terça-feira, 26 de abril de 2022

LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.

 LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA
Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.


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LEMBRANÇAS DA NOVA RODOVIÁRIA, AGORA RODOFERROVIÁRIA
Nossa nova (já velha) Rodoviária de Curitiba, em foto da década de 1970. Inaugurada em 1972, ja foi um ícone arquitetônico do passado da cidade.
Quantas vezes já aguardei partidas em suas plataformas, tanto na ala estadual quanto na interestadual. Quando tinha que esperar muito tempo nela, percorria cada metro de seus corredores e pisos procurando o que fazer. Quase sempre, acabava degustando alguma coisa em suas lanchonetes, procurando desviar meus olhos daqueles sanduíches de dois anteontens ou das secas coxinhas que ficavam secando nas vitrines térmicas Às vezes, entrava em um dos restaurantes, pedia um filé mignon a parmegiana, não sei porquê.
Lembro-me que, logo após sua inauguração, o que mais se falava do conjunto das lojas de comércio, era acerca da loja de mágicas e congêneres, inaugurada no piso superior. Um produto dela, que fez sucesso na época, era o caixãozinho de defunto que tinha um cadáver que tirava a mão para fora; outro era um pequeno boneco vestido com um longo hábito de padre que, se apertasse a mão sobre a cabeça ... nem conto.
Assim, cada lojinha tinha ou ainda tem, seus atrativos. Por último, entrava em alguma revistaria/livraria e comprava alguma edição para ler durante a viagem que me aguardava.
Lembro-me que, dentre as grandes novidades apresentadas ao público, além da integração rodo-férrea, o rigor britânico no horário da partida dos ônibus fazia qualquer usuário postar-se para o embarque com a mesma disciplina.
Quanto aos guichês, desde o começo, a maioria das empresas deixou a desejar. Os funcionários se portavam com indiferença no trato aos passageiros, pois, grande parte delas, naquele começo, tinha exclusividade nas linhas,portanto, não havia concorrência. Era rara a empresa que permitia o passageiro escolher o banco, situação que, com o passar do tempo, passou a ser um diferencial e, hoje, algo, indispensável.
Um sufoco, quando havia um só funcionário para emitir os bilhetes escritos à mão e, a segunda via, com carbono embaixo, para controle deles. O relógio parecia disparar e, os motoristas não podiam esperar. Mas, como tudo no Brasil, criaram um jeitinho: O ônibus partia da plataforma no horário exato e, lá na curva, antes de sair da rodoviária, ficava aguardando os retardatários, correrem para não perder a viagem.
Por fim, não sei se infelizmente ou felizmente, já faz uns dez anos que lá não precisei ir. A reforma feita recentemente, para a Copa de 2014, parece ter dado um pequeno up-grade mas, ao que tudo indica, ela também já esta com os dias contados.
Paulo Grani.

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