A história do Largo da Ordem de Curitiba
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Caminhando pelo Centro Histórico de Curitiba, nos deparamos com as dezenas de construções antigas que compõem o Largo da Ordem. Neste artigo, falaremos sobre o largo e sobre alguns desses edifícios que carregam tanta história. Para nos situarmos, o Largo da Ordem compreende o espaço da Rua Dr. Claudino dos Santos - que vira Rua São Francisco -, entre a Rua do Rosário e a Rua Barão do Serro Azul. Essas duas ruas que delimitam o Largo da Ordem contam com o tráfego de veículos; já a rua do Largo da Ordem em si, não.
O nome oficial do Largo da Ordem é, desde 1917, Largo Coronel Enéas. Benedicto Enéas de Paula foi um militar e político curitibano, que ocupou os cargos de deputado provincial, vereador e presidente da Câmara Municipal.
O espaço físico, no entanto, é muito mais antigo e está há séculos sendo utilizado com diferentes nomes e utilidades, conforme cada período histórico. Uma de suas primeiras denominações foi “Páteo de Nossa Senhora do Terço”, quando da construção da capela do mesmo nome na região, em 1737. Quinze anos depois, em 1752, a igreja foi doada aos franciscanos e mudou de nome para “Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas”, ou apenas “Igreja da Ordem”. Isso acarretou uma mudança também no entorno do local, que passou a ser chamado de “Páteo de São Francisco das Chagas”.
Não é possível precisar a data, mas, devido ao nome da Igreja, a região ficou conhecida como “Largo da Ordem Terceira” e, posteriormente, apenas “Largo da Ordem”.
Igreja da Ordem
Na década de 1830, parte da estrutura da Igreja da Ordem desabou, e ela só veio a ser reformada em 1880, por motivo da visita do Imperador Dom Pedro II a Curitiba, como nos mostra o fragmento de livro encontrado nas paredes da Igreja da Ordem. O texto do documento foi escrito em 1880 e foi encontrado em 1933, quando do alargamento da Capela Mór.
“A auspiciosa resolução que tomou S.M. o Imperador de visitar a nossa Província, foi recebida com contentamento geral. (...) Para a recepção de S.M. o imperador, era preciso apressar as obras, e ornar a Igreja com decencia. Para conseguir uma conclusão abbreviada, S. Ex. o Sr. Presidente Dantas Filho, ministrou-me os meios, animou-me a poder receber o templo a benção; si não fora S. Ex. nada estaria feito”
Nessa época, o Largo da Ordem era conhecido como um dos centros comerciais da cidade, onde os colonos das zonas rurais vinham para vender seus produtos. O que também tornava o largo um espaço movimentado e de grande trânsito de pessoas era uma fonte de água, construída na década de 1850, na qual os curitibanos podiam se abastecer de água e dar de beber aos animais, como os cavalos - meio de transporte do período. A fonte foi demolida em 1910 e em seu lugar foi construído um mictório público, que também foi demolido entre 1914 e 1915, até que em 1932 foi construído um bebedouro para animais, que continua no local até hoje.
O Largo da Ordem passa a primeira metade do século XX sendo tradicionalmente um espaço de comércio, principalmente de secos e molhados. Vale lembrar também que nesse período as ruas do largo ainda eram abertas para o trânsito de carros. Foi a partir da década de 1970 que o Largo começou a ganhar uma cara mais parecida com a que conhecemos hoje.
Esse processo teve início com o Plano de Revitalização do Setor Histórico, do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba). Uma das principais propostas do IPPUC era a transferência da Feira do Artesanato que acontecia na Praça Zacarias para o Largo Coronel Enéas - o que de fato ocorreu e veio dar origem à tão famosa Feirinha do Largo da Ordem, que permanece até hoje nos domingos curitibanos, e desde 2018 é reconhecida como patrimônio imaterial da cidade.
A idéia cogitada pelo IPPUC, de transferência da Feira para o Largo do Cel. Enéas, seria sem dúvida uma medida benéfica para o SH. Para que não houvesse entretanto prejuízo para seus expositores, é imprescindível que a transferência de local seja completada com outras medidas, com um apôio maior do govêrno Municipal traduzido em propaganda, fornecimento de equipamento de exposição (barracas, painéis, bancos, etc), além da promoção do Largo do Cel. Enéas como Praça de exposições. O largo tem realmente qualidades para promoções dêsse tipo. Nele também poderiam ser promovidas mostras esporádicas, como a Feira do Livro e outras a serem incentivadas, como Feiras de antiguidades, de flôres, de artes plásticas, etc. (Plano de Revitalização do Setor Histórico de Curitiba, 1970, p. 40)
Essa iniciativa está inserida no contexto de uma nova forma de ver e planejar a cidade, surgida na década de 1970, conforme afirma Flavia Gonzaga Lopes Vieira em sua dissertação de mestrado intitulada “Espaços Públicos de lazer no centro de Curitiba: a transformação da cidade urbana para cidade humana”:
nos anos 70 surge uma nova perspectiva de cidade que passa a ser pensada também em uma dimensão humana a qual inclui o encontro, o ócio, e não apenas na dimensão do trânsito para o trabalho favorecendo a potencialidade dos espaços destinados ao lazer. Dessa maneira, esta década é marcada por uma reformulação no modo em que os governantes encaram a cidade e o planejamento urbano. A prefeitura assumia uma postura de devolver a cidade para o cidadão, resultando inúmeras reformas que foram capazes de tornar o centro da cidade em um espaço para a convivência. (p. 82)
Como exemplo desse planejamento, podemos citar o tombamento de alguns edifícios históricos do Largo da Ordem como Patrimônios Históricos do Estado do Paraná nesse período - a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em 1966; e o prédio onde hoje é a Casa Romário Martins em 1971. Também pode-se mencionar o fechamento da rua para o trânsito de carros na década de 1980, tornando-se exclusiva para pedestres. O mesmo ocorreu com a Rua XV de Novembro, espaço próximo ao Largo da Ordem, ainda na década de 1970 e com o mesmo objetivo.
Os dois patrimônios citados - a Igreja da Ordem e a Casa Romário Martins - são, inclusive, alguns dos únicos remanescentes da arquitetura colonial na cidade de Curitiba, o que agrega valor à sua importância histórica, arquitetônica e cultural.
Casa Romário Martins
Construída no século XVIII, a Casa Romário Martins foi utilizada como imóvel residencial até o início do século XX, quando passou a abrigar o armazém de secos e molhados de Guilherme Etzel. Por volta da década de 1930 até a década de 1970, no edifício em que hoje é a Casa Romário Martins funcionou o Armazém Roque.
Foi em 1973, após restauro do imóvel, que a Casa Romário Martins foi inaugurada, como espaço destinado à preservação da memória de Curitiba. Foi também sede inicial da Casa da Memória e da Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba. O imóvel foi desapropriado pela prefeitura em 1970 e recebeu o nome do pesquisador e historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948).
Ao lado da Casa Romário Martins, na Rua São Francisco, há um sobrado construído por volta de 1911, a mando de Guilherme Etzel - que à época possuía um armazém no edifício da Casa Romário Martins.
Tanto o sobrado quanto a casa da esquina foram comprados por Adelaide Kopp em 1925. Em 1936, ela os vendeu para Roque Piekarz que, na casa de esquina, colocou a funcionar seu armazém - o Armazém Roque - e, no sobrado, uma hospedaria. O sobrado ficou conhecido como Casa Piekarz.
Entre 1969 e o início dos anos 1980, no pavimento superior moraram Alice Burda Piekarz e seu marido Estevão, precursores da feira de artesanato do Largo da Ordem. Eles instalaram, no sobrado, a fábrica de brinquedos Burda.
Em 1983 o sobrado tornou-se inteiro comercial e abrigou diversos restaurantes. Em 1995, passou a pertencer à Prefeitura de Curitiba. Não temos informações sobre a utilização atual do prédio
Casa Hoffmann
Outra construção tradicional do largo e com características parecidas ao sobrado é a Casa Hoffmann. Construída em 1890 pela família Hoffmann, o edifício é símbolo da prosperidade adquirida pela família de tecelões austríacos que veio para o Brasil no final do século XIX. A fachada eclética denota o contexto de uma Curitiba da virada do século XIX para o século XX que buscava se modernizar nos moldes da nova república e abandonar a arquitetura colonial.
De propriedade dos Hoffman até 1974, depois disso a casa foi alugada e sofreu diversas mudanças, até ser destruída por um incêndio em 1996, fazendo com que apenas as paredes externas e a fachada fossem preservadas. Hoje o imóvel é uma Unidade de Interesse e Preservação junto à Prefeitura de Curitiba e desde 2003 abriga o Centro de Estudos de Movimento, onde há aulas e eventos de danças.
Sobre a Casa Hoffmann, inclusive, há a lenda de um fantasma da bailarina. A história é a seguinte: em 2004, uma moça chamada Patrícia resolveu ter aulas de balé na Casa Hoffman. Certo dia Pedrinho, um moço de cadeira de rodas que gostava quando a empregada de sua casa o levava passear no Largo da Ordem, viu Patrícia dançando pelas janelas do segundo andar da Casa Hoffmann, e se apaixonou. A partir disso, os passeios de Pedrinho viraram rotina no mesmo horário em que Patrícia fazia suas aulas de dança.
