sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Projetada inicialmente como uma tipografia, a construção foi encomendada em 1911 por João Haupt e foi passada para as gerações seguintes da família, chegando nos dias de hoje como uma papelaria.

 Projetada inicialmente como uma tipografia, a construção foi encomendada em 1911 por João Haupt e foi passada para as gerações seguintes da família, chegando nos dias de hoje como uma papelaria.

https://arquivoarquitetura.com/150

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1911.
Endereço:R. Barão do Serro Azul, 124.
Bairro:São Francisco.
Uso Atual:Comercial.
Proprietário Inicial:João Haupt.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalEclético.

Histórico e Curiosidades

Projetada inicialmente como uma tipografia, a construção foi encomendada em 1911 por João Haupt e foi passada para as gerações seguintes da família, chegando nos dias de hoje como uma papelaria. A empena cega na lateral do edifício foi resultado da abertura da Travessa Nestor de Castro em 1974.




Igreja de Santo Estanislau

 

Igreja de Santo Estanislau


Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

Igreja de Santo Estanislau

A imigração polonesa foi numerosa e importante em Curitiba e em diversas outras regiões do Paraná. Começaram a vir para o Brasil em 1870, uma época em que a Polônia tinha deixado de existir como nação livre e independente.
As primeiras 32 famílias que chegaram no Brasil foram para a atual cidade de Brusque, em Santa Catarina, então uma colônia de alemães. Lá, além de não se adaptarem ao ambiente, viviam em constantes atritos com os alemães. Acabaram então deslocando-se para Curitiba.
Mais tarde, com a política do Segundo Império de colonização do sul e de substituição da mão de obra escrava, muitos outros vieram. Mas foi no início da República que o fluxo de imigrantes atingiu o seu auge, quando a situação social na Polônia - que estava com o seu território dividido entre o Império Austro-Húngaro, Prússia e Rússia - piorou. Entre 1890 e 1914 quase 100.000 poloneses vieram para o Brasil, principalmente para o Paraná (36.116 pessoas) e Rio Grande do Sul (32.000).

Durante o Estado Novo (1937-1945), com a implantação de uma campanha nacionalista pelo ditador Getúlio Vargas, a comunidade polonesa, como outras de imigrantes, foi perseguida com medidas como a proibição do uso da língua e do exercício de qualquer atividade política. Foram proibidos também jornais, revistas e livros em língua que não fosse a oficial, Muitas escolas, associações e sociedades polonesas foram fechadas e outras trocaram de nome e passaram a ser administradas por nativos. Mesmo durante a II Guerra muitos foram hostilizados, até por serem confundidos com alemães.

A colônia polonesa sempre foi reconhecida como muito trabalhadora, principalmente no setor agrícola. Com o tempo os seus descendentes foram participando das mais diversas áreas da sociedade e muitos deles tornaram-se pessoas de destaque. Mesmo sendo injusto com tantos outros, podemos destacar os nomes de Jaime Lerner e Paulo Leminski, dois dos mais conhecidos.

A Igreja de Santo Estanislau, na Rua Emiliano Perneta (antiga Rua Aquidaban, ou Aquidabã) é uma das várias igrejas da cidade ligada a grande comunidade polonesa.
Não sabemos exatamente quando a igreja começou a ser construída, mas deve ter sido depois de 1875, data da chegada do primeiro padre polonês na cidade.
Em maio de 1909, apesar de não estar ainda totalmente concluída, ela passou a ser usada regularmente. No início fazia parte da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões. Em 1978 Dom Pedro Fedalto a erigiu como Paróquia Pessoal dos Poloneses, mas foi só em agosto de 1993 que o mesmo Dom Fedalto a tornou Paróquia Territorial de Santo Estanislau.
A paróquia está aos cuidados da Congregação do Verbo Divino.

A igreja é muito bonita e gosto principalmente do interior, com belas pinturas, vitrais coloridos, imagens, altar esculpido em madeira e com um belo púlpito, que alguém teve a feliz idéia de não remover (coisa que aconteceu em muitas igrejas, depois do Concílio Vaticano II). É uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências:

Casa da Família Lustosa

 

Casa da Família Lustosa


Casa da Família Lustosa

Casa da Família Lustosa

Na esquina da Rua Barão do Rio Branco (antiga Rua da Liberdade) com a Rua Marechal Deodoro (antes Rua Nova da Carioca e mais tarde Rua do Comércio) está situado este belo casarão de 1881, que já foi residência da família Lustosa.

Conforme um anúncio no “Almanach do Paraná” para 1901 abrigou o “Atelier Photographico” de Octavio Lustoza.

Originalmente ele não tinha o sótão com mansardas. O telhado deve ter sido modificado entre os anos de 1912 e 1930.

