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domingo, 22 de janeiro de 2023

O local da antiga “Vila Olga”

 

O local da antiga “Vila Olga”


O local da antiga “Vila Olga”

O local da antiga “Vila Olga”

"Vila Olga". Já demolida
Neste terreno, localizado na Avenida Munhoz da Rocha, em frente ao  Graciosa Country Club, ficava situada a “Vila Olga”.
Residência projetada pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves (1892-1944) em 1919/20 para Caetano Munhoz da Rocha (1879-1944).
A vila foi demolida nos anos 1950 e o local foi ocupado por órgãos públicos (lembro que um deles foi o Instituto Brasileiro do Café - IBC). Atualmente é ocupado pela Advocacia Geral da União - AGU.

Caetano Munhoz da Rocha 


Caetano Munhoz da Rocha, formado em medicina, casou em 1903 com Olga de Souza. Foi eleito para o Congresso Legislativo Estadual em 1904, onde ficou até 1917. Foi eleito também prefeito de Paranaguá em 1908 (na época era possível acumular os cargos) e eleito novamente para os quatro anos seguintes. Renunciou ao cargo de prefeito em 1915, quando mudou-se para Curitiba.
Foi vice-presidente do estado no período de 1916-1920, durante o governo de Affonso Camargo. Exerceu nesse período os cargos de Secretário da Fazenda, Agricultura e Obras Públicas.
Ao final do mandato de Affonso Camargo elegeu-se presidente do estado para o período 1920-1924. Seu governo foi caracterizado principalmente por investimentos na educação pública, saneamento, saúde e assistência social. Mas a sua maior realização foi sanear as finanças do estado, que estava quebrado.
No início de 1921 ficou viúvo e casou uma segunda vez (em dezembro do mesmo ano) com Domitila Almeida. Como a segunda esposa também faleceu, casou uma terceira vez em janeiro de 1924, com Sílvia Lacerda Braga. Teve no total 21 filhos, frutos dos três casamentos.
Naquela época a reeleição não era permitida pela Constituição Estadual, mas foi providenciada uma alteração e elegeu-se para um segundo mandato (coisa que Affonso Camargo não gostou).
Em 1930, elegeu-se senador da República, de onde foi tirado em 1930 pelo golpe de Getúlio Vargas.
Foi um administrador competente, “economizando com avareza e gastando sem desperdício”

Quem sabe, no futuro


O terreno, onde encontram-se os imóveis ocupados atualmente pela AGU e bem arborizado, com diversos pinheiros (Araucaria angustifolia) e outras espécies.
Imaginando que a propriedade seja da União, quem sabe, no futuro (em tempos menos bicudos) a prefeitura não consiga o imóvel em algum tipo de negociação. Os prédios poderiam virar centro de atividades, com biblioteca e coisas do gênero e, abrindo o bosque para a população

Referências: