sábado, 14 de janeiro de 2023

Em 1890, o fotógrafo Max Kopf fotografou esta composição de vagões puxada por uma máquina a vapor, no momento em que ela passava sobre a ponte que ele entitulou nº 50, no km 63,220 da ferrovia Paranaguá -Curitiba. Alguém sabe identificar o nome dela? Paulo Grani

 Em 1890, o fotógrafo Max Kopf fotografou esta composição de vagões puxada por uma máquina a vapor, no momento em que ela passava sobre a ponte que ele entitulou nº 50, no km 63,220 da ferrovia Paranaguá -Curitiba.
Alguém sabe identificar o nome dela?
Paulo Grani


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TÚNEL DA SANGA GRANDE Em 1890, o fotógrafo Max Kopf fez uma série de fotos documentando toda a extensão da Estrada de Ferro Paranaguá -Curitiba.

 TÚNEL DA SANGA GRANDE
Em 1890, o fotógrafo Max Kopf fez uma série de fotos documentando toda a extensão da Estrada de Ferro Paranaguá -Curitiba.

Nesta foto ele anotou: "Túnel da Sanga Grande, quilômetro 53,700, altura (altitude) 313 metros.
No vagonete, à frente da Maria Fumaça, seus assistentes.
(Foto: Acervo Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O Auditório Salvador de Ferrante, mais conhecido como “Guairinha”, faz parte do conjunto do Centro Cultural Teatro Guaíra.

 O Auditório Salvador de Ferrante, mais conhecido como “Guairinha”, faz parte do conjunto do Centro Cultural Teatro Guaíra.

https://www.fotografandocuritiba.com.br/2015/12/


“Guairinha”


“Guairinha”


O Auditório Salvador de Ferrante, mais conhecido como “Guairinha”, faz parte do conjunto do Centro Cultural Teatro Guaíra.

Em estilo modernista, o conjunto todo do Teatro Guaíra foi projetado pelo arquiteto Rubens Meister (1922-2009). O projeto foi escolhido pelo então governador Bento Munhoz da Rocha Netto como parte das inúmeras obras que programou para as comemorações do centenário da emancipação da Província do Paraná.

As obras iniciaram em 1952 e o Guairinha foi o primeiro dos auditórios a ficar pronto. Foi inaugurado em 19 de dezembro de 1954 com a presença do então presidente da república, Café Filho. Na ocasião, entre outras obras, foi também inaugurado o Palácio Iguaçu.

Com platéia e balcão, o auditório tem 496 lugares. A primeira peça encenada, em 25 de fevereiro de 1955,  foi “Vivendo em Pecado”, de Terence Rattigan.

O restante da construção do teatro foi bem demorado, sendo que o grande auditório (2.167 lugares) só foi inaugurado em 12 de dezembro de 1974 e o míni auditório (107 lugares) em 1975. Mas isso é história para uma postagem futura.

O Teatro Guaíra é bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Antiga sede do Bar Palácio

 

Antiga sede do Bar Palácio


Antiga sede do Bar Palácio em Curitiba

Antiga sede do Bar Palácio em Curitiba

O Bar Palácio, fundado em 1930, é um bar e restaurante tradicional de Curitiba. Um daqueles que fazem parte do folclore urbano, com direito a livro, tese de mestrado e tudo o mais.
A foto é da sua antiga sede na Rua Barão do Rio Branco, quase em frente ao Palácio da Liberdade, antiga sede do governo estadual.
Confirmando a vocação, atualmente funciona no local, que é uma Unidade de Interesse de Preservação, um outro bar e restaurante. A casa é bem bonita e foi bem restaurada.

Com comida simples, mas deliciosa, o Palácio funcionava até as sete e trinta da manhã. Além da tradicional boêmia frequentadora do local e pessoas simples que trabalhavam a noite, era comum encontrar na madrugada gente de smoking e vestido longo. Era o pessoal que saia dos bailes e passava para fazer uma boquinha ou tomar mais uma antes de ir para casa.

O Bar Palácio proibia a entrada de senhoras desacompanhadas, para evitar que as moças que não estavam propriamente interessadas nas qualidades gastronômicas do local fossem fazer ponto ali. Na década de 1980 um grupo de feministas resolveu processar o bar por causa dessa regra. E as moças perderam a ação. A imprensa acompanhou o assunto e isso só ajudou a aumentar a fama.