“Em 1921 Leo Kessler adquiriu o pavimento superior, onde instalou o Conservatório de Música de Curitiba e o sótão, onde residia. Eles os vendeu em 1931”

“Na Rua Barão do Rio Branco, até 1931, no lado direito do pavimento térreo residia o alfaiate Domingos Alves Brito e, no lado esquerdo, na esquina, existia uma padaria”

As portas largas (antes eram estreitas e em arcos) e a marquise na fachada da Rua Barão do Rio Branco provavelmente foram feitos entre 1931 e 1935.

“Em 1972, os janelões para a Av. Mal. Deodoro foram transformados em portas e vitrines. Ainda restou uma janela do térreo no tamanho original da construção, posteriormente foi transformada numa porta”

Publicação relacionada:
Casa da Família Lustosa restaurada

Referência:

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

 

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey


Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey

O Provincialato das Irmãs de São José de Chambérey localizado na Av. São José, no bairro do Cristo Rei, é uma construção eclética, i. é, mistura diversos estilos. No caso, o ecletismo é bem nítido, uma vez que apresenta blocos diferentes, possivelmente como resultado da construção em épocas diversas.
Gosto muito do conjunto todo, mas de forma muito especial a parte que apresenta características bem claras do neogótico, com janelas e portas ogivais e decoradas com rendilhados. O prédio tem uma das portas encimada por uma rosácea e tem também um torreão.
É um prédio que está na minha lista de preferidos da cidade.

O prédio já abrigou o tradicional e conceituado Colégio Nossa Senhora de Lourdes (também conhecido como Colégio Cajuru) dedicado a educação de meninas. Hoje os padres franciscanos, responsáveis pelo Colégio Bom Jesus, assumiram a administração da instituição de ensino.
O prédio é uma Unidade de Interesse de Preservação.

As irmãs já foram conhecidas também como Irmãs de São José de Moutiers.

O trabalho das Irmãs de São José de Chambérey


Já escrevi alguma coisa sobre o trabalho das Irmãs de São José de Chambérey quando falei da Santa Casa. Elas foram convidadas a assumirem em 1896 os trabalhos de enfermagem do hospital, que estava com um atendimento considerado muito ruim e com falta de pessoal capacitado para atender os doentes. Elas implantaram a enfermagem moderna na cidade, conforme preconizava Florence Nightingale.

A contribuição dessas irmãs nas áreas de saúde, educação e assistência social foi relevante para ao desenvolvimento da cidade de Curitiba.
Sem desmerecer, de forma alguma, os profissionais da área, eu diria que o trabalho e dedicação dessas irmãs, em uma época que havia falta de mão de obra capacitada, não tratava apenas do ganhar o pão, mas ia além. Dizia respeito também a ganhar o céu. Aliás, elas contribuíram para a formação de muitos profissionais na área de enfermagem, quando organizaram em 1953, a pedido do bispo Dom Manoel da Silveira d’Elboux, a Escola Madre Léone (nome da primeira superiora provincial da congregação no Paraná). A escola já foi organizada tendo em mente a incorporação em uma futura universidade católica na cidade. O que acabou ocorrendo em 1960, quando a escola foi incorporada na Pontifícia Universidade Católica.

Maria Angelica Pinto Nunes Pizani, em sua tese de Doutorado em História, relaciona obras nas quais as Irmãs de São Jose estiveram envolvidas entre 1896 e 1937.

  • Santa Casa de Curitiba
  • Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá
  • Hospital da Estrada de Ferro, em Curitiba
  • Asilo dos Alienados (hoje Hosp. Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz), em Curitiba
  • Hospital da Estrada de Ferro (Hospital 26 de Outubro), em Ponta Grossa
  • Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa
  • Hospital Militar, em Curitiba
  • Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro
  • Colégio São José, em Curitiba
  • Colégio São José, em Paranaguá
  • Colégio São José, em Morretes
  • Colégio São José, em Castro
  • Colégio São José, na Lapa
  • Pensionato de Nossa Senhora de Lourdes, internato em Curitiba
  • Colégio São Francisco, em Curitiba
  • Juvenato São José, Curitiba
  • Colégio Santo Antonio, em Colombo
  • Asilo São Vicente, na Lapa
  • Asilo Sant’Ana, em Petrópolis
  • Asilo São Luiz, em Curitiba
  • Fundação Hipólito Araújo, na Lapa
  • Casa da Criança, no Rio de Janeiro
  • Sodalício São Jose (Pequeno Lar São José), no Rio de Janeiro.


Em algumas dessas obras as irmãs acabaram retirando-se (falta de gente?), mas continuam atuando também em muitas outras não relacionadas aqui, inclusive no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Paraná.

