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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Modelo Quetzalcoatlus northropi, o maior animal voador conhecido que já existiu.

 Modelo Quetzalcoatlus northropi, o maior animal voador conhecido que já existiu.


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Porém, com asas de 11 metros de comprimento e envergadura de um pequeno avião, o imenso pterossauro que vivia em pântanos da região do atual Texas, nos Estados Unidos, teve de se adaptar e desenvolver uma nova forma de levantar voo.

A espécie batizada em 1975, depois de centenas de ossos terem sido encontrados no Big Bend National Park, não foi a única a habitar a região. Parentes menores, os Quetzalcoatlus lawsoni, tinham a envergadura de uns 4 metros, além de estruturas do crânio e da coluna diferenciadas. Ainda assim, mantinham hábitos semelhantes à espécie maior.

Conforme apontaram estudos publicados na revista Journal of Vertebrate Paleontology, pesquisadores observaram que o bico devia ser muito delicado para ingerir carne vermelha.

A equipe acredita que o animal devia ter hábitos semelhantes aos de uma garça, de modo que se alimentaria de peixes, invertebrados, pequenos anfíbios até mesmo répteis da água, engolindo-os inteiros.

Estudos anteriores apontavam para a possibilidade do gigante ser incapaz de voar, uma vez que suas asas eram muito grandes, de modo que se chocariam contra o solo.

No entanto, novas pesquisas apresentaram a tese de que o animal realizaria um salto inicial de cerca de 2,5 metros de altura para, somente então, bater as asas.

“Essa pode ser a melhor opção para a decolagem, embora dependa da força suficiente das pernas”, disse Brian Padian, professor e coeditor dos artigos publicados.

No ar, o Quetzalcoatlus se comportaria como os condores e abutres modernos, sendo que sua grande cabeça pode tê-lo ajudado a realizar curvas. Já no momento de pousar, o animal deveria agir de forma semelhante a um avião, reduzindo sua velocidade.

“O animal tinha de bater as asas para parar e diminuir a velocidade de descida antes de pousar com as patas traseiras e dar um pequeno salto”, explicou o professor Brian. “Em seguida, ele abaixava as patas dianteiras, assumia uma postura de quatro patas, endireitava-se e ia embora.”

De acordo com o pesquisador, o Quetzalcoatlus andava de maneira muito diferente de qualquer outro ser existente.

“Para evitar tropeçar, o animal primeiramente erguia o braço esquerdo, depois avançava a perna esquerda em um passo completo e, em seguida, colocava a pata no chão”, explicou Brian. “O processo era então repetido com o membro direito. Parece um processo complicado para nós, mas o animal conseguia executar a marcha com rapidez e facilidade.”

Os cientistas agora buscam novas informações sobre os hábitos do Quetzalcoatlus, bem como entender como o formato das membranas de suas asas teriam afetado seu voo.



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