Atualmente o Bar Palácio está localizado bem próximo do seu lugar original, na Rua André de Barros, 500; com o mesmo cardápio e a mesma decoração simples.

Se você nunca foi no Bar Palácio, tem que ir. Você não pode declarar-se curitibano (natural ou residente) se não foi pelo menos uma vez lá.

A Hermes Macedo foi a maior empresa varejista do Paraná e chegou a ser a 33ª maior empresa privada em volume de vendas do país, segundo uma lista elaborada pela revista “Exame”.

 A Hermes Macedo foi a maior empresa varejista do Paraná e chegou a ser a 33ª maior empresa privada em volume de vendas do país, segundo uma lista elaborada pela revista “Exame”.

https://www.fotografandocuritiba.com.br/2015/12/


Hermes Macedo

A Hermes Macedo foi a maior empresa varejista do Paraná e chegou a ser a 33ª maior empresa privada em volume de vendas do país, segundo uma lista elaborada pela revista “Exame”.

Em 1932, aos dezoito anos de idade, o gaúcho de Rio Pardo, Hermes Farias de Macedo fundou a empresa com o nome de Agência Macedo.
No início dedicava-se ao comércio de autopeças usadas para veículos. Compravam veículos velhos e desmontavam para vender as peças. Com o sucesso do empreendimento começaram a importar peças novas dos Estados Unidos, uma coisa inédita na época.

A primeira loja da HM era na Rua João Negrão. Já em 1936 o negócio inicial estava consolidado e resolveram então abrir uma segunda loja, localizada na Praça Generoso Marques, próximo à prefeitura na época. O local era bem movimentado, com diversas linhas de bonde passando pela região. Nessa segunda loja iniciaram a comercialização de bicicletas francesas e alemãs e eletrodomésticos, algo relativamente novo no mercado brasileiro.
Em 1942 abriram uma terceira loja, desta vez em Ponta Grossa, iniciando assim a expansão para fora dos limites de Curitiba.
Em 1944 adquiriram um prédio que antes era ocupado pela Indústrias Reunidas Matarazzo, na Rua Barão do Rio Branco, e instalaram ali a matriz da empresa. Esse é o prédio mostrado na foto.

Do Rio Grande ao Grande Rio


Dai em diante a Hermes Macedo só cresceu, chegando a ter 285 lojas.
O Grupo Hermes Macedo, além das lojas, controlava também a Alfa Serviços de Crédito e Informática, Mercúrio Propaganda, HM Náutica, HM Financeira (mais tarde transformada em Banco HM), concessionárias de veículos, Auto Center HM e outras empresas de apoio.
O declínio da Hermes Macedo começou no início dos anos 1990. Com o Plano Collor, inflação galopante, com concorrência maior e com uma crise familiar gerada pela disputa do comando, a empresa entrou em concordata em 1995 e em 1997, atolada em dívidas, entrou em falência.

Pneu carecou, HM trocou


Sem dúvida alguma, a Hermes Macedo faz parte da memória de Curitiba. Contribuiu muito para isso o fato que a empresa desde o seu início investiu muito em propaganda e publicidade. Logo nos primeiros anos publicavam anúncios nos jornais procurando por veículos usados para comprarem e assim abastecer a loja de peças. Depois, sempre tiveram presença forte em todos os veículos de informações da época: jornal, rádio, televisão, cartazes, placas de estrada e outros. Era a maior verba publicitária do estado e muitos veículos tinham a HM como seu maior cliente. Chegaram a ter uma agência de propaganda própria, a Mercúrio (talvez um dos erros, pois em um determinado momento a empresa não soube renovar a sua mensagem).
De qualquer forma criaram slogans históricos, que muita gente ainda tem na memória: “Pneu carecou, HM trocou”, “Do Rio Grande ao Grande Rio”, entre outros.

Referências:

Colégio Estadual Júlia Wanderley

 

Colégio Estadual Júlia Wanderley


Colégio Estadual Júlia Wanderley

Colégio Estadual Júlia Wanderley

No final do século XIX surgiu nos Estados Unidos e na Europa um movimento conhecido como Escola Nova, que pretendia uma educação que integrasse o indivíduo na sociedade e que pregava também o acesso de todos à escola.
Em 1932 os educadores brasileiros escreveram o “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”. Desse manifesto alguns pontos merecem destaque: “uma escola primária pública universal, leiga, obrigatória e gratuita e estar em harmonia com a realidade brasileira; a escolarização adaptada às características de cada região e a formação em grau superior de todos os professores”.

