quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1950

 

JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1950

JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1950

PÁGINA 17: CASA CUNHA — MATRIZ — O TEMPLO DA PINTURA E DO LAR MODERNO

Na página 17, o leitor encontra um anúncio majestoso da Casa Cunha — Matriz, localizada na Rua B. do Cerro Azul, nº 98, em Curitiba. Este estabelecimento, que também atende pedidos pelo telefone 689, é apresentado como o maior e mais completo centro de vendas de tintas, vernizes e produtos para pintura do Estado do Paraná e Santa Catarina.

O anúncio destaca a vasta gama de produtos disponíveis, incluindo as marcas Valentine, Lucas, Comandor e Jumbo, todas reconhecidas por sua qualidade e durabilidade. A Casa Cunha oferece não apenas produtos, mas soluções completas para a pintura de automóveis, casas e edifícios, com estoque grande e variadíssimo, garantindo que qualquer necessidade seja atendida.

O design do anúncio é imponente, com letras grandes e uma imagem central da lata de tinta Jumbo, símbolo de confiança e resistência. O texto enfatiza a exclusividade da distribuição das marcas mencionadas, posicionando a Casa Cunha como líder no mercado regional.

Este anúncio reflete a crescente demanda por produtos de construção e reforma na década de 1950, quando o Brasil vivia um período de expansão urbana e modernização das cidades. A Casa Cunha, com sua matriz em Curitiba, tornou-se um ponto de referência para profissionais e consumidores que buscavam qualidade e confiabilidade em seus projetos de pintura.


PÁGINA 10: POSTO SANTA MARIA — O CORAÇÃO DA MOBILIDADE EM CURITIBA

Na página 10, o jornal destaca o Posto Santa Maria, pertencente à Ciccarino Irmãos Ltda., localizado na esquina da Rua Presidente Faria com a Rua 13 de Maio, nos números 2833 e 810. Este posto de combustíveis é apresentado como um centro completo de serviços automotivos, oferecendo oficina mecânica, lavagem, lubrificação e todos os demais serviços especializados.

A fotografia que acompanha o anúncio mostra o posto em plena atividade, com carros estacionados e funcionários atendendo aos clientes. A arquitetura do prédio é sóbria e funcional, típica da época, com telhados inclinados e fachada clara, transmitindo uma imagem de confiança e eficiência.

O texto ressalta a direção dos proprietários, os irmãos Ciccarino, que são conhecidos por sua dedicação e compromisso com a qualidade do serviço. O Posto Santa Maria é apresentado como um parceiro indispensável para os motoristas curitibanos, oferecendo tudo o que é necessário para manter os veículos em perfeito estado de funcionamento.

Este anúncio é um retrato da importância dos postos de combustíveis na vida urbana da década de 1950, quando o automóvel começava a se tornar um símbolo de status e mobilidade. O Posto Santa Maria, com sua infraestrutura completa e equipe qualificada, representava a modernidade e a conveniência que os consumidores buscavam.


PÁGINA 20: Vinte e Cinco Anos de Tradição — O Hotel Marizan

Na página 20, o jornal presta uma homenagem ao Hotel Marizan, que comemora vinte e cinco anos de existência. Fundado em 1925, o hotel foi construído por João Barreto, um dos pioneiros da hotelaria em Curitiba, e desde então tem sido um ponto de referência para viajantes e moradores da cidade.

A reportagem, acompanhada de uma fotografia do prédio e de retratos dos fundadores, destaca a história do hotel, desde sua inauguração até os dias atuais. O texto elogia a qualidade do serviço, a hospitalidade dos funcionários e a localização privilegiada, no coração de Curitiba.

O Hotel Marizan, com sua fachada clássica e elegante, é apresentado como um símbolo da tradição e da continuidade, mantendo-se relevante mesmo diante das mudanças e modernizações da cidade. O anúncio convida os leitores a visitarem o hotel, onde poderão desfrutar de um ambiente acolhedor e confortável, com todos os serviços necessários para uma estadia agradável.

Este artigo é um tributo à história e à memória de Curitiba, mostrando como instituições como o Hotel Marizan contribuíram para o desenvolvimento da cidade e para a formação de sua identidade cultural.


