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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Juracy Ivette de Barros Stevan Nascida a 5 de junho de 1922 (segunda-feira) Falecida a 31 de julho de 1999 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 77 anos Dona de casa

 Juracy Ivette de Barros Stevan Nascida a 5 de junho de 1922 (segunda-feira) Falecida a 31 de julho de 1999 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 77 anos Dona de casa


Juracy Ivette de Barros Stevan: A Força Silenciosa de uma Mulher Paranaense

No alvorecer da década de 1920, quando Curitiba ainda conservava as ruas de terra e o ritmo lento da vida interiorana, nascia — no dia 5 de junho de 1922, uma segunda-feira — uma menina cuja vida viria a encarnar a essência da dedicação familiar, da resistência feminina e da ternura cotidiana: Juracy Ivette de Barros Stevan.

Ela partiu deste mundo 77 anos depois, no dia 31 de julho de 1999, em sua querida Curitiba, Paraná — cidade que testemunhou seu nascimento, seu amor, sua maternidade e seu legado silencioso, mas profundo. Embora registrada nos documentos como “dona de casa”, sua verdadeira obra foi muito maior: foi a construção paciente de um lar, a formação de uma filha e o sustento emocional de uma família ao longo de décadas turbulentas e transformadoras.


Raízes: Entre o Nome Barros e o Sangue Paranaense

Juracy veio ao mundo em uma família profundamente enraizada no tecido social e histórico do Paraná. Seu pai, Vicente Barros (falecido antes de seu nascimento ou em data não registrada), provavelmente pertenceu a uma das linhagens tradicionais da região — o sobrenome Barros ecoa em muitos registros paroquiais do século XIX, ligado a lavradores, artesãos e pequenos proprietários que ajudaram a moldar a identidade curitibana.

Sua mãe, Júlia Carolina de Barros (nascida por volta de 1895), foi a figura central na infância de Juracy. Mulher de seu tempo, Júlia certamente transmitiu à filha os valores da modéstia, do trabalho doméstico, da fé católica e da importância do nome da família — pilares que Juracy levaria consigo para toda a vida.

Crescer nos anos 1920 e 1930 no sul do Brasil não era tarefa fácil. A Grande Depressão, as transformações políticas e as limitações sociais pesavam especialmente sobre as mulheres. A educação formal era rara, e o destino de muitas jovens era selado logo após a puberdade: casar, cuidar da casa, gerar filhos. Juracy não fugiu a esse padrão — mas o transcendeu com dignidade.


Amor Jovem: Um Casamento aos 16 Anos

Aos 16 anos, ainda quase uma adolescente pelos olhos contemporâneos, mas já considerada pronta para a vida adulta na sociedade da época, Juracy contraiu matrimônio. Era 3 de junho de 1939, um sábado ensolarado em Curitiba, quando ela se uniu a Lauro Ceslau Stevan (1916–2008), um homem sete anos mais velho, possivelmente já estabelecido profissionalmente — fosse como funcionário público, comerciante ou trabalhador urbano em ascensão.

O casamento, celebrado em pleno coração da cidade, marcou o início de uma união que duraria 60 anos, até a morte de Juracy. Lauro, que chegaria aos 92 anos, sobreviveu à esposa por quase uma década — tempo suficiente para guardar suas memórias com carinho, certamente relembrando a mulher serena que compartilhou com ele a construção de um lar durante décadas de mudanças históricas: a Segunda Guerra Mundial, o pós-guerra, a ditadura militar, a redemocratização e o início da era digital.


Maternidade: O Nascimento de Roselene

Embora os registros não detalhem outros filhos, há um nome central na história de Juracy: Roselene Stevan Cruz, nascida em 5 de junho de 1922 — exatamente no mesmo dia do nascimento de Juracy, setenta e sete anos antes.

Esse detalhe, aparentemente simbólico, revela uma coincidência rara e tocante: mãe e filha compartilhavam a mesma data de aniversário, como se o ciclo da vida tivesse se fechado em perfeita harmonia. Roselene, provavelmente a única filha do casal (ou a única que sobreviveu à infância), foi o coração da existência de Juracy. Toda sua dedicação como dona de casa — cozinhar, costurar, educar, rezar, acolher — girava em torno desse vínculo materno.

Em uma época em que a maternidade era o ápice da realização feminina, Juracy a viveu com profundidade e autenticidade. Não há registros de discursos ou feitos públicos — mas há algo mais valioso: o testemunho silencioso de uma mulher que colocou o bem-estar da família acima de tudo.


Vida Cotidiana: A Grandeza do Invisível

Juracy nunca foi política, empresária ou artista. Seu nome não aparece em jornais da época, exceto talvez em breves anúncios de casamento ou óbito. Mas é justamente nesse “anonimato” que reside sua grandiosidade.

Ela viveu os tempos em que as mulheres sustentavam os lares com mãos calejadas e corações resilientes. Era ela quem acordava cedo para acender o fogão à lenha, quem lavava roupas no tanque de pedra, quem bordava enxovais, quem preparava o café para o marido antes do trabalho, quem ensinava à filha a rezar o terço e a respeitar os mais velhos.

Sua casa — fosse um sobrado no centro de Curitiba ou uma modesta residência nos bairros emergentes como o Alto da Glória ou o Cabral — era um refúgio de ordem, afeto e tradição. Nela, o tempo era medido por datas religiosas, colheitas de hortaliças no quintal, visitas de parentes e o som do rádio trazendo notícias do mundo.


Despedida: Um Legado de Simplicidade e Amor

Juracy Ivette de Barros Stevan faleceu em 31 de julho de 1999, aos 77 anos, em Curitiba. Seu marido, Lauro, ainda vivo, certamente sentiu o vazio de uma presença que por seis décadas foi sua companheira fiel. Sua filha, Roselene, herdou não apenas o nome, mas também a força discreta de uma linhagem de mulheres paranaenses que construíram o Brasil com trabalho silencioso e amor incondicional.

Embora não tenha deixado fortunas ou títulos, Juracy deixou algo mais duradouro: a memória afetiva de quem foi amada, respeitada e lembrada com carinho. E, em tempos de efemeridade digital e celebridades passageiras, é esse tipo de legado que verdadeiramente resiste ao tempo.


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Que a história de Juracy inspire respeito por todas as mulheres cujas vidas não foram celebradas em praças, mas cujos gestos de amor ecoam nas gerações que vieram depois.

Juracy Ivette de Barros Stevan
Sosa : 11
  • Nascida a 5 de junho de 1922 (segunda-feira)
  • Falecida a 31 de julho de 1999 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 77 anos
  • Dona de casa
1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Ver árvore

   
sosa Vicente Barros  sosa Julia Carolina De Barros ca 1895-
||



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imagem
sosa Juracy Ivette de Barros Stevan 1922-1999
19225 jun.

Nascimento

 
Nenhuma informação disponível para este acontecimento.
19393 jun.
16 anos
199931 jul.
77 anos

Antepassados de Juracy Ivette de Barros Stevan


Descendentes de Juracy Ivette de Barros Stevan