segunda-feira, 1 de maio de 2023

Mariscada simples e rápida

 Mariscada simples e rápida


Ingredientes (4 porções)

  • 5 ou 6 camarões secos inteiros com casca e cabeça
  • 10 camarões frescos graúdos sem casca
  • 400 g de lula em rodelas
  • 300 g de polvo cortado em pedaços de 2 cm
  • 2 colheres de chá de assafrão
  • 1 colher de chá de pimenta chili em pó (opcional)
  • 1 colher de chá de pápicra picante
  • cebola1 cebola pequena picada
  • tomate1 tomate picado
  • alho2 dente de alho picado
  • 4 rodelas de 1/2 cm de espessura de pimentão verde, 4 do amarelo e 4 do vermelho
  • Sal e pimenta do reino a gosto
  • Brócolis e couve-flor (opcionais)

Modo de preparo

Modo de preparo : 45min
  1. 1

    Lavar o camarão seco em água corrente 2 vezes. Depois ferver em um pouco de água, separar o camarão e reservar a água.

  2. 2

    Em uma vasilha, misturar o camarão seco, o camarão fresco, a lula, o polvo, o açafrão, a pimenta chili , a pápicra, um pouco de azeite, sal e pimenta a gosto, e deixar marinando por no mínimo 30 minutos na geladeira.

  3. 3

    Para cozinhar, refogue a cebola, tomate, alho em óleo ou azeite por 5 minutos. Acrescente as rodelas de pimentão e cozinhe por 3 minutos.

  4. 4

    Acrescente a marinada e mexa bem para misturar com o refogado. Quando começar a ferver, deixe cozinhar na panela, tampada, por 5 minutos (não pode passar disso senão fica borrachudo), mexendo de vez em quando. Caso necessário, ainda dentro dos 5 minutos, acrescente um pouco da água reservada (de preferência, já pré-aquecida no miroondas).

  5. 5

    Servir com arroz branco.

Informações adicionais

Acompanhamento light: substituir o arroz por brócolis e couve-flor. Cozinhar o brócolis e a couve-flor em água fervendo por 5 minutos. Retirar, lavar em água corrente e reservar. Após o cozimento da mariscada, pode refogar o brócolis e a couve-flor no molho que sobrou por 1 minuto.

A Versátil Paçoca de Carne Seca

 

A Versátil Paçoca de Carne Seca




A Paçoca de Carne Seca é um prato de origem indígena – pa`soka em tupi - eles tinham o costume de fazer a paçoca misturando farinha de mandioca com outras sementes, raízes, carnes e temperos. Devido a sua praticidade, durabilidade, fácil transporte, versatilidade e sustância a paçoca foi muito utilizada também por bandeirantes, tropeiros, garimpeiros, etc., que a guardavam em cestos, baús e embornais e a levavam em suas viagens e aventuras e, desta forma, se difundiu por todo país.

Assim como a farinha de mandioca, a carne seca era tão importante nessa época colonial que o dito popular “Estar por cima da carne seca” significava estar bem de vida, em uma situação próspera.

Até hoje os pilões podem ser ouvidos preparando a paçoca em comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras, onde é apreciada com banana fresca ou com banana da terra cozida, e ainda como uma farofa encorpada que pode acompanhar diversos pratos típicos.


Crédito da FotoSabores de Mato Grosso

RECEITA

Dá um trabalhinho, mas é fácil | cerca de 1 hora | 8 a 10 porções.

INGREDIENTES

1kg de carne seca
Um eito (certa quantidade) de farinha de mandioca artesanal (manema, branca, etc.). O quanto baste para dar o ponto.
1 maço de cheiro verde
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 pimenta vermelha fresca (dedo de moça)
1 colher de sopa de gengibre ralado, se você gostar
1 xícara de óleo

Você Vai Precisar

1 panela de pressão
1 frigideira
1 panela de ferro
1 pilão de madeira e 1 mão de pilão pesada e arredondada nas pontas.

PREPARO

Dessalge a carne deixando-a de molho de um dia para o outro, trocando a água de vez em quando.

Corte a carne em cubos não muito grandes e cozinhe em uma panela de pressão por uns 20 minutos.

Acrescente a cebola, o cheiro verde e a pimenta vermelha sem as sementes. Coloque numa frigideira com uma colher (sopa) de óleo e refogue. Reserve.

Escorra bem a carne seca e frite-a em uma panela de ferro até ficar bem torradinha. Quando estiver bem frita jogue os temperos refogados e mexa. Desligue o fogo e reserve.

