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sábado, 29 de julho de 2023

Biblos (βύβλος) é o nome grego da cidade portuária fenícia de Gubla (ou Gebal). Era conhecida pelos antigos egípcios como Kbn e, mais tarde, Kpn

 Biblos (βύβλος) é o nome grego da cidade portuária fenícia de Gubla (ou Gebal). Era conhecida pelos antigos egípcios como Kbn e, mais tarde, Kpn

Biblos
Geografia
País
Governorate of Lebanon
Keserwan-Jbeil (en)
District of Lebanon
Localização geográfica
Capital de
Jbeil
Lordship of Gibelet (d)
Área
5 km2
Altitude
10 m
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
Estatuto patrimonial
Geminações
História
Fundação
Identificadores
Website

Biblos 

Castelo dos Cruzados.

CritériosC (iii) (iv) (vi)
Referência295 en fr es
País Líbano
Coordenadas34º07'25''N 35º39'04''E
Histórico de inscrição
Inscrição1984 (em perigo: 295)

 Nome usado na lista do Património Mundial

Biblos (βύβλος) é o nome grego da cidade portuária fenícia de Gubla (ou Gebal). Era conhecida pelos antigos egípcios como Kbn e, mais tarde, Kpn.[1] Embora continue a ser denominada de Biblos pelos investigadores (sobretudo em referência a épocas passadas), a cidade é agora conhecida pelo nome árabe Jubayl (جبيل), o qual também tem origem na forma cananita Gubla. Supõe-se ter sido ocupada pela primeira vez entre 8800 e 7000 AC.[2]

Aparentemente, era através de Biblos/Gubla que o «papiro egípcio» (βύβλος) era importado para a Grécia, pelo que tanto a planta como os «rolos» ou «livros» a partir dela fabricados receberam o seu nome. É também daqui que surge o nome da Bíblia (do grego βιβλία, «livros»).

Biblos situa-se na costa mediterrânica do atual Líbano, a 42 quilômetros de Beirute. É um foco de atração para arqueólogos devido às fases sucessivas de vestígios arqueológicos resultantes de séculos de ocupação humana. Em 1860, o escritor francês Ernest Renan iniciou uma escavação no local, mas não ocorreu qualquer investigação arqueológica sistemática até 1920.

Segundo o filósofo e historiador Fílon de Alexandria, Biblos era famosa por ser a mais antiga cidade do mundo. O local foi povoado primeiramente durante o período Neolítico, por volta de 5 000 a.C.. As primeiras características urbanas datam do III milénio a.C., como indicam os restos de casas edificadas com um tamanho uniforme. É a partir deste período que a sociedade cananita local começa a complexificar-se.

Airã

Sarcófago de Airã, hoje no Museu Nacional de Beirute

Por volta de 1 200 a.C., uma prova arqueológica de Biblos mostra aquilo que seria um alfabeto de vinte e dois caracteres; um exemplo importante destas inscrições é o sarcófago do rei Airã. Um dos monumentos mais importantes deste período é o templo de Rexefe, um deus cananeu da guerra, mas este ruiu na época do governo heleno e da chegada de Alexandre, o Grande em 332 a.C.. A moeda já era utilizada, e há vestígios evidentes de comércio com outras cidades mediterrânicas.

Durante o período Romano, o templo de Rexefe foi afincadamente reconstruído, e a cidade, embora menor do que vizinhas suas como Tiro e Sidom, era um centro do culto a Adónis. No século III, foi edificado um teatro pequeno mas impressionante. A chegada do Império Bizantino fez com que se estabelecesse um lugar episcopal em Biblos e a cidade cresceu rapidamente. Embora se saiba que uma colónia Persa se tenha estabelecido na região a seguir à conquista Muçulmana (636), as provas arqueológicas são escassas. O comércio com o resto da Europa esmoreceu por completo, e a prosperidade não se faria mais notar em Biblos até que as Cruzadas regressassem em 1098.

Biblos, sob o nome de Gibelet ou Giblet, foi uma base militar importante durante o século XI, e os imponentes restos do seu castelo das Cruzadas está entre as mais espectaculares estruturas actualmente visíveis no seu centro. A cidade foi tomada por Saladino em 1187, retomada pelos Cruzados e eventualmente conquistada por Baibars em 1266. As suas fortificações foram subsequentemente restauradas. Desde 1516, a cidade e toda a região caíram sob o domínio turco e fizeram parte do Império Otomano.

Ver também

Referências

  1.  Horn, Siegfried. «Byblos in Ancient Records»Andrews University Seminary Studies 1
  2.  Livro Cities of the Middle East and North Africa, 2006, edição ABC-CLIO, pág 104

Bibliografia