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terça-feira, 21 de março de 2023

Em 1975, ano que nevou em Curitiba, em Pontal do Sul, o sr. Joao Rosa e alguns colaboradores conseguiram um feito espetacular.

 Em 1975, ano que nevou em Curitiba, em Pontal do Sul, o sr. Joao Rosa e alguns colaboradores conseguiram um feito espetacular.


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Em 1975, ano que nevou em Curitiba, em Pontal do Sul, o sr. Joao Rosa e alguns colaboradores conseguiram um feito espetacular.
SR JOÃO ROSA, O HUMILDE PESCADOR DE PONTAL DO SUL
EM UMA MANHÃ FRIA DE JUNHO PEGOU CERCA DE 20 TONELADAS DE TAINHA
Esse homem merece ser homenageado pelas autoridades de Pontal do Paraná, porque além de nativo é pioneiríssimo no município criado há pouco tempo.
Ele nasceu pelas bandas do Clube Candeias quando tudo era mato e depois acompanhou seus pais e foi morar ali perto do CEM e dedicou praticamente toda a sua vida à pesca.
Seus pais possuíam uma boa área de terra em Pontal do Sul onde plantavam abacaxi e mandioca entre outras mais, mas com a pressão dos grileiros foram vendendo tudo a preço de banana, reservando somente um lote onde mora com os filhos.
João Rosa estava junto com outros pescadores naquela inacreditável viagem que fizeram de canoa, de Pontal do Sul ao Rio de Janeiro.
Quando os moradores eram poucos em Pontal cansou de levar os peixes que pegava, em canoa à vela, para vender no Mercado do Peixe em Paranaguá.
Conta que voltando de uma pescaria lá perto da Ilha do Mel, sua canoa virou devido a um temporal que se formou repentinamente. Rogou a Deus e foi salvo, agarrado a canoa, até que chegou um outro pescador para socorre-lo. Prometeu, a partir daquele instante, tornar-se evangélico em gratidão à graça alcançada e permanece fiel até o presente momento.
Uma de suas maiores façanhas como pescador, ocorreu há uns 30 anos , ali na Praia Mansa. Era o mês de junho, creio, época da taínha, e ventara e fizera um frio terrível a noite toda. Como os pescadores gostam de falar, deu o rebojo. Logo cedo o espia avistou um enorme cardume aproximando-se da praia, imediatamente saíram com a "feiticeira" e conseguiram no primeiro lance capturar centenas de tainhas. E os lances foram se sucedendo e em poucas horas estava esparramado na areia da praia entre 20 e 25 toneladas de tainhas. Foram quatro viagens de caminhão que levaram tudo para Paranaguá. Até o padre que rezava a missa na capela, deixou a missa e correu para a praia para certificar-se do ocorrido, sendo seguido pelos fiéis.
Sr João Rosa, está doente, muito doente, pois já completou 93 anos de idade. Há cerca de cinco anos deixou de ir à praia acompanhar o lance da sua feiticeira (rede própria para fazer arrastão), o que fazia diariamente.
Nunca bebeu nem fumou. Temente a Deus, com sua simplicidade arrebanha rapidamente a amizade do próximo.
Fui feliz de tê-lo conhecido e mesmo acamado ainda me recebe com aquele sorriso e aperto de mão.
JOAO ROSA só se entregou aos 98 anos de idade.
Srs. Vereadores e prefeito, pensem em uma homenagem a essa pessoa humilde, mas de caráter ilibado, um nativo e pioneiríssimo em Pontal do Paraná, um verdadeiro exemplo a ser seguido.
(De Paranaguá, Stalin Venet, para o Vida News, é com vc Luciana). A foto é meramente ilustrativa