No Paraná, Manoel Ribas, o interventor nomeado pelo ditador Getúlio Vargas, em seus mais de 13 anos de governo, tinha como prioridade a educação e a construção de escola. Foi um grande construtor de escolas no estado todo.
Uma de suas últimas realizações nessa área foi o Grupo Escolar do Bigorrilho, que em 29 de janeiro de 1946, quase três meses após Manoel Ribas ter deixado o governo, passou a ter a denominação de “Júlia Wanderley”, em homenagem a educadora paranaense.

O prédio apresenta uma solução arquitetônica diferente da maioria das construções escolares feitas no período do governo de Manoel Ribas, que foram em sua maioria no estilo neocolonial, em formato de “U”, seguindo plantas padrões.
O Júlia Wanderley, quando visto de cima (e não considerando as diversas ampliações) apresenta um formato de “T” e linhas austeras e retas, sem enfeites e com linhas predominantemente horizontais. A entrada da escola é ligeiramente avançada, com a presença de uma sacada.

O Colégio Estadual Júlia Wanderley está localizado na Avenida Vicente Machado.

Publicação relacionada:

Referências:

Hotel Johnscher

 

Hotel Johnscher


Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Hotel Johnscher

Este prédio de estilo eclético, localizado na Rua Barão do Rio Branco, é um excelente exemplo de bons cuidados com o patrimônio histórico e cultural da cidade.

Lá pelo ano 1900 um senhor chamado João Leandro instalou no local um hotel, que chamou de Hotel Paris. A então Rua da Liberdade, desde a inauguração da estrada de ferro, era a porta de entrada da cidade, ligando a estação ao centro e no caminho passando pelos principais prédios públicos da administração da cidade e do estado. A rua, pela localização estratégica, já contava com outros hotéis.
O problema do Hotel Paris é que ele não era, como podemos dizer, um hotel familiar. Com o tempo adquiriu uma péssima reputação e os viajantes deixaram de frequentar o local, apesar de sua excelente localização.
Mais tarde mudou de nome, passando a ser o Hotel Stumbo. Mas a questão não foi resolvida. Parece que o problema não era com o nome do hotel, mas com a freguesia.

A família Johnscher assume o hotel


A viúva Vitória Johnscher, que com o seu falecido marido Francisco havia sido proprietária de uma hospedaria em Paranaguá, decidiu mudar-se para Curitiba e alugar o prédio da família Parolin, proprietária do imóvel, e em 1917 o Hotel Johnscher foi inaugurado.
Rapidamente, bem administrado, o hotel mudou completamente. Virou um ponto elegante, chique e famoso da cidade.
O hotel era muito moderno, com água encanada, fria e quente. Tinha também lavanderia própria a vapor, câmara frigorífica e foi um dos primeiros hotéis do sul a ter uma rede interna de telefones. Foi também um dos primeiros estabelecimentos de Curitiba com um elevador. Muitos iam lá só para conhecer o tal elevador.
O restaurante era muito bom e tornou-se um dos pontos chiques da cidade, onde as famílias iam para jantar ao som de uma pequena orquestra ao vivo. Virou especialmente famoso os jantares de Natal. Nessa época do ano havia também uma atração extra, uma árvore de natal bem grande montada em frente do hotel.
Gradativamente, Francisco Lourenço Johnscher, o filho mais velho da Dona Vitória, foi assumindo a administração do negócio. Em 1923 a família adquiriu um outro hotel, o Grande Hotel Moderno, na Rua XV de Novembro. Francisco passou a cuidar mais do novo hotel e o Johnscher passou a ser administrado pelo seu cunhado, Leopoldo Niemeyer.
O Hotel Johnscher e o Grande Hotel Moderno tornaram-se os dois hotéis mais importantes, chiques e charmosos na primeira metade do século vinte.
Francisco Lourenço Johnscher foi um importante empresário do ramo da hotelaria em Curitiba. Em alguma postagem no futuro falarei mais sobre ele e sobre o Grande Hotel Moderno.