O que Pedrinho não sabia era que Patrícia havia sido diagnosticada com câncer no mesmo ano, e resolvera não se tratar com quimioterapia pois não acreditava em seus resultados e não queria deixar sua avó doente - de quem ela cuidava - preocupada. Uma tarde, Patrícia estava dançando na Casa Hoffmann quando desmaiou e faleceu. Pedrinho ficou muito triste por nunca mais ver a bailarina até que, certa noite, sonhou com Patrícia chamando por ele. Acordou e mesmo sendo madrugada, pegou sua cadeira de rodas e foi até o Largo da Ordem, onde Patrícia o convidou para dançar. Ele respondeu que não conseguia dançar pois não andava, mas ela o pegou em suas mãos e misteriosamente começaram a bailar.
Assim, Pedrinho passou a visitar o espírito de Patrícia às madrugadas nas noites de Lua Cheia, que era quando ela aparecia. Um dia, no meio da dança, ele desmaiou e morreu, e seu espírito foi para o céu junto ao espírito de Patrícia.
Mais importante do que discutir a veracidade ou não da história, ela nos mostra como o Largo da Ordem e suas narrativas estão presentes no imaginário curitibano e na tradição oral da cidade.
Casa Vermelha e outras construções
Próximo à esquina com a Travessa Nestor de Castro, em frente à passagem subterrânea - Galeria Júlio Moreira (Passagem da Rua José Bonifácio para o Largo da Ordem), inaugurada em 1976 -, há dois sobrados, um bege e um azul. Segundo relato da historiadora Cassiana Lacerda no grupo de Facebook “Antigamente em Curitiba”, os dois foram residência do pintor Waldemar Curt Freyesleben. No edifício bege, funcionou a Casa dos 300 anos, onde a própria Cassiana Lacerda coordenou os trabalhos para a realização das festividades dos 300 anos da fundação da cidade de Curitiba. Na casa azul, funcionava o ateliê do citado pintor, e também funcionou a Casa Cruzeiro.
Em frente aos sobrados, há um edifício em que funcionou a Casa das Fábricas.
Ao lado dos dois sobrados, há um sobrado vermelho conhecido como “Casa Vermelha”. Também segundo Cassiana Lacerda, o imóvel foi construído em 1891 pelo alemão Wilhelm Peters. A parte superior funcionava como residência, onde chegou a morar o Maestro Luiz Zilli. Na parte inferior funcionaram vários comércios, como a empresa “Burmester, Thon & Cia Successores de W.H.A. Peters” e a União Comercial.
Foi em 1919 que ganhou a pintura vermelha e passou a ser conhecida como “Casa Vermelha”, quando também se tornou a casa de ferragens de Eurico Fonseca dos Santos & Cia. Benjamin Zilli a comprou em 1929. Posteriormente, Joaquim Miró também foi seu proprietário. De 1992 a 1997 foi alugada pela Prefeitura Municipal de Curitiba e funcionou como espaço de exposições. Atualmente, sedia uma parte do Bar do Alemão.
Ao lado da Casa Vermelha está um edifício amarelo que, em sua parte mais alta, tem a inscrição “R. 1930 S.”. O ano de 1930 diz respeito à data em que o imóvel foi construído e as letras são as iniciais de quem a construiu - Rodolfo Strobel. A família Strobel é uma família de imigrantes alemães que veio para o Brasil no século XIX. No edifício funcionou também uma loja da Casas Pernambucanas. Atualmente, no prédio funciona um bar.
Bem na esquina da Igreja da Ordem, descendo pela Rua São Francisco, nos deparamos com dois prédios antigos: uma casa de um pavimento e, ao lado dela, um sobrado amarelo. Pesquisando em jornais do século XIX publicados no Paraná, bem como em informações genealógicas disponibilizadas no site Myheritage, descobrimos que antigamente ambos eram da família Bussmann.
Originária da cidade de Kalbe, no nordeste da Alemanha, desde 1875 há registros da presença dessa família em Curitiba. Em 1865 Theodoro Bussmann, nascido em Kalbe, casou-se com Joanna Maria Dorothea Bussmann em Blumenau, SC. Anos mais tarde, migraram à Curitiba junto com outras tantas famílias de origem alemã. Na capital paraense, abriram comércio no movimento Largo da Ordem - ao que tudo indica, uma hospedagem para imigrantes com destino final na Colônia Assunguy (atual cidade de Cerro Azul). Coincidência ou não, a casa vermelha fica na esquina da Rua Mateus Leme, antiga Estrada do Assunguy.