Jogue um punhado de farinha de mandioca no pilão, alguns pedaços de carne seca misturada aos temperos, mais um punhado de farinha e vá pilando (socando).

É uma foto bonita, mas não a use como
referência na hora de socar a paçoca.
Crédito da FotoEncantos do Serrado

Dica: Nem todo mundo tem um pilão, certo?  Então você pode fazer a paçoca em um processador ou em um liquidificador usando a função pulsar. Quebra o galho! Você não tem desculpas para deixar de se deliciar com essa paçoca.

À medida que a carne desfia e se mistura a farinha, coloque mais carne e mais farinha. Prove a consistência da paçoca para que não fique nem muito molhada, nem muito seca (tá fácil heim?!). O ponto ideal é quando está úmida e a carne bem desfiada.

Sirva com banana fresca, banana da terra cozida ou assada, ou ainda como acompanhamento, na função de uma farofa.

Dica: Dura um bom tempo fora da geladeira em uma lata ou vasilha fechada e bastante tempo dentro da geladeira, podendo ser congelada também.


Divirta-se!

Pastel de Pegoava

 

Pastel de Pegoava



Crédito da Foto: Cozinha Regional Brasileira - Abril Coleções


Dificuldade média | 20 a 30 minutos | 12 a 15 pastéis pequenos

INGREDIENTES

Para a Massa

2 xícaras de chá de farinha de trigo
2 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa de cachaça
1 colher de sopa de vinagre branco
1 colher de chá de sal
1/2 xícara de chá de água morna
Óleo para fritar

Para o Recheio
As Pegoavas
(Donax hanleyanus)
Crédito da Foto: Conchas Brasil

500g de pegoavas limpas, sem casca e aferventadas.
2 tomates maduros picados
2 cebolas médias picadas
2 dentes de alho picados
1 xícara de chá de alvafaca, ou coentro de folha larga picado, ou uma mistura dos dois
Azeite de oliva a gosto
Sal a gosto


Você Vai Precisar

1 tigela funda
1 superfície enfarinhada para preparar a massa e abri-la
1 panela com tampa para fazer o recheio
1 frigideira ou tacho para fritar os pastéis
1 escorredor forrado com papel absorvente

PREPARO

Fazendo a Massa

Em uma tigela funda, misture a farinha e o sal. Junte o óleo, a cachaça e o vinagre, nessa ordem. Adicione a água morna e amasse com as mãos até dar liga. Quando a massa desgrudar totalmente das mãos e da mesa, está no ponto certo. Reserve.

Dica: Se você guardar esta massa da geladeira de um dia para o outro, seus pastéis vão ficar mais crocantes e sequinhos.

Dica 2: Se você achar melhor e mais prático use uma massa pronta para pastel. Você pode achar em qualquer supermercado ou pasteleiro.

Fazendo o Recheio

Em uma panela aqueça o azeite, refogue o alho, a cebola e os tomates bem. Em seguida adicione as pegoavas, acrescente a mistura de alfavaca e coentro de folha larga. Refogue por uns 5 minutos. Desligue o fogo, misture bem e deixe esfriar. Reserve.

Montando os Pastéis

Abra com um rolo em uma superfície enfarinhada até que fique nem muito fina nem muito grossa, corte no formato e tamanho que você quiser os pastéis.

Coloque o recheio no centro, fechando bem as bordas para que não abra na hora de fritar. Você pode umedecer as bordas e pressionar com a ponta de um garfo.

Frite os pastéis um a um ou em pequenas quantidades, dos dois lados. Deixe-os no escorredor forrado com papel toalha para retirar o excesso de óleo e sirva-os.





Aproveite!

Aquela Caranguejada Que Nos Une

 

Aquela Caranguejada Que Nos Une


Crédito da Foto: Papjerimum

A Caranguejada é mais que um delicioso prato caiçara, prepará-la e degustá-la é como um ritual capaz de causar um “ajuntório”, unir as pessoas. Dificilmente se come uma caranguejada sozinho, ela parece ter sido criada para ser compartilhada, reunindo, conectando e divertindo os que se “abancaram” em volta daquele panelão fumegante.


Já o danado do caranguejo há muito tempo deixou de ser apenas um crustáceo que vive no mangue e nos serve como alimento, para tornar-se protagonista de várias expressões da antropologia e da cultura litorâneas, além de ser a base da economia de muitas comunidades do nosso extenso litoral.