O desgaste com o tempo e o renascimento


Como muitos outros negócios, o hotel com o tempo foi perdendo a sua importância. Foi administrado pela família até 1975, quando fechou as portas.
Em 1995 o imóvel - uma Unidade de Interesse de Preservação - foi transferido para a prefeitura em troca de potencial construtivo.
Em 2002 a prefeitura, através de licitação, concedeu a concessão de uso a rede de hotéis San Juan, com direito a explorar o imóvel por 35 anos.
O hotel foi restaurado pela Planotel Arquitetura e Consultoria Turística e Hoteleira, com projeto do arquiteto Humberto Fogassa.
Bem restaurado, o hotel ficou muito bonito. O cuidado não foi apenas com a arquitetura, mas também com o mobiliário, que é uma reprodução em imbuia de móveis da época, sendo alguns originais.
Além dos hóspedes normais e dos frequentadores do restaurante aberto ao público, atualmente o hotel também é muito procurado por casais em noite de núpcias ou lua de mel, em função do ambiente charmoso e romântico.

Referências:

Não há registros sobre o ano de sua inauguração ou sobre seu construtor, no entanto até 1950 a casa pertenceu ao empresário sírio Miguel Calluf, que na mesma época encomendava um dos prédios mais altos da cidade, na Praça Tiradentes.

 Não há registros sobre o ano de sua inauguração ou sobre seu construtor, no entanto até 1950 a casa pertenceu ao empresário sírio Miguel Calluf, que na mesma época encomendava um dos prédios mais altos da cidade, na Praça Tiradentes.

https://arquivoarquitetura.com/131

Situação atual:Existente e preservada.
Período:Início do século XX.
Endereço:Rua Jaime Reis, 134.
Bairro:São Francisco.
Proprietário:Particular.
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Linguagem Formal:Eclética.

Histórico e Curiosidades

Não há registros sobre o ano de sua inauguração ou sobre seu construtor, no entanto até 1950 a casa pertenceu ao empresário sírio Miguel Calluf, que na mesma época encomendava um dos prédios mais altos da cidade, na Praça Tiradentes.

Um levantamento de 1977 aponta que a construção estava em más condições, com sérios problemas na cobertura e sem seus lambrequins, mas em 1986 a antiga residência já estava conservada e abrigava o bar e restaurante The Brass Rail.

O edifício eclético de influência alemã abriga hoje a Galeria Um Lugar ao Sol, com obras de artistas locais







No fim do século XIX, chega a Curitiba o alemão Johannes Max Carl Rösner, que se casa com Maria Senff, em 1986 funda a Papelaria Popular de Max Rösner e Filhos, que pertenceu a família, até Max Rösner Neto, que gerencia o negócio até 1980

 No fim do século XIX, chega a Curitiba o alemão Johannes Max Carl Rösner, que se casa com Maria Senff, em 1986 funda a Papelaria Popular de Max Rösner e Filhos, que pertenceu a família, até Max Rösner Neto, que gerencia o negócio até 1980

https://arquivoarquitetura.com/119

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1896.
Endereço:R. São Francisco, 184.
Bairro:São Francisco.
Uso Atual:Comercial.
Proprietário Inicial:Max Rösner.
Sistema Estrutural:Alvenaria estrutural.
Linguagem FormalEclética.

Histórico e Curiosidades

Construída em 1915, a edificação foi desde início propriedade de Francisco Barcik que, em 1939, a vendeu para Eurico Fonseca dos Santos, o qual comprou a casa vizinha em uma mesma ocasião.

 Construída em 1915, a edificação foi desde início propriedade de Francisco Barcik que, em 1939, a vendeu para Eurico Fonseca dos Santos, o qual comprou a casa vizinha em uma mesma ocasião.

https://arquivoarquitetura.com/140

Situação atual:Existente e preservado.
Período:1915.
Endereço:R. Kellers, 51.
Bairro:São Francisco.
Proprietário Inicial:Francisco Barcik.
Uso Atual:Comercial.
Área:170 m².
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalEclético.

Histórico e Curiosidades

Construída em 1915, a edificação foi desde início propriedade de Francisco Barcik que, em 1939, a vendeu para Eurico Fonseca dos Santos, o qual comprou a casa vizinha em uma mesma ocasião. Sob posse do senhor Eurico, a casa serviu diversas vezes como lar de inquilinos. Já em 1977, sob posse de Nelson Carnascialli da Costa, que fazia uso do imóvel como moradia.

 

Em 1986, sob posse de Gilson Guilden, seu uso foi documentado como comercial, característica que perdura até hoje, abrigando a Pietra Nobile e o Gepetto.