PÁGINA 21: Os Organizadores do Labor Fechado — Uma História de Dedicação

Na página 21, o jornal apresenta uma reportagem sobre os organizadores do Labor Fechado, um estabelecimento comercial que celebra vinte e cinco anos de atividade. O texto destaca a importância dos fundadores, José e Luiz, que há décadas trabalham incansavelmente para manter a qualidade e a confiabilidade do negócio.

A fotografia que acompanha a matéria mostra o prédio do Labor Fechado, com sua fachada sóbria e elegante, e retratos dos fundadores, que são apresentados como homens de integridade e compromisso. O texto elogia a dedicação dos organizadores, que sempre colocaram o interesse dos clientes acima de tudo.

O Labor Fechado é apresentado como um exemplo de sucesso e perseverança, tendo sobrevivido às dificuldades econômicas e sociais da época graças à qualidade do serviço e à confiança dos clientes. O anúncio convida os leitores a visitarem o estabelecimento, onde poderão encontrar produtos de primeira linha e um atendimento personalizado.

Este artigo é um retrato da força do comércio local em Curitiba, mostrando como pequenos negócios, com dedicação e trabalho duro, conseguem se destacar e se consolidar ao longo do tempo.


PÁGINA 25: CURITIBA — A CIDADE QUE NÃO PARA

Na página 25, o jornal apresenta uma série de anúncios e reportagens que retratam a vitalidade e o dinamismo de Curitiba em 1950. Entre os destaques, está o anúncio da Prosdócomo S/A, que oferece um rádio portátil de alta qualidade, com modelo BM-5, ideal para quem busca entretenimento e informação em qualquer lugar.

O anúncio da Peletaria Pontagrossense também chama a atenção, oferecendo peles de alta qualidade para confecção de roupas e acessórios. A empresa, localizada na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 721, é apresentada como uma das mais conceituadas do setor, com produtos que combinam beleza e sofisticação.

Por fim, o jornal destaca a importância da Curitiba como centro cultural e econômico do Paraná, com uma população vibrante e em constante movimento. O texto enfatiza a beleza da cidade, com suas ruas arborizadas, seus parques e seus edifícios históricos, e convida os leitores a explorarem e apreciarem tudo o que Curitiba tem a oferecer.

Este conjunto de anúncios e reportagens reflete a energia e a vitalidade de Curitiba em 1950, quando a cidade se consolidava como um dos principais centros urbanos do sul do Brasil. A diversidade de produtos e serviços disponíveis, aliada à qualidade do atendimento e à beleza da cidade, faziam de Curitiba um destino atraente para residentes e visitantes.


CONCLUSÃO: CURITIBA — UMA CIDADE EM ASCENSÃO

As páginas aqui analisadas revelam uma Curitiba em pleno desenvolvimento, com investimentos em infraestrutura, comércio e serviços. Desde a expansão do setor automotivo, com o Posto Santa Maria, até a modernização da hotelaria, com o Hotel Marizan, e a diversificação do comércio, com a Casa Cunha e a Prosdócomo, a cidade mostra-se em ascensão.

Os anúncios e reportagens desta edição do Jornal de Curitiba refletem a confiança e o otimismo da época, quando o Brasil buscava se afirmar como uma nação moderna e desenvolvida. Curitiba, com sua beleza natural, sua cultura rica e sua economia dinâmica, estava no centro deste movimento, liderando o progresso do sul do país.


Redação: Jornal de Curitiba — 1950










JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1951

 

JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1951

JORNAL DE CURITIBA — ANO DE 1951

PÁGINA 3: TAPEJÁRA — A PRINCESA DO OESTE PARANAENSE

Nesta edição, damos destaque à promissora localidade de Tapejára, conhecida carinhosamente como “A Princesa do Oeste Paranaense”, município de Campo Mourão. A reportagem, acompanhada de um mapa esquemático e ilustrações de café e flores, revela o potencial agrícola e econômico da região.

O anúncio da Empresa Imobiliária Tapejára Ltda., sediada na Praça Ruy Barbosa, Edifício JENTY, em Apucarana, Paraná, oferece lotes coloniais e sítios à venda, idealizados para cultivo e criação. Os preços são acessíveis, e a empresa garante prestação de serviços médicos e transporte diário de ônibus para Maringá, facilitando o acesso aos centros urbanos mais desenvolvidos.

