Araucária é um
município brasileiro do
estado do
Paraná, do qual é o décimo terceiro mais populoso, com 143 843 habitantes, conforme estimativa do IBGE de 2019
Etimologia
De origem
geográfica, constitui-se em referência à enorme reserva de
mata nativa existente ao tempo da povoação do
município. Esta mata, composta de espécimes da espécie
Araucaria angustifolia, ou
pinheiro-do-paraná, é comum nas zonas mais frias.
História
As primeiras movimentações do homem branco no atual
município de Araucária, remontam ao ano de 1668,
[10] período em que Domingos Rodrigues da Cunha recebeu uma
sesmaria, doada pelo Capitão Povoador,
Gabriel de Lara, o homem forte do Paraná daquele período.
[10]Estas
famílias iniciaram roçadas, lançaram as primeiras
sementes e o lugar passou a ser ponto de referência. Alguns anos após desenvolveu-se um povoado que recebeu a denominação de Tindiquera.
[10] A ocupação foi relativamente rápida e ali se estabeleceram o cirurgião Paschoal Fernandes Leite, capitão Manoel Picam de Carvalho e muitos outros.
[10]A origem histórica de Tindiquera, de onde provém o município de Araucária, merece um capítulo à parte na
historiografia paranaense, pela sua
riqueza. Consta que residia na pequena Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, mais tarde
Curitiba, a numerosa família dos Maia, de homens valentes e impetuosos e que mantinham relações conturbadas com as autoridades e outros povoadores do lugar.
[10] Os seguidos incidentes deram-lhes a condição de
personas non gratas na incipiente Curitiba, chegando ao ponto de serem obrigados a se afastar da vila e a refugiarem-se em lugar distante, a fim de evitar a ação da
justiça, que os perseguia, assim como a vingança do
povo.
[10] O local escolhido pela numerosa família Maia foi exatamente o
povoado de Tindiquera, situado às margens do
Iguaçu e bem em cima de uma antiga aldeia indígena.
[10]Em 1876 a região recebeu forte fluxo imigratório de
russos,
poloneses e
alemães, que numa ação conjunta deram progresso ao lugar através da Colônia Thomaz Coelho.
[10]Pela Lei nº 1.055, de 5 de abril de 1911, foi criado o Têrmo Judiciário de Araucária, cuja instalação foi em 4 de junho de 1911. Em 19 de abril de 1919, através da Lei nº 1.908 foi elevado à categoria de
Comarca, e a instalação foi feito por Estanislau Cardoso no dia 14 de maio do mesmo ano. Através do Decreto-Lei nº 93, de 14 de setembro de 1948, voltou à categoria de Têrmo Judiciário, e em
25 de janeiro de
1949 foi elevado novamente à categoria de Comarca, desta vez tendo sido instalada por Luiz de Albuquerque Maranhão Júnior.
Economia
A exploração comercial da madeira iniciou-se na Freguesia do Iguassú a partir do
século XIX, até a
década de 1930, quando entra em crise pela devastação das reservas. Os moradores de Araucária ainda se dedicaram à exploração da
erva-mate até a
década de 1940, quando houve o declínio das
exportações para a
Argentina, que se tornou auto-suficiente. O crescimento econômico da região proporcionou a abertura de mercado para outras atividades geradoras de emprego para a população como olarias, cerâmicas, moinhos, fábricas de palhões, de massa de tomate, de caixas de madeira, de linho, de fósforo, de balas, de bolachas e torrefação de café.
Em 1972, com a instalação da
Refinaria Presidente Getúlio Vargas e em 1973 com a criação do CIAR (Centro Industrial de Araucária), ocorreu um crescimento bastante acentuado e uma inversão no quadro populacional, econômico e social do Município, em que a população urbana passou a superar a rural com a vinda de um contingente populacional de vários pontos do país e a economia que se baseava na agricultura e pecuária passou a ser predominantemente industrial/urbana. A partir da década de 1970, ocorreu uma acentuada industrialização da cidade, totalizando o segundo maior parque fabril do estado, apenas atrás da capital. Dentre as indústrias instaladas na cidade é possível destacar: FAFEN-PR,
CSN Paraná,
Siderúrgica Guaíra (Gerdau), Berneck, Cocelpa, Imcopa, Tri-Sure,
Hübner Auto Linea, AAM do Brasil, Filtros Mil, Dyno do Brasil, Adesi, Gonvari do Brasil, Haus Technology, Trane e
Novozymes.