Cheio de simbologia, o caranguejo é signo, é nebulosa estrelar, é bloco carnavalesco, é filosofia, é educação ambiental, é música, é movimento cultural, é ponto de crochê, é tema de um monte de coisas, é nome de ilhas, praias, comunidades, institutos, bares, restaurantes e afins, e até já foi “visagem”, com as devidas velas acessas no casco, lá na Praça da Basílica em Iguape.




Em outros países e culturas o caranguejo é considerado uma figura mítica ligada a gestação, ao aparecimento do homem na terra, a presença do sol, ao movimento da terra, as primeiras águas do mundo, a sonhos, a imaginação, a força de vontade, a sensibilidade, entre outras expressões humanas e da natureza.

Ao preparar e sentar para comer uma Caranguejada devemos quase que reverencia-la. Abrir aquela cerveja bem gelada para molhar o “gorgomilho” e compartilhá-la com a “falilhagem” e com as pessoas que gostamos, em meio a um bate papo descontraído, gostosas histórias e boas risadas.... Isso já é um bom começo!

RECEITA

Fácil | 1 ½ hora | 3 a 6 porções. Depende da habilidade e da fome dos viventes.

INGREDIENTES

12 caranguejos inteiros vivos e limpos... “De preferência aos interinhozinhos e pescados dejaoje”
5 colheres (sopa) de óleo ou azeite
3 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
6 tomates maduros picados
1 maço cheiro verde
Alfavaca e coentro de folha larga a gosto
Sal a gosto
Aquela sua pimenta a gosto

Nota: Tem gente que gosta do caranguejo limpo sem a carapaça, eu gosto com a carapaça, pois além de guardar todo o sabor do caranguejo, na hora de comê-los dá para fazer um pirãozinho dentro dela com o molho, uma boa farinha e aquela pimenta. Fique à vontade a caranguejada é sua!

Dica 1: Compre os caranguejos inteiros e vivos. Dispense os caranguejos mortos. Se você preferir os caranguejos sem as carapaças, compre-os de um fornecedor confiável.

Dica 2: Se quiser acrescente cerveja, o quanto baste para cobrir os caranguejos substituindo parte da água que iria colocar.

Dica 3: Se você achar legal pode acrescentar um pimentão picado. Alguns gostam de colocar uma lata pequena de extrato de tomate, eu já gosto mais de colocar tomates bem maduros.

Você Vai Precisar

Uma panela grande com tampa
Um conjunto de tábuas e martelos para quebrar as pinças e patas.


PREPARO

Mate os caranguejos (se você preferir diga que vai abater os caranguejos, é politicamente correto e não assusta mulheres e crianças, mas no final dá no mesmo... hehehehe) e lave-os muito bem em água corrente com uma escova até tirar todas as impurezas e reserve.

Dica 1Para "abater" os caranguejos, segure-os pelas costas, usando uma faca pequena de lâmina, levante uma parte que parece uma tampa na barriga do caranguejo (alguns retiram esta “tampa” e defendem que entra mais molho no caranguejo, e outros não a tiram e defendem que preserva mais o sabor do caranguejo. Você que sabe!) e introduza a faca no meio até alcançar o fim do casco. Outros abatem o caranguejo introduzindo a faca na boca do caranguejo, até alcançar o fim do casco. Seja como for, aguarde alguns minutos, até que esteja totalmente abatido.

Dica 2: Se você preferir o caranguejo sem os pelos, limpe-os usando uma faca de lâmina pequena para raspar os pelos.


Em uma panela grande aqueça o azeite/óleo, doure as cebolas e o alho. Aqui não invente moda ou economize espaço, a panela tem de ser grande mesmo.  Nela devem caber os caranguejos, todos os outros ingredientes e ainda sobrar um tanto.

Coloque em seguida os tomates e deixe refogar bastante, mexendo sempre.

Coloque o sal, a pimenta e um pouco de água.

Quando estiver fervendo bastante, coloque os caranguejos e o cheiro verde picado. Se for usar a cerveja essa é a hora de derramá-la na panela até que os caranguejos estejam totalmente cobertos, se não for usar a cerveja cubra-os com água.

Verifique o sal e mexa um pouco o caldo para misturar os temperos colocando a colher entre os caranguejos e deixe cozinhar com a panela meio tampada por uns 35 minutos.

Para conferir o cozimento do caranguejo, retire uma patinha e prove, observando se a carne solta com facilidade. Estando legal... Sirva-a!


Caranguejada aqui em casa....
Reúna sua família e/ou seus amigos e divirta-se!