A imagem traz um mapa rudimentar, destacando a localização de Tapejára em relação às principais vias fluviais e rodoviárias da região. A estética do anúncio é simples, mas eficaz, com elementos decorativos como galhos de café e flores, simbolizando a riqueza natural e a vocação agrícola da terra.

Este anúncio reflete o espírito pioneiro da época, quando o interior do Paraná era alvo de intensa colonização e desenvolvimento agrícola, especialmente voltado para o cultivo de café, que ainda era um dos pilares da economia nacional.


PÁGINA 8: TAI — O GUARANÁ QUE REFRESCA O BRASIL

Na página 8, o leitor encontra um anúncio vibrante e moderno da Paraná Refrigerantes S.A., lançando seu novo produto: Tai, um guaraná fabricado à base da legítima fruta natural, com higiene rigorosa e tecnologia de ponta.

O design do anúncio é arrojado, com fundo preto e letras brancas em negrito, chamando a atenção para a garrafa de vidro e o preço acessível de Cr$ 1,50. A mensagem é clara: Tai não é apenas uma bebida, mas um símbolo de modernidade e qualidade.

O texto ressalta que o Tai é produzido pela Fábrica de Paraná Refrigerantes S.A., localizada em Curitiba, e que o produto é resultado de um processo industrial rigoroso, garantindo sabor autêntico e segurança alimentar. A ênfase na “higiene” e na “moderníssima fábrica” reflete a preocupação da indústria brasileira da época em se alinhar aos padrões internacionais de produção.

Este anúncio é um retrato da ascensão do consumo de refrigerantes no Brasil, onde marcas nacionais começavam a competir com produtos importados, oferecendo alternativas de qualidade e preço acessível ao consumidor brasileiro.


PÁGINA 9: INAUGURAÇÃO DO CAFÉ ALVORADA — UM MARCO NA HISTÓRIA DE CURITIBA

A página 9 traz uma reportagem completa sobre a inauguração das novas instalações do Café Alvorada, localizado na Rua XV de Novembro, nº 200, no coração de Curitiba. O evento foi presidido por Miguel Baduy, proprietário do estabelecimento, e contou com a presença de autoridades locais e da sociedade curitibana.

O Café Alvorada, referência em elegância e conforto, foi completamente reformado e ampliado, com instalações modernas e equipamentos de última geração, incluindo um sistema de refrigeração de alta performance. O espaço foi projetado para atender às necessidades dos clientes mais exigentes, oferecendo um ambiente sofisticado e acolhedor.

A reportagem destaca a importância do Café Alvorada como ponto de encontro da elite curitibana, onde se discutem negócios, política e cultura. O texto elogia a qualidade do serviço, a variedade de produtos e a atenção personalizada aos clientes.

A fotografia que acompanha a matéria mostra o interior do café, com mesas bem arrumadas, cadeiras confortáveis e um balcão impecável. A decoração é clássica, com molduras douradas e cortinas pesadas, criando um ambiente de requinte e sofisticação.

Este evento marca um momento importante na história de Curitiba, quando a cidade começa a se consolidar como um centro urbano moderno e cosmopolita, com estabelecimentos comerciais de alto padrão que rivalizam com os melhores do país.


PÁGINA 17: INAUGURAÇÃO DO MARILUZ HOTEL — O LUXO CHEGA AO PARANÁ

Na página 17, o jornal registra a inauguração do Mariluz Hotel, um dos mais modernos e confortáveis hotéis do sul do Brasil, localizado em Curitiba. O evento foi marcado pela presença do Governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que cortou a fita simbólica, dando início às atividades do hotel.

O Mariluz Hotel, projetado e executado pelas empresas Moles Dorfman e Hans Dezembergador Westfalen, oferece instalações de luxo, com quartos espaçosos, banheiros modernos e salas de estar elegantes. O hotel também conta com um restaurante de primeira linha, onde os hóspedes podem desfrutar de pratos refinados e bebidas selecionadas.

O anúncio da Alberto Nigro & Cia., fornecedora do equipamento sanitário do hotel, destaca a qualidade e o estilo moderno dos produtos, com cores belíssimas e design exclusivo. A empresa, localizada na Rua Dr. Murici, 419, em Curitiba, é representante e depositária dos produtos no Paraná.

A reportagem enfatiza que o Mariluz Hotel é um marco na história da hotelaria paranaense, oferecendo aos visitantes um nível de conforto e serviço que rivaliza com os melhores hotéis do Brasil. O hotel é visto como um símbolo do progresso e da modernidade de Curitiba, atraindo turistas e empresários de todo o país.

Este evento reflete a crescente importância de Curitiba como centro comercial e turístico, com investimentos em infraestrutura e serviços que elevam a qualidade de vida da população e atraem visitantes de outras regiões.


CONCLUSÃO: CURITIBA EM MOVIMENTO

As páginas aqui analisadas revelam uma Curitiba em pleno desenvolvimento, com investimentos em infraestrutura, comércio e turismo. Desde a expansão do interior do estado, com o crescimento de cidades como Tapejára, até a modernização da capital, com a inauguração de estabelecimentos de luxo como o Café Alvorada e o Mariluz Hotel, o Paraná mostra-se em ascensão.

Os anúncios e reportagens desta edição do Jornal de Curitiba refletem a confiança e o otimismo da época, quando o Brasil buscava se afirmar como uma nação moderna e desenvolvida. A indústria, o comércio e o turismo eram setores em expansão, e Curitiba estava no centro deste movimento, liderando o progresso do sul do país.


Redação: Jornal de Curitiba — 1951









Turma da Mônica: HQ "Tem Bicho-Papão no Parque!"

 

Turma da Mônica: HQ "Tem Bicho-Papão no Parque!"


Em maio de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "Tem bicho-papão no Parque!" em que um filhote de bicho-papão queria comemorar seu aniversário e brincar no Parque da Mônica, mas não contava que as pessoas teriam medo dele. Com 12 páginas, foi publicada em 'Parque da Mônica Nº 17' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Parque da Mônica Nº 17' (Ed. Globo, 1994)

Na floresta, o Papãozinho diz que quer como presente do seu milésimo aniversário ir ao Parque da Mônica, que viu no anúncio do jornal que encontrou na clareira da mata. O pai diz que bichos-papões e humanos não se misturam e pergunta se não quer umas férias na mata cerrada cheia de bichos perigosos. 

Papãozinho insiste que quer ir ao Parque da Mônica e a mãe fala que o pai está certo e que vão parar com a discussão que eles têm que dormir. Os pais acham que de manhã o filho já esqueceu isso, mas se enganam porque Papãozinho foge de casa enquanto eles dormem e vai ao Parque da Mônica escondido. Papãozinho acha o shopping lindo e o Parque da Mônica demais, só que como não estava aberto, resolve dormir na entrada do Parque.

De manhã, crianças montam no Papãozinho pensando que era brinquedo novo. Ele fala que não é, as crianças se assustam e avisam ao Monitor que tem um monstro na entrada do Parque. O Monitor fala que é o robô do Franjinha e o menino responde que não é o robô que estão falando. Papãozinho aparece perguntando onde compra o ingresso e todos fogem com medo.

Quando caminha pelo Parque, pensa que o povo não para, é muita correria, sem se tocar que estão fugindo dele. Quando entra na "Casa da Mônica", todos fogem desesperados e quando vai ao "Carrossel do Horácio", pergunta se pode brincar também, as crianças fogem e ele acha que foram gentis, não precisava todo mundo ir embora.

Enquanto isso, a turminha acha estranho ninguém ter assistido o show deles no "Teatro do Parque". Cebolinha acha que é por causa do cheirinho do Cascão e logo reparam que o Parque está vazio. Papãozinho, ainda no "Carrossel do Horácio", fica feliz que viu a Turma da Mônica e ao pedir autógrafo, eles fogem também. Papãozinho lamenta que acham que ele é monstro, que o pai tinha razão que os humanos nunca vão aceitá-los e nem brincar lá ele pode. Pega sua trouxa para ir embora, a turma ouve e fica com pena porque ele queria só brincar e que é um monstro criança ou criança monstro.

O Monitor e o Segurança veem o Papãozinho e o perseguem para prendê-lo. A turma impede porque é um monstrinho bom que só quer se divertir. O Segurança chama a Mônica de baixinha e sair da frente porque sabem o que fazem. Mônica dá surra no Segurança, quando os pais do Papãozinho chegam para levá-lo embora, lembrando que os humanos não gostam deles. Mônica pergunta por que não ficam e deixam o Junior brincar com eles, é só uma criança como outra qualquer. O pai fala que foram os humanos que criaram isso com histórias sobre Bicho-Papão e Monica diz que eles fazem a mesma coisa.  

O pai deixa, mas ninguém pode encostar um dedo no filho. A mãe diz que o Papãozinho conseguiu o presente de aniversário e a turma quer comemorar com um lanche. Papãozinho fala que só trouxe um lanchinho, despertando interesse na Magali. Mônica diz que vão lanchar na "Praça da Magali" e Papãozinho quer brincar primeiro. termina com todos brincando no "Carrossel do Horácio" e sugerindo para depois irem à Turma do Penadinho e ao Cinema 3D e Mônica pergunta quem tem medo de Bicho-Papão.

História legal que o Papãozinho queria comemorar seu aniversário no Parque da Mônica, mesmo sem aprovação dos pais que contavam que os humanos não gostavam deles. Papãozinho foge e vai ao Parque e descobre que os humanos o achavam um monstro e tinham medo dele. A Turma da Mônica fica com pena e convidam a brincar no Parque por reconhecerem que ele era igual a todas as crianças, mesmo tendo aparência diferente.

Deu pena do Papãozinho ser desprezado pelos outros por ser um monstro, só queria conhecer o Parque da Mônica e não acreditava no que os pais falavam sobre os humanos e queria conferir. Ficou uma inversão também que assim como bichos-papões são monstros para os humanos assim como humanos são monstros para eles. Ficou também mensagens que os monstros são os humanos, conseguem ser mais perigosos que os bichos-papões através de suas atitudes, afinal, tinham medo e queriam prender o Papãozinho só por causa da aparência, e que também não se deve ter preconceitos só por ser diferente do padrão da sociedade.  

O Parque da Mônica ficava dentro do Shopping Eldorado, em São Paulo, por isso o Papãozinho teve que entrar em um shopping antes de chegar no Parque. Teve absurdos de como encontraram jornal perdido na mata se ninguém aparece lá,  porta do shopping abrir de madrugada sem ter clientes lá e não ter seguranças noturnos nem no shopping nem no Parque. A turma ficou mais de 5 páginas sem aparecer no início, tudo para dar destaque ao Papãozinho. 

As histórias no Parque ajudavam a turma a ter outro cenário nas histórias, dar uma variedade e não ficarem só no bairro do Limoeiro e na época era novidade, ainda mais que foi inaugurado há pouco tempo, em janeiro de 1993, pouco mais de um ano, até então. Não considero tão incorreta hoje por ter mensagem no final, mas poderiam implicar por Papãozinho desobedecer os pais, fugir de casa de noite e tem elementos que alterariam hoje como Segurança com arma no bolso e Mônica bater em adulto e ele aparecer de olho roxo.

Nas histórias do Parque da Mônica gostavam de voltarem com personagens esquecidos que estavam no limbo, todos podiam ir lá. Então, essa marcou a volta do Bicho-Papão, que já tinha aparecido anteriormente na história "O Papãozinho" de 'Cebolinha Nº 16' (Ed. Abril, 1974). Em 1987 ainda teve o filme "Bicho-Papão e outras histórias" com essa história da Editora Abril virando desenho animado. O roteirista pelo visto fez uma homenagem aos 20 anos da história clássica com essa do Parque, tanto que o Papãozinho apareceu com boné do estilo que Cebolinha e Cascão usaram na de 1974. Aí, hoje comemoramos os 50 anos da história de 1974 e os 30 anos dessa de 1994. 


Os traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. Interessante o título da história não ter uma arte em destaque dessa vez, ficou sendo apenas a fala do narrador-observador, que é o roteirista dela. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

Uma história do Horácio com Dinossaura com cauda grande

 

Uma história do Horácio com Dinossaura com cauda grande


Mostro uma história em que o Horácio ajuda uma Dinossaura a ter autoestima com a sua cauda enorme que era criticada por todos. Com 6 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 123' (Ed. Abril, 1980).

Capa de 'Mônica Nº 123' (Ed. Abril, 1980)

Escrita por Mauricio de Sousa, começa com Tecodonte falando que tem novidade no pedaço para o Horácio, que pensa que é novo vulcãozinho estourando por aí e Tecodonte diz que é quase isso e mostra a Dinossaura que estava passando e a chama de aquilo que estava passando, cochicham que nunca tinha visto antes, é a maior cauda da paróquia.

Eles ficam olhando a Dinossaura enquanto passa, ela percebe e reclama por que não falam logo que a cauda dela é ridícula feia e deselegante. Horácio diz que não falaram nada e a Dinossaura o corta que estavam olhando como dois bobocas e chora que sempre foi assim, nunca a olharam como uma mocinha normal por causa da cauda enorme. Horácio fala para ela não ficar triste e pergunta se todos da raça têm cauda assim. Ela diz que não sabe, nunca viu ninguém da raça dela, é só ela arrastando aquele rabo por todo o mundo. 

Tecodonte pergunta por que ela tem contra isso e Horácio acha o caso dela sério e resolve ajudá-la. Fala que lagartos podem perder parte da cauda sem maiores problemas, que pode cortar o rabo, dizem que não dói nada e vai ficar andando só com um cotozinho, contente sem nenhum restinho da cauda, no início teria problema de desequilíbrio porque é o rabo que sustenta todo o corpo dela, mas é só aprender a andar com barriga empinada para frente.

Horácio pergunta como ela quer perder a cauda, se correndo na frente de um dinossauro faminto ou encostando o rabo na lago das piranhas, só escolher que eles ajudam. A Dinossaura pergunta se acha que o rabo dela é grande, Horácio diz que não, assenta muito bem nela. A Dinossaura percebe que a cauda dela é legal, beleza pura e resolve não mais cortar e vai embora feliz, gostando do seu rabo e não se importar mais com a opinião dos outros e termina Tecodonte falando ao Horácio que não perde a oportunidade de defender a Ecologia.

História legal em que Horácio resolve ajudar a Dinossaura que tinha um a cauda enorme que chamava atenção dos outros e criticavam. Ele apontou coisas que podiam acontecer se ela tirasse a cauda e ela muda de ideia no final, ainda mais depois que ele diz que não é grande, deixando a Dinossaura feliz. Ela ficava deprimida tida vez que criticavam a cauda dela e Horácio recuperou a autoestima. Tecodonte foi bem cruel achando que ela era uma aberração. 

Mais uma história filosófica do Horácio, sempre disposto a ajudar os outros. Maurício queria deixar a mensagem que a gente tem que aceitar o corpo que tem, não fazer plásticas só para atender o padrão de beleza da sociedade e não se importar com a opinião dos outros e também que devemos aceitar as diferenças dos outros. Para o que sofre bulying, é pior ficar olhando com desprezo do que falar na cara. Teve a graça da Dinossaura dizer que tem um rabinho, mesmo sendo daquele tamanho.

Cita também a respeito de extinções de animais, já que a Dinossaura nunca viu outros dinossauros da raça dela. Aí por isso Horácio querer também defender a Ecologia porque se a Dinossaura fosse a única da raça e se ela morresse, não teria mais ninguém. Se Mauricio quisesse prolongar a história, poderia mostrar outro dinossauro da mesma raça e vendo que era normal cauda daquele jeito e até eles se apaixonarem. Incorreta atualmente por ter preconceito, Tecodonte achar a Dinossaura uma aberração, se referir à cauda como "aquilo". 

Mauricio em 1980 não estava mais fazendo tanto aquelas aventuras longas com Horácio enfrentando vilões  monstros, Napões ou ele encarnando Super Horácio, estava fazendo histórias do Horácio mais curtas focadas no cotidiano dele, só que ainda não com formatos de tabloides de 1 página em jornais que prevaleceram ao longo das décadas de 1980 e 1990. Algumas histórias dele saíam primeiro em jornais, outras eram exclusivas para os gibis.

Os traços ficaram bons, interessante que o Horácio é o único que não teve grandes mudanças de evolução de traços desde os anos 1970 era bem parecido, foi o primeiro a ser todo arredondado e assim ficou sem grandes mudanças depois. Não teve título como de costume nas histórias dele e teve um erro de Horácio aparecer com pintas brancas em vez de vermelhas no primeiro quadrinho da 4ª página da história. Foi republicada depois em 'Almanaque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 6' (Ed. Globo, 1988)