Referências:

Hospital Oswaldo Cruz

 

Hospital Oswaldo Cruz




Depois da epidemia de tifo (1917) e de gripe espanhola (1918) começou a amadurecer na cidade a ideia de um hospital especializado em doenças infectocontagiosas.
O local escolhido foi o alto de uma colina, com bastante ventilação. Assim, em 1928 surgiu o Hospital Oswaldo Cruz, localizado no Alto da Rua XV.
Desde a sua criação lidou com surtos de sarampo, hepatite, rubéola, varicela, tuberculose e meningite.
Com o surgimento das campanhas de vacinação em massa, muitas dessas doenças deixaram de ser um grande problema.
Em 1984 passou a atender os primeiros casos de AIDS da cidade, tornando-se com o tempo um centro de referência para o tratamento dessa doença.

Referência:

Paróquia Santo Antônio

 

Paróquia Santo Antônio








A igreja sede da Paróquia Santo Antônio fica na Av. Paraná, no Boa Vista.
As primeiras missas começaram a ser celebradas no local em setembro de 1951, ao ar livre, em um terreno adquirido do Sr. Abílio Geronasso pela Mitra Arquidiocesana. Essas missas campais eram celebradas pelos padres da Igreja do Senhor Bom Jesus do Cabral.
Em 1953 iniciaram a construção de um galpão, atualmente parte do salão paroquial, que passou a servir de capela em 1955, quando ficou habitável. A paróquia foi criada oficialmente naquele mesmo ano e passou a ser administrada pelos Padres Dominicanos.
O Sr. Abílio Geronasso doou nos anos seguintes vários lotes contíguos ao primeiro, de forma que em junho de 1961 foi possível o lançamento da construção da igreja atual.
O projeto da igreja foi elaborado pelo engenheiro Carlo Barontini, italiano residente em Curitiba. Barontini foi quem elaborou na década de 1950 o projeto de reforma e ampliação do prédio da UFPR na Praça Santos Andrade, deixando-o com a aparência atual.
A igreja foi sendo construída aos poucos, e ficou pronta em 1984.

Referências:

A casa foi construída pela família em 1954. Ela é divida em uma parte residencial e outra comercial que já abrigou diversos comércios.

 A casa foi construída pela família em 1954. Ela é divida em uma parte residencial e outra comercial que já abrigou diversos comércios.

https://arquivoarquitetura.com/134

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1954.
Endereço:Rua Jaime Reis, 320 e 324.
Bairro:São Francisco.
Área:254 m².
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Concreto armado.
Linguagem Formal:Eclética.

Histórico e Curiosidades

A casa foi construída pela família em 1954. Ela é divida em uma parte residencial e outra comercial que já abrigou diversos comércios.

 

Hoje a construção pertence à área tombada do entorno da Praça João Cândido.






Localizada no movimentado Centro de Curitiba, a Casa Heitor Stockler de França faz parte da história da cidade e está presente no imaginário de quem já passou pela Avenida Marechal Floriano Peixoto e teve a surpresa de ver o distinto chalé cor-de-rosa.

 Localizada no movimentado Centro de Curitiba, a Casa Heitor Stockler de França faz parte da história da cidade e está presente no imaginário de quem já passou pela Avenida Marechal Floriano Peixoto e teve a surpresa de ver o distinto chalé cor-de-rosa.

https://arquivoarquitetura.com/076

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1893.
Endereço:Av. Marechal Floriano Peixoto, 458.
Bairro:Centro.
Uso Atual:Centro Cultural SESI.
Área:500 m².
Proprietário Inicial:Heitor Stockler de França.
Proprietário Atual:Serviço Social da Indústria (SESI).
Técnica Construtiva:Alvenaria de Tijolos e Madeira.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalEclético.

Histórico e Curiosidades

Localizada no movimentado Centro de Curitiba, a Casa Heitor Stockler de França faz parte da história da cidade e está presente no imaginário de quem já passou pela Avenida Marechal Floriano Peixoto e teve a surpresa de ver o distinto chalé cor-de-rosa.

Datada de 1893, foi construída por João Lourenço Taborda Ribas, que teve como inspiração os chalés suíço-italianos do final do século XIX. Além da sua arquitetura singular no contexto da Curitiba da virada do século, a casa conta com vários detalhes considerados inovadores para a época, como sua implantação a partir de um recuo e não colada na calçada como era feito nas demais construções.

Foi residência do poeta paranaense Heitor Stockler de França, primeiro presidente e um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e desde 2013 é sede de um Centro Cultural administrado pelo Serviço Social da Indústria (SESI). Apesar de algumas adaptações necessárias, as características originais da obra foram mantidas, inclusive sua cor.