com legendas, filme que provocava grande comoção na platéia religiosa da época. A pianista Leonira começou bem. Acompanhava o filme com música clássica, de andamento leve, tons pungentos.

De repente, justo num dos momentos mais compenetrados, que mostrava Jesus sendo chicoteado a caminho do Calvário, a pianista tascou o choro sapeca "Tico Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu.

Jesus sendo surrado e a pianista vá no - "Um tico-tico cá, Um tico-tico lá, Um tico-tico só." E nada da pianista parar com o tico-tico.

Quando se deu pelo engano do acompanhamento, Jesus já ia morrendo na cruz. Passou então a executar o dolorido "Barqueiros do Volga". Nada, porém desfez o mal-estar criado na platéia.

Mais tarde, a explicação da pianista: enquanto aguardava o início da sessão, algum gaiato havia trocado a partitura de cima do piano."

(Texto de José Borba Filho, publicado em Histórias de Curitiba / Foto ilustrativa, internet)

Paulo Grani 

Cartão Postal, da primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.

 Cartão Postal, da primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.


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Dando continuidade à série Cartões Postais de Curitiba, hoje contemplamos este histórico Cartão Postal, da primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.

Nunca imaginei que essa alameda um dia tivesse tido essa concepção que permitiu até dois canteiros plantados com árvores que, se mantidas, hoje seriam frondosas e, certamente, teriam importância suficiente para sua preservação, o que mudaria completamente o aspecto atual do logradouro.

À direita da foto, sobressai a "Pharmacia Cypriano", pouco citada nos anais da história curitibana, porém, muito importante pela sua localização. Hoje falaremos de sua existência e de seus fundadores:

No jornal curitibano "A Notícia", de 1907, encontramos publicidade dela com atendimento médico "grátis aos pobres".

A "Pharmacia Cypriano", onde hoje está o Edifício Garcez, foi montada na primeira década de 1900, pelo farmacêutico Cypriano Gonçalves Marques e pelo seu filho Gastão Pereira Marques, também farmacêutico, graduado pela Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro, major da PMPR e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Paraná.

Em 1909, a Pharmacia Cypriano recebeu em seu quadro de sócios o farmacêutico Antiocho Pereira, sobrinho de Cypriano, logo após sua transferência do Rio de Janeiro para Curitiba.

Paulo Grani

LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.

 LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA
Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.


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LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA
Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.
Quantas vezes já aguardei partidas em suas plataformas, tanto na ala estadual quanto na interestadual. Quando tinha que esperar muito tempo nela, percorria cada metro de seus corredores e pisos procurando o que fazer. Quase sempre, acabava degustando alguma coisa em suas lanchonetes, procurando desviar meus olhos daqueles sanduíches de dois anteontens ou das secas coxinhas que ficavam secando nas vitrines térmicas Às vezes, entrava em um dos restaurantes, pedia um filé mignon a parmegiana, não sei porquê.
Lembro-me que, logo após sua inauguração, o que mais se falava do conjunto das lojas de comércio, era acerca da loja de mágicas e congêneres, inaugurada no piso superior. Um produto dela, que fez sucesso na época, era o caixãozinho de defunto que tinha um cadáver que tirava a mão para fora; outro era um pequeno boneco vestido com um longo hábito de padre que, se apertasse a mão sobre a cabeça ... nem conto.
Assim, cada lojinha tinha ou ainda tem, seus atrativos. Por último, entrava em alguma revistaria/livraria e comprava alguma edição para ler durante a viagem que me aguardava.
Lembro-me que, dentre as grandes novidades apresentadas ao público, além da integração rodo-férrea, o rigor britânico no horário da partida dos ônibus fazia qualquer usuário postar-se para o embarque com a mesma disciplina.
Quanto aos guichês, desde o começo, a maioria das empresas deixou a desejar. Os funcionários se portavam com indiferença no trato aos passageiros, pois, grande parte delas, naquele começo, tinha exclusividade nas linhas,portanto, não havia concorrência. Era rara a empresa que permitia o passageiro escolher o banco, situação que, com o passar do tempo, passou a ser um diferencial e, hoje, algo, indispensável.
Um sufoco, quando havia um só funcionário para emitir os bilhetes escritos à mão e, a segunda via, com carbono embaixo, para controle deles. O relógio parecia disparar e, os motoristas não podiam esperar. Mas, como tudo no Brasil, criaram um jeitinho: O ônibus partia da plataforma no horário exato e, lá na curva, antes de sair da rodoviária, ficava aguardando os retardatários, correrem para não perder a viagem.
Por fim, não sei se infelizmente ou felizmente, já faz uns dez anos que lá não precisei ir. A reforma feita recentemente, para a Copa de 2014, parece ter dado um pequeno up-grade mas, ao que tudo indica, ela também já esta com os dias contados.
Paulo Grani.