População
| Etnias | |
|---|
| Branca | 61,92% |
| Parda | 32,96% |
| Negra | 4,18% |
| Amarela | 0,21% |
| Indigena | 0,73% |
Fonte: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social(2010)

Ipês utilizados na arborização das vias públicas
Localização e acesso
Com a implantação da
REPAR, da
Petrobrás, na
década de 1970, a cidade começou a sofrer influências do desenvolvimento industrial, servindo de sede a novas indústrias, com geração de empregos e o deslocamento de trabalhadores da área rural para a urbana. Adapta-se ao processo de industrialização, mantendo suas características agrícolas, o que a torna um importante polo agro-industrial.
Abriga, na divisa com os municípios de Curitiba e
Campo Largo a represa do
Rio Passaúna, que abastece de água a região da capital paranaense.
Divisão territorial
Como Araucária é um município bastante extenso territorialmente, está dividido em
bairros grandes e estes divididos em loteamentos. A área urbana representa cerca de um terço do território municipal.
Os bairros localizados na área urbana são: Centro, Iguaçu, Fazenda Velha, Campina da Barra, Tindiquera, Barigui, Porto das Laranjeiras, Boqueirão, Sabiá, Capela Velha, Chapada, Vila Nova, Estação, Costeira, Cachoeira, Passaúna, São Miguel (parcialmente rural) e Thomaz Coelho.
Na zona rural estão localizados: Bela Vista, Colônia Melado, Mato Dentro, Boa Vista, Espigão Alto, Onças, Botiatuva, Faxinal, Palmital, Campestre, Faxinal do Tanque, Ponzal Campinas das Palmeiras, Fazendinha, Rio Abaixinho, Campina das Pedras, Formigueiro, Rio Abaixo, Campina dos Martins, Fundo do Campo, Rio Verde Abaixo, Campo Redondo, Guajuvira de Cima, Rio Verde Acima, Campo Tomáz, Ipiranga, Roça Nova, Camundá, Lagoa Grande, Roça Velha, Capinzal, Lagoa Suja, São Sebastião, Capoeira Grande, Lavra, Taquarova, Colônia Cristina, Mato Branco, Tietê e Guajuvira (distrito com status de sub-prefeitura).
Turismo
Museu Tingüi-Cuera
Localizado no Parque Cachoeira, o Museu tem o seu nome em homenagem aos índios Tingüis que habitaram a região de Araucária, já conhecida como Tindiqüera na época do descobrimento do Brasil. Foi inaugurado em 11 de fevereiro de 1980 no prédio da extinta Companhia São Patrício onde funcionou até 1982, quando foi transferido para o prédio que abrigou a antiga Fábrica de Massa de Tomate Torres, de 1943 até 1965, de propriedade de Archelau de Almeida Torres. O Museu conta com acervo de aproximadamente 600 peças datadas a partir do século XIX, que contam a história do cotidiano de vida e de trabalho da população. O Museu possui seis salas de exposição, sendo três delas reservadas para exposições temporárias e três para exposições de longa duração e reserva técnica. O Museu abriga também o Auditório Júlio Grabowski com uma área aproximada de 100m². Visitas monitoradas podem ser agendadas por meio do setor educativo.
Roteiro de Turismo Rural
É possível fazer passeios orientados por propriedades rurais familiares, onde são oferecidos diversos produtos à venda, tais como doces e licores, frutas, flores e artesanato, além de café colonial típico polonês. O ônibus sai todos os sábados

Vista parcial do Parque Cachoeira.
Abriga o Museu Tingüi-Cuera, museu este de característica regionalista. Aberta a visitação também está a Aldeia da Solidariedade, onde estão casas de troncos falquejados, encaixados, feitas de troncos de
pinheiros, construídas pelos primeiros imigrantes poloneses lembrando a arquitetura da terra natal. Há também uma capela, chiqueiro, paiol e picador de palha, bem como um centro poliesportivo e uma grande área verde e de fundo de vale, bem próximo ao Centro da cidade. O Parque Cachoeira também é famoso pelas festas realizadas em suas dependências, sendo a mais popular e conhecida na região a
Festa do Pêssego, que atraiu em 2007 mais de 50 mil pessoas, realizada no mês de Dezembro
Araucária (PR): Entre Pinheirais, Indústria e História no Coração da Região Metropolitana de Curitiba!
A apenas 29 km da capital paranaense, ergue-se uma cidade marcada pelo verde dos pinheirais, pelo rugido das fábricas e pelo calor das tradições: Araucária, um verdadeiro tesouro escondido (mas não por muito tempo!) no sul do Brasil. Com mais de 143 mil habitantes e uma altitude de 897 metros, essa cidade respira progresso sem esquecer suas raízes profundas — tanto nas terras férteis quanto na alma de seu povo.