Com o passar do tempo, na hospedagem também foi aberta uma padaria - comércio bastante típico de imigrantes alemães. A partir dos anos de 1900, foram os descendentes da família (não sabemos se eram filhos de Theodoro e Joanna), Augusto e Luiz Bussmann, que tocaram o negócio. Certamente o aumento das vendas possibilitou a construção de uma casa própria, que foi erguida ao lado da padaria em 1907 a pedido de Luiz. Trata-se daquele sobrado amarelo, que até hoje pertence à família e que recentemente foi restaurado pela arquiteta Loriane Stolz Cisz Portes, bisneta de Luiz.
Quanto à casa vermelha de esquina, sabe-se que foi vendida pela família. Depois de padaria, ali foi aberta a Casa Orion, propriedade da família Kolodinskie, e mais recentemente ali funcionava o Armazém do Artesanato. Atualmente, nela há uma loja de souvenirs e uma de roupas.
Bar do Alemão
Já na década de 1980, o Largo da Ordem começa a se tornar um “point” da cidade, tendo o lazer noturno como seu principal uso. Exemplo dessa transformação é um dos mais tradicionais bares da região - o Bar do Alemão (ou Schwartzwald, Floresta Negra, em alemão). O bar surgiu no depósito de uma loja - o que já demonstra o antigo caráter comercial do espaço. A loja era do pai de Rene Strobel, que queria um espaço para fazer festas com os amigos. Rene, então, pediu ao seu pai autorização para usar o depósito de sua loja. Dado o aval, lá montou uma pequena cozinha, colocou mesas e cadeiras e armazenou vários barris de chopp. O espaço com o tempo se ampliou e veio a se tornar o famoso Bar do Alemão.
Memorial de Curitiba
Ao lado do Bar do Alemão, há o Memorial de Curitiba. Foi inaugurado em 1996, ainda no contexto de comemorações do tricentenário da cidade de Curitiba. Como órgão da prefeitura, é gerenciado pela Fundação Cultural de Curitiba e foi concebido para abrigar diferentes atividades culturais, como exposições e apresentações, com o intuito de preservar a história da cidade. Conta com diversos andares para exposições, um mirante e uma praça coberta para apresentações.
Casa da Memória
Mais abaixo no Largo da Ordem há a Casa da Memória que, assim como o Memorial de Curitiba, tem como objetivo preservar a história da capital paranaense. A Casa da Memória foi inaugurada na década de 1980 e passou por diversos endereços no centro histórico de Curitiba até ser transferida para sua sede definitiva e atual, inaugurada em 2000. Possui um amplo acervo documental relativo à cidade de Curitiba, disponível para pesquisa, estando parte dele disponível também online. Junto à Casa da Memória funciona também a Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação Cultural de Curitiba.
Como podemos ver, o Largo da Ordem é um dos mais importantes lugares do Centro Histórico curitibano. Sua história que já vem de vários séculos e as memórias de suas construções se fundem com a história de Curitiba e de alguns de seus mais importantes acontecimentos.
Texto e pesquisa de Gabriel Brum Perin
Fontes de pesquisa:
VIEIRA, Flavia Gonzaga Lopes. Espaços Públicos de Lazer no Centro de Curitiba: a transformação da cidade urbana para cidade humana. Dissertação apresentada como pré-requisito para obtenção do título de Mestre em Educação Física, no Departamento de Educação Física, Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2010. 103 f. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24064/ESPACOS%20PUBLICOS%20DE%20LAZER%20NO%20CENTRO%20DE%20CURITIBA%20A%20TRANSFORMACAO%20DA%20CIDADE%20URBANA%20PARA%20CIDADE%20HUMA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Manchete, 26 de out. de 1957. Disponível em: https://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=004120&pasta=ano%20195&pesq=colonos%20de%20irem%20matar%20a%20fome%20curitibana&pagfis=20348
https://m.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/983215301843668/
https://www.facebook.com/groups/417557358409468/search/?q=casa%20hoffman
https://www.facebook.com/groups/417557358409468/posts/1324303734401488/
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https://www.fotografandocuritiba.com.br/2017/03/casa-strobel.html
https://www.turistoria.com.br/bebedouro-do-largo-da-ordem
https://www.turistoria.com.br/igreja_ordem
https://www.turistoria.com.br/bar-do-alemao
INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURITIBA. Plano de revitalização do setor histórico de Curitiba. Curitiba, PR, 1970, ago. 62 p. Disponível em: https://pergamum.curitiba.pr.gov.br/pergamumweb/vinculos/000042/00004212.pdf
https://pergamum.curitiba.pr.gov.br/vinculos/000071/0000718c.pdf
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