Cigana Bartira
Dizem que há muito tempo em Antonina, um grupo de ciganos acampou no
local onde hoje fica a praça Coronel Macedo. Uma jovem cigana chamada
Bartira, filha do chefe dos ciganos, foi se refrescar mergulhando próximo
ao local onde hoje ficam as ruínas Coronel Macedo. Contam que a moça
tinha uma égua branca de cabeça preta, sua fiel companheira. Mas, naquela tarde a pampa
retornou sozinha ao acampamento. Preocupados, buscaram pela jovem e a encontraram morta,
afogada, após bater a cabeça em uma pedra.
Como a moça era cigana, o padre não permitiu que seu corpo fosse abençoado na
igreja e enterrado no cemitério. Por isso, seus pais a sepultaram no próprio acampamento.
A pampa ficou muito triste, não saía de perto do local onde repousava Bartira. O animal foi
vendido e os ciganos foram embora, mas a pampa continuou vagando à procura da dona, até
aparecer morta no local onde hoje está o coreto da cidade.
Com sua pelagem pampa, corpo branco e cara preta, certas noites o que se via era
uma pampa-sem-cabeça. Algumas pessoas dizem que ouvem a pampa-sem-cabeça batendo
os cascos pela praça, onde, por vezes, a cigana Bartira aparece para matar as saudades de
sua companheira.
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