Seu nome não é à toa! Araucária faz referência direta à Araucaria angustifolia, a majestosa araucária ou pinheiro-do-paraná, símbolo da rica mata nativa que um dia cobria toda a região. Hoje, embora reduzida, essa memória botânica permanece viva na identidade local — um elo entre passado e futuro, natureza e desenvolvimento.
Raízes Antigas, História Viva
A história de Araucária começa bem antes de sua fundação oficial em 11 de fevereiro de 1890. Já em 1668, Domingos Rodrigues da Cunha recebia uma sesmaria na região, marcando o início da ocupação europeia. O povoado original, chamado Tindiquera, tornou-se refúgio de famílias perseguidas — como os Maia, que fugiram de Curitiba após conflitos com as autoridades. Lá, entre as margens do Rio Iguaçu e vestígios de aldeias indígenas, nasceu uma comunidade resiliente.
No final do século XIX, com a chegada de imigrantes poloneses, alemães e russos, a região ganhou novo fôlego. A Colônia Thomaz Coelho, criada em 1876, foi um marco de organização agrícola e cultural. E foi justamente nesse caldo de diversidade e coragem que Araucária se emancipou de Curitiba e São José dos Pinhais, firmando-se como município com nome que ecoa na floresta: Araucária.
Do Pinhal à Refinaria: A Revolução Industrial
Por décadas, a economia local girou em torno da erva-mate, da madeira de araucária e da agricultura familiar. Mas tudo mudou na década de 1970. Com a instalação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a criação do Centro Industrial de Araucária (CIAR), a cidade deu um salto histórico.
Hoje, Araucária abriga o segundo maior parque industrial do Paraná, atrás apenas da capital! Gigantes como Gerdau, CSN Paraná, FAFEN-PR, Berneck, Novozymes, Trane e Hübner operam por lá, gerando empregos, renda e inovação. O PIB per capita, que ultrapassa os R$ 109 mil, coloca Araucária entre as cidades mais ricas do Brasil — um feito impressionante para quem um dia viveu da coleta de pinhão!
Cultura, Gente e Natureza
Mas Araucária não é só concreto e aço. É também gente acolhedora, fruto de uma mistura rica: indígenas, luso-brasileiros, negros, poloneses, italianos, ucranianos, sírio-libaneses, alemães, japoneses... Cada grupo deixou sua marca na culinária, nas festas, nas tradições religiosas e na arquitetura.
E apesar do crescimento urbano, a cidade conserva áreas verdes, trilhas e o encanto do clima subtropical úmido (Cfb) — com invernos frescos, verões suaves e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Ideal para quem busca qualidade de vida perto da agitação metropolitana, mas longe do caos.
Próxima de Tudo, Única em Tudo
Integrante da Região Metropolitana de Curitiba, Araucária faz divisa com Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Contenda, Fazenda Rio Grande, Mandirituba e Quitandinha — posição estratégica para quem quer estar conectado sem perder a identidade.
Com IDH-M de 0,740 (considerado alto) e infraestrutura em constante expansão, a cidade equilibra educação, saúde, indústria e meio ambiente. E, claro, mantém viva a memória do pinheiro-do-paraná — não só nas placas de rua, mas no coração de cada araucariense (ou araucariano, como também se orgulham de ser chamados!).
Venha Conhecer Araucária!
Entre pinheirais que inspiram poesia e fábricas que impulsionam o futuro, Araucária é a prova de que tradição e modernidade podem caminhar juntas. Que tal explorar seus parques, provar um pastel polonês, visitar a Repar ou simplesmente apreciar o pôr do sol sobre os cânions suaves do Iguaçu?
A cidade te espera — de braços abertos, como sempre fez desde os tempos de Tindiquera.
#Araucária #PinheiroDoParaná #RegiãoMetropolitanaDeCuritiba
#IndústriaParanaense #Araucariense #CidadeQueCresce
#TurismoNoParaná #ConheçaAraucária #SulDoBrasil
#HistóriaViva #Paranaenses #DesenvolvimentoComRaízes
#Repar #CentroIndustrialDeAraucária #CidadesDoParaná
#VerdeEProgresso #BrasilIndustrial #RoteiroParanaense
#AraucariaPR #GenteQueFazHistória #PinhaisQueEncantam
Nenhum comentário:
Postar um comentário