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quarta-feira, 12 de abril de 2023

Os Trepidantes, 48 anos de histórias em Paranaguá

 

Os Trepidantes, 48 anos de histórias em Paranaguá




Conheça um pouco sobre uma das bandas com mais tempo em atividade no Brasil.... "Os Trepidantes", de Paranaguá  ( Por Jorge Fujita).

A ideia de formar os Trepidandes , surgiu no final de 1966, das cabeças de três amigos inseparáveis: Rene Ainati, Mário Percegona e Jorge Fujita, em Paranaguá, litoral do Paraná.
Rene foi quem ajudou a financiar os primeiros instrumentos da banda(conjunto musical na época). Mário conversou com Sérgio Ochrimowicz (parceiro da época do Astronautas do Ritmo) e por fim, foi convidado o colega das aulas de inglês, Ivo Maciel Jr. Estava composta a primeira formação dos Trepidantes: Mário e Jorge(guitarra), Ivo(baixo) e Sérgio(bateria).
Com pouca bagagem musical, os primeiros ensaios, foram feitos numa sala comercial no Palácio do Café, onde o amigo Ernesto Rodrigues trabalhava(o povo ficava curioso, sem saber de onde vinha o barulho).
A primeira apresentação (1967), foi na AABB de Paranaguá, com um repertório de pouco mais de 20 músicas(a repetição de muitas músicas foram inevitáveis). Na época, o cachê foi de CR$80,00 de onde foram separados 40 para o pagamento da prestação dos equipamentos e 10 para cada um dos integrantes.
Após algumas apresentações, a amiga e professora de piano, Deana Saraumi veio a reforçar o grupo com o seu conhecimento musical assumindo a sua posição nos teclados(foi ela quem preparou os integrantes para que pudessem obter as Carteiras de Músico Profissional, necessárias na época).
Nessa fase a banda chegou a se apresentar em Guarapuava em um Congresso de Estudantes. Devido aos problemas de deslocamentos constantes à outras cidades, Deana deu lugar ao Walter Ney Junqueira que assumiu a liderança da banda trazendo novas idéias para o grupo, frutos da sua passagem por diversas bandas da capital.
Com as idéias de vanguarda e pioneirismo do Fujita, os trepidantes ingressaram na era pscicodélica com jogos de luzes, projeções de slides(muita coisa home made) e efeitos especiais, trazendo para Paranaguá os primeiros pedais e câmara de eco(importadas do Japão e Holanda).
Nessa fase, a mais movimentada do grupo com as participações de Rene, Ernesto e Gelson Reis como empresários, já era difícil de se conseguir um contrato com a banda, devido à extensa agenda nos clubes de Paranaguá, Morretes, Antonina, Praias(época do Parque Balneário de Caiobá) e Curitiba.
Com o falecimento do Sérgio Ochrimowicz, Carlinhos (Aracajú) Máximo veio a substituir na bateria. Esta nova formação continuou até a dissolução da banda. Cabe salientar que: Durante a existência dos Trepidantes, tivemos as participações de Mário Oliveira, Roberto Cordeiro, Chê Paraguayo, Neto Tramujas, Irmãos Prainha, Maestro Galetto, Nivaldo Calado, Eloin Silva, Professor Mesquita e muitos outros que somavam para as apresentações em eventos específicos.
Devido ao distanciamento dos integrantes, motivados pelos estudos e trabalhos, os Trepidantes encerraram as suas atividades no mês de janeiro de 1972 com a apresentação na sede campestre do Clube Litterário. O grupo voltou a se reunir com integrantes mesclados com outros músicos em 2010.
Desde então vem se apresentando todos os anos no mês de Novembro em um dos dias que antecede a Festa do Rocio. Exceto no ano de 2013, devido o falecimento do Ivo Petry Maciel Jr. Com o retorno do Fujita do Japão em 2014, a banda voltou a se apresentar com o slogan REENCONTRO, reunindo aproximadamente 500 amigos de diversos pontos do país e do exterior.

No próximo dia 14, teremos o REENCONTRO II, sempre no Clube Olímpico de Paranaguá. Desta feita, os integrantes serão: Tabajara Santos(baixo), Zeca Pinho(guitarra), Adilson Bornancin(teclado), Jorge Fujita e Mário Percegona(vocais), Walter Ney Junqueira(teclado), Carlinhos Aracaju (bateria) e Nêne Kobiski(guitarra).