ALMIRANTE
1849- 27 de novembro: Frederico Ferreira de Oliveira nasce em Morretes, filho de Antonio Vieira dos Santos Junior e Maria Rita do Rosário.
Ficando órfão de seus pais, foi mandado para o Rio de Janeiro por seus irmãos mais velhos Francisco e João, que o auxiliaram em seus estudos.
Abraçando a carreia naval, conquistou ótimas aprovações em seus estudos, subindo a todos os postos da armada, até o de Almirante, em que se reformou.
Foi um dos mais ilustres oficiais que tem tido a Marinha de Guerra do Brasil.
Matriculado na Escola da Marinha em 1867 era, dois anos depois, Guarda-Marinha, Segundo-Tenente em 1872 e Primeiro-Tenente no ano seguinte.
Até 1876, embarcou em vários navios da esquadra para fins diversos e nesse ano ficou a disposição do Ministério de Estrangeiros, como ajudante da Comissão de Limites, entre o Brasil e a Bolívia, no Estado do Amazonas, chefiada pelo Barão de Maracajú.
Em 1887, serviu na Comissão de Limites entre o Brasil e a Argentina. Também no mesmo ano, tornou-se Capitão-Tenente e Cavaleiro da Ordem de Aviz, graduado por serviços militares prestados ao país.
Em 1889 ainda participando da Comissão de Limites Brasil-Argentina, assina junto com seus companheiros de Comissão, um manifesto em honra ao Coronel Amazonas de Araújo Marcondes:
“Amazonas Marcondes é o seu nome, nome do benemérito brasileiro que já pertence à história, nome glorioso cujos fatos serão registrados nas páginas sagradas do livro da evolução pacificada Pátria. Um brado de admiração e entusiasmo irrompe dos lábios da Comissão de Limites, saudando o ilustre paranaense, prova eloqüente da aptidão do brasileiro para os grandes cometimentos.” Porto União, 8 de novembro de 1889. (aa) José Cândido Guilhobel (Almirante); Dyonisio Evangelista de Castro Serqueira (General); José Jardim (Marechal); Frederico Ferreira de Oliveira (Vice-Almirante); João do Rego Barros: Ismael da Rocha (Dr. General); Antonio Ribeiro de Aguiar (General); Luiz Torres Nogueira; Nicolau Alexandre Muniz Freira (General).
Participou de comissões com o Barão de Capanema, com o Almirante Guilhobel e com Manhães Barreto. Participou da viagem de circunavegação sob o comando do Almirante Custódio José de Mello.
Em 1912, devido ao seu serviço notável e elevada capacidade profissional recebeu os bordados de Contra-Almirante.
Casou com Maria Lina de Castro e Oliveira, natural do Rio de Janeiro, filha de Antonio Salustiano de Castro e de Fausta Amélia de Castro.
Tiveram os filhos: Dr. Armando de Castro Oliveira, médico, casado com Alice de Bittencourt Oliveira, filha do Marechal Carlos Machado de Bittencourt e de Maria José Lobo de Bittencourt. (O Marechal Carlos Machado de Bittencourt foi assassinado em 5 de novembro de 1897 no Arsenal de Guerra, por Marcelino Bispo no momento em que este pretendia assassinar o Dr. Prudente de Moraes, Presidente da República. O Marechal, impedindo o golpe dirigido ao Presidente, recebeu em pleno peito a punhalada que o prostrou sem vida, pelo que o cognominaram de: “O Marechal de Ouro”); Amanda de Oliveira Bittencourt, casado com Jacintho Machado de Bittencourt {irmão da esposa de seu irmão Armando}; Amenaide de Oliveira da Silva, casada com o Dr. Vicente da Silva; Dr. Antonio Carlos de Oliveira, engenheiro, casado nos Estados Unidos com Sily Palfery, filha de John Palfery e de Edith Palfery; Sylvia de Oliveira Kopke, casada com o Dr. Wineckelmann Kopke, filho de João Kopke e de Maria Izabel de Lima Kopke. Tiveram também: Américo, Abelardo, Alberto e Adelina, falecidos na infância.
Faleceu o eminente militar no Rio de Janeiro, aos 79 anos.
Pesquisa realizada pelo historiador: Éric Joubert Hunzicker – E-mail: eric.hunzicker@hotmail.com
Éric Joubert Hunzicker é nascido em Fernandes Pinheiro-Paraná, mas, morretense de coração e por decreto, pois é Cidadão Honorário de Morretes.
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