Os Trepidantes, 48 anos de histórias em Paranaguá
Conheça um pouco sobre uma das bandas com mais tempo em atividade no Brasil.... "Os Trepidantes", de Paranaguá ( Por Jorge Fujita).
A ideia de formar os Trepidandes , surgiu no final de 1966, das cabeças de três amigos inseparáveis: Rene Ainati, Mário Percegona e Jorge Fujita, em Paranaguá, litoral do Paraná.
Rene foi quem ajudou a financiar os primeiros instrumentos da banda(conjunto musical na época). Mário conversou com Sérgio Ochrimowicz (parceiro da época do Astronautas do Ritmo) e por fim, foi convidado o colega das aulas de inglês, Ivo Maciel Jr. Estava composta a primeira formação dos Trepidantes: Mário e Jorge(guitarra), Ivo(baixo) e Sérgio(bateria).
Com pouca bagagem musical, os primeiros ensaios, foram feitos numa sala comercial no Palácio do Café, onde o amigo Ernesto Rodrigues trabalhava(o povo ficava curioso, sem saber de onde vinha o barulho).
A primeira apresentação (1967), foi na AABB de Paranaguá, com um repertório de pouco mais de 20 músicas(a repetição de muitas músicas foram inevitáveis). Na época, o cachê foi de CR$80,00 de onde foram separados 40 para o pagamento da prestação dos equipamentos e 10 para cada um dos integrantes.
Após algumas apresentações, a amiga e professora de piano, Deana Saraumi veio a reforçar o grupo com o seu conhecimento musical assumindo a sua posição nos teclados(foi ela quem preparou os integrantes para que pudessem obter as Carteiras de Músico Profissional, necessárias na época).
Nessa fase a banda chegou a se apresentar em Guarapuava em um Congresso de Estudantes. Devido aos problemas de deslocamentos constantes à outras cidades, Deana deu lugar ao Walter Ney Junqueira que assumiu a liderança da banda trazendo novas idéias para o grupo, frutos da sua passagem por diversas bandas da capital.
Com as idéias de vanguarda e pioneirismo do Fujita, os trepidantes ingressaram na era pscicodélica com jogos de luzes, projeções de slides(muita coisa home made) e efeitos especiais, trazendo para Paranaguá os primeiros pedais e câmara de eco(importadas do Japão e Holanda).
Nessa fase, a mais movimentada do grupo com as participações de Rene, Ernesto e Gelson Reis como empresários, já era difícil de se conseguir um contrato com a banda, devido à extensa agenda nos clubes de Paranaguá, Morretes, Antonina, Praias(época do Parque Balneário de Caiobá) e Curitiba.
Com o falecimento do Sérgio Ochrimowicz, Carlinhos (Aracajú) Máximo veio a substituir na bateria. Esta nova formação continuou até a dissolução da banda. Cabe salientar que: Durante a existência dos Trepidantes, tivemos as participações de Mário Oliveira, Roberto Cordeiro, Chê Paraguayo, Neto Tramujas, Irmãos Prainha, Maestro Galetto, Nivaldo Calado, Eloin Silva, Professor Mesquita e muitos outros que somavam para as apresentações em eventos específicos.
Devido ao distanciamento dos integrantes, motivados pelos estudos e trabalhos, os Trepidantes encerraram as suas atividades no mês de janeiro de 1972 com a apresentação na sede campestre do Clube Litterário. O grupo voltou a se reunir com integrantes mesclados com outros músicos em 2010.
Desde então vem se apresentando todos os anos no mês de Novembro em um dos dias que antecede a Festa do Rocio. Exceto no ano de 2013, devido o falecimento do Ivo Petry Maciel Jr. Com o retorno do Fujita do Japão em 2014, a banda voltou a se apresentar com o slogan REENCONTRO, reunindo aproximadamente 500 amigos de diversos pontos do país e do exterior.
No próximo dia 14, teremos o REENCONTRO II, sempre no Clube Olímpico de Paranaguá. Desta feita, os integrantes serão: Tabajara Santos(baixo), Zeca Pinho(guitarra), Adilson Bornancin(teclado), Jorge Fujita e Mário Percegona(vocais), Walter Ney Junqueira(teclado), Carlinhos Aracaju (bateria) e Nêne Kobiski(guitarra).
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