Juracy Ivette de Barros Stevan Nascida a 5 de junho de 1922 (segunda-feira) Falecida a 31 de julho de 1999 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 77 anos Dona de casa
Juracy Ivette de Barros Stevan: A Força Silenciosa de uma Mulher Paranaense
No alvorecer da década de 1920, quando Curitiba ainda conservava as ruas de terra e o ritmo lento da vida interiorana, nascia — no dia 5 de junho de 1922, uma segunda-feira — uma menina cuja vida viria a encarnar a essência da dedicação familiar, da resistência feminina e da ternura cotidiana: Juracy Ivette de Barros Stevan.
Ela partiu deste mundo 77 anos depois, no dia 31 de julho de 1999, em sua querida Curitiba, Paraná — cidade que testemunhou seu nascimento, seu amor, sua maternidade e seu legado silencioso, mas profundo. Embora registrada nos documentos como “dona de casa”, sua verdadeira obra foi muito maior: foi a construção paciente de um lar, a formação de uma filha e o sustento emocional de uma família ao longo de décadas turbulentas e transformadoras.
Raízes: Entre o Nome Barros e o Sangue Paranaense
Juracy veio ao mundo em uma família profundamente enraizada no tecido social e histórico do Paraná. Seu pai, Vicente Barros (falecido antes de seu nascimento ou em data não registrada), provavelmente pertenceu a uma das linhagens tradicionais da região — o sobrenome Barros ecoa em muitos registros paroquiais do século XIX, ligado a lavradores, artesãos e pequenos proprietários que ajudaram a moldar a identidade curitibana.
Sua mãe, Júlia Carolina de Barros (nascida por volta de 1895), foi a figura central na infância de Juracy. Mulher de seu tempo, Júlia certamente transmitiu à filha os valores da modéstia, do trabalho doméstico, da fé católica e da importância do nome da família — pilares que Juracy levaria consigo para toda a vida.
Crescer nos anos 1920 e 1930 no sul do Brasil não era tarefa fácil. A Grande Depressão, as transformações políticas e as limitações sociais pesavam especialmente sobre as mulheres. A educação formal era rara, e o destino de muitas jovens era selado logo após a puberdade: casar, cuidar da casa, gerar filhos. Juracy não fugiu a esse padrão — mas o transcendeu com dignidade.
Amor Jovem: Um Casamento aos 16 Anos
Aos 16 anos, ainda quase uma adolescente pelos olhos contemporâneos, mas já considerada pronta para a vida adulta na sociedade da época, Juracy contraiu matrimônio. Era 3 de junho de 1939, um sábado ensolarado em Curitiba, quando ela se uniu a Lauro Ceslau Stevan (1916–2008), um homem sete anos mais velho, possivelmente já estabelecido profissionalmente — fosse como funcionário público, comerciante ou trabalhador urbano em ascensão.
O casamento, celebrado em pleno coração da cidade, marcou o início de uma união que duraria 60 anos, até a morte de Juracy. Lauro, que chegaria aos 92 anos, sobreviveu à esposa por quase uma década — tempo suficiente para guardar suas memórias com carinho, certamente relembrando a mulher serena que compartilhou com ele a construção de um lar durante décadas de mudanças históricas: a Segunda Guerra Mundial, o pós-guerra, a ditadura militar, a redemocratização e o início da era digital.
Maternidade: O Nascimento de Roselene
Embora os registros não detalhem outros filhos, há um nome central na história de Juracy: Roselene Stevan Cruz, nascida em 5 de junho de 1922 — exatamente no mesmo dia do nascimento de Juracy, setenta e sete anos antes.
Esse detalhe, aparentemente simbólico, revela uma coincidência rara e tocante: mãe e filha compartilhavam a mesma data de aniversário, como se o ciclo da vida tivesse se fechado em perfeita harmonia. Roselene, provavelmente a única filha do casal (ou a única que sobreviveu à infância), foi o coração da existência de Juracy. Toda sua dedicação como dona de casa — cozinhar, costurar, educar, rezar, acolher — girava em torno desse vínculo materno.
Em uma época em que a maternidade era o ápice da realização feminina, Juracy a viveu com profundidade e autenticidade. Não há registros de discursos ou feitos públicos — mas há algo mais valioso: o testemunho silencioso de uma mulher que colocou o bem-estar da família acima de tudo.
Vida Cotidiana: A Grandeza do Invisível
Juracy nunca foi política, empresária ou artista. Seu nome não aparece em jornais da época, exceto talvez em breves anúncios de casamento ou óbito. Mas é justamente nesse “anonimato” que reside sua grandiosidade.
Ela viveu os tempos em que as mulheres sustentavam os lares com mãos calejadas e corações resilientes. Era ela quem acordava cedo para acender o fogão à lenha, quem lavava roupas no tanque de pedra, quem bordava enxovais, quem preparava o café para o marido antes do trabalho, quem ensinava à filha a rezar o terço e a respeitar os mais velhos.
Sua casa — fosse um sobrado no centro de Curitiba ou uma modesta residência nos bairros emergentes como o Alto da Glória ou o Cabral — era um refúgio de ordem, afeto e tradição. Nela, o tempo era medido por datas religiosas, colheitas de hortaliças no quintal, visitas de parentes e o som do rádio trazendo notícias do mundo.
Despedida: Um Legado de Simplicidade e Amor
Juracy Ivette de Barros Stevan faleceu em 31 de julho de 1999, aos 77 anos, em Curitiba. Seu marido, Lauro, ainda vivo, certamente sentiu o vazio de uma presença que por seis décadas foi sua companheira fiel. Sua filha, Roselene, herdou não apenas o nome, mas também a força discreta de uma linhagem de mulheres paranaenses que construíram o Brasil com trabalho silencioso e amor incondicional.
Embora não tenha deixado fortunas ou títulos, Juracy deixou algo mais duradouro: a memória afetiva de quem foi amada, respeitada e lembrada com carinho. E, em tempos de efemeridade digital e celebridades passageiras, é esse tipo de legado que verdadeiramente resiste ao tempo.
#JuracyIvetteDeBarrosStevan
#MulheresDoParaná
#HistóriaFemininaBrasileira
#DonaDeCasaHeróica
#GenealogiaCuritibana
#FamíliaStevan
#MulheresQueConstruíramLares
#Curitiba1922
#MaternidadeEForça
#VidasSilenciosasGrandesLegados
#MulheresAncestrais
#HistóriaSocialDoParaná
#MemóriaFamiliarBrasileira
#RaízesCuritibanas
#AmorNosAnos30
#Juracy1922
#HerançaAfetiva
#MãesDoSéculoXX
#FamíliasTradicionaisDoParaná
#NomesQueNãoSeApagam
Que a história de Juracy inspire respeito por todas as mulheres cujas vidas não foram celebradas em praças, mas cujos gestos de amor ecoam nas gerações que vieram depois.
Sosa : 11
|
Pais
Vicente Barros †
Julia Carolina De Barros ca 1895-
Casamento(s) e filho(s)
- Casada a 3 de junho de 1939 (sábado), Curitiba, Parana, Brasil, com
Lauro Ceslau Stevan 1916-2008 tiveram
Ver árvore
| ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Nascimento
Casamento
Morte
Antepassados de Juracy Ivette de Barros Stevan
| Vicente Barros † | Julia Carolina De Barros ca 1895- | ||
| | | | | ||
| | | |||
Juracy Ivette de Barros Stevan 1922-